Quais fatores levam o sujeito a construir uma estrutura histerica e como isso se manifesta em sintom

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Quais fatores levam o sujeito a construir uma estrutura histerica e como isso se manifesta em sintomas
Olá. As estruturas psíquicas dizem do modo como os sujeitos conseguem estar no mundo, a partir da forma que esses indivíduos internalizaram inconsciente e conscientemente as suas relações parentais. Os sintomas histéricos podem ter expressões no corpo, mas essas não são as únicas manifestações, pois podem ser variadas, sem definições claras ou observáveis. Espero ter ajudado, estou á disposição!

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Em linhas gerais, a neurose histérica, parte de sintomas conversivos, ou seja, o corpo expressa aquilo que a mente não conseguiu reprimir. Porém, existem muitas outras características que diferenciam uma estrutura da outra, e somente após um período de análise é possível diferenciá-los.
Olá, Os fatores que podem levar à construção de uma estrutura histérica incluem trauma emocional, dinâmicas familiares disfuncionais, mecanismos de defesa e vulnerabilidades individuais. Isso pode se manifestar em sintomas como sintomas físicos inexplicáveis, sensações sensoriais alteradas, episódios dissociativos e intensas emoções sem causa aparente. É importante abordar esses sintomas com compreensão e tratamento psicológico adequado, respeitando a individualidade e a dignidade do paciente.
A estrutura histérica é complexa e envolve múltiplos fatores, desde conflitos inconscientes e dinâmicas familiares até mecanismos de defesa e processos de significação simbólica. Os sintomas, tanto físicos quanto psíquicos, são manifestações dessas dinâmicas internas e podem variar amplamente entre os indivíduos. Compreender a histeria exige uma análise cuidadosa dos contextos individual e relacional do sujeito, além de uma consideração das influências culturais e sociais.
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A construção de uma estrutura histérica na psicanálise geralmente está ligada a uma combinação de fatores psicológicos, emocionais e ambientais que ocorrem durante o desenvolvimento do indivíduo.

Fatores Contributivos:

Relacionamentos Parentais: Uma dinâmica familiar onde as necessidades emocionais da criança não são devidamente atendidas ou onde há um padrão de amor e aprovação condicionais pode levar ao desenvolvimento de uma estrutura histérica. A criança pode sentir que precisa se adaptar constantemente para obter atenção e afeto.
Identificação e Desejo: A estrutura histérica muitas vezes envolve uma identificação intensa com figuras de autoridade ou de desejo, e um conflito interno entre o desejo de agradar e o medo de ser inadequado.
Repressão e Defesa Psicológica: A repressão de desejos e sentimentos inconscientes, muitas vezes de natureza sexual ou agressiva, pode levar à manifestação desses conflitos de maneira simbólica e inconsciente.
Manifestações em Sintomas:

Sintomas Somáticos: Pode haver queixas físicas sem causa médica aparente, como dores, paralisias ou cegueira, que servem como uma expressão simbólica do conflito psicológico subjacente.
Teatralidade e Exagero Emocional: A pessoa pode exibir comportamentos dramáticos, exagerar suas emoções e buscar atenção de maneira intensa.
Ambivalência nas Relações: Pode haver uma alternância entre a busca por proximidade e o afastamento nos relacionamentos, refletindo um conflito interno entre o desejo de intimidade e o medo de ser consumido ou rejeitado.
Ao atuar com alguém que manifesta uma estrutura histérica, é essencial criar um ambiente seguro e não julgador, onde o paciente possa explorar e expressar seus conflitos internos. Através do processo terapêutico, é possível ajudar a pessoa a reconhecer e integrar esses aspectos reprimidos, promovendo um maior equilíbrio emocional e autenticidade nas relações interpessoais.
Olá,
A histeria, de acordo com a psicanálise Freudiana, é a manifestação de sintomas físicos causados pela ansiedade, lutos, traumas, ou seja, tudo aquilo que não conseguimos resolver e que mesmo que achemos que está tudo bem, não está.
As manifestações histéricas são a resposta do seu corpo ao seu sofrimento psíquico, "é um pedido de socorro" do seu organismo atingido por suas emoções e afetos recalcados (jogados para o seu inconsciente).
Olá. Freud desenvolveu o conceito da histeria e realizou sua primeira publicação sobre o tema no ano de 1893. Estes estudos marcam o nascimento da psicanálise. Nesta época, Freud identificou que muitas mulheres sofriam e apresentavam sintomas conversivos, devido a uma cultura excessivamente rígida no que diz respeito à vida sexual feminina. O tempo passou e este conceito teve uma releitura, visto que a sociedade teve alguma mudança em sua cultura. Pensar o conceito da histeria da atualidade é imprescindível. Podemos observar quadros histéricos na atualidade, mas não devemos relacioná-los apenas às mulheres, mas também a outros gêneros. A cultura rígida e repressiva ainda nos acompanha fortemente hoje em dia. Isto impacta diversos sujeitos, que podem reprimir diversas vontades. Esta exigência e repressão excessiva pode se expressar através de sintomas conversivos, que surgem como dores corporais no quadril, lombalgia, cefaléia, e até na paralisia de algum membro, dentre outros sintomas no corpo.
O tratamento psicanalítico mostra-se importante e adequado nestes quadros.
Querido anônimo, a estrutura histérica, na psicanálise, é compreendida como um modo específico de organização psíquica que se forma a partir de certas experiências e dinâmicas emocionais durante o desenvolvimento infantil. Os fatores que contribuem para a formação de uma estrutura histérica são complexos e multifacetados.

