Sou diagnosticada TAB, ainda sem tipo. Tive apenas um episódio de mania, porém estava com muita me

28 respostas
Sou diagnosticada TRanstorno bipolar ainda sem tipo.
Tive apenas um episódio de mania, porém estava com muita medicação, como foi no início das consultas, é possível que a medicação tenha gerado
a mania, tudo que inclui nela e eu não seja bipolar?
Boa tarde, é difícil responder a essa pregunta sem algumas entrevistas psicológicas com profissional preparado para isso, como psicanalista ou psicólogo. Portanto, creio que seria importante você procurar um terapeuta para que esse te ajude a entender o que aconteceu ou está ocorrendo com você. Se você teve algum episódio maníaco é importante investigar em que condições ele sucedeu. Mais importante do que saber a precisão diagnóstica sua, é identificar quais são os conflitos e sofrimentos que estão presentes em seu mundo emocional agora. Espero ter ajudado.

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Oii!! é muito difícil conviver com um rótulo né? quando temos um diagnostico temos que tomar cuidado para que isso não nos defina.
E sobre a imprecisão do diagnostico, aconselho que você busque outro psiquiatra e em sequencia um psicólogo para te auxiliar no tratamento dos sintomas.
Olá! Lembre-se que diagnósticos podem ser revisados e não devem segregar sua mente (tampouco da(o) profissional). Suas qualidades mentais, quando ativadas podem surpreender até alguns diagnósticos.

