Rafael Fonseca

As palavras que nomeiam pela primeira vez a psicanálise brotam da boca de uma mulher, Anna O., paciente de Freud: "talking cure” (cura pela fala).
Toda fala supõe uma escuta, articula-se como demanda a um outro, expõe um vivente a condições inesperadas, criadas por seu dizer, que podem - eis uma das apostas da clínica - ensejar novas formas de experienciar a vida.
O lugar da escuta analítica se oferece para o sofrimento como grande orelha do mundo. 
A psicanálise procura operar com o que há de mais singular em cada um, por isso maneja com delicadeza conceitos como diagnósticos, sintomas, quadros clínicos.           
A ética da psicanálise convoca os/as analistas a estarem a altura de seu tempo, o que implica reconhecer os contornos contemporâneos do mal-estar na civilização. 
Se o percurso de uma vida não pode acontecer sem a incidência da angústia, a experiência de uma análise pode conduzir um vivente a um saber-fazer com sua forma singular de estar no mundo. Possibilitando, talvez, que um sintoma devenha algo mais potente, afirmativo. E traumas - marcas condensadoras de intensidades, algozes do tempo - sejam reescritos com outra caligrafia... 
Meu percurso junto à psicanálise iniciou-se em Buenos Aires, Argentina, tendo continuidade no departamento de psicanálise do Instituto Sedes Sapientae (São Paulo) e, posteriormente, no Fórum do Campo Lacaniano de São Paulo.

Atualmente, sou membro do Fórum do Campo Lacaniano, onde participo em diversos instâncias, incluindo a Rede de Pesquisa Sujeito na contemporaneidade. 
Ofereço atendimento em português e espanhol.