Como a psicanalise trabalha com o Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e com o Transtorno de person

19 respostas
Como a psicanalise trabalha com o Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e com o Transtorno de personalidade borderline (TPB) ?
 David  Souza
Psicólogo
Patos
A psicanálise trabalha com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) explorando os conflitos inconscientes que geram a necessidade de controle, ordem e perfeição. Freud via os sintomas obsessivos como uma tentativa de defesa contra a ansiedade gerada por impulsos reprimidos. O tratamento psicanalítico foca na identificação e interpretação dessas defesas, promovendo a conscientização e permitindo que o paciente lide com seus medos e desejos reprimidos.

Já no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), a psicanálise busca entender as questões de identidade, instabilidade emocional e dificuldades em manter relacionamentos, frequentemente resultantes de experiências de abandono ou falhas na formação do self. A terapia foca na construção de uma identidade mais coesa e no fortalecimento da capacidade de lidar com as emoções intensas e as dificuldades interpessoais, trabalhando com as defesas primitivas e as experiências traumáticas subjacentes.

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 Luíza Pedroso Cunha
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Na psicanálise, o TOC é visto como uma forma de tentar controlar a angústia por meio de rituais e pensamentos repetitivos, uma maneira de evitar um desejo ou um conflito interno. O sujeito tenta se prender a regras rígidas para não encarar algo que escapa ao seu controle. Já no TPB, a questão está na dificuldade de sustentar um sentido estável sobre si e os outros, levando a relações intensas e instáveis. O tratamento não busca “eliminar sintomas”, mas permitir que o sujeito encontre outra forma de lidar com sua angústia, sem ficar refém da compulsão ou da oscilação afetiva.







