Qual a relação do Complexo de Édipo com o homem (na fase adulta) de confundir a sua mãe com sua parc

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Qual a relação do Complexo de Édipo com o homem (na fase adulta) de confundir a sua mãe com sua parceira amorosa? E como se daria o tratamento?
Olá! O Complexo de Édipo não serve como um diagnóstico para as relações amorosas específicas, ele é uma construção teórica de autoria psicanalítica que diz sobre como a família costuma de organizar na sociedade ocidental. É preciso saber melhor, num espaço de análise, como esta mistura está acontecendo e quais as consequências que ela tem trazido pra você e para a relação. Estou à disposição.

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O Complexo de Édipo, um conceito psicanalítico proposto por Sigmund Freud, refere-se ao desejo inconsciente de uma criança de ter uma relação exclusiva com o genitor do sexo oposto e a rivalidade com o genitor do mesmo sexo. Esse complexo geralmente ocorre entre as idades de 3 e 6 anos durante a fase fálica do desenvolvimento psicossexual. Embora o Complexo de Édipo seja uma parte natural do desenvolvimento infantil, a resolução inadequada ou incompleta desse complexo pode levar a dificuldades emocionais e de relacionamento na vida adulta.

Relação do Complexo de Édipo com Confundir a Mãe com a Parceira Amorosa
Quando um homem adulto confunde sua mãe com sua parceira amorosa, isso pode ser uma manifestação de um Complexo de Édipo não resolvido. As possíveis consequências dessa confusão incluem:

Dependência Emocional Excessiva: O homem pode depender emocionalmente da mãe, buscando nela o conforto e a segurança que deveria encontrar em sua parceira amorosa.
Dificuldades em Estabelecer Relacionamentos Saudáveis: Ele pode ter dificuldades em formar e manter relacionamentos românticos saudáveis, transferindo para sua parceira expectativas e comportamentos que são mais apropriados em relação à mãe.
Ciúme e Rivalidade: Pode haver um ciúme inconsciente da mãe em relação à parceira, ou rivalidade com outras figuras masculinas próximas à mãe.
Tratamento
O tratamento para resolver as questões relacionadas ao Complexo de Édipo não resolvido geralmente envolve psicoterapia. Algumas abordagens terapêuticas incluem:

Psicanálise ou Psicoterapia Psicanalítica: Essas abordagens exploram os conflitos inconscientes e as experiências infantis que podem estar na raiz do problema. O terapeuta ajuda o paciente a trazer à tona esses sentimentos inconscientes, a compreendê-los e a resolvê-los.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Embora a TCC se concentre mais em padrões de pensamento e comportamento atuais, ela pode ser útil para ajudar o paciente a identificar e mudar pensamentos disfuncionais e comportamentos relacionados à sua confusão entre a mãe e a parceira.

Terapia Familiar: Se apropriado, envolver a família na terapia pode ajudar a resolver dinâmicas familiares disfuncionais que contribuem para o problema.

Terapia de Casal: Se o homem está em um relacionamento, a terapia de casal pode ajudar ambos os parceiros a compreenderem e trabalharem juntos para resolver as dificuldades emocionais e de relacionamento.

Estratégias de Intervenção
Exploração das Relações Familiares: Entender a dinâmica familiar e a relação do paciente com a mãe durante a infância.
Estabelecimento de Limites Saudáveis: Trabalhar na criação de limites emocionais e físicos saudáveis entre o paciente e a mãe.
Desenvolvimento de Autoestima e Identidade Individual: Fortalecer a autoimagem e a identidade do paciente como indivíduo separado de sua mãe.
Foco em Relacionamentos Adultos: Ajudar o paciente a desenvolver e manter relacionamentos saudáveis e equilibrados com parceiros românticos.
A terapia é um processo gradual e pode levar tempo para que o paciente reconheça e modifique os padrões de comportamento e pensamento que foram estabelecidos ao longo dos anos. A colaboração com um terapeuta experiente é fundamental para o sucesso do tratamento.
O Complexo de Édipo, conforme descrito por Freud, é uma fase do desenvolvimento infantil em que a criança sente desejo pelo genitor do sexo oposto e rivalidade pelo genitor do mesmo sexo. Normalmente, esse complexo é resolvido na infância, permitindo que a criança desenvolva relações saudáveis na vida adulta.

