Artigos 04 outubro 2023

Depressão durante a gravidez e pós parto

Equipe Doctoralia
Equipe Doctoralia

Resultados de pesquisas indicam que a depressão e outros problemas de saúde mental são as complicações mais comuns da gravidez, superando até mesmo problemas físicos, como diabetes gestacional ou hipertensão. Problemas de saúde mental podem surgir devido ao medo da gravidez e/ou do parto em pessoas com predisposição genética ou que já tenham enfrentado depressão ou ansiedade anteriormente.

O que é a depressão perinatal e a depressão pós-parto?

A depressão perinatal e/ou a depressão pós-parto são transtornos do humor que as mulheres podem experimentar durante a gestação e/ou após o parto. Os sintomas gerais incluem:

  • Tristeza extrema.
  • Choro incontrolável e contínuo sem causa conhecida.
  • Ansiedade.
  • Fadiga que pode dificultar a realização de tarefas diárias, incluindo o autocuidado ou o cuidado do bebê.
  • Pensamentos negativos em relação a si mesmas ou ao bebê.

Por que isso acontece?

A depressão perinatal é uma doença médica e pode afetar qualquer mãe, independentemente de idade, raça, renda, cultura ou educação. Não existe uma única causa; é mais o resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como:

  • Estresse da vida cotidiana (trabalho, experiências traumáticas anteriores…)
  • Exigências físicas e emocionais de ter filhos e/ou cuidar de um novo bebê.
  • Alterações hormonais.

Fatores de risco incluem:

Existem diversos fatores de risco para a depressão perinatal ou depressão pós parto, alguns dos principais sendo histórico familiar ou da mãe com depressão ou transtorno de bipolaridade.

Sintomas mais comuns da depressão perinatal e/ou pós-parto:

  • Humor triste, ansioso ou sensação persistente de vazio.
  • Irritabilidade.
  • Sentimentos de culpa, baixa autoestima, falta de esperança ou impotência.
  • Apatia; perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram satisfatórias.
  • Fadiga ou diminuição anormal de energia, dificultando a realização de tarefas diárias.
  • Agitação ou dificuldade em ficar quieta.
  • Dificuldade de concentração, memória ou tomada de decisões.
  • Dificuldade para dormir, acordar cedo demais ou dormir em excesso.
  • Alterações no apetite, mudanças de peso (não relacionadas à gravidez) ou ambas.
  • Dores no corpo, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem causa física clara ou que não aliviam mesmo com tratamento.
  • Dúvidas constantes sobre a capacidade de cuidar do bebê.
  • Pensamentos sobre morte, suicídio ou autolesão, seja a si mesma ou ao bebê.
  • Dificuldade em criar um vínculo emocional com o novo bebê.

Diferença entre depressão pós-parto e tristeza pós-parto (baby blues):

É importante distinguir entre a tristeza pós-parto (também conhecido como baby blues) e a depressão pós-parto. O baby blues é usado para descrever mudanças leves no humor, bem como sentimentos de preocupação, infelicidade e exaustão que muitas mulheres podem experimentar nas duas primeiras semanas após o parto. A diferença entre eles está em:

A** intensidade de alterações no humor** e dos sentimentos de ansiedade ou infelicidade.

A duração, se for superior a duas semanas, ou se os sintomas não melhorarem com o tempo sem tratamento.

Quem faz o diagnóstico:

Apenas um profissional de saúde mental pode determinar se os sintomas são devido à depressão perinatal ou pós-parto ou a outra causa. Portanto, é importante procurar um profissional quando os sintomas estiverem presentes.

Tratamento:

É importante tratar a depressão perinatal e/ou pós-parto tanto para a saúde da mãe quanto para a do bebê, pois pode ter efeitos graves em ambos. O tratamento frequentemente envolve psicoterapia, medicamentos ou uma combinação de ambos.

Como afeta a saúde do bebê:

De acordo com pesquisas, a depressão perinatal está relacionada a uma maior probabilidade de parto de alto risco, prematuro ou aborto. Além disso, há uma correlação com certos problemas no desenvolvimento físico e cognitivo do bebê, como baixo peso ou atraso no desenvolvimento da linguagem, entre outros. Além disso, afeta o vínculo emocional da mãe com o bebê, o que pode persistir ao longo da vida adulta.

Recomendações:

Este é um problema médico que afeta não apenas a mãe, mas também o bebê e a família. Cônjuges, parceiros, familiares e amigos podem ser os primeiros a reconhecer os sintomas da depressão perinatal/pós parto. O tratamento é fundamental para a recuperação, e o ambiente pode incentivar a mãe a procurar um psicólogo. É muito importante que a mãe e o ambiente estejam cientes dos sintomas para identificá-los e intervir, pois as consequências afetam a saúde física e mental de toda a família. É crucial dar à mãe a liberdade para expressar esses sentimentos negativos sem vergonha ou culpa, pois a origem não é responsabilidade de ninguém, mas o tratamento é necessário.

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