 Rodrigo Amorim de Souza
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Não existe "receita de bolo"; cada transtorno é tratado a partir das idiossincrasias do sujeito, sobre o que ele procura na análise. O analista atua como uma "tela em branco" em que o paciente vai lhe pintando suas angústias, seus desejos, etc; assim, é possível perceber "repetições" no sujeito que podem lhe trazer entraves em sua vida cotidiana e o analista atua realizando "interpretações" e "intervindo" nos contextos em que o paciente representa suas queixas, oferecendo recursos mais adequados/ sofisticados para que o sujeito lide com seus conflitos, independentemente de um transtorno ou não.
 Indayá Jardim de Almeida
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Na visão psicanalítica TOC está associado à sintomas, já o transtorno de personalidade borderline é algo estrutural, ligado à forma como o indivíduo consegue estar no mundo. As maneiras que podem impactar uma pessoa não se deve definir apenas em um resumo porque excluiria a subjetividade, diante disso, caso esteja passando por esse sofrimento, aconselho buscar um psicólogo/ psicanalista para ter um espaço de escuta sensível, acolhimento e investigação, possibilitando assim, perceber quais questões são geradas para sua vida. Espero ter ajudado, estou á disposição!
 José Antônio Sanches de Castro
Psicólogo, Psicanalista
Assis
A psicanálise pode ser uma abordagem terapêutica útil para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), embora o processo e os resultados possam variar.
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
Na psicanálise, o TOC é frequentemente compreendido como uma forma de lidar com ansiedades e conflitos inconscientes. As obsessões (pensamentos intrusivos e recorrentes) e compulsões (comportamentos repetitivos) são vistas como tentativas de controlar ou neutralizar esses conteúdos psíquicos.
O tratamento psicanalítico para o TOC geralmente envolve:
Análise dos sintomas
O terapeuta e o paciente exploram os sintomas do TOC, buscando identificar os pensamentos, sentimentos e situações que desencadeiam as obsessões e compulsões.
Investigação do inconsciente
Através da associação livre, análise de sonhos e outros métodos, o terapeuta e o paciente investigam o inconsciente em busca de conflitos, traumas ou desejos reprimidos que possam estar na raiz do TOC.
Compreensão da função dos sintomas
O terapeuta auxilia o paciente a compreender a função dos sintomas do TOC, ou seja, como eles servem como uma forma de lidar com a ansiedade e outros sentimentos difíceis.
Elaboração dos conflitos
O paciente é encorajado a expressar e elaborar os conflitos inconscientes que estão na base do TOC, permitindo que ele se liberte da necessidade de controlar seus pensamentos e comportamentos através das obsessões e compulsões.
Desenvolvimento de novas formas de lidar com a ansiedade
O terapeuta auxilia o paciente a desenvolver novas formas de lidar com a ansiedade e outros sentimentos difíceis, sem recorrer aos sintomas do TOC.
Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)
O TPB é caracterizado por instabilidade emocional, impulsividade, dificuldades nos relacionamentos e medo do abandono. Na psicanálise, o TPB é frequentemente compreendido como resultado de experiências traumáticas na infância, que afetam o desenvolvimento do self e a capacidade de regular as emoções.
O tratamento psicanalítico para o TPB geralmente envolve:
Estabelecimento de uma relação terapêutica segura
O terapeuta busca estabelecer uma relação terapêutica segura e confiável, que possa servir como um modelo de relacionamento saudável para o paciente.
Exploração das experiências traumáticas
O terapeuta e o paciente exploram as experiências traumáticas da infância que possam ter contribuído para o desenvolvimento do TPB.
Compreensão dos padrões de relacionamento
O terapeuta auxilia o paciente a compreender seus padrões de relacionamento disfuncionais, que podem envolver idealização e desvalorização do outro, medo do abandono e comportamentos impulsivos.
Desenvolvimento de habilidades de regulação emocional
O terapeuta auxilia o paciente a desenvolver habilidades de regulação emocional, aprendendo a identificar, expressar e lidar com suas emoções de forma mais saudável.
Fortalecimento do self
O terapeuta auxilia o paciente a fortalecer seu senso de self, construindo uma identidade mais coesa e integrada.
É importante ressaltar que o tratamento psicanalítico para o TOC e o TPB pode ser um processo longo e desafiador, que exige do paciente e do terapeuta um compromisso mútuo. No entanto, a psicanálise pode ser uma abordagem terapêutica valiosa para ajudar os pacientes a compreenderem e lidarem com seus transtornos, permitindo que eles vivam vidas mais plenas e significativas.
Se você se interessa em saber mais sobre como a psicanálise trabalha com o TOC e o TPB, recomendo buscar um profissional de sua confiança para conversar e tirar suas dúvidas.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? Essas são questões bem interessantes, porque tanto o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) quanto o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) envolvem padrões emocionais e comportamentais intensos, que podem impactar profundamente a vida da pessoa. A psicanálise tem uma forma particular de olhar para esses transtornos, focando na compreensão do inconsciente, dos conflitos internos e das experiências precoces que podem ter contribuído para essas dificuldades.

No caso do TOC, a psicanálise entende que as obsessões e compulsões podem estar ligadas a conflitos internos não resolvidos, muitas vezes relacionados a culpa, controle e repressão de desejos ou emoções. O sintoma acaba sendo uma forma de defesa, uma tentativa do psiquismo de lidar com angústias profundas. Por isso, o tratamento busca interpretar o significado dessas repetições e ajudar o paciente a elaborar os conteúdos inconscientes que podem estar por trás delas.

Já no TPB, onde as emoções são intensas e instáveis, a psicanálise costuma trabalhar o entendimento da origem dessas oscilações afetivas, que muitas vezes estão ligadas a experiências precoces de apego, relações instáveis ou sentimentos profundos de abandono. O processo terapêutico busca ajudar a pessoa a dar sentido às suas emoções, a entender as dinâmicas dos seus relacionamentos e a encontrar formas mais equilibradas de lidar com o medo da rejeição e da instabilidade emocional.

Embora a psicanálise tenha sua contribuição para esses transtornos, hoje existem abordagens que demonstraram maior eficácia no tratamento, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para o TOC e a Terapia Comportamental Dialética (DBT) para o TPB. A neurociência também tem mostrado como algumas dessas condições estão ligadas a padrões específicos de funcionamento cerebral, o que nos ajuda a entender por que certas técnicas funcionam melhor do que outras.