Quando um homem adulto confunde sua mãe com sua parceira amorosa, isso pode indicar uma resolução incompleta ou um retorno ao Complexo de Édipo. Esse comportamento pode ser manifestado através de uma dependência emocional excessiva, uma idealização da mãe ou dificuldades em estabelecer relações íntimas saudáveis com outras mulheres.

Tratamento:

1. Psicanálise: Através da psicanálise, o paciente pode explorar profundamente suas experiências infantis, fantasias e emoções reprimidas. O terapeuta ajuda a trazer à tona e trabalhar esses sentimentos, facilitando a compreensão e resolução dos conflitos internos.

2. Psicoterapia Psicanalítica: Semelhante à psicanálise, mas geralmente mais focada e de menor duração, pode ajudar o paciente a entender e modificar os padrões de comportamento e relacionamento.

3. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Pode ser usada para identificar e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais relacionados às relações afetivas.

4. Terapia de Grupo: Participar de grupos terapêuticos pode oferecer apoio e insights de outros que enfrentam desafios semelhantes.

5. Terapia Familiar: Envolver a família no processo terapêutico pode ajudar a entender e mudar dinâmicas familiares que perpetuam o problema.

O objetivo do tratamento é ajudar o paciente a diferenciar claramente as figuras materna e amorosa, desenvolver uma identidade mais independente e estabelecer relações saudáveis e funcionais com parceiros amorosos.

Fico a disposição para maior auxílio.
Olá! Primeiramente vale lembrar que a psicanálise não visa um tratamento como na visão médica, seu objetivo é fazer com que o sujeito possa lidar com seu inconsciente por outra via que não seja o sintoma e se encontrar com seu desejo. Em relação ao complexo de édipo é uma fase que faz parte do desenvolvimento de todos os indivíduos é nesse período que o sujeito terá que lidar com a castração e a maneira escolhida dirá do modo de funcionamento no mundo e consequentemente seus sintomas, dito isso, podemos observar que não se trata o complexo de édipo, mas pode-se encontrar vias não sintomáticas para o inconsciente se fazer presente. Espero ter ajudado, estou á disposição!
Se o Complexo de Édipo não é resolvido adequadamente, pode haver repercussões na vida adulta. No caso dos homens, isso pode se manifestar em dificuldades para distinguir entre os sentimentos pela mãe e pela parceira amorosa. Esse fenômeno pode resultar em uma idealização excessiva da parceira, expectativas irreais, ou até mesmo em um desejo inconsciente de buscar características maternas nas parceiras românticas.
O tratamento para essas questões geralmente envolve psicoterapia, especialmente a psicanálise ou terapias psicodinâmicas, que se concentram em explorar os conflitos inconscientes e suas origens no desenvolvimento infantil.
Sem dúvidas! O complexo de Édipo pode influenciar nesta percepção, uma vez que a resolução dele nos auxilia muito no desenvolvimento psicosexual e na nossa capacidade de compreender trocas e relações mais igualitárias, esperadas entre dois adultos que se relacionam amorosamente.
O tratamento se inicia com a auto percepção e compreensão de que isto está mal resolvido internamente, por isso é tão importante que a pessoa é só ela tome a decisão de iniciar o processo terapêutico. Após isso através da associação livre é possível e da relação terapeuta paciente é possível trabalhar o fortalecimento do EGO e a autonomia emocional
O complexo de Édipo vai ser determinante nos seus relacionamentos e escolhas amorosas. No caso você está projetando questões inconscientes e emocionais com sua mãe na sua esposa, o que desencadeia conflitos e pode levar ao término. O tratamento é feito por etapas, do início o mapeamento dos sintomas até ressignificar sua infância, especialmente seu Édipo. Espero ter ajudado. A disposição
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O Complexo de Édipo, proposto por Freud, descreve um estágio do desenvolvimento infantil em que a criança experimenta sentimentos amorosos pelo progenitor do sexo oposto e rivalidade com o progenitor do mesmo sexo. Na fase adulta, a manifestação desse complexo pode se dar de diversas formas, uma delas sendo a possibilidade de um homem confundir sua mãe com sua parceira amorosa.

Essa confusão pode ocorrer devido a uma internalização inadequada das figuras parentais na psique do indivíduo. Se na infância não ocorreu um adequado desligamento emocional e simbólico dos pais, especialmente da mãe, o homem pode apresentar dificuldades em estabelecer relações amorosas maduras e saudáveis na vida adulta. Isso pode resultar em uma busca inconsciente por uma parceira que represente características maternas ou um padrão de relacionamento que remeta ao vínculo mãe-filho.

