Paulo Lopes

Com 17 anos de idade, resolvi estudar Fonoaudiologia. E até hoje eu não pude esquecer aquelas aulas maravilhosas de Psicologia Geral que eu fiz já no início do curso e que me despertaram para algo que, de fato, me interessava muito mais, a saber: compreender o jeito de ser do ser humano, nossa existência. De repente, parei para pensar nos livros sobre Filosofia existencial que eu gostava de ler durante o Ensino Médio, e ficou mais do que evidente para mim que eu estava no lugar errado. Logo após concluir o primeiro período do curso de Fonoaudiologia, abandonei tudo e decidi estudar Filosofia e Psicologia. É o que continuo estudando até hoje. Apenas ampliei meu olhar para a Educação, a qual também se tornou uma de minhas paixões. Encontrei muito sentido na Fenomenologia do filósofo alemão Martin Heidegger, na Análise Existencial baseada em seu modo de pensar e suas repercussões em questões relacionadas à Ética, tudo isso compondo o tear de minhas pesquisas de especialização, mestrado e doutorado. E sigo cuidando de seres humanos. Crianças, adolescentes e adultos que precisam de minha ajuda, mas que, no final das contas, acabam me ajudando muito mais, pois me ensinam aquilo que muitas vezes os livros e as teorias não são capazes de mostrar sobre nossa humanidade. Atualmente, resido em Curitiba e me realizo como analista existencial e como professor de Psicologia e Filosofia no Ensino Superior. Nos tempos livres, gosto de correr no parque, ouvir bossa nova e jazz e ver séries na TV. Saio com os amigos, frequento a roda de samba, vou ao cinema e ao teatro, leio e escrevo. Lugares onde busco refúgio, tentando escapar por um instante do rebuliço da cotidianidade.

Costumo dizer que sou um curioso turista a passear por diversas áreas do conhecimento: já me lancei à aprendizagem e ao ensino de outros idiomas; já me dediquei ao multiverso da música, ensinando Canto Popular durante dez anos e realizando apresentações de Música Popular Brasileira no Brasil e na Europa; já desbravei as veredas do teatro, produzindo musicais com crianças em Projetos Sociais; já explorei o mundo criativo da moda, do cinema e da dança; já fui gestor pedagógico de escola privada. E não posso deixar de dizer que sou um amante da poesia e da literatura fantástica, o que me levou a escrever o primeiro livro da saga Os Singulares, publicado pela Chiado Books, a maior editora de livros em língua portuguesa do mundo.