Se você está lidando com alguma dessas questões, o mais importante é encontrar um tratamento que faça sentido para você e que seja baseado em evidências. Caso queira explorar outras abordagens para entender qual pode te ajudar mais, estou à disposição.
Olá! Como vai?

Bom, a psicanálise trabalha a partir da escuta do sujeito inconsciente. Ou seja, em sessão priorizamos por escutar nosso paciente e o que ele tem a trazer. É um espaço de fala livre e segura para questões que desejam serem faladas em análise. A partir disso, a psicanálise procura acolher todos aqueles que desejam fazer o processo, sejam pacientes com diagnóstico psiquiátrico de transtorno obsessivo- compulsivo, transtorno de personalidade Borderline, entre outros. É preciso compreender o sujeito para além desse diagnóstico e como é seu funcionamento psíquico para que seja possível realizar intervenções. A psicanálise trabalha com o caso a caso, por isso, não é possível fornecer uma resposta com intervenções prontas e rápidas, pois se procura sempre trabalhar com a ética de escutar o sujeito que chega de forma singular e autêntica.
 Natália Bandeira Campos
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
A psicanálise aborda tanto o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) quanto o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) a partir da compreensão do inconsciente, buscando identificar os conflitos internos que dão origem aos sintomas. O foco não está apenas no alívio dos comportamentos, mas na elaboração das angústias envolvidas.
O TOC é marcado por pensamentos obsessivos e compulsões repetitivas, que funcionam como uma tentativa de aliviar a ansiedade. Os sintomas obsessivos-compulsivos podem estar ligados a conflitos inconscientes, muitas vezes relacionados a sentimentos reprimidos, culpa ou necessidade de controle. A análise busca compreender qual é o significado simbólico das obsessões e compulsões para o sujeito, ajudando a trazer esses conteúdos inconscientes à consciência e explora a relação do paciente com sua história de vida, identificando possíveis traumas ou dinâmicas familiares que possam ter contribuído para a formação do transtorno. O objetivo é flexibilizar o funcionamento psíquico, permitindo que o sujeito lide com sua angústia de forma menos rígida e sintomática.
O Transtorno de Personalidade Borderline é caracterizado por intensa instabilidade emocional, relacionamentos turbulentos, impulsividade e um sentimento profundo de vazio. Na psicanálise trabalhamos investigando experiências infantis e relações primárias que possam ter influenciado a construção da identidade e dos modos de vinculação do paciente, buscamos compreender os mecanismos de defesa utilizados; trabalhamos a capacidade de simbolizar e elaborar emoções, ajudando o paciente a integrar melhor suas experiências e reduzir a impulsividade, estabelecendo um espaço seguro para que o paciente possa construir uma identidade mais estável e desenvolver relações mais saudáveis.
faça terapia cognitivo comportamental
 Homero Artur Belloni Silva
Psicanalista, Psicólogo
Londrina
Ela busca a origem inconsciente dos sintomas desse transtorno. Principalmente por meio da técnica da associação livre e assim tratá-los.
 Germaniely Lima
Psicólogo, Psicanalista
Recife
Para psicanálise O diagnóstico é estrutural sendo as estruturas: neurose subdividido em histeria, obsessivo, a perversão e a psicose. Os transtornos obsessivo compulsivo e o de personalidade borderline fazem parte da estrutura neurótica sendo o transtorno de borderline mas característica da estrutura histérica que tem como base a insatisfação e a instabilidade emocional. Para esse tipo de estrutura a psicanálise trata visando conduzir o sujeito aumentar o seu nível de satisfação e encontrar novos sentidos para sua vida reduzindo assim a sua instabilidade emocional. Já no transtorno você teve compulsivo o sujeito tende a disfarçar o seu vazio tentando preenchê-lo com repetições compulsivas seja nas ações ou nos pensamentos e assim se afastar do seu desejo. Para este caso o tratamento é conduzindo o sujeito a reconhecer e assumir o seu desejo não precisando mais de contornos repetitivos para suplantá-lo.
Na psicanálise, tanto o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) quanto o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) são compreendidos para além dos rótulos diagnósticos. O foco não está em tratar apenas os sintomas, mas em entender os conflitos psíquicos inconscientes que dão origem a esses comportamentos.
No caso do TOC, a psicanálise busca investigar o que está por trás das obsessões e compulsões, entendendo-as como defesas contra angústias mais profundas. Os rituais compulsivos podem funcionar como uma tentativa de controle diante de algo interno que escapa à consciência. O trabalho analítico permite que o paciente acesse os significados inconscientes dessas repetições e encontre formas menos sofridas de lidar com sua angústia.