Bom dia, em resposta sua pergunta.
Sim, é possível.
Diagnósticos podem ser mascarados por excesso de medicação.
Percebo que voce se preocupa com sua saúde e isto é muito saudável. Sugiro um trabalho de autoconhecimento com um psicanalista para que voce desenvolva a auto estima e auto confiança de maneira que sua saúde se manifeste cada vez mais.
Prezada paciente, em virtude da leviandade de alguns profissionais. Hoje, vivenciamos uma espécie de deflagração de quadros sindrômicos que estão sob a égide e/ou respaldados pelo DSM. Esse cenário de obscurantismo a que adentramos é extremamente preocupante. Sobretudo pelo fato de nem todos os casos serem passíveis de diagnostico e, a maior parte das medicações neurológicas, causarem efeitos adversos. Porém, o diagnóstico em muitos casos, pode nortear a conduta médica e, consequentemente, trazer alivio aos sintomas por meio do uso de medicações. A delicadeza do cenário está, sobretudo, em âmbito psíquico deste enquadre. Neste sentido, o próprio paciente se limita ao restringir-se pelo diagnóstico. Temos que considerar que somos seres estáticos, em transformação diária. Além disso, como disse a colega, existe uma fluidez diagnostica que precisa ser vista e revista de tempos em tempos. O que não podemos perder de vista é que todo o sintoma tem um sentido. Nesse sentido, é que a psicanálise pode lhe auxiliar ao trazer à luz da consciência e/ou dar uma maior clareza ao sentido de cada sintoma. Espero ter lhe auxiliado. Para maiores esclarecimentos coloco-me a disposição.
Olá, o ideal é procurar uma psicólogo e fazer um acompanhamento, o transtorno bipolar não é de fácil diagnóstico, e por isso na maioria das vezes as pessoas só conseguem esse diagnóstico após os 30 anos. Para um real esclarecimento só através de um acompanhamento serio.
Um bom Diagnóstico Diferencial leva tempo e o acompanhamento psicoterapeutico é imprescindível, visto que o TAB é um tipo de transtorno de instabilidade de humor no qual o acompanhamento semanal desenvolve habilidades para lidar com isso. O ajuste da medicação, realizado com Psiquiatra, leva muito em consideração o processo terapêutico e a evolução do paciente. Sem acompanhamento fica bastante complicado.
Olá. Acredito que antes de mais nada o questionamento que pode ser feito a você é: você confia no(a) seu (sua) psiquiatra? Está confortável com o atendimento deste(a) profissional? Pois seria interessante você tirar todas as suas dúvidas possíveis e imagináveis com àquele(a) que te diagnosticou, incluindo esta, sobre a perspectiva medicamentosa. Complemento que você pode também solicitar a este profissional que explique a você o seu diagnóstico e como a medicação irá atuar em seu corpo. Lembre-se que toda medicação tem sim reações adversas e pode existir a possibilidade de potencialização do seu quadro: vai depender de qual você esta tomando. Outra opção seria você buscar uma segunda opinião, de forma a ficar mais confortável com este diagnóstico. No âmbito da psicoterapia é possível ajudar a você a entender e saber lidar com sua doença, como reagir e identificar gatilhos. Existe uma gama enorme de atuação e que com certeza só irá lhe beneficiar. Lembrando que o tratamento deverá ser multidisciplinar: psiquiatra e psicóloga ajudando você e com o objetivo comum que é a sua saúde. Espero ter ajudado! Se precisar, conte comigo!
Olá! Para suas questões é necessário um aprofundamento nas investigações, pois um episódio só não pode caracterizar um diagnóstico. Além de que você estava com muita medicação como você cita. Interessante um acompanhamento psicológico, psicoterapia mesmo, para um diagnóstico mais acertivo. Nso se deixe levar por uma só opinião e um só episódio. Procure por um psicanalista/ psicólogo em que você se identifique, para te ajudar.
Olá, penso que receber um diagnóstico de um profissional da saúde mental, não é algo fácil de se lidar. Como disse o colega acima, não é fácil de fazer lo e temos que ter muito cuidado, pois diagnósticos são taxativos. Outras características, como história de vida precisam ser levados em conta, antes da hipótese diagnóstica. Assim, sugiro que você procure um profissional de psicologia da sua confiança e também um psiquiatra para juntos dar prosseguimento a sua avaliação e tratamento.
Espero ter ajudado!
Olá. Volte ao seu psiquiatra e tire suas dúvidas. Também é interessante fazer um psicoterapia. Atenciosamente
Olá,
A delicadeza do diagnóstico de Transtorno Bipolar foi bem esclarecida pelos colegas. Por um lado pode trazer um alívio, pois se coloca um "nome" às crises trazendo a esperança de um remédio para a "doença". Por outro pode reduzir a pessoa a esta doença.
Gostaria de acrescentar que com a disseminação de informações sobre este transtorno, houve uma banalização popular. Qualquer pessoa que tem reações emocionais mais fortes e está sob pressão é rapidamente rotulada como bipolar. Além do rótulo, acaba que há uma mensagem sobre a insuportabilidade na cultura atual sobre as variações de humor comuns aos seres humanos. Estamos querendo um mundo sempre feliz, energia positiva, como num paraíso. Esta é uma ilusão que acaba trazendo uma patologização às situações de vulnerabilidade subjetiva de cada pessoa. Com um contorno de controle e mascaramento, acaba-se esperando que todos tenham um equilíbrio psíquico extremos e padrão. Ou seja, isso desconsidera as condições que levam a esta desestabilidade de humor. Neste sentido, poder falar do que se passa, como se está vivendo e como damos conta de tudo isso com um profissional psi, fazer um tratamento, ter um espaço protegido para a subjetividade é tão apontado por aqui. Muitas vezes esta fala com uma escuta sensível, vai ajudar muito na estabilização emocional e o diagnóstico não se confirma.
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Olá! para responder essa sua pergunta seria interessante procurar um psicólogo que pudesse realizar uma investigação mais detalhada da situação. Além de conversar com o psiquiatra que te indicou os remédios. Boa sorte!
