Tenho 29 anos. Sempre me senti diferente de todos. Nunca tive condições de procurar um psicólogo.

5 respostas
Tenho 29 anos. Sempre me senti diferente de todos. Nunca tive condições de procurar um psicólogo. Hoje tenho essa condição e ao procurar o psicólogo, depois de várias sessões ele sugeriu que eu sempre tive asperger. Me deu um encaminhamento para o psiquiatra. Como se dá o diagnóstico do psiquiatra?
A Síndrome de Asperger é um Transtorno do Neurodesenvolvimento, associado ao Transtorno de Espectro Autista e comprovada cientificamente, porém com algumas características diferentes do TEA.
Os sintomas, em crianças e adolescentes, estão relacionados à linguagem, à aprendizagem e à cognição, e ao comportamente.
Sugere-se, como boas opções, que o tratamento deva ser a TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) ou a Arteterapia. Mesmo assim, não há muitas opções.
No seu caso, com a sua idade e com um encaminhamento para investigação com um Psiquiatra, sugiro que procure esse profissional para saber mais sobre o tratamento. e sobre a necessidade de intervenção.

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O diagnóstico do psiquiatra se vale de dois livros que norteiam a classe médica, sendo o CID 10 e o DSM V (sendo este último, utilizado por psiquiatras). A depender do relatório de seu psicólogo, o médico pode incluir o uso de algum medicamento. Se você tem dúvidas quanto ao diagnóstico, é válido uma segunda opinião.
De forma bem resumida, o diagnóstico diferencial psiquiátrico se dá por meio do uso de manuais como o DSM V ou CID 10. Nesses manuais há uma série de transtornos e o diagnóstico é feito por associação de sinais, sintomas e aspectos anormais. Esse tipo de diagnóstico é muito polêmico e causa muita discussão no meio Psi como um todo, com uns alegando que esse tipo de diagnóstico legitimam o controle de pessoas "desadaptadas" ou contestadoras, com outros alegando ser imprescindível na direção do tratamento e na evolução médica.
De qualquer maneira, se medicar fosse a solução e apesar dos esforços da reforma psiquiátrica, não teríamos mais manicômios não é mesmo?
O diagnóstico de Asperger, hoje classificado nos manuais como dentro dos TEA, é muito precário e facilmente pode conduzir a uma medicalização desnecessária. Caso se sinta desconfortável, procure uma segunda escuta para evitar quaisquer problemas oriundos de efeito colateral por prescrição equivocada.
Prezada(o), boa noite. Todos os diagnósticos, inclusive o citado, deve ser realizado de forma processual. O olhar sensível da equipe na avaliação sempre é importante para o delineamento do diagnóstico, mas principalmente, dos possíveis caminhos a serem tomado pós diagnóstico. A Síndrome de Asperger, após as novas publicações de manuais psiquiátricos, se englobaram no que está sendo chamado de Transtorno do Aspectro Autista (TEA). Em linhas gerais, seria tido, segundo o manual, uma forma de autismo com outras características específicas, afetando dois aspectos importante que seriam a comunicação e interação social e um padrão de comportamento estereotipados, isto é, repetitivos, contínuos e muitas vezes, sem aparente sentido. Vale ressaltar que mesmo sinalizando alguns dos possíveis aspectos que fazem parte das características do diagnóstico, este, deve ser tomado de forma processual, servindo como um possível instrumento no processo de cuidado do sujeito. Ele é a parte e não o todo.
A avaliação Psiquiátrica bem como a condução de um tratamento medicamentoso quando o paciente apresenta sintomas comportamentais e emocionais de difícil adaptação e controle é prática importante para o bem estar do paciente.

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