Já no TPB, a instabilidade emocional, a impulsividade e o medo do abandono são vistos como expressões de conflitos primitivos, muitas vezes ligados a vivências precoces de desamparo ou rupturas na construção da identidade. A terapia psicanalítica busca ajudar o paciente a elaborar essas feridas emocionais, fortalecendo sua capacidade de simbolizar e sustentar seus afetos sem precisar recorrer a comportamentos autodestrutivos ou relacionamentos intensamente instáveis.
Em ambos os casos, o objetivo da psicanálise não é apenas aliviar os sintomas, mas transformar a relação do sujeito consigo mesmo e com suas experiências psíquicas, permitindo maior liberdade e autonomia sobre sua vida emocional.
A experiencia psicanalítica pode oferecer um espaço exclusivamente seu e sem julgamento para que possa falar livremente sobre conflitos impasses, sensações e dificuldades que causam qualquer sofrimento psíquico. Terá espaço por meio da fala para trazer a consciência conteúdos inconscientes que podem ter relação com o transtorno que se queixa e a partir dessa descoberta construir seu jeito de lidar com o que causa sofrimento.
Dra. Karina Silva
Psicólogo, Psicanalista
Luziânia
Olá! Boa Tarde! A psicanálise compreende tanto o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) quanto o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) a partir da história emocional e dos padrões inconscientes do paciente.

No TOC, a psicanálise busca entender os conflitos internos que dão origem às obsessões e compulsões, ajudando o paciente a acessar e elaborar os significados inconscientes por trás desses sintomas. O objetivo é reduzir a angústia e proporcionar maior flexibilidade psíquica.

Já no TPB, a abordagem psicanalítica investiga as experiências precoces e as dificuldades na construção da identidade e na regulação emocional. A terapia ajuda o paciente a compreender seus padrões relacionais e emocionais, favorecendo um maior equilíbrio afetivo e fortalecendo sua capacidade de lidar com impulsos e frustrações.

Em ambos os casos, o trabalho psicanalítico é um processo contínuo, que respeita o tempo e a singularidade de cada paciente, promovendo mudanças estruturais que vão além do alívio imediato dos sintomas.

