Vi mortes e assassinatos desde os 5 anos de idade. Perdi casa, pai e outros familiares e amigos. Cas

O luto precisa ser elaborado. Muitos episódios de perdas significativas você passou. Lidar com a morte, com a perda. O Eu é sustentado por pai, mãe, filho, cônjuge, profissão, entre tantos objetos de ligação. Perder um desses sustentáculos implica em desequilíbrio. Procure um psicanalista.

Traumas. Muitos traumas desde a infância. Seu ego, como forma de proteção e sobrevivência, sufoca toda a possibilidade de manifestação afetiva.
É possível trabalhar para superar essas experiências, mas te exigirá força e dedicação.

Sua pergunta é um tanto quanto traiçoeira. Você pergunta "o que pode ser isso?" quando, na verdade, esta resposta só pode ser encontrada dentro de você mesmo e tentar obtê-la fora de ti implica submeter-se à verdade ditada por outra pessoa para você não precisar entrar em contato com suas próprias razões para ter chegado a esse estado de embotamento afetivo no qual se encontra hoje. Na verdade, esse é o momento de iniciar uma análise com ajuda de um psicanalista para entender autenticamente esse estado no qual você se encontra e daí lidar melhor com isso.

Você precisa de um espaço para elaborar tantos acontecimentos traumáticos, desta forma poderá avançar e continuar numa vida que deseja e que possa de alguma forma valer a pena de ser vivida. Procure ajuda, é muito importante e o que você tem para dizer também. Fico disponível.

Olá ! Você passou por muitas situações em sua vida e é preciso que você consiga elaborar o que você sente frente a isso. O acompanhamento profissional irá te auxiliar nesse processo.

Olá! O que você descreve pode ser despersonalização, mas a Psicanálise não está preocupada em rotular as pessoas ou dar nomes a um conjunto de sintomas. A Psicanálise pode ajudar você a: (1) Valorizar suas qualidades. (2) Reconhecer seus defeitos. (3) Ser capaz de fazer concessões. (4) Saber que perder nunca é perder tudo. (5) Não ter vergonha ou medo de depender do afeto de outras pessoas. (6) Reencontrar a capacidade de amar. (7) Gostar de si mesmo. (8) Ter prazer de viver. As falas do psicanalista, nas consultas, são sempre breves, porque o mais importante é você se sentir à vontade para falar o que desejar e ser escutado atentamente pelo psicanalista.

Você disse "estou sem afeto". E você se pergunta sobre o que poderia ser diante de um nada sentir. Talvez, possa ser um ponto importante de partida para construir respostas, se dar ao trabalho em dialetizar, construir respostas, produzir ensaios interessantes. Você poderia começar a escrever ou dialogar com alguém que tenha uma simpatia. Se começar a escrever, talvez poderá se interessar em ler. A leitura pode trazer alguns significantes que possa ser possível se emocionar. Se precisar de ajuda, estarei a qualquer tempo.

Seus lutos não foram elaborados, sua energia psíquica foi esgotada, agora seria o momento de começar uma terapia, pois neste espaço de tempo onde você diz que não sente afeto sua energia está sendo acumulada e pronta para ser utilizada na elaboração de seus lutos.

Na última teoria do trauma, Freud diz que tal afecção psíquica gera dois efeitos: positivos e negativos. No viés positivo, o paciente sente a necessidade de verbalizá-lo, reencená-lo discursivamente. É movido por uma compulsão à repetição, visto que está fixado na dimensão traumática. Na vertente negativa, o trauma deve permanecer esquecido. Trata-se de uma operação psicológica para se evitar mais dores; um mecanismo de defesa (que paradoxalmente pode produzir mais problemas emocionais para o sujeito).

O trauma está bem vivo em você. Contudo, sua forma de lidar sintomatologicamente como tanto sofrimento foi entrar em uma floresta de silêncios e de ruptura de afetos. Faça (ou refaça) a travessia do luto com o apoio de um psicanalista. Você realmente precisa. Ninguém é capaz de elaborar tantas perdas só. A partir de todo este padecimento, na análise, você terá condições de produzir uma "escrita" que te possibilitará investir libidinalmente em outros objetos. Ou seja, poderá transformar a dor em "letra", voltando a ver sentido na existência. Seu mundo terá grandes chances de ganhar cores novamente. É óbvio que será uma jornada longa, desgastante e errática, mas, ao fim e ao cabo, creio que valerá a pena. Caso contrário, os objetos que te circulam não serão apreendidos por seu psiquismo em crise permanente - mesmo sendo uma crise sem voz, emudecida, e profundamente dolorida. Cuide-se.

Olá! Foram muitas perdas, desde menin(o)a. O luto é um desafio para todos e, sendo sucessivos, maior ainda. Ainda assim, vem firmemente prosseguindo sua vida e o fato de estar aqui escrevendo sobre essas dores significa que busca apoio profissional para enfrentá-las e digeri-las. Importante iniciar uma terapia o quanto antes para deixar escoar o que está sufocado no peito e gerando essa aparente apatia/melancolia. Persista!

Olá! Sinto muito pela sua trajetória, imagino o quanto foi e é difícil para você. Passar pelo luto não é algo fácil. Sugiro que faça terapia, cuide de você, ter um momento para tratar essas feridas sentimentais será uma alívio para sua vida.