Olá! O transtorno bipolar é um transtorno grave que afeta negativamente e diretamente a vida da pessoa se não tratado corretamente. Nesse caso, sugiro você retornar ao psiquiatra, entender mais sobre o funcionamento da medicação em seu organismo, entender se você realmente é bipolar e se sim, o que fazer? Sugiro terapia e retorno ao psiquiatra.
Bom dia! Não se apegue ao seu diagnóstico. Apesar de ser uma patologia com a qual é difícil de se conviver é preciso entender como ela funciona na sua mente e afeta suas relações pessoais e profissionais. Acredito que a medicação pode ativar episódios de mania, mas é preciso averiguar com seu psiquiatra. Sugiro terapia para compreender como você pode lidar com suas questões e elaborar novas respostas. Boa sorte!
Olá, Sugiro procurar um psicólogo ou psicanalista para te apoiar Quando se fala em diagnóstico não é fácil para os dois lados : para quem emite (Psiquiatra) e muito menos para quem recebe (paciente), inclusive porque pode mudar. Não veja como um rótulo mas como uma sugestão de caminho a seguir. Pior seria ficar sem rumo, sofrendo os sintomas, consolidando experiências dolorosas e que marcam cada vez mais o seu psiquismo. O Transtorno Bipolar não tem cura mas pode ser controlado de forma que o paciente recupere sua autoestima, sua autonomia e qualidade de vida.
O acompanhamento do Psiquiatra é muito importante por isso sugiro uma conversa sincera com o profissional. Caso exista um desconforto procure outro. Abraços
Olá!
As questões relacionadas aos medicamentos psicotrópicos são do escopo psiquiátrico, em especial o profissional que receitou. Caso não seja possível procure outro psiquiatra.
Se você quiser entender um pouco mais sobre o que acontece contigo é o caso de ingressares em processo psicoterapêutico com psicólogo.
Sucesso na tua busca!
Abraço
Olá, como vai?
Penso que é difícil responder sua pergunta sem uma entrevista psicológica em que o/a profissional possa compreender sua história de vida, possa analisar seus possíveis sintomas, para daí sim ser possível construir uma hipótese de diagnóstico. Vale lembrar que, em geral, o diagnóstico de TPB pode demorar a ser fechado. Existem casos em que os sintomas estão claros e presentes; em outros, há incertezas, porque muitos dos sintomas também estão presentes em outros transtornos. Assim, estou te respondendo isso para que você possa pensar um pouco de toda essa relação. Uma dica seria você procurar uma segunda opinião psiquiátrica, a fim de avaliar o primeiro diagnóstico; mas também, independente do diagnóstico, você buscar terapia. Isso porque um transtorno pode implicar em limites, algumas vezes, mas uma pessoa é muito mais do que um diagnóstico, que pode acabar limitando sua forma de agir no mundo. A psicoterapia te ajudaria a ampliar sua visão sobre si, sobre o diagnóstico, sobre a relação e a experiência que você pode estar tendo com o transtorno, de forma a poder te auxiliar a se compreender como um ser com capacidades e com possibilidade de desenvolvimento, mesmo se tiver um transtorno. Espero ter contribuído. Um abraço!
Olá, como vai? Gostaria de fazer algumas considerações a partir da sua pergunta. Atualmente, considera-se que, para o diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar basta a ocorrência de um episódio maníaco ou hipomaníaco e que haja histórico de episódio depressivo. Sem episódios depressivo e maníaco (Tipo I) ou hipomaníaco (Tipo II), não podemos dizer de bipolaridade. Então, deduzimos que você tenha sido medicada para um quadro correspondente a TAB após a mania ou hipomania e, assim, a medicação não seria o desencadeador. Quem seria o melhor profissional para te explicar isso? O que te medicou. Ao que parece, há uma série de dúvidas e incertezas. Busque conversar com os profissionais que tem te acompanhado e cuidado para não se fechar em um diagnóstico como se fosse seu novo nome. Apesar das angústias, é bastante positivo quando não estamos bem e conseguimos encontrar assistência. Mas, caso tenha necessidade, busque uma segunda opinião do médico psiquiatra. No mais, alguns diagnósticos podem levar um pouco mais de tempo porque exigem mais levantamento de informações e acompanhamento da evolução e surgimento / remissão dos sintomas no decorrer das semanas. Espero ter podido contribuir, cuide-se, Jaqueline.
Olá. É importante que estes questionamentos sobre a medicação sejam levados ao seu médico psiquiatra, a fim de que você obtenha uma resposta efetiva. Ademais, faz-se necessário a avaliação e acompanhamento psicoterapêutico, atualmente, a Terapia Cognitivo Comportamental é o tipo de tratamento com maior comprovação cientifica para este caso. Um forte abraço
Olá! É necessário procurar um psiquiatra.
Olá!
Primeiro acho importante pontuar que o transtorno bipolar é um diagnóstico muito delicado de se dar, por exigir um tempo considerável de observação, justamente pelas variações entre episódios de mania e de depressão. Dito isso, e considerando sua suspeita com relação à medicação e a ausência de episódio de depressão por ora (segundo o seu relato), é importante que você tire suas dúvidas e mantenha o acompanhamento com seu psiquiatra, além de iniciar uma psicoterapia.
Olá. Penso que se você não está segura com seu diagnóstico, o melhor é buscar opinião de outro profissional em um contexto onde consiga investigar com mais detalhes seu caso. Abraço.
No transtorno bipolar (chamado anteriormente de doença maníaco-depressiva), os episódios de depressão se alternam com episódios de mania, ou uma forma menos grave de mania chamada hipomania...
No transtorno bipolar (chamado anteriormente de doença maníaco-depressiva), os episódios de depressão se alternam com episódios de mania, ou uma forma menos grave de mania chamada hipomania. A mania caracteriza-se por atividade física excessiva e sentimentos de euforia que são desproporcionais a qualquer situação
(consulte também Considerações gerais sobre transtornos de humor).

