Sou casada há 10 anos, desde os 18, hoje tenho 27. Temos hoje um casamento parceiro, transamos regul

21 respostas
Sou casada há 10 anos, desde os 18, hoje tenho 27. Temos hoje um casamento parceiro, transamos regularmente, porém tive casos extraconjugais no passado, que me assombram hoje no presente. Terminei meu último hoje visto que não entendo porque faço isso se tenho uma pessoa que amo e que faz de tudo por mim em casa. Sou diagnosticada com TOC e depressão, tomo antidepressivo, ansiolítico e remédio pra dormir, mas hoje em dia me sinto um lixo de pessoa por fazer o que fiz e viver nesse ciclo de trair, me arrepender, tentar novamente parar, e depois voltar a trair. A culpa nunca sai de mim, e olho para o meu esposo e me sinto a pior pessoa do mundo, e junto com o fardo da culpa nos ombros, apenas vivo tentando ser feliz...como parar de me culpar? Parar com o ciclos, visto que amo meu marido, ele é ótimo, não temos filhos, temos uma vida boa, somos parceiros um do outro. Já pensei em tirar minha vida, e hoje foi o dia com este pensamento mais intenso, por realmente me sentir uma péssima pessoa, sem entender porque faço o que faço. Tenho medo também da pessoa vir a me fazer algum mal, tentar destruir meu casamento, embora ele seja também uma pessoa casada que jurou que não prejudicaria, mas fui impulsiva e cortei a relação por Instagram e bloqueei sem nem ao menos esperar a resposta dele, e por isso tenho medo da possível revolta, o que espero que não tenha. Não quero viver com esse constante medo, e não posso viver enganando a pessoa com quem durmo, me ajudem por favor.
 Indayá Jardim de Almeida
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Para a psicanálise o sintoma, seja ele qual for, é uma maneira das nossas questões inconscientes virem à tona. Pelo seu relato esse ciclo parece estar associado à uma compulsão, diante disso, aconselho buscar um psicólogo/ psicanalista para ter um espaço de escuta sensível, acolhimento e investigação para esse sofrimento. Espero ter ajudado, estou á disposição!

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 Pedro Chaves
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Antes de tudo, quero acolher o que você está sentindo. É muito significativo que você reconheça os padrões em sua vida e que esteja buscando ajuda, mesmo em meio a uma dor tão intensa. O primeiro ponto que gostaria de reforçar é que esses pensamentos autodepreciativos e de desesperança, embora compreensíveis, não definem quem você é. Você está enfrentando um conflito interno e lidando com questões emocionais que podem ser trabalhadas com o devido suporte, sem que precise carregar sozinha o peso da culpa e do sofrimento.

Os comportamentos que você descreve podem estar relacionados a questões profundas do seu mundo emocional. A repetição de certos padrões, mesmo que você saiba que são prejudiciais, é muitas vezes um sinal de algo não resolvido internamente, e isso não significa que você seja uma "má pessoa". Pelo contrário, você está em luta consigo mesma, buscando entender o porquê de suas ações. É importante criar um espaço onde essas questões possam ser exploradas sem julgamento, seja em um ambiente terapêutico ou com alguém capacitado que possa acolher sua vulnerabilidade.

