Thiago Ventura De Sousa

Reforçando o que já foi dito por todo mundo:

Hipnoterapia não tem dados o suficiente para demonstrar sua eficácia. Com isso, existem sim estudos de eficácia da HIPNOSE para relaxamento, sendo comparável inclusive com técnicas de mindfulness e respiração diafragmática.

O porém que vemos é com o mercado em si, e não com a ferramenta da Hipnose.

Muita gente vendendo "a técnica revolucionária da hipnoterapia", diz fazer uma "imersão de 2 sessões e está totalmente curado, porque a gente vai na raiz do problema", com um joguete de marketing mau-caráter e formação de 2 semanas em que aprendeu um monte de pseudociência mequetrefe. Ou seja, não houve uma capacitação real para a aplicabilidade da técnica, o que só faz piorar a situação do paciente.

Principalmente sob o contexto citado, TAS.

Com isso, se faz necessário a procura de um profissional da psicologia que tenha se munido de conhecimento a área e esteja à par do tema, desde as bases epistemológicas até as evidências mais recentes de eficácia do tratamento.

E importante saber o seguinte:
1- Quando esse desinteresse e irritação acontecem? É na aula? Na hora de fazer a tarefa? Ou é alguma atividade como Kumon e/ou inglês?
2- Que horas ela vai pra escola? Que horas faz a tarefa de casa?
3- Quanto tempo e qual hora ela brinca?
4- Ela costuma a ter um tempo só dela ( ficando sozinha e sem fazer nada)?

Não tem como a gente ter uma resposta realmente certeira sem que possamos dar uma acompanhada na rotina dela.
À partir daí, a gente pode pensar em observar:
1- Como ela se comporta na escola?
2- Como ela se porta com os coleguinhas?
3- Com quem ela fica em casa durante a semana?
4- Como ela age com os pais?

Isso sem falar de tópicos relativos a tarefa:
1- Como são as tarefas de casa? E as de classe?
2- Quanto tempo ela passa fazendo a tarefa em casa? E na escola?
3- Quem ajuda a criança a estudar?

Observar esse desinteresse é algo bem mais complexo que só "ela tem ou não problemas", principalmente quando a gente está olhando uma criança de 5 anos, que está em pleno desenvolvimento e com pelo menos "10 pilhas Alcalinas nas costas" de tanta energia. Podem existir várias variáveis, que vamos minando ao longo do processo terapêutico com a criança e os pais, buscando evidências para o porque do comportamento de esquiva da tarefa e da irritação ao ato de estudar.