Em uma clinica na Inglaterra registrou um aumento de 4.500% de jovens mulheres não homossexuais pedindo

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Em uma clinica na Inglaterra registrou um aumento de 4.500% de jovens mulheres não homossexuais pedindo a Transição nos últimos 8 anos e vendo esse aumento não seria caso de ser autoandrofilia entre nossas meninas? Como saber a diferença, já que não mostravam sinais de disforia quando criança?
Olá! Acredito que para responder a tua pergunta seja essencial falar sobre três conceitos: identidade de gênero, parafilia e orientação sexual. A identidade de gênero diz respeito ao gênero experenciado pela própria pessoas (cisgênero - de acordo com o gênero designado quando nasceu - ou transgênero - em desacordo com o gênero designado quando nasceu). Isso não tem nada a ver com parafilia e orientação sexual. A palavra androfilia se refere a uma parafilia (gratificação sexual) e isso não tem nada a ver com transsexualidade. A disforia de gênero é o desconforto sentido pelas pessoas trans. Para fazer essa diferenciação existem avaliações feitas por profissionais de saúde. Uma pessoa com disforia de gênero não busca atendimento por gratificação sexual, mas por estar em sofrimento. Como o colega desconheço esses dados, no entanto imagino que a procura possa ter aumentado por maior acesso a informação.

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Olá!

Infelizmente não tive acesso aos dados descritos por você coletados nesta clínica.

Entendo que exista um movimento muito atual na nossa cultura de desconstrução de certos comportamentos atribuídos aos gêneros masculinos e femininos, porém não podemos confundir tais mudanças na nossa cultura com aquilo que é descrito pela medicina como disforia de gênero.
Além disso, toda mudança de identidade seja ela hormonal, para conquistar formas físicas do sexo desejado ou então a alteração do órgão sexual (reversão do sexo) é sempre acompanhada por médicos e psicólogos, de modo a evitar sofrimento ao indivíduo que por este procedimento faz a opção.
Aumento em oito anos de 4 mil quinhentos porcento, ou seja, multiplicação por 45? Não tem um erro ai? Se o aumento for 4 porcento e meio em oito anos, o aumento não seria suficiente para requerer ou permitir uma explicação. Muitos fatores podem contribuir, inclusive o aumento não precisa ser definitivo. Seria interessante conhecer a maior variação entre cada par de dois anos. Emfim, a questão me parece ser do método estatístico. Se fosse o caso que cada vez mais meninas pedem uma vida de homem, só um conhecimento profundo de um numero bastante grande de casos permitiria establecer explicações sólidas. Não procede antecipar que a mais forte explicação seria biológica. A motivação, no entanto, pode sofrer as influencias mais diversas. A nossa cultura, como disse o colega em cima, cada vez mais permite pensar em mudança de sexo por motivos provavelmente múltiples. Visto as vantagens dos homens na nossa cultura, dá para entender uma menina não homossexual querer mudar de sexo.
As pesquisas são importantes e norteiam as decisões e atuações dos profissionais, mas ainda é um tema complexo, seja para adultos e mais ainda em jovens. Acredito que o mais prudente é aguardar. O amparo emocional é que sustenta qualquer escolha que façamos. Independente de qual rótulo a gente se enquadre ou que novo nome sirva para nos descrever, o desejo humano é de ser aceito e seguro. Números e estatísticas norteiam mas não devem definir, pois na psicologia as subjetividades e o indivíduo é o mais importante. Há narrativas de pessoas que não se identificam com o sexo com o qual nasceram (biológico) e em idade adulta fizeram a cirurgia e ainda assim, não alcançaram uma sensação de realização.
Olá!
Pesquisas podem refletir dados de comportamentos em nossa sociedade. Diante de tais informações pode-se refletir de forma cautelosa, além de contextualizar em qual região ocorrem tais aspectos. Mudanças nestes apontamentos podem ter diferentes tipos de indicativos, situações e contextos. Para saber sobre modificações da forma de ser de uma pessoa em seu mundo de vivência é a observação constante de seu desenvolvimento humano. Em crianças se faz mais detalhado, pois é uma fase de descobertas, conhecimentos e até mesmo comparações. Cautela perene e auxílio de profissionais da saúde são requisitos básicos para tais avaliações.
nao,foram bastante claro as colocações feitas
Acredito que é um assunto que requer maior embasamento científico para dar uma resposta com mais eficácia!
Olá. Primeiro, seria interessante saber os números brutos também, porque a porcentagem é relativa ao número anterior, que pode ser muito baixo.
Segundo, creio que há uma questão referente aos papéis sociais de gênero. Muitos profissionais vem enxergando as transgressões às expectativas de gênero como sinal de transexualidade, e tal posicionamento vem se tornando mais comum (na sociedade como um todo continua muito marginal). Não dizendo do caso em particular, mas fazendo uma crítica geral, precisamos compreender que as transgressões aos papéis sociais de cada gênero nem sempre devem indicar uma posição de mudança de gênero; vejo muitos profissionais que ao se deparar com uma menina “tomboy” já começam a dizer que é “um menino”, ignorando que somos efeitos de discursos, como se a maneira de ser o que se é completamente (como se fosse possível alcançar uma completude de tal natureza) fosse somente por uma mudança de gênero. Enfim, o debate me interessa mas é muito complexo mesmo; há de se considerar os fatores individuais, não negligenciar cada pessoa que busca ajuda, ao mesmo tempo em que é necessário fazer a crítica à estrutura social que designa os papéis de gênero.
Não posso qualificar esse resultado como sendo real ou não sem antes ter todo acesso de como foi feita essa pesquisa.
Necessário entender os métodos científicos utilizados e de que forma foi considerado a subjetividade, as contingências de cada pessoas submetida a pesquisa em questão.
4.500% é uma porcentagem alta você não acha?
Será está uma pesquisa passível de ser replicada e comprovada de forma fidedigna?
Esses dados são de qual fontes? Não é possível analisar tais dados sem ter acesso à fonte e à pesquisa completa.
É preciso, no entanto não confundir identidade de gênero com parafilia, nem ampliar dados de uma certa cultura e contexto social para todas as demais. Espero ter ajudado.
A disforia de gênero refere-se ao forte desejo em ser do sexo oposto ao seu gênero de nascimento, essa incongruência é geradora de sofrimento psíquico. Nesse transtorno há a preferência por papéis transgêneros e intenso desgosto com a própria anatomia sexual. Já a autoandrofilia, classificada como parafilia, é o desejo (da mulher) de possuir atributos e comportamentos masculinos para a satisfação sexual, o que não as impede de continuarem vivendo socialmente como mulheres. Para contribuir mais seria necessário ter acesso à pesquisa que você citou.
De fato esse é um assunto bem atual e complexo. O que poderia complementar o comentado acima é que a diferença também é que hoje há menos repressão e as pessoas expressam mais essas questões, com menos medo de ser castigado ou criticado. É comum tanto em meninas quanto em meninos dizer que é homo afetivo quando ainda estão em fase de experimentação de seus afetos e depois mude para a hetero afetividade e vice versa.
Os colegas acima completam muito bem em esclarecimento. Podemos entender inclusive, que apesar de todos fatores biologicos, tambem a curiosidade e tomada de decisões comportamentais sobre a sexualidade, podem ocorrer mediante experiências prazerosas ou não, que a pessoa tenha vivenciado, pensando também em seu psicológico para tal atitude. O que não é regra em termos de propensão por causa e ação. Somos seres muito complexos por sermos pensantes, críticos e passíveis de inúmeras respostas e escolhas, de acordo com cada mente e corpo. Além do entendimento do que pode ter levado a atitude, sendo uma escolha decisiva ou não no tempo, seja em função do desenvolvimento, os papeis sociais, facilidades desafios e oposições com o meio e contexto entre pessoas conflitantes, sendo excessivamente amorosas ou não, até não sendo nada disso, no contexto psicológico; também podem contribuir ou não, para atitudes e identificações na hora da escolha, seja temporária ou não. Atualmente as pessoas se sentem mais abertas e livres em suas possibilidades de escolha e conduta sexual, independente da causa. Porém é importante, pensar no permitir ou não quanto a precocidade das experiências práticas sexuais independente de ser patológico ou não.
Quando se fala em dados sobre saúde de um modo geral não é correto contar com os dados de um único centro.