O tratamento psicanalítico para essa questão envolve um processo de análise profunda, visando trazer à consciência os conflitos inconscientes relacionados ao Complexo de Édipo e às dinâmicas familiares. Através da livre associação, interpretação dos sonhos, análise das resistências e transferência, o paciente pode compreender melhor seus padrões de relacionamento e desfazer ligações emocionais inadequadas do passado.

Além disso, o terapeuta pode ajudar o paciente a desenvolver relações interpessoais mais maduras e satisfatórias, promovendo a diferenciação entre os papéis de mãe e de parceira amorosa. É um processo delicado que requer tempo e disposição do paciente para explorar aspectos profundos de sua psique e história pessoal.



Olá. O complexo de Édipo é uma forma encontrada por Freud para descrever um momento importante na vida de todo ser humano. Ele marca a passagem de um período de maior dependência dos nossos cuidadores e a entrada na vida social. No adulto veremos as consequências desse processo. Alguns vão enfrentar o mundo com uma atitude mais combativa e empoderada, outros serão mais submissos e retraídos. Alguns podem desenvolver fobias específicas, enquanto outros vão projetar seus problemas sobre figuras de autoridade. Entre outros desfechos. O que será tratado numa psicanálise será a forma como a pessoa se posiciona frente a esses desafios, buscando outras formas menos rígidas de encarar o mundo ao redor. Espero ter auxiliado e me coloco à disposição. Abraço!
O Complexo de Édipo não é um diagnóstico, trata-se de um conceito psicanalítico que descreve uma fase específica do desenvolvimento do psiquismo.
Entendo que sua questão possa estar relacionada à forma como você sente que estabelece suas relações afetivas, esse aspecto pode é deve ser tratado junto à profissional da psicologia/psicanálise.
Os conceitos são norteadores para a escuta clínica frente ao modo como se organiza os fatos de discurso. Partirei do ponto onde há de se considerar no Édipo, pai e mãe como funções, não ficando pré estabelecido que se dirige aos genitores ou exclusivamente à um par de cuidadores. Através deste demarcador enquadram-se outros elementos postos para jogo. Lacan falará sobre o mito individual do neurótico. Deixo uma citação para se pensar mais sobre: "O analista opera sobre a forma como cada analisante joga o seu jogo. Sobre a narrativa à qual cada um se aliena chamando-a de história" (Luciana Salum)
O Complexo de Édipo, conceito central na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, refere-se ao desejo inconsciente de uma criança, geralmente por volta dos 3 a 6 anos de idade, de possuir o genitor do sexo oposto e eliminar o genitor do mesmo sexo como rival. Para Freud, a resolução desse complexo é fundamental para o desenvolvimento saudável da identidade e da sexualidade da criança.

**Relação com o Adulto:**
Quando o Complexo de Édipo não é resolvido de maneira satisfatória, pode influenciar o comportamento do adulto, levando a dificuldades nas relações amorosas. No caso específico de um homem que confunde sua mãe com sua parceira amorosa, isso pode se manifestar de várias formas, como a busca por parceiras que lembram sua mãe, dependência emocional excessiva, ou dificuldades em estabelecer relações amorosas saudáveis e independentes.

**Tratamento:**
O tratamento geralmente envolve a psicoterapia, especialmente a psicanálise ou a psicoterapia psicodinâmica. Aqui estão alguns aspectos do tratamento:

1. **Exploração do Inconsciente:** O terapeuta ajuda o paciente a trazer à consciência os desejos e conflitos inconscientes relacionados ao Complexo de Édipo. Isso pode envolver a análise de sonhos, associações livres e outros métodos psicanalíticos.

2. **Entendimento dos Padrões de Relacionamento:** O paciente é ajudado a reconhecer e entender os padrões de comportamento e escolhas de parceiros que estão influenciados por esses conflitos edípicos não resolvidos.

3. **Desenvolvimento da Autonomia Emocional:** Trabalha-se para fortalecer a identidade e a independência emocional do paciente, promovendo a capacidade de estabelecer relações amorosas mais equilibradas e saudáveis.

4. **Reestruturação das Relações:** O paciente é encorajado a redefinir suas relações com a mãe e a parceira, estabelecendo limites mais claros e saudáveis.

