Conflitos de relacionamento
A consciência cobra tributos de amor. Quantos filhos repetem as histórias dos pais, buscando elaborar aquilo que em algum momento não puderam perdoar. A falta de perdão produz repetição. Quando não da mesma forma repete-se o conteúdo. Por exemplo: Um filho que cresce em meio a violência doméstica e se propõe a comportar-se diferente, pode se ver surpreendido ao observar quão agressivo se torna com as palavras diante de sua esposa. A plano de fundo revive o mesmo drama familiar, com novos personagens. Porém, a agressão continua presente, agora pela via das palavras, dando a ilusão do agir diferente e do ter superado. Só o amor é capaz de colocar indivíduo a indivíduo em posição igual.
Insatisfação profissional
Em uma sociedade que supervaloriza o sucesso e a produtividade acima de tudo, a visão do homem pode tornar-se deturpada. Tal como na clássica obra "Tempos Modernos", de Charlie Chaplin, o homem moderno aliena-se de si mesmo, passando a relacionar sua identidade ao fazer e ao ter em detrimento do SER.
Não há tempo para questionar o status quo, isto é, o estado das coisas. Diante da preocupação em ser substituível e da constante pressão em alcançar mais e mais, o homem passa a subestimar a si mesmo, aceitando desafios que estão além de suas capacidades e se sentindo culpado caso não alcance seus objetivos.
Dificuldade com término de relacionamentos
Se ele não te quer, supere. A canção de Marília revela uma relação sem reciprocidade, levantando questões sobre sua manutenção e as melhores decisões nesse contexto. Ninguém escolhe se apaixonar ou desapaixonar; sentimentos não são controláveis. Aceitar a situação é crucial; negar prolonga o sofrimento. "Superar" não é dominar, mas aceitar que todos oscilamos. Se ele não te quer, seu valor reside em você. Assim como o desejo vem, um dia também se vai, às vezes transformando-se em amor. Que quando esse dia chegar, você se ame.
Psicoterapia
Em Gênio Indomável, lidar com a frustração e a aceitação de que a necessidade do outro é tão importante quanto a sua, é o desafio de Will, bem como de todos que compartilham de uma personalidade narcisista. Não querendo ser amado e sim admirado, o personagem expressa o impulso de anular a realidade e o desejo do outro como ameaça a sua integridade e importância. O que mais temia, é justamente o que mais necessitava: estar em ligação, suportando com coragem o medo do abandono. Quando abre mão da fantasia de poder, finalmente é amado e passa a amar, dando autonomia e reconhecendo sua inveja, gratidão e dependência. Narciso tem de suportar a dor de se conhecer e Sean o acompanha nesse processo.