Transtorno afetivo bipolar tem cura? Ou apenas melhora?

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Transtorno afetivo bipolar tem cura? Ou apenas melhora?
O transtorno bipolar (TAB) possui o que chamamos de "controle": mais que uma melhora, mas menos que uma cura. A maioria das pessoas com TAB, tratadas devidamente, em médio a longo prazo (nos casos mais difíceis) consegu uma estabilidade que a deixa com uma vida normal, sentindo tristezas e alegrias como as pessoas sem TAB, podendo fazer todas as atividades que outras pessoas fazem. Entretanto, a suspensão da medicação é praticamente uma garantia de recaída, que pode ocorre em dias, semanas, meses ou, mais raramente, em anos. Os tratamentos para TAB, além de estabilizarem o humor, são à base de substâncias que possuem atividade estabilizadora das membranas das células nervosas e, algumas delas, antioxidantes, de modo que constituem uma proteção para o cérebro. Sem tratamento, pessoas com TAB que tiverem crises recorrentes, podem ter episódios progressivamente mais graves, em alguns casos e aumentam as probabilidades de desenvolverem déficits cognitivos (dificuldades de memória, principalmente). Assim, o tratamento é duplamente protetor: melhora a qualidade de vida e impede prejuízos ao cérebro. Devem ser escolhidas as melhores medicações, que podem ser diferentes de indivíduo para indivíduo e, felizmente, existem hoje muitos estabilizadores de humor, de modo que a maioria das pessoas se adapta bem a um ou a uma combinação dos mesmos. Os efeitos colaterais, quando se faz um acompanhamento médico regular e cuidadoso, são sempre menores que os benefícios e as medicações usadas em longo prazo no tratamento do TAB não causam dependência.

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Há alguns relatos, porém poucos, de pessoas que tão logo manifestaram os sintomas maníacos ou hipomaníacos, iniciaram um tratamento correto, passaram um tempo considerável de muitos meses em seguimento psiquiátrico, e receberam alta sem qualquer recorrência mesmo após dez ou mais anos após a alta. Estes casos não se tornaram crônicos, e isso certamente fez toda a diferença para o processo de cura. Entretanto, vale lembrar que foram pouquíssimos casos, e que, na grande maioria das vezes, vale o que o colega psiquiatra defendeu acima.

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