Em relação ao medo que você sente da reação da outra pessoa, é compreensível, dado o momento impulsivo de ruptura. Mas, agora, o foco deve ser em proteger sua segurança emocional e física. Considerar um diálogo com um terapeuta ou psicanalista pode ajudá-la a entender melhor suas motivações, a trabalhar a culpa e a fortalecer seus limites emocionais. Você não está sozinha nessa jornada, e buscar suporte é um passo poderoso para transformar essa dor em algo que possa impulsioná-la a viver de forma mais alinhada ao que deseja e sente ser justo para si mesma.
 Cirano Araújo
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Olá, como tem passado?
O que você está vivenciando é profundamente angustiante, e sua coragem em buscar ajuda já é um passo muito importante. Na Psicanálise, comportamentos repetitivos, como o ciclo de trair, arrepender-se e tentar mudar, podem ser vistos como manifestações de conflitos internos não resolvidos. Esses ciclos podem estar ligados a desejos inconscientes, sentimentos de insatisfação ou até mesmo à busca de algo que não está completamente claro para você no momento.
A culpa que você sente, embora dolorosa, também carrega um significado. Ela pode estar sinalizando não apenas o impacto do que aconteceu, mas também algo a mais. No entanto, quando a culpa se torna insuportável, ela pode se transformar em um fardo paralisante, impedindo você de avançar e compreender as razões mais profundas de suas ações.
O diagnóstico de TOC e depressão, combinado com o uso de medicamentos, sugere que você já está em busca de cuidado. No entanto, apenas os medicamentos não alcançam as raízes emocionais e inconscientes desse sofrimento. Buscar um acompanhamento com um psicanalista ou um psicólogo especializado em questões relacionais e autoconhecimento pode ajudar a explorar, de forma segura e acolhedora, os motivos pelos quais esse padrão se repete e o que ele pode estar comunicando sobre suas necessidades emocionais.
Falar sobre o significado do casamento, a relação entre culpa e prazer e medos de exposições podem ser fundamentais para começar uma terapia.
A culpa e o medo que você sente podem ser enfrentados, mas isso exige paciência e cuidado consigo mesma. A terapia é o espaço ideal para que você possa falar livremente, sem julgamentos, e começar a construir um entendimento mais profundo sobre seus sentimentos, ações e desejos.
Por fim, se os pensamentos suicidas persistirem, é crucial procurar apoio imediato. Conversar com um profissional de saúde mental ou com um centro de apoio, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), pode oferecer um alívio momentâneo enquanto você constrói um processo terapêutico mais longo.
Espero ter ajudado e sigo à disposição.
 Felipe Firenze
Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Esses ciclos que você menciona podem estar relacionados a questões mais profundas, que merecem espaço para serem exploradas em um ambiente seguro e acolhedor, como a psicanálise. A vontade de compreender suas ações e os sentimentos que elas despertam já é um primeiro passo para a transformação. Você não está sozinha, e buscar ajuda profissional pode oferecer caminhos para lidar com a culpa, o medo e os pensamentos que têm sido tão difíceis de suportar. A terapia pode ajudá-la a entender suas escolhas e construir uma relação mais saudável consigo mesma e com quem você ama. A coragem que teve ao escrever já é um primeiro passo. Considere conversar com um psicanalista, abrir espaço para elaborar o que sente e encontrar novos significados para suas experiências. Cuide-se com carinho e não hesite em buscar o apoio que merece. Estarei aqui, torcendo por você.
Um abraço acolhedor!






 Alexandre Pedro
Psicanalista, Terapeuta complementar
São Paulo
Entendo que o primeiro passo seja se tratar com mais amorosidade. Entendo sua a culpa porém essa culpa não está ajudando o seu processo. Existem perguntas que devem ser feitas antes: o que te leva a trair? porque sente a necessidade de trair? Talvez um primeiro caminho seja olhar para a sua auto estima e entender se a traição não é uma forma de "nutrir" sua auto estima. Tente sair um pouco do passional da culpa e começe a olhar para o comportamento para que encontre as causas desse comportamento. Espero ter trazido pra você uma nova perspectiva.