E como já foi citado um aumento de 4.500 por cento é um número bastante indicativo de erro de amostra ou de controle de pesquisa.
Só para citar um exemplo: se em determinado país é ilegal ser homossexual, E aí um determinado ano a lei é modificada, fica muito fácil argumentar que houve uma explosão de aumento de pessoas homossexuais naquele país... Porém, o que os números estão escondendo, é que antes da pesquisa ser feita NAO EXISTIAM DADOS. Logo, há um grave erro de pesquisa.

Dito isso é necessário saber que dados existiam antes da pesquisa citada ser realizado demonstrar qual o método utilizado para fazer essa pesquisa quem participou da mostra e como esses dados foram analisados.

Todas as informações restantes -que são pedidas-perdem a importância se os dados da pesquisa estiverem sendo fornecidos incorretamente ou incompletamente.

Psi. Ms. George OliSan

Olá! Gostaria de destacar algo na sua colocação: "ausência de sinais/sintomas na infância" ... , pergunto 'no olhar de quem, baseado em quê'? Este é um assunto delicadíssimo, qualquer intervenção deve ser pensada com muito cuidado. Há sintomas, questões já postas para cada sujeito que surgirão de forma mais evidente em uma outra época. Para toda e qualquer situação faz-se necessário o devido acolhimento, entendimento da estrutura psíquica de cada pessoa para se dar o devido encaminhamento e ou tratamento psicoterapêutico para tratar de assunto tão delicado na vida de qualquer um.
Olá, boa tarde.
O alto índice observado pela referida clínica desse país, não revela, em si, informações que possam ser vistas como fidedignas, uma vez que há que se contextualizar o período.Nenhum dado deve ser considerado isoladamente, necessita ser confrontado com variáveis. O assunto é extremamente delicado e merecedor de respeito, acolhimento e escuta. Vivemos em uma era de maior liberdade de expressão, incluindo a área sexual, o que permite que mais pessoas assumam e/ou experimentem outras possibilidades na vida sexual. É comum, por exemplo, ouvir muitas mulheres relatarem o desejo de experimentar o mesmo sexo, salientando "curiosidade". Então, não devemos nos precipitar em responder a uma demanda baseada apenas em um número isolado.
Olá! Acho uma pergunta um tanto curiosa, de curiosidade mesmo, já que nós profissionais lidamos com questões emocionais particular de cada caso. Portanto, estatísticas, penso que não é o que está em voga aqui, mas sim, os sentimentos e as dores particulares de cada um.
Concordo plenamente com a colega que responde dizendo que "acredita que é um assunto que requer maior embasamento científico para dar uma resposta com mais eficácia".
È importante você citar a fonte dessa pesquisa, pois a disforia de gênero fala sobre o forte desejo em ser do sexo oposto ao seu gênero de nascimento,
Olá. Para saber a razão do aumento do número de casos é preciso fazer uma investigação, não dá para apenas escolher um conceito e fazer uma relação de causa e efeito. Abraço.

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