Um dos fatores primários é a dinâmica familiar e as relações com as figuras parentais. A criança em desenvolvimento pode experimentar conflitos profundos em relação aos desejos e demandas dos pais. Por exemplo, pode haver uma ambivalência em relação ao amor e à aprovação dos pais, levando a uma internalização de conflitos não resolvidos. Esses conflitos podem girar em torno de questões de identidade, sexualidade e o desejo de ser desejado.

A estrutura histérica pode também se desenvolver como uma defesa contra desejos inconscientes. Esses desejos, muitas vezes de natureza sexual ou agressiva, são reprimidos devido à sua inaceitabilidade para o eu consciente. A repressão desses desejos pode resultar em uma divisão dentro da psique, onde os desejos reprimidos encontram expressão indireta através de sintomas físicos e emocionais.

Os sintomas da histeria podem variar amplamente, mas frequentemente incluem manifestações físicas como paralisias, convulsões, dores inexplicáveis e outros distúrbios somáticos. Esses sintomas físicos não têm uma base orgânica detectável, mas são a expressão corporal dos conflitos psíquicos internos. Além dos sintomas físicos, a histeria pode se manifestar em formas emocionais e comportamentais, como a teatralidade, a sedução e a busca constante por atenção e aprovação.

Um aspecto central da estrutura histérica é a identificação com o outro e a busca de reconhecimento. A pessoa com uma estrutura histérica tende a construir sua identidade em relação ao desejo do outro, muitas vezes sacrificando suas próprias necessidades e desejos para obter aceitação e amor. Isso pode resultar em uma instabilidade emocional, onde a pessoa oscila entre sentimentos de grandiosidade e de inadequação.

Os sintomas histéricos são, assim, maneiras pelas quais a psique tenta resolver conflitos internos ao mesmo tempo que evita enfrentar diretamente os desejos reprimidos. A pessoa pode não estar consciente da natureza desses conflitos, mas eles influenciam profundamente seu comportamento e suas relações.

Caso tenha mais dúvidas, só me procurar. Espero ter te ajudado!!
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Diversos fatores podem causar histeria, em geral quando a pessoa não tem espaço seguro para expressar sua autenticidade na idade de formação da estrutura psíquica, experiências que causam grande impacto sentimental levar à histeria.
São exemplos de sintomas que podem se manifestar: irritação, impaciência, insônia, tremores, tiques nervosos, amnésia, alucinações, falta de ar, surdez,desmaio, ansiedade, depressão.
Esses são apenas exemplos e podem ou não estar associados a quadros de histeria. A melhor forma para saber é conversar com um especalista. Espero ter ajudado.
Olá, como vai? Convém retificar um detalhe da pergunta, que é excelente: o que determina uma estrutura histérica? A realidade é que a estrutura do sujeito encontra-se determinada desde antes de ele nascer. A histeria pode ser definida destas formas, dentre outras: demandar o desejo do outro; bancar o homem. Elas se equivalem desde que façamos equivalerem ser homem e desejar, e que entendamos “bancar” no sentido de patrocinar, fomentar, tornar possível. A pessoa histérica não encontra outro desejo a partir do qual se estruturar senão o do homem. Ela se identifica com um homem desejante para se apresentar como sujeito igualmente desejante. E requer isso normalmente porque lhe faltaram duas coisas: um pai que tivesse sido capaz de consumar seus desejos, isto é, que, além de desejante, tivesse sido potente nalgum particular