Estamos falando de diversas perdas no decurso de sua vida, lutos e mais lutos. Quebras de vínculos, de estabilidade, sentimento de desamparo. Possivelmente essa falta de afeto, essa indiferença, pode ser um mecanismo de defesa do inconsciente, como forma de se proteger do sofrimento, ou seja, das perdas. Recomendo você procurar um psicanalista para trabalhar essas diversas questões apresentadas.

É compreensível que você esteja se sentindo indiferente e sem afeto após passar por tantas perdas e sofrimento. Isso pode ser sinal de um transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), que é desenvolvido após uma pessoa passar por eventos traumáticos, como violência, acidentes, ou mortes. Os sintomas do TEPT incluem flashbacks, pesadelos, evitação de gatilhos, e dissociação emocional (como sentir-se indiferente ou sem afeto).

Além disso, a pandemia de COVID-19 trouxe mais stress e incerteza para todos, e as perdas que você mencionou podem ter agravado ainda mais esses sintomas. É importante que você procure ajuda de um profissional de saúde mental para avaliar e tratar essas preocupações. A terapia, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e terapia de exposição, pode ser útil para ajudá-lo a lidar com os sintomas do TEPT. A terapia de processamento de trauma, também pode ser benéfica. Além disso, o uso de medicamentos, como os antidepresivos, pode ser útil para aliviar os sintomas.

Lembre-se que é compreensível que você esteja se sentindo assim depois de passar por tantos eventos traumáticos e perdas. Não se sinta culpado por seus sentimentos e lembre-se de que ajuda está disponível e é importante buscá-la.

Sinto muito por suas perdas. É possível que você esteja indiferente e sem nenhum afeto como um mecanismo de defesa perante tantas perdas em sua vida. Não é fácil para uma pessoa conviver com a morte deste muito pequena, o que você vivenciou quando criança pode ter sido tão impactante que de alguma forma você se anestesiou em decorrência de tantas ausências. Note que embora você se veja indiferente, esta questão está incomodando você e este já é o primeiro passo para que você busque uma terapia que te ajude a fazer novas conexões de afeto e amizade para que você tenha uma vida melhor. Como disse Aristóteles : '"O homem é um animal social".

Sinto muito por todas as perdas e dificuldades que você enfrentou ao longo da vida. É compreensível que uma sequência tão intensa de eventos traumáticos possa afetar profundamente as emoções e deixar você se sentindo indiferente e sem afeto.

O que você está descrevendo pode ser um sintoma de um transtorno conhecido como anedonia, que é a incapacidade de sentir prazer ou interesse nas coisas que costumavam trazer satisfação. A anedonia é um sintoma comum da depressão, mas também pode ocorrer em outros transtornos mentais, como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ou transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

Dada a natureza e a extensão das suas experiências, pode ser útil procurar apoio profissional de um psicanalista ou outro profissional de saúde mental. Eles podem ajudá-lo a processar o trauma, fornecer suporte emocional e discutir opções de tratamento, como terapia ou, se necessário, medicação.
Lembre-se de que é normal e compreensível sentir-se dessa forma após passar por tantas perdas e traumas. Não hesite em buscar ajuda profissional e apoio de entes queridos para atravessar esse período difícil. Psicanálise faz bem!

Primeiramente, quero dizer que sinto muito por todas as perdas e desafios que você enfrentou ao longo da vida. Você passou por experiências extremamente difíceis e traumáticas, e é completamente compreensível que essas experiências tenham um impacto profundo em suas emoções e bem-estar.
O que você descreve, uma sensação de indiferença e uma falta de sentimentos, pode ser uma resposta natural à acumulação de traumas e perdas que você enfrentou. Isso pode ser um mecanismo de defesa que a mente utiliza para lidar com a intensidade emocional dessas experiências.
No entanto, é importante entender que essa indiferença pode ser um sinal de que você está sobrecarregada emocionalmente e que pode ser benéfico buscar apoio profissional para ajudá-la a processar essas experiências e recuperar sua conexão com suas emoções.
Um psicólogo ou terapeuta treinado em lidar com trauma e luto pode ajudá-la a:
Explorar e compreender suas emoções: Trabalhar com um terapeuta pode ajudá-la a identificar e compreender suas emoções, mesmo que pareça que elas estão ausentes no momento.
Processar o trauma e o luto: O acompanhamento terapêutico pode fornecer um espaço seguro para você explorar e trabalhar o impacto de todas as perdas e traumas que você experimentou ao longo da vida.
Desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis: Um terapeuta pode ajudá-la a desenvolver estratégias para lidar com o estresse e o sofrimento de maneira saudável e eficaz.
Recuperar o bem-estar emocional: Com o tempo e apoio, é possível recuperar a capacidade de sentir emoções e encontrar um senso de equilíbrio emocional.
Lembre-se de que buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem e autocompaixão. É uma escolha valiosa que pode ajudá-la a lidar com as complexidades de sua história e a encontrar um caminho para a cura e o bem-estar emocional. Estou aqui para apoiá-la em sua jornada e encorajá-la a considerar a busca de ajuda profissional. Você merece apoio e cuidado para enfrentar esses desafios.

Sinto muito que você tenha passado por todas essas situações e mais ainda por todas as perdas que você teve ao longo de sua vida. Infelizmente uma simples resposta pode não trazer o que você realmente precisa ouvir, mas ter uma escuta acolhedora, atenta e pronta, pode te auxiliar a lidar com sua história e com os reflexos dela em você, de modo que dali pra frente ela tenha novos sentidos.