Se a síndrome do Pânico ou outros transtornos de ansiedade forem causados por fator hereditário é ma

Não é possível determinar, por enquanto, a que ponto, em cada caso, um transtorno de pânico (se é a ele que se refere, pois "síndrome do pânico" não é uma expressão usada pelos médicos) tem causa genética (acho que é isto o que quer dizer com "hereditário") ou ambiental. Possivelmente, sempre há uma interação. O que se sabe é que, em algumas famílias, há uma incidência especialmente elevada e também, por outro lado, que algumas circunstâncias de vida são especialmente propensas a desencadear crises. Mas, em princípio, não há porque, necessariamente, ser mais difícil de se tratar, se houver um maior componente genético. Tudo depende, como em qualquer doença, de se o remédio usado compensa o "defeito" genético ou não. Se o remédio controlar as alterações biológica adequadamente, o tratamento será bem sucedido. Por outro lado, o componente ambiental pode desaparecer espontaneamente e, em alguns casos, isto ser suficiente para que o problema não recidive ou pode ser abordado por psicoterapia. Neste caso, o sucesso vai depender de vários fatores, que vão do tipo de psicoterapia usada, passando pela adesão do paciente ao tratamento, até a competência do psicoterapeuta. Ou seja, mesmo que o componente ambiental seja maior, não há garantia de sucesso.

Os Transtornos de Ansiedade (TA) são de etiologia multifatorial em que fatores biológicos, hereditários,ambientais,
psicológicos e sociais estão interligados. A maioria dos estudos mostra que a presença de TA em pais confere um maior risco. Pais ansiosos podem transmitir seus genes para os filhos, como também criar um ambiente tenso, cheio de medos, ameaças e preocupações, influenciando o desenvolvimento de transtornos ansiosos nos filhos. Ansiedade situacional como a que temos antes de algum evento importante, dependendo do grau, é normal e não necessariamente requer tratamento. Ataques ou síndrome do pânico podem acontecer em qualquer transtorno de ansiedade ou mental, podem também ocorrer de forma situacional, isolada, como em uma situação de estresse ou ajustamento, sem necessitariamente precisar de um tratamento específico, ou seja de abordagem mais fácil. No entanto, quando os ataques de pânico se tornam recorrentes, inesperados e o paciente desenvolve medos e preocupações persistentes de ter um novo ataque, é preciso pensar no diagnóstico de Transtorno do Pânico, que requer uma abordagem mais complexa de tratamento.

No atendimento Psicológico, independente da causa, é importante para o sucesso no tratamento, o empenho do paciente durante o tratamento e a sintonia deste, com o profissional que irá atender. Cada caso é um caso e cada um é um universo, portanto cada um tem o seu tempo. Necessário um primeiro encontro para fazer uma anamnese e assim poder lhe dar maiores informações a respeito. Estou à disposição se desejar consulta.