Olá, boa tarde. Pelo o que narra há um ciclo de repetição que, compulsivamente, vai da traição à culpa. Independentemente de sua vontade consciente parece haver uma força incontrolável que te impele a buscar um algo mais fora da sua relação: será prazer, aventura, a excitação do perigo, o medo da felicidade que muitas vezes faz com que as pessoas se boicotem? Também é preciso considerar sua história, há casos de traição na família, ou com pessoas próximas, principalmente durante sua infância? Enquanto o nó inconsciente não for analisado, há uma tendência que esse processo continue a se repetir. Sugiro que busque um psicanalista.
Prof. Maria Luisa de Oliveira Salomon
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Querida você rem feito controle com seumpsiquiatra? Já fez análise terapia alguma vez? Você precisa e merece tratar esses assuntos com privacidade em umFrelacao terapêutica onde seus temores conflitos e culpavposssam ser gompreendidosbe vocebficarnlivrevdessevpesobdessa vompulsao.Entender as raizes dessa conduta e deter esse processo autodestrutivo Procure com urgência um espaço terapêutico e liberte se para viver as vossas boas que voce ja tem na vida
Você está enfrentando um conflito emocional profundo que merece acolhimento e acompanhamento especializado. O ciclo de culpa, traição e arrependimento, combinado com os diagnósticos de TOC e depressão, aponta para a necessidade urgente de ajuda terapêutica consistente. A psicanálise pode ajudar a explorar os motivos inconscientes de suas ações, lidar com a culpa e construir estratégias para romper esses padrões. Conte comigo
Essa dinâmica de perigo, culpa, aventura está sedimentada porque estabelece algo de seguro. Em terapia você poderá investigar as causas explícitas e implícitas dos sentimentos que originam esses comportamentos. Ao esclarecer as causas e suas consequências, você poderá experimentar novas práticas para ter o que precisa, sem estar presa a essa dinâmica e tendo leveza e liberdade para sua vida. Fico à disposição. Abraço.
 Valentin Heigl
Psicólogo, Psicanalista
Cabo Frio
A culpa costuma ser péssima conselheira. Costuma enredar a pessoa em um ciclo repetitivo e que se retroalimenta. A terapia oferece a oportunidade de falar sobre tudo isso e investigar o que acontece nesse processo, com a aposta de discernir e entender as dinâmicas inconscientes para assim poder mudar, escolher a diferença no lugar da repetição.
Olá, obrigado por compartilhar algo tão íntimo e doloroso. Antes de tudo, quero dizer que você não está sozinha e que é possível sair desse ciclo com ajuda adequada.

O que você está sentindo agora, como culpa, medo e tristeza, é um reflexo do peso que essa situação colocou sobre você. É importante entender que suas ações podem estar relacionadas a questões emocionais profundas, como as que o TOC e a depressão podem trazer. Eles afetam como você lida com impulsos, sentimentos e arrependimentos.

Primeiro, quero reforçar a importância de você conversar sobre tudo isso com seu terapeuta. Se ainda não faz terapia regularmente, procure um profissional que possa ajudá-la a entender melhor esses comportamentos e a construir estratégias para mudar.

A culpa que você sente pode ser paralisante, mas transformá-la em um compromisso com mudanças reais pode ser libertador. Isso envolve encarar o que aconteceu, buscar o perdão de si mesma e tomar decisões conscientes para cuidar do seu bem-estar e do seu casamento.

Sobre o medo que sente em relação à outra pessoa, o bloqueio foi uma atitude necessária para proteger a si mesma e seu relacionamento. Se houver algum sinal de ameaça real, considere buscar apoio legal ou compartilhar suas preocupações com alguém de confiança.

Por último, você mencionou pensamentos de tirar sua própria vida. Essa é uma bandeira vermelha que não deve ser ignorada. Por favor, busque ajuda imediatamente. Ligue para alguém de confiança. Sua vida é valiosa, e há caminhos para você se sentir melhor.

Você está dando o primeiro passo ao reconhecer que precisa de ajuda. Continue se priorizando e buscando apoio. Você merece ser feliz.

Estou aqui caso precise de mais orientação ou apoio.
 Marco Leite
Psicanalista
Rio de Janeiro
Poder ser escutada sem nenhum julgamento de valores é crucial para quem pede ajuda, compreender para onde deseja seguir e de que forma, é o primeiro passo. Me proponho em te acolher na minha escuta e ajudar na direção que você apontar como o melhor a seguir. O saber, está em você.
  Marcos  Boldrin
Psicanalista, Terapeuta complementar
Campinas
ola, o seu caso é mais comum do que você pensa, eu recomendo a Hipnoterapia, fico a disposição
 Maisa Guimarães Andrade
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá,

Primeiramente, quero dizer que o fato de você buscar ajuda e compartilhar algo tão profundo e difícil já demonstra a sua coragem e o desejo de mudar. Percebo o quanto você está sofrendo, e é importante lembrar que você não está sozinho(a) nesse processo. Você está lidando com uma série de emoções intensas – culpa, medo, arrependimento, confusão – e isso pode ser esmagador, especialmente quando já há um diagnóstico de TOC e depressão.

