Queria presentear minha psicóloga/psicanalista no final do ano como forma de gratidão pelo tratament

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Queria presentear minha psicóloga/psicanalista no final do ano como forma de gratidão pelo tratamento realizado durante o ano, mas vi em alguns lugares que analistas não podem aceitar presentes e por ser sensível a rejeição estou com medo de levar o presente e ser rejeitado. Poderiam me falar se isso é realmente verdade ? e se sim, porque isso é proibido na psicanalise ?
Olá! Considero importante levar a vontade de presentear sua analista e o medo da rejeição para sessão, pois a partir disso será possível investigar questões suas atreladas à rejeição e também avaliar se cabe presenteá-la no atual momento da relação terapêutica de vocês. Não há uma proibição, é preciso entender o caso e perceber os significados associados á esse desejo. Espero ter ajudado, estou á disposição!

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Boa tarde. A regra nao é bem assim, depende da postura de cada profissional e tambem da transferencia. Por exemplo, uma conduta em transferencia sexual que precisa ser neutralizada ou encaminhar o paciente. Presentes de gratidao, as vezes, so um cartao tenho colecao aqui… bom sentir o reconhecimento pelo trabalho e vinculo positivo. Entao, vai depender da sua psicologa.
Olá! Claro que pode presentear seu analista em uma situação especial.
O presente pode ser interpretado como uma forma de pagamento simbólico.
Há algumas exceções, a depender do contexto individual do processo de análise e aí, caberá ao analista fazer a interpretação e colocar a situação a trabalho.
Não tenha medo de ser espontâneo com seu analista! Isso é o que faz o seu processo avançar!

Presentear sua psicóloga ou psicanalista como forma de gratidão é um gesto gentil e genuíno, mas você está certo em pensar que a situação pode ser sensível no contexto terapêutico. Na psicanálise e na psicoterapia, existem regras e princípios éticos que orientam a relação entre o analista e o analisando, e aceitar ou não um presente depende de cada profissional, de sua abordagem e do contexto da relação terapêutica.

Vou explicar mais detalhadamente:

1. Por que analistas evitam aceitar presentes?
A psicanálise tem como princípio fundamental a neutralidade do analista. Isso significa que o profissional busca manter-se em uma posição neutra para permitir que o paciente explore livremente suas emoções, fantasias e projeções sem influências externas. A troca de presentes pode ser vista como algo que interfere nessa dinâmica por várias razões:

Impacto na relação terapêutica: Um presente pode alterar o equilíbrio da relação analista-paciente, criando uma sensação de obrigação, favoritismo ou desigualdade.
Transferência e contratransferência: Na psicanálise, sentimentos e dinâmicas inconscientes (transferência) são explorados. O ato de dar ou receber um presente pode ativar emoções ou significados que desviem o foco do processo terapêutico.
Evitar desconfortos: O analista pode temer que a aceitação ou recusa de um presente seja interpretada de forma negativa ou que gere ressentimentos.
Por essas razões, muitos analistas preferem não aceitar presentes ou optam por limites claros, como aceitar apenas itens simbólicos ou de baixo valor.

2. A aceitação de presentes é proibida?
Não é formalmente proibido, mas é regulado por princípios éticos das diferentes associações de psicologia e psicanálise. Cada profissional tem liberdade para decidir, mas em geral:

Presentes simples, simbólicos e sem grande valor material podem ser aceitos.
Presentes caros, pessoais ou excessivamente elaborados são geralmente recusados para evitar conflitos éticos e interpretações errôneas.
3. O que fazer para evitar o medo da rejeição?
Se você tem receio de que a recusa do presente seja dolorosa, aqui estão algumas opções:

A. Converse abertamente sobre o tema
Se sentir-se confortável, traga o assunto para a terapia. Por exemplo:

"Tenho vontade de demonstrar minha gratidão pelo nosso trabalho com um presente, mas não sei se isso seria apropriado."
Essa conversa pode abrir espaço para uma reflexão interessante sobre seus sentimentos e o significado desse gesto.
B. Escolha um presente simples e simbólico
Se decidir dar algo, opte por um presente que seja discreto e não crie um impacto significativo na relação. Algumas ideias:

Um cartão escrito à mão expressando sua gratidão.
Um livro que tenha um significado especial para você (caso ache apropriado).
Um objeto simples e simbólico, como uma planta ou algo artesanal.
C. Demonstre gratidão de outras maneiras
Você pode expressar sua gratidão sem necessariamente dar um presente. Algumas opções:

Escreva uma carta ou mensagem sincera sobre como o trabalho terapêutico tem sido importante para você.
Faça um gesto simbólico, como agradecer verbalmente ao final de uma sessão.
4. O que fazer se o presente for recusado?
Se o presente for recusado, tente não interpretar isso como rejeição pessoal. Lembre-se de que a recusa está alinhada aos princípios éticos e ao cuidado do analista com a relação terapêutica, e não significa falta de apreciação por você ou pelo gesto.

Caso sinta que a recusa mexeu com suas emoções, leve esse sentimento para a terapia. É uma oportunidade de explorar como a rejeição ou a necessidade de aprovação afeta você em outras áreas da vida.

Conclusão
Dar um presente à sua psicóloga ou psicanalista é um gesto bonito e sincero, mas o contexto terapêutico exige cuidados especiais. Antes de decidir, reflita sobre o significado desse gesto para você e, se possível, converse abertamente com ela sobre sua intenção. Se optar por um presente, escolha algo simples e simbólico, e esteja preparado para aceitar com serenidade uma possível recusa. O mais importante é que sua gratidão seja sentida e reconhecida, independentemente do formato.
Isso não é proibido, não é usual. A psicanálise trabalha com a palavra, a regra fundamental é : fale tudo que lhe vem a cabeça, sem preocupação de julgamentos", pois seu analista está ali para te ouvir. Diga a ele que gostaria de lhe dar um presente pelo trabalho que tem sido feito.

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