Artigos 25 março 2024

Como diagnosticar esclerose múltipla: exames que auxiliam o diagnóstico

Equipe Doctoralia
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A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, que provoca lesões ao cérebro e à medula. As causas da patologia, que afeta principalmente mulheres de 20 a 40 anos, ainda são desconhecidas. Mas estudos apontam que predisposição genética, fatores ambientais e a contaminação pelo vírus Epstein-Barr podem contribuir para o seu surgimento.

Outra característica da esclerose múltipla é que a doença é difícil de ser identificada. Ou seja, é necessária uma combinação de exames, assim como a análise do histórico do paciente. Quer saber o que é, quais os sintomas e como diagnosticar a esclerose múltipla? Acompanhe o texto!

O que é a esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença neurológica que ocorre quando células de defesa do corpo atacam o sistema nervoso.

O organismo interpreta como invasoras as células saudáveis da bainha de mielina, capa que envolve parte do neurônio e faz com que o impulso nervoso ocorra de maneira mais rápida. Isso provoca lesão nesse envoltório, de forma que a comunicação do cérebro com o corpo fica prejudicada.

Existem quatro formas clínicas da esclerose múltipla:

  • Remitente-recorrente (EMRR): ocorre nos primeiros anos da doença e engloba 85% dos casos. Nessa forma, os surtos da esclerose múltipla duram alguns dias ou semanas e a recuperação é completa. Caso não seja iniciado um tratamento adequado, os ataques podem acontecer, em média, uma vez por ano. Algumas pessoas com EMRR podem evoluir para a forma progressiva da doença.
  • Primária progressiva (EMPP): nesse caso, a doença piora com o decorrer do tempo. Não há surtos definidos e também há pouca recuperação.
  • Secundária progressiva (EMSP): depois de cerca de 10 anos convivendo com a EMRR, algumas pessoas podem evoluir para a esclerose múltipla secundária progressiva. Nesse caso, os sintomas podem se tornar estáveis, sem recaídas ou remissões, como ocorre na EMPP.
  • Recidivante progressiva (EMRP): essa é a forma menos comum, afetando apenas 5% dos pacientes. Nela, os ataques ocorrem de vez em quando, mas os sintomas continuam e pioram entre uma recaída e outra.

Sintomas da esclerose múltipla

A evolução da esclerose múltipla varia de paciente para paciente. Mas é comum que, na fase inicial, os sintomas sejam leves, desaparecendo depois de uma semana. Por conta disso, pacientes podem levar tempo para descobrir a doença, diagnosticando-a somente em fase mais avançada.

Apesar da variação, há alguns sintomas mais frequentes. São eles:

  • Problemas sensitivos, como a perda da sensibilidade dos membros inferiores ou de um lado do corpo;
  • Problemas motores, por exemplo dificuldade para fazer atividades como escrever ou correr, e fraqueza;
  • Problemas cognitivos, como perda de memória e falta de atenção;
  • Problemas visuais, como a perda parcial da visão ou visão turva;
  • Dificuldade para falar e engolir;
  • Incontinência urinárias;
  • Perda de libido;

Os sintomas se tornam mais intensos com o passar do tempo. Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.

Como diagnosticar esclerose múltipla?

Saber como diagnosticar a esclerose múltipla não é tarefa fácil, pois os sintomas podem variar de um paciente para outro, como dito anteriormente. Por isso é importante descrevê-los ao médico, em especial se eles não estiverem presentes no momento da consulta.

Os exames de ressonância magnética do crânio e da coluna são os mais indicados para diagnosticar esclerose múltipla, já que detectam zonas de desmielinização no cérebro e na medula. Durante a realização, pode ser necessário o uso de contraste para facilitar a visualização das áreas afetadas.

O diagnóstico de esclerose múltipla inclui ainda uma avaliação do histórico clínico do paciente. Se ainda assim não for possível ter certeza, podem ser necessários outros exames, como a punção lombar, em que se analisa o líquido cérebro-espinhal. Exames de imagem e de sangue, para excluir outras patologias com sintomas parecidos, também podem ser requeridos.

Tratamento da esclerose múltipla

Não há cura para a esclerose múltipla, mas alguns tratamentos podem ajudar o paciente a ter mais qualidade de vida enquanto convive com a doença.

Em crises agudas, são usados corticosteróides, que suprimem o sistema imunológico, aliviando sintomas imediatos. Também são indicados medicamentos que impedem o sistema imunológico de atacar as células, reduzindo recaídas.

Há ainda remédios administrados para tratar sintomas específicos, como relaxantes musculares e medicamentos contra incontinência urinária, tremores, fadiga e depressão. Em casos mais graves, outros tratamentos usados são troca de plasma e transplante de células tronco.

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