A psicanálise pode ser uma ferramenta poderosa para ajudá-lo(a) a entender as raízes dessas repetições que você descreve. Muitas vezes, os comportamentos que não conseguimos controlar estão conectados a conflitos inconscientes, desejos reprimidos ou até mesmo dinâmicas emocionais que aprendemos ao longo da vida. Explorar essas questões em um espaço seguro pode trazer clareza sobre por que esses ciclos se repetem e como você pode encontrar formas mais saudáveis de lidar com seus sentimentos e impulsos.

O sentimento de culpa que você carrega é muito pesado, e ele parece estar ligado a uma autocrítica severa que está dificultando ainda mais sua capacidade de se perdoar e seguir em frente. A psicanálise pode ajudá-lo(a) a ressignificar essa culpa, entendendo-a não como uma sentença permanente, mas como um sinal de que algo em você deseja mudança e reconciliação consigo mesmo(a).

Além disso, os pensamentos sobre suicídio que você mencionou são um sinal de que sua dor chegou a um ponto crítico, e isso precisa ser acolhido com muita atenção e cuidado. Buscar ajuda profissional é essencial, e se esses pensamentos persistirem, não hesite em procurar apoio imediato, seja com seu terapeuta, psiquiatra ou uma linha de apoio emocional. Sua vida tem valor, e o fato de você estar buscando ajuda mostra que existe uma parte de você que quer viver de maneira mais leve e significativa.

Vamos trabalhar juntos para entender o que está por trás dessas repetições e construir um caminho onde você possa se sentir mais em paz consigo mesmo(a) e com o relacionamento que deseja preservar. Você não precisa carregar tudo isso sozinho(a), e há espaço para transformação e alívio.
 Sara Pinto Carneiro
Psicólogo, Psicanalista
Piracicaba
Olá, Sinto muito que você esteja passando por tudo isso. Eu altamente recomendo que você procure um terapeuta para conversar sobre suas angustias, medos, sentimentos em geral e seus pensamentos. Vc não precisa sofrer nessa intensidade e acredito que você precisa se conhecer e entender melhor. Não sei se você já faz um acompanhamento psiquiátrico, mas seria interessante conversar com um ou retornar com o seu para entender se necessita de mudar a dosagem de seus medicamentos ou, até mesmo, trocá-los.
Espero que você fique bem e estou aqui caso precise.
Olá! A questão que você traz é muito importante. Você fala de baixa autoestima ("me sinto um lixo de pessoa"), de culpa, de medo, de ciclos repetitivos e de pensamentos de morte. Mas também fala de amor, de parceria, de vida sexual ativa e de autocuidado, de busca de ajuda. Tudo isso precisa ser olhado e cuidado! Como? Buscando trazer para a consciência quais mecanismos você tem usado para lidar com as situações desafiantes ou traumáticas de sua vida, trazendo para a consciência o autoconhecimento, a compreensão de suas atitudes, possibilitando que você dê novos significados à sua vida. Uma boa terapia será de grande importância para você se enxergar de outra maneira! Muito sucesso na sua busca!
A culpa que você sente pode estar ligada a conflitos internos não resolvidos, que podem remeter a questões mais profundas e não conscientes, muitas vezes originadas na infância ou nas primeiras experiências de vida. Na psicanálise, acredita-se que a culpa excessiva e a autocrítica implacável podem ser uma forma de defesa contra sentimentos de angústia mais profundos. Essas defesas podem surgir para tentar proteger a psique de um sofrimento mais insuportável. Contudo, elas acabam sendo relevantes, pois impedem que você reconheça e lide com as causas originais, seria interessante procurar ajuda de um profissional, para fazer psicoterapia, para que possa entender melhor as suas questões.
 Camile Riente Luglio de Carvalho
Psicanalista
São José do Rio Preto
A melhor maneira de compreender tudo o que sente não tem uma receita mágica do faça isso ou aquilo, um roteiro a seguir, é necessário olhar o que você sente e trabalhar isso em terapia
Olá querida, entendo que você está passando por um momento muito delicado e quero primeiro reconhecer sua coragem em buscar ajuda e expressar seus sentimentos. É importante que abordemos alguns pontos cruciais da sua situação:

