Tenho depressão há + de 10 anos, sempre com acompanhamento psicoterápico e psiquiátrico. Porém toda

8 respostas
Tenho depressão há + de 10 anos, sempre com acompanhamento psicoterápico e psiquiátrico. Porém toda medicação só faz efeito pra mim até certo ponto, depois eu volto a sentir os sintomas da depressão. Meu médico acha q sou refratária. A ECT seria a solução para mim? Quais os riscos deste procedimento?
Primeiramente, é importante sempre deixar claro que apenas seu médico pode responder a quaisquer questões referentes especificamente ao seu caso.

Não há uma conceituação definitiva do que sejam depressões refratárias ao tratamento. Recebo pacientes no consultório que se queixam de má resposta a tratamentos e simplesmente não tomaram medicações por tempo suficiente ou em doses suficientes ou não usaram todas as combinações possíveis de medicações ou não usaram todos os tipos de medicações cujo uso se justificaria. Há também pessoas que metabolizam mais rápido as medicações e precisam de doses bem mais altas que a maioria.

Porém, a ECT é bom tratamento e não tem porque deixá-la como última opção. Se tiver uma depressão maior, após dois ou três tratamentos sem sucesso, já se justifica seu uso. Após a ECT, geralmente se volta a usar medicações, mas muitas vezes remédios que não fizeram efeito antes da ECT passam a ser eficazes, em seguida: a ECT sensibiliza o cérebro a elas.

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É sempre importante a pergunta que se faz sobre o sofrimento que se tem. Embora tenha algo aí que retorna da sua depressão, será que é sempre da mesma forma que ela se dá a cada vez que esses “sintomas” retornam? É importante formular o que há de diferente nesses retornos. Buscar uma psicanálise é uma via possível para situar esses sintomas e o “porquê” dessa insistência ao longo desse mais de 10 anos.
A ECT é um procedimento indolor e quando realizado o mesmo deve seguir as normas médicas e deve ser executado em um centro cirúrgico. A ECT é indicada para situações em que a medicação não apresenta resultados. Quando se trata de uma intervenção existem riscos, e a ECT tem alguns efeitos colaterais entre eles a perda da memória. É importante que você esclareça com o seu psiquiatra as suas dúvidas sobre os riscos e benefícios deste procedimento e só assim decida se ECT é a melhor opção.
Toda medicação fará efeito até um certo ponto. Após isto, a psique necessita uma reestruturação. Não conheço a ECT, porém concordo com alguns colegas que responderam acima, em que é possível que a sua psicoterapia em questão não lhe esteja sendo suficiente. Sempre recomendo que a busca por uma relação terapêutica satisfatória continue acontecendo.
Você pode experimentar outra abordagem teórica como EMDR ou terapia cognitivo comportamental. Procure um psicólogo com uma dessas especializações. Coloco me a disposição para esclarecimentos.
Para além de pensar em outras estratégias em relação à medicação, o acompanhamento em psicoterapia te auxiliaria não só a identificar a presença dos sintomas, mas a dar significado e produzir outros modos de enfrentamento dos mesmos! Nesse sentido, a terapia cognitivo-comportamental te auxiliaria bastante! A definição de um foco terapêutico, a utilização de alguns instrumentos de medida e a construção conjunta e participativa do paciente em seu processo servem de apoio/complemento à medicação, construindo uma aliança que produzirá um diferencial na diminuição dos sintomas!
Antes de usar a ECT pensaria em outras estratégias como avaliar se não é o tipo de psicoterapia que não está dando resultado. É importante que o medicamento auxilie o paciente a obter melhor resultado na sua terapia, mas não deixá-lo com a responsabilidade total do tratamento. A psicoterapia tem que promover as mudanças necessária para a saúde mental do paciente.
Minha primeira sugestão, especialmente se você tem confiança no seu médico, é consultá-lo sempre. Ser refratária não é um diagnóstico em si. Significa que você já tomou vários medicamentos, sem ter muito efeito significativo. Na maioria das vezes, isso pode ser solucionado com terapia. Você tem feito isso? Se sim, peça que seu terapia planeje o tratamento junto com o Psiquiatra. Se não, procure um. Minha intuição profissional me diz que provavelmente você necessita ver seus sintomas do ponto de vista psicológico dentro de um set terapêutico. Fale com seus familiares e também vejam o que eles acham. Qualquer coisa, estamos a disposição.

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