Tenho TDA (desatento) e comorbidades em ansiedade, distúrbio do sono, e stress. Minha vida é um caos.

8 respostas
Tenho TDA (desatento) e comorbidades em ansiedade, distúrbio do sono, e stress. Minha vida é um caos. Tenho 23 anos. Os psicostimulantes me causam efeito rebote, ja tentei bupropiona e tive aumento do stress, sertralina ajudou muito pouco. Minha neura agora me indicou Brintellix o que acham?
Bom dia!
Primeiramente, se você está com todas estas comorbidades, com a vida em “um caos”, não creio que a neurologia seja a especialidade mais indicada para manejar seu quadro, seria mais do campo da psiquiatria.
Há várias formas de se introduzir um psicoestimulante para amenizar os efeitos colaterais iniciais, mas é muito importante que as comorbidades sejam também tratadas, muitas vezes antes de abordarmos o TDAH propriamente dito. Um dos motivos é o fato de os psicoestimulantes poderem agravar os quadros ansioso e o estresse.
Quanto ao Brintellix, para TDAH não tem indicação formal, mas não dá para avaliar se foi a prescrição mais adequada ou não por não conhecer seu quadro completo. Ela pode ter prescrito pensando em alguma comorbidade.
Abraços!

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Olá, sobre a medicação é algo que você terá que ajustar mesmo com seu médico. Agora, você já pensou em trabalhar com reabilitação neuropsicológica? Pode ser uma estratégia interessante para você. :)
Complementando o que já foi dito, TDAH assim como outros transtornos, tem melhor eficácia quando o paciente junta tanto o tratamento psiquiátrico quanto psicológico e se realizado por profissionais que tem uma prática específica para essa condição, tanto melhor será os resultados.
Boa tarde! Além da medicação, a psicoterapia ajuda o paciente a elaborar estratégias de planejamento e organização das dificuldades do dia-a-dia. Juntamente da medicação adequada, o tratamento seguirá de forma mais eficaz. Fico à disposição caso precise esclarecer algo mais.
Caro paciente,
Procurando oferecer um uma perspectiva diferente, mesmo concordando com boa parte do que disseram os profissionais acima, devo te dizer que me surpreende saber que, tão novo, você já tem um "currículo" tão grande em psicofármacos. É natural que, com a vida estando um caos, queiramos uma pílula mágica que resolva todos os nossos problemas e nos coloque de volta nos trilhos, mas isso não existe na vida real. Como você falou, conserta-se uma coisa e quebra outra. A medicação, por menores que sejam os efeitos colaterais, atua sobre o sintoma, mas não age sobre as causas do problema, e por essa razão os tratamentos medicamentoso e psicoterápico são complementares. Se de um lado o remédio ajuda a controlar o sintoma, a terapia pode te ajudar a resolver as causas. Assim, um ajuda o outro e você terá uma chance contra o caos em que se encontra.
Em algumas pessoas as medicações realmente trazem muitos efeitos colaterais. O que eu recomendo nesses casos é uma reabilitação neuropsicológica. Carinhosamente conhecida como reab, essa terapia é feita por um neuropsicólogo e o objetivo é trabalhar com as dificuldades apresentadas pelo TDAH. Na Reab desenvolvemos em conjunto com o paciente técnicas que irão ajudar a melhorar o dia a dia de quem tem TDAH. Normalmente pessoas com TDAH tem além de problemas atencionais, dificuldades em administrar o tempo, cumprir compromissos, planejar coisas, fazer as coisas com começo meio e fim, dificuldade em aprender com a propria experiencia (repetindo erros), seguir uma agenda, organizaçao espacial, etc. o sofrimento é muito grande. Na reab ensinamos como utilizar estrategias de modificação do ambiente para compensar os problemas atencionais, estabelecimento de rotina, divisão de tarefas passo a passo, uso de dispositivos externos (calendário, planejamento diário, escrever listas de verificação) diário de ideias chave, estrategias de pensamento que ajudam a focar, exercicios para treino da atençao, treino de estrategias de memorização, técnicas de controle de impulso, autoconsciencia, noções de tempo, como nao cometer erros por descuido, como executar tarefas que exigem esforço prolongado, etc. O resultado é sempre muito bom. Pessoas com efeitos colaterais ou que não desejam tomar remédio se beneficiam muito desta terapia.
Jovem, boa noite (ou bom dia ou boa tarde, conforme seu horário). Vou reverberar o que disseram os profissionais Katia Kestenberg, Aline Barreto e Rodrigo Nunes. Me parece que seu histórico requer uma associação entre o tratamento médico (psiquiatra) e a clínica psicoterapêutica. É preocupante que com só 23 anos sua vida esteja nesse grau de necessidades. Isso é compreensível numa era de multifunções, multiatividades, liquidez... Mas, é necessário, o quanto antes, procurar uma ajuda emcional, afetiva. Abraços. Nelson Gervoni - Psicanalista - Campinas/SP.
Bom dia! Relacionado à medicação, precisará ser ajustado paulatinamente (cada organismo que se adapta de forma diferente aos medicamentos) com o acompanhamento do médico que lhe assiste. Ademais, entendo que o auxílio medicamentoso é mais eficaz quando somado ao processo analítico. Desta forma, sugiro que, se possível, inicie uma análise pessoal individual, com uma Psicóloga de sua escolha e confiança.

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