1. Sobre os pensamentos suicidas: Isso é uma situação que requer atenção imediata. Como você já está em tratamento para TOC e depressão, sugiro que:
- Entre em contato urgente com seu psiquiatra para ajustar sua medicação se necessário
- Procure o CVV (Centro de Valorização da Vida) - 188, disponível 24h para atendimento
1. Sobre o ciclo de comportamentos: O padrão que você descreve de ação-culpa-arrependimento-repetição pode estar relacionado ao seu diagnóstico de TOC. Para trabalhar isso, recomendo:
- Intensificar seu acompanhamento psicológico, com foco específico nesses comportamentos compulsivos. Investigá-los mais afundo, num processo terapêutico.
1. Sobre seus medos atuais: Sua decisão de cortar contato foi assertiva para quebrar o ciclo. Se houver qualquer tipo de ameaça ou assédio, mantenha evidências e busque apoio legal se necessário.

É fundamental que você entenda: você não é uma pessoa ruim por estar passando por isso. Sua consciência e desejo de mudança já são passos muito importantes. O foco agora deve ser sua saúde mental e bem-estar, trabalhando sua autoestima e desenvolvendo estratégias mais saudáveis para lidar com seus impulsos.

Você demonstra ter um relacionamento valioso e uma vida que vale a pena ser cuidada. Permita-se receber ajuda profissional para trabalhar essas questões em um ambiente seguro e confidencial.

Eu posso ajudá-la nessa demanda.
 Paulo Bonzanini
Psicanalista
Santo André
Entendo o peso que você está carregando e a angústia que está vivendo ao lidar com esses sentimentos de culpa, arrependimento e medo. É importante reconhecer que você está buscando ajuda e refletindo sobre suas ações, o que é um passo significativo em direção ao autoconhecimento e à mudança.

O ciclo que você descreve — trair, se arrepender e repetir o comportamento — pode estar relacionado a aspectos profundos da sua história de vida, padrões emocionais ou até mesmo questões inconscientes que influenciam suas escolhas. Isso não significa que você seja uma 'má pessoa', mas que pode estar enfrentando desafios internos que ainda não foram completamente elaborados.

O diagnóstico de TOC e depressão que você mencionou também pode contribuir para intensificar sentimentos de culpa e pensamentos autocríticos. Esses quadros podem tornar difícil enxergar as situações com clareza e reforçar a sensação de incapacidade de romper padrões comportamentais.

Diante disso, eu encorajo você a procurar um espaço seguro para explorar essas questões mais profundamente, como a psicanálise ou outra forma de psicoterapia. Nesse processo, será possível compreender melhor o que motiva suas ações, identificar os conflitos internos que precisam de atenção e trabalhar para transformar essas dinâmicas.

Sobre o medo em relação à outra pessoa, você já tomou uma atitude ao cortar a relação e bloquear o contato, e isso demonstra sua intenção de proteger seu casamento. Embora o medo seja compreensível, é importante focar no que está ao seu alcance e fortalecer sua capacidade de lidar com as consequências de forma madura e equilibrada.

Quanto aos pensamentos suicidas que você mencionou, por favor, saiba que não está sozinha. Esses pensamentos são um sinal de que sua dor precisa de atenção urgente. Se em algum momento você sentir que não consegue lidar com isso, busque imediatamente ajuda de um profissional ou entre em contato com uma linha de apoio emocional, como o CVV (188).

