Camila Rossi

Alguns tipos: obsessões quanto a limpeza; verificação repetida de fechaduras, fogão; contar objetos ou ações acreditando que isso pode prevenir algum acontecimento ruim; busca incessante de simetria e ordem; dificuldade de se desfazer de objetos por medo de que algo ruim aconteça; pensamentos intrusivos; medo exacerbado de se entregar a um relacionamento por medo de traição ou por achar que não ama suficientemente o parceiro; medo de tomar decisões o que pode gerar muito sofrimento.

Na psicanálise, a neurose obsessiva-compulsiva (TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo para a Psiquiatria) é entendida como resultado de conflitos inconscientes, muitas vezes relacionados a culpa, desejo e medo. Freud associou essa neurose à fase anal do desenvolvimento psicossexual, com base no controle exacerbado e repressão de impulsos agressivos ou sexuais. Ela se manifesta em pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos repetitivos, utilizados como defesa contra ansiedades profundas.

A psicanálise tem muitos a oferecer para pacientes que sofrem com esse tipo de neurose.

Eu, como profissional da saúde mental, acredito que a cura está no reestabelecimento de uma ordem perdida.
Por meio do ganho de consciência sobre seus traumas e seus desejos mais profundos, é possível reestabelecer a ordem perdida ressignificando as experiências passadas e escrevendo uma nova história a partir de então. Exige dedicação e muito trabalho, mas os resultados são surpreendentes.