A hereditariedade provavelmente tem uma participação no transtorno bipolar.
Os episódios de depressão e mania podem ocorrer separados ou juntos.
A pessoa passa por um ou mais períodos de tristeza excessiva e perda de interesse na vida e um ou mais com períodos de euforia, extrema energia e normalmente irritabilidade, com períodos de humor relativamente normal entre eles.
O médico baseia o diagnóstico em um perfil de sintomas.
Medicamentos que estabilizam o humor, como o lítio, e certos medicamentos anticonvulsivos, e às vezes a psicoterapia, podem ajudar.
O transtorno bipolar recebe esse nome porque ele inclui os dois extremos, ou polos, dos transtornos do humor, depressão e mania. Ele afeta cerca de 4% da população dos Estados Unidos em algum grau. O transtorno bipolar afeta igualmente homens e mulheres. O transtorno bipolar começa normalmente na adolescência, na faixa dos 20 ou dos 30 anos. O transtorno bipolar em crianças é raro.

A maioria dos transtornos bipolares pode ser classificada como

Transtorno bipolar I: A pessoa já apresentou, no mínimo, um episódio maníaco completo (que tenha impedido de desempenhar suas funções normalmente ou que inclua delírios) e, normalmente, episódios depressivos.
Transtorno bipolar II: A pessoa já apresentou episódios depressivos graves, no mínimo um episódio maníaco mais leve (hipomaníaco), mas nenhum episódio maníaco completo.
No entanto, algumas pessoas apresentam episódios que lembram um transtorno bipolar, mas que são mais leves e não atendem aos critérios específicos de transtorno bipolar I ou II. Esses episódios podem ser classificados como transtorno bipolar inespecífico ou transtorno ciclotímico.

Você sabia que...
Certas doenças físicas e medicamentos podem causar os sintomas do transtorno bipolar.
Em geral, a pessoa que sofre de mania pensa que está na sua melhor forma.
Causas do transtorno bipolar
A causa exata do transtorno bipolar é desconhecida. Acredita-se que a hereditariedade não está ligada ao desenvolvimento do transtorno bipolar. Além disso, determinadas substâncias produzidas pelo corpo, como os neurotransmissores noradrenalina ou serotonina, podem não estar reguladas normalmente. (Neurotransmissores são substâncias que as células nervosas usam para se comunicar.)

O transtorno bipolar começa algumas vezes após um evento estressante, ou esse evento dá início a outro episódio. Entretanto, nenhuma relação de causa e efeito já foi comprovada.

Os sintomas maníacos do transtorno bipolar podem ocorrer em certos transtornos, como, por exemplo, no caso de níveis altos de hormônio tireoidiano (hipertireoidismo). Além disso, os episódios maníacos podem ser causados ou desencadeados por drogas como a cocaína e anfetaminas.

TABELA
Algumas causas de mania
Sintomas do transtorno bipolar
No transtorno bipolar, os episódios de sintomas se alternam com períodos virtualmente sem sintomas (remissões). Os episódios duram desde poucas semanas até três a seis meses. Ciclos — tempo que decorre desde o início de um episódio até o próximo — varia em duração. Algumas pessoas não têm episódios frequentes, possivelmente só poucas vezes na vida, embora outras tenham quatro ou mais episódios a cada ano (chamado ciclo rápido). Apesar dessa grande variação, o tempo do ciclo para cada pessoa é relativamente consistente.

