Equipe Doctoralia
A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, que provoca lesões ao cérebro e à medula. As causas da patologia, que afeta principalmente mulheres de 20 a 40 anos, ainda são desconhecidas. Mas estudos apontam que predisposição genética, fatores ambientais e a contaminação pelo vírus Epstein-Barr podem contribuir para o seu surgimento.
Outra característica da esclerose múltipla é que a doença é difícil de ser identificada. Ou seja, é necessária uma combinação de exames, assim como a análise do histórico do paciente. Quer saber o que é, quais os sintomas e como diagnosticar a esclerose múltipla? Acompanhe o texto!
A esclerose múltipla é uma doença neurológica que ocorre quando células de defesa do corpo atacam o sistema nervoso.
O organismo interpreta como invasoras as células saudáveis da bainha de mielina, capa que envolve parte do neurônio e faz com que o impulso nervoso ocorra de maneira mais rápida. Isso provoca lesão nesse envoltório, de forma que a comunicação do cérebro com o corpo fica prejudicada.
Existem quatro formas clínicas da esclerose múltipla:
A evolução da esclerose múltipla varia de paciente para paciente. Mas é comum que, na fase inicial, os sintomas sejam leves, desaparecendo depois de uma semana. Por conta disso, pacientes podem levar tempo para descobrir a doença, diagnosticando-a somente em fase mais avançada.
Apesar da variação, há alguns sintomas mais frequentes. São eles:
Os sintomas se tornam mais intensos com o passar do tempo. Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.
Saber como diagnosticar a esclerose múltipla não é tarefa fácil, pois os sintomas podem variar de um paciente para outro, como dito anteriormente. Por isso é importante descrevê-los ao médico, em especial se eles não estiverem presentes no momento da consulta.
Os exames de ressonância magnética do crânio e da coluna são os mais indicados para diagnosticar esclerose múltipla, já que detectam zonas de desmielinização no cérebro e na medula. Durante a realização, pode ser necessário o uso de contraste para facilitar a visualização das áreas afetadas.
O diagnóstico de esclerose múltipla inclui ainda uma avaliação do histórico clínico do paciente. Se ainda assim não for possível ter certeza, podem ser necessários outros exames, como a punção lombar, em que se analisa o líquido cérebro-espinhal. Exames de imagem e de sangue, para excluir outras patologias com sintomas parecidos, também podem ser requeridos.
Não há cura para a esclerose múltipla, mas alguns tratamentos podem ajudar o paciente a ter mais qualidade de vida enquanto convive com a doença.
Em crises agudas, são usados corticosteróides, que suprimem o sistema imunológico, aliviando sintomas imediatos. Também são indicados medicamentos que impedem o sistema imunológico de atacar as células, reduzindo recaídas.
Há ainda remédios administrados para tratar sintomas específicos, como relaxantes musculares e medicamentos contra incontinência urinária, tremores, fadiga e depressão. Em casos mais graves, outros tratamentos usados são troca de plasma e transplante de células tronco.
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