5. **Integração de Sentimentos:** A terapia visa integrar os sentimentos ambivalentes em relação à mãe e ao pai, ajudando o paciente a resolver esses conflitos de maneira mais madura.

Cada caso é único, e o plano de tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas do paciente. A duração e a abordagem da terapia podem variar, mas o objetivo geral é ajudar o paciente a alcançar um maior entendimento e resolução dos conflitos edípicos, promovendo relações interpessoais mais saudáveis e satisfatórias.
Olá, tudo bem?
No complexo de édipo se observa uma ligação muito grande com a sua mãe. Então, inconscientemente você procurou uma mulher que, de alguma forma, se parece com o modelo materno e nessa relação você procura o afeto maternal.
Isso se torna um problema quando o homem começa exigir que a parceira tenha cuidados maternais com ele. A companheira não é a mãe. A parceria quer um companheiro e não um filho, para cuidar.
Quando acontece de esse homem, com complexo de édipo, se unir com uma mulher maternal, a relação fica parecendo mãe e filho, o que não é bom e pode acabar esfriando a relação do casal.
A psicanálise trata esse caso, te ajudando a entender que essa companheira não vai substituir a mãe e que essa criança interior que existe dentro desse homem precisa entender que cresceu e é capaz de se cuidar bem e cuidar da companheira, quando necessário como companheiro e não como um filho é vice-versa.
Olá, como tem passado?
O complexo de Édipo é um conceito que foi formulado em meados dos anos 20 do século passado por Sigmund Freud e que desde então passou por algumas releituras, novas abordagens e outras concepções a mais a partir de outros autores e autoras. Como conceito que faz parte da constituição psíquica inconsciente do sujeito ele não define ou diagnostica como uma pessoa se relaciona amorosamente com a presença da mãe ou não, se trata de outra coisa.
O tratamento para questões amorosas se da no consultório, ouvindo o paciente, escutando o que ele tem a dizer sobre vida e sobre essas situações amorosas, não parte de um conceito somente.
Espero ter ajudado, até mais.
Hoje a psicanálise se refere apenas como Édipo, não mais sendo necessário a palavra complexo, mas pode ser usada mesmo assim. De qualquer forma o Édipo é uma teoria, mas que o fato de ser só uma teoria não invalida a perceptível veracidade que esse conteudo aponta. Esta teoria, ou seja, as observações de Sigmund Freud acontecem, pois foram justamente observações! Todo adulto homem ou mulher, mesmo com um Édipo "bem resolvido" inevitávelmente trará alguma influência para as suas novas relações afetivas, todas elas, e não só na relação de amor de um casal. Afinal, a relação com os pais ou seus cuidadores é a primeira e mais importante na vida da criança, que a marca muito fortemente por ser justamente a primeira. Cabe a cada um se ver com suas questões e ter uma certa consciência do que é que traz do passado. Se precisar de ajuda profissional, normalmente porque o grau com que isso acontece está causando conflitos e prejuízos, deve sim buscar ajuda profissional! O tratamento se dá com uma atenção uniformemente flutuante do analista, ou seja, ele vai escutar tudo que o paciente diz, e perceber as repetições nas relações, seja na relação com o parceiro ou parceira amorosa, seja ainda na relação com os próprios pais ou cuidadores, seja na relação com amigos ou no trabalho, etc. Levantando essas repetições, e conversando sobre elas, será possível que o paciente vá se recontruindo e se transformando.
Sua pergunta sugere que se trate de um problema por assim dizer abstrato, um relacionamento que não dá certo por conta de (possíveis) representações associadas à figura da mãe. A realidade da clínica costuma ser outra, bem mais concreta: o homem se mostra incapaz de fazer florescer uma relação plena com uma mulher por dedicar muito tempo e atenção à mãe. Por exemplo, os fins de semana têm que ser divididos entre tempo com a namorada e com a mãe; o sonho da pessoa é conseguir proporcionar uma existência materialmente confortável para a mãe (por oposição a casar-se, constituir família etc.). A intimidade fomentada por nossa sociedade relativamente à pessoa da mãe é exceção à regra do desligamento gradual ao longo da primeira infância e da decidida separação pela altura dos 6 anos. Na maior parte das culturas, inclusive, o homem deixa sua terra natal e raramente retorna para visitar os seus. O estado de coisas atual está intimamente ligado à desestruturação da autoridade paterna e da perda de importância da palavra do pai junto à mãe.
Sua pergunta sobre a relação do Édipo com confundir a mãe com a parceira amorosa é super complexa para responder aqui, pois depende de entendimento e investigação. O que começa a responder sua segunda pergunta de, como se daria o tratamento, que se dá por investigação interna sua com apoio do terapeuta, para capacitá-lo a trazer ao presente a sua realidade referente a esses pontos e, a partir daí, explorar os seus significados, abrindo espaço para considerar práticas que esclareçam e tornem sua vida mais satisfatória e confortável. Abraço!
O Complexo de Édipo, formulado por Sigmund Freud, é um conceito central na psicanálise que descreve os sentimentos ambivalentes (amorosos e hostis) que uma criança desenvolve em relação aos pais, geralmente na fase fálica, por volta dos 3 aos 5 anos de idade. No caso dos meninos, isso inclui um desejo inconsciente pela mãe e rivalidade em relação ao pai. A resolução desse complexo é fundamental para o desenvolvimento da identidade sexual e das relações interpessoais na vida adulta.