Caso tenha mais dúvidas, estou à disposição!
 Vinícius Eduardo Martino Fonseca
Psicólogo, Psicanalista
Ribeirão Preto
Olá! Na psicanálise, tanto o TOC quanto o TPB são compreendidos a partir da estrutura psíquica e dos conflitos inconscientes que sustentam os sintomas. No TOC, a compulsão e a obsessão são formas de lidar com angústias profundas, muitas vezes relacionadas a conflitos reprimidos e à tentativa de controle sobre o desejo e a falta; a escuta psicanalítica busca trazer à tona os significados inconscientes dessas repetições e auxiliar na elaboração dessas questões. Já no TPB, marcado por intensas oscilações emocionais e dificuldades nos vínculos, a psicanálise entende a instabilidade como expressão de angústias primitivas e de dificuldades na constituição do eu, trabalhando para que o sujeito possa construir uma relação mais integrada consigo mesmo e com os outros. Podemos marcar uma sessão para conversar melhor sobre isso e explorar essas questões com maior profundidade. Um abraço, Vinícius.
 Lucas Felippe Figueiredo
Psicólogo
Niterói
É importante a compreensão de que essas categorias surgem na área da psiquiatria (medicina) e não na psicanálise. As internveções do psicanalista irão variar no caso a caso, mas passarão pela escuta e pela associação livre (que o analisando lhe diga livremente o que vier em sua mente). É importante afirmar que o psicanalista que não tenha formação médica não é autorizado a prescrever medicações. Um trabalho multiprofissional com um psiquiatra ou médico pode ser indicado pelo analista.
 Vanessa Oliveira Martins
Psicólogo, Psicanalista
Londrina
A psicanálise aborda o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) focando nos conflitos inconscientes e na história psíquica do indivíduo. No TOC, a análise busca entender os mecanismos de defesa, como a formação reativa e o isolamento, que geram rituais e pensamentos obsessivos como forma de controlar angústias profundas, muitas vezes ligadas a desejos ou medos reprimidos e inconscientes. O trabalho terapêutico consiste em trazer esses conteúdos à consciência, ajudando a pessoa a lidar com suas ansiedades de forma menos rígida e compulsiva. Já no TPB, a psicanálise explora a instabilidade emocional, os medos de abandono e a dificuldade em manter uma identidade coesa, frequentemente relacionada a traumas precoces ou falhas no ambiente familiar. A transferência, relação entre paciente e analista, é central no tratamento, pois permite trabalhar padrões relacionais disfuncionais e reconstruir uma sensação de segurança interna.
 Maisa Guimarães Andrade
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
A psicanálise enxerga o sujeito para além dos rótulos diagnósticos, compreendendo a singularidade de cada pessoa e a história que a trouxe até aqui. Quando falamos sobre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), estamos lidando com formas específicas de sofrimento psíquico que, apesar de terem manifestações diferentes, podem carregar algo em comum: uma luta interna intensa, muitas vezes marcada por angústia, culpa e dificuldades nos vínculos.

No caso do TOC, os pensamentos obsessivos e os comportamentos compulsivos podem ser compreendidos como formações do inconsciente, tentativas de lidar com uma angústia que não encontrou outro canal de expressão. Muitas vezes, a compulsão surge como uma defesa contra um medo profundo, uma sensação de descontrole ou um conflito interno não elaborado. A psicanálise trabalha ajudando o sujeito a escutar o que está por trás desses sintomas: O que essas obsessões tentam evitar? O que essa compulsão busca remediar? Através da fala e do processo analítico, é possível dar um novo significado a essas repetições e, aos poucos, reduzir a necessidade desses rituais, não apenas no comportamento, mas na lógica inconsciente que os sustenta.

Já no TPB, há um intenso sofrimento ligado às relações, à autoimagem e à regulação emocional. É comum que a pessoa se sinta à mercê de emoções avassaladoras, oscilando entre momentos de grande intensidade afetiva e um vazio profundo. A psicanálise ajuda a compreender de onde vêm essas dores: Como foram os primeiros vínculos na sua história? Que feridas podem estar sendo revividas nos relacionamentos atuais? O que essa instabilidade emocional expressa sobre experiências que marcaram sua subjetividade?

No consultório, o setting analítico se torna um espaço seguro para que, aos poucos, a pessoa possa reconhecer padrões inconscientes, encontrar novas formas de se relacionar consigo mesma e com o mundo, e, principalmente, construir um caminho de maior autonomia emocional. Diferente de abordagens mais diretivas, a psicanálise não impõe mudanças imediatas, mas convida o sujeito a se escutar profundamente, para que a transformação aconteça de dentro para fora.

Se você sente que essas questões fazem parte da sua vida, saiba que há caminhos para compreender e lidar com esse sofrimento. A psicanálise pode ser esse espaço onde, sem pressa e com acolhimento, você pode começar a se escutar de um jeito novo, ressignificando sua história e construindo um percurso que faça sentido para você.
Espero ter te ajudado. Fico à disposição, caso tenha mais dúvidas.
Grande abraço!






Olá! Nosso sofrimento emocional está relacionado a aspectos imaturos -e pode-se dizer "doentes"- de nossa personalidade. A psicanálise cuida e trata destes aspectos imaturos/doentes a partir da experiência pessoal que cada um tem (seja o diagnóstico de TOC ou de TPB).

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