Os episódios consistem em depressão, mania ou mania menos grave (hipomania). Apenas poucas pessoas alternam entre mania e depressão a cada ciclo. Na maioria, um ou outro predomina até certa medida.

A pessoa com transtorno bipolar pode tentar cometer ou consumar o suicídio. Essa pessoa tem uma propensão no mínimo 15 vezes maior de consumar o suicídio que a população geral.

Depressão
A depressão no transtorno bipolar se parece com a depressão que ocorre sozinha. A pessoa se sente muito triste e perde o interesse nas suas atividades. Ela pensa e se move lentamente e é possível que durma além do normal. É possível que ela apresente aumento ou diminuição do apetite ou venha a perder ou a ganhar peso. Ela pode se sentir sobrecarregada por sentimentos de desesperança e culpa. É possível que ela não consiga se concentrar ou tomar decisões.

Os sintomas psicóticos (como alucinações e delírios) são mais comuns na depressão que ocorre no transtorno bipolar do que na depressão que ocorre isoladamente.

Mania
Os episódios de mania não tratados terminam de forma mais brusca do que os de depressão e costumam ser mais curtos, durando desde poucas semanas a vários meses.

A pessoa se sente exuberante, notavelmente cheia de energia e eufórica ou irritada. Ela também pode se sentir com excesso de confiança, agir ou se vestir de maneira extravagante, dormir pouco e falar mais que o normal. Os pensamentos ficam acelerados. A pessoa se distrai com facilidade e muda constantemente de assunto ou objetivo para outro. Ela participa de atividades (como atividades de negócios, jogo ou comportamento sexual de risco) uma após outra, sem pensar nas consequências (como perda de dinheiro ou lesões). Contudo, a pessoa geralmente pensa que está no seu melhor estado mental.

A pessoa perde a noção da sua situação. Essa deficiência, aliada à sua alta capacidade para atividades, pode torná-la impaciente, intrusiva, intrometida e agressivamente irritada quando contrariada. Consequentemente, a pessoa pode ter problemas nos relacionamentos sociais e pode acreditar que está sendo tratada injustamente ou sendo perseguida.

Algumas pessoas têm alucinações, escutam e veem coisas que na realidade não existem.

A psicose maníaca é uma forma extrema de mania. A pessoa tem sintomas psicóticos parecidos com aqueles presentes na esquizofrenia. Ela pode ter ilusões extremamente grandiosas, por exemplo, que é Jesus. Outras pessoas podem acreditar que estão sendo perseguidas, por exemplo, pela polícia federal. O nível de atividade aumenta significativamente. É possível que a pessoa corra de um lado para outro e grite, xingue ou cante. A atividade mental e física pode ficar tão exacerbada que há uma perda completa do pensamento e do comportamento coerente (mania delirante), causando extrema exaustão. A pessoa com esse transtorno precisa de tratamento imediato.

Hipomania
A hipomania não é tão grave como a mania. A pessoa se sente alegre, necessita pouco sono e é mental e fisicamente ativa.

A hipomania é um período produtivo para algumas pessoas. A pessoa tem muita energia, se sente criativa e confiante e, em geral, desempenha bem nas situações sociais. É possível que ela não queira deixar esse estado agradável. No entanto, outras pessoas com hipomania são facilmente distraídas e irritadas, o que, às vezes, resulta em surtos nervosos. Elas geralmente assumem compromissos que não conseguem cumprir ou iniciam projetos que não terminam. Elas mudam de humor rapidamente. É possível que elas reconheçam esses efeitos e se sintam incomodadas por eles, assim como as pessoas com quem elas convivem.

Episódios mistos
Quando a depressão e a mania ou a hipomania ocorrem em um único episódio, a pessoa pode ficar momentaneamente triste em meio à euforia, ou é possível que os pensamentos comecem a ficar acelerados em meio à depressão. Muitas vezes, a pessoa vai para a cama deprimida, acorda cedo no dia seguinte e se sente eufórica e cheia de energia.

