Toda degeneração hidropica é mola?

A degeneração hidrópica (também conhecida como edema celular ou degeneração vacuolar) é a primeira manifestação de quase todas as formas de dano celular. Ela é reversível e não letal. Ocorre devido à incapacidade da célula de manter o equilíbrio iônico e a homeostasia de fluidos, resultando no acúmulo intracelular de água. Quando afeta um órgão inteiro, esse órgão pode se apresentar pálido, com aumento de peso e turgor.

A mola hidatiforme é uma condição específica relacionada à gravidez. Ela nada mais é do que a degeneração hidrópica dos vilos coriônicos, acompanhada de hiperplasia dos componentes do trofoblasto. Essa condição pode ser encontrada em aproximadamente 1 a cada 1000 ou 2000 gestações. Os vilos coriônicos aumentam de volume e se tornam visíveis macroscopicamente e císticos. Microscopicamente, observa-se a degeneração hidrópica do tecido conjuntivo da vilosidade, com ausência dos vasos fetais.

Portanto, nem toda degeneração hidrópica é uma mola, mas a mola hidatiforme é um exemplo específico dessa alteração em contexto gestacional.

Essas informações destacam a distinção entre a degeneração hidrópica em geral e a mola hidatiforme, que é uma manifestação específica dessa condição durante a gravidez. É importante reconhecer as características de cada uma para um diagnóstico e manejo adequados.

Dra. Caroline Oliveira - CRM/SP 189586, Medicina Integrativa, com foco em Endocrinologia e Nutrologia.