Relação do Complexo de Édipo com a Confusão entre Mãe e Parceira Amorosa
Quando o Complexo de Édipo não é resolvido adequadamente, o homem pode carregar conflitos inconscientes para a vida adulta, que se manifestam nas suas relações amorosas. Isso pode ocorrer de várias maneiras, como idealizar ou desvalorizar a parceira em comparação à figura materna, ou até mesmo confundir inconscientemente as características da mãe com as da parceira amorosa.

Essa confusão pode se manifestar como uma dependência emocional excessiva da mãe, expectativas irreais em relação à parceira, ou até mesmo dificuldades em estabelecer uma relação de intimidade genuína. O homem pode projetar na parceira aspectos que, na verdade, pertencem à relação infantil com a mãe, dificultando a construção de um relacionamento saudável e autônomo.

Tratamento Psicanalítico
O tratamento psicanalítico para esses casos busca explorar e trazer à consciência os conflitos edípicos não resolvidos que estão na base dessa confusão. Aqui estão algumas abordagens:

Análise da Transferência: A relação terapêutica pode se tornar um espelho onde esses conflitos edípicos são reproduzidos. O terapeuta analisa como o paciente projeta sentimentos e expectativas sobre a mãe e a parceira dentro da relação terapêutica. Isso permite que o paciente reconheça e compreenda esses padrões repetitivos.

Exploração de Fantasias Inconscientes: Através da livre associação e da interpretação dos sonhos, o terapeuta ajuda o paciente a acessar fantasias e desejos inconscientes que ainda estão ativos e influenciam sua vida adulta. Compreender essas fantasias pode permitir ao paciente diferenciar melhor as figuras maternas e amorosas.

Trabalho com o Superego: Muitas vezes, a confusão entre mãe e parceira está ligada a uma identificação excessiva com o superego materno (as normas e valores internalizados a partir da figura materna). O tratamento psicanalítico pode ajudar o paciente a desenvolver um superego mais equilibrado e individualizado, permitindo uma separação mais clara entre as esferas materna e amorosa.

Resolução da Ambivalência: O paciente pode ser ajudado a trabalhar a ambivalência emocional (amor e ódio) que sente em relação à mãe e que, inconscientemente, transfere para a parceira. Isso envolve a aceitação dos sentimentos conflituosos e a integração de uma imagem mais realista tanto da mãe quanto da parceira.

Fortalecimento do Ego: Um dos objetivos do tratamento é fortalecer o ego do paciente, permitindo que ele construa uma identidade mais independente, sem a necessidade de repetir inconscientemente os padrões infantis nas relações adultas. Isso inclui o desenvolvimento da capacidade de se relacionar com a parceira como um igual, e não como uma figura substituta da mãe.

Conclusão
A confusão entre mãe e parceira amorosa na vida adulta pode estar enraizada em um Complexo de Édipo não resolvido. O tratamento psicanalítico oferece uma abordagem profunda e eficaz para trazer esses conflitos inconscientes à consciência, permitindo ao paciente desenvolver relações amorosas mais saudáveis e diferenciadas. Através da exploração da transferência, das fantasias inconscientes e do fortalecimento do ego, o homem pode aprender a separar a figura materna da parceira e construir uma vida emocional mais equilibrada.

Valentina
Psicanalista, Neurocientista e Terapeuta Sexual e de Relacionamentos Amorosos



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