Por fim, lembre-se de que o que você está passando é complexo, mas também humano. Com apoio e autocompreensão, é possível encontrar caminhos para se libertar dessa culpa e viver com mais leveza, autenticidade e harmonia consigo mesma e com as pessoas ao seu redor
 Marcio Dutra Sias
Psicanalista
Rio de Janeiro
O que você compartilhou é extremamente importante, e quero começar dizendo que é possível encontrar caminhos para aliviar esse sofrimento e reconstruir uma relação saudável consigo mesma e com o seu casamento. Vamos tentar organizar as questões para oferecer clareza e acolhimento.

### 1. **Culpa e autocrítica extrema**
A culpa que você sente é um sinal de que você reconhece a importância do seu relacionamento e valoriza a pessoa que está ao seu lado. No entanto, essa culpa parece estar se tornando uma carga que não apenas te paralisa emocionalmente, mas também alimenta ciclos de autossabotagem. Em vez de te ajudar a crescer, ela te prende a uma narrativa de autorreprovação. Trabalhar a culpa na terapia pode te ajudar a transformá-la em aprendizado e autocompaixão, ao invés de um fardo insuportável.

2. Ciclos de comportamento e impulsividade**
Os ciclos de traição e arrependimento que você descreve podem estar relacionados tanto aos diagnósticos de TOC e depressão quanto a questões emocionais mais profundas, como medos, inseguranças ou conflitos internos não resolvidos. Muitas vezes, comportamentos impulsivos como esses podem surgir como tentativas de preencher vazios emocionais ou lidar com sentimentos inconscientes de insatisfação ou autossabotagem. Entender as raízes desse padrão na terapia psicanalítica pode ser transformador, porque permite que você identifique as motivações inconscientes por trás dessas ações.

3. Medo e insegurança após o término da relação extraconjugal**
Seu medo da reação da outra pessoa e o impacto no seu casamento são compreensíveis, mas também são um reflexo de como essa situação está afetando sua saúde emocional. É importante lembrar que o bloqueio da relação foi um passo no sentido de interromper esse ciclo. O próximo passo seria construir uma base emocional mais sólida para lidar com o medo e fortalecer sua capacidade de navegar por essas incertezas.

4. Pensamentos suicidas e sofrimento emocional intenso**
Quero destacar a importância de cuidar desses pensamentos suicidas de maneira prioritária. Eles mostram o quanto você está sofrendo e como isso afeta sua percepção sobre si mesma. Você não é uma péssima pessoa, mas alguém que está passando por um momento muito difícil e que precisa de apoio emocional especializado. É fundamental que você busque ajuda imediatamente caso esses pensamentos se intensifiquem. Falar com um profissional de saúde mental ou entrar em contato com uma linha de apoio pode ser essencial.

### 5. **Caminhos possíveis para sair do ciclo**
- Terapia: A psicanálise pode te ajudar a entender as motivações inconscientes por trás dos seus comportamentos e, ao mesmo tempo, fortalecer sua identidade e autoestima. Você precisa de um espaço seguro para processar esses sentimentos e trabalhar nas mudanças que deseja para sua vida.
Reconstrução de confiança consigo mesma**: Antes de restaurar a confiança no seu casamento, é importante que você reconstrua a relação com você mesma. Isso envolve se libertar da autossabotagem e da ideia de que você é incapaz de mudar.
Fortalecimento do casamento: A transparência e o diálogo podem ser importantes no futuro, mas apenas quando você estiver emocionalmente mais fortalecida. Forçar revelações nesse momento pode gerar mais sofrimento para você e seu parceiro.

Se você sentir que é o momento de trabalhar essas questões em um espaço terapêutico acolhedor, estou à disposição para te acompanhar nesse processo. Vamos juntos explorar o que está na base desse sofrimento e construir, passo a passo, uma nova forma de lidar com seus conflitos. O mais importante agora é priorizar sua saúde emocional e lembrar que existem caminhos para transformar sua história. Que tal marcarmos uma conversa inicial?

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