O risco de suicídio durante episódios mistos é particularmente alto.

Diagnóstico do transtorno bipolar
Avaliação médica
Às vezes, exames de sangue e de urina para descartar a possibilidade de outros transtornos
O diagnóstico de transtorno bipolar se baseia em listas específicas de sintomas (critérios). No entanto, é possível que a pessoa com mania não descreva seus sintomas com exatidão, porque ela pensa que não há nada de errado com ela. Então, o médico frequentemente busca informações com os membros da família. A pessoa e seus familiares podem usar um questionário curto para ajudá‑los a avaliar o risco de transtorno bipolar (consulte Questionário sobre transtornos do humor).

O médico também pergunta à pessoa se ela tem pensamentos suicidas.

O médico verifica os medicamentos sendo tomados para saber se algum pode ter contribuído para os sintomas. O médico também procura por sinais de outros transtornos que podem estar contribuindo para os sintomas. Por exemplo, é possível que ele faça exames de sangue quanto à presença de hipertireoidismo e exames de sangue e de urina para detectar o uso de drogas.

O médico determina se a pessoa está passando por um episódio de mania ou de depressão com o objetivo de receitar o tratamento adequado.

Tratamento do transtorno bipolar
Medicamentos
Psicoterapia
Formação e apoio
Na mania ou depressão grave, a hospitalização é em geral necessária. Mesmo quando a mania é menos grave, talvez seja necessário internar a pessoa no hospital se ela tiver comportamento suicida, tentar ferir a si própria ou a outros, não conseguir cuidar de si mesma ou tiver outros problemas sérios (por exemplo, o transtorno por uso de álcool ou outros transtornos por uso de substâncias). A maioria das pessoas com hipomania podem ser tratadas sem internações. É mais difícil tratar pessoas com um ciclo rápido. Sem tratamento, o transtorno bipolar é recorrente em quase todas as pessoas.

O tratamento pode incluir

Medicamentos para estabilizar o humor (estabilizadores de humor), como, por exemplo, o lítio e alguns medicamentos anticonvulsivantes
Medicamentos antipsicóticos
Determinados antidepressivos
Psicoterapia
Formação e apoio
Eletroconvulsoterapia que, às vezes, é usada quando os estabilizadores de humor não aliviam a depressão
Fototerapia, que pode ajudar no tratamento do transtorno bipolar sazonal (que tem algumas características em comum com o transtorno afetivo sazonal)
Lítio
O lítio pode reduzir os sintomas da mania e da depressão. O lítio ajuda a evitar variações de humor em muitas pessoas com transtorno bipolar. Uma vez que o lítio demora entre quatro a dez dias para fazer efeito, um medicamento que age mais rápido, como um anticonvulsivante ou um medicamento antipsicótico mais recente (de segunda geração) costuma ser administrado para controlar atividades e pensamentos agitados. As pessoas com histórico familiar de transtornos bipolares típicos têm mais propensão a apresentar resposta ao lítio.

O lítio pode ter efeitos colaterais. Ele pode causar sonolência, confusão, tremores involuntários, espasmos musculares, náusea, vômito, diarreia, sede, excesso de urina e ganho de peso. Em geral ele piora a acne ou a psoríase da pessoa. No entanto, esses efeitos colaterais costumam ser temporários e o médico pode, com frequência, reduzi-los ou aliviá-los ajustando as doses. Às vezes, o lítio deve ser interrompido devido aos efeitos colaterais, que depois desaparecem.

O médico monitora o nível de lítio no sangue através de exames de sangue regulares, porque se o nível estiver muito alto, os efeitos colaterais são mais prováveis. O uso prolongado do lítio pode causar baixos níveis de hormônio tireoidiano (hipotireoidismo) e pode prejudicar a função dos rins. Portanto, a função da tireoide e dos rins deve ser monitorada por meio de exames de sangue regulares e a menor dose eficaz deve ser usada.

A toxicidade pelo lítio ocorre quando o nível de lítio no sangue está muito elevado. Ele causa dores de cabeça persistentes, confusão mental, sonolência, convulsões e arritmias cardíacas. Há mais propensão de ocorrer toxicidade em:

Pessoas mais velhas
Pessoas com função renal prejudicada
Pessoas que perderam muito sódio através de vômitos, diarreia ou uso de diuréticos (que fazem com que os rins excretem uma quantidade maior de sódio e de água na urina)
Quando uma mulher estiver tentando engravidar, ela deve parar de tomar lítio, pois ele pode causar, ainda que raramente, malformações cardíacas no feto em desenvolvimento.
Entendo suas preocupações e é realmente importante abordar todas as possibilidades ao avaliar um diagnóstico. O fato de ter experimentado apenas um episódio de mania até agora pode levantar dúvidas, especialmente considerando a introdução recente da medicação. É válido considerar se a mania pode ter sido induzida pela medicação.

A relação entre a medicação e os sintomas é uma questão complexa, e é por isso que a avaliação clínica é um processo contínuo. O uso de certos medicamentos pode influenciar o estado de humor e, em alguns casos, pode desencadear episódios de mania. No entanto, é essencial observar como você respondeu à medicação ao longo do tempo, se houve estabilização do seu humor e se outros fatores contribuíram para o episódio.

É possível que, ao longo das sessões, possamos analisar mais profundamente os eventos que antecederam o episódio de mania, avaliar a resposta à medicação e considerar outros fatores que podem influenciar seu estado de humor. Essa avaliação mais abrangente nos permitirá ter uma compreensão mais clara de sua condição e ajustar, se necessário, o diagnóstico e o plano de tratamento.

Lembre-se de que estamos trabalhando juntos para entender e abordar suas preocupações da melhor forma possível. Se tiver mais dúvidas ou observações sobre a medicação, sinta-se à vontade para compartilhar, pois isso contribuirá para nossa avaliação em curso.
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Olá, para diagnosticar de forna adequada o transtorno bipolar, faz-se necessário entrevista clínica e avaliar os sintomas ativos, intensidade e frequência que ocorrem, caso tenha tido um único episódio maníaco é bipolar tipo 1, a classe de antidepressivos precisa ser avaliada com cautela caso haja o diagnóstico ou investigação de transtorno bipolar, porém somente com uma boa anamnese para diagnosticar e tratar de forma adequada. O padrão ouro em terapia cognitivo comportamental se faz necessário para abordar estratégias de psicoeducação, ou seja, te passar informações precisas sobre o transtorno, como identificar os sintomas e que estratégias usar para se regular, assim como a medicação prescrita de forma individualizada.
Olá, espero que esteja bem! No seu relato você diz ter tido um episódico maníaco após a introdução da medicação, então, respondendo inicialmente sua pergunta, existem sim várias classes de medicamentos que podem induzir ou desencadear sintomas maníacos, especialmente naqueles que são predispostos a transtornos do humor, como o transtorno bipolar. Se você acredita que seu diagnóstico possa estar incorreto recomendo procurar uma reavaliação psiquiátrica e também o acompanhamento psicológico. O diagnóstico de Transtorno Bipolar é um diagnóstico clínico, isto é, não existem exames (por exemplo, exame se sangue ou de imagem), que irá indicar a presença ou não do transtorno, por isso se faz importante você confiar no profissional que está te atendendo e também passar por um processo de diagnóstico diferencial (processo de identificar qual transtorno específico está causando os sintomas diferenciando entre várias condições semelhantes).
É compreensível que você esteja sentindo-se assim: com dúvidas e sentimentos diversos. Se você sente que o diagnóstico foi feito de modo apressado, tens todo o direito de comunicar essa questão ao profissional de Saúde Mental que o formulou. Uma comunicação franca e aberta, aliás é fundamental para o estabelecimento de uma boa relação terapêutica. Você pode e deve solicitar, de forma respeitosa, os critérios utilizados para chegar a tal hipótese diagnóstica e ir um pouco além: questionar sobre que tempo em média pode levar para que essa hipótese seja confirmada ou não. Seja como for, mais do que informações técnicas você precisa de tratamento, de acolhimento. Se não tiver se sentido segura quanto as informações e, principalmente, se não tiver se sentido bem acolhida, busque um profissional que seja mais humano e qualificado. Desejo que saiba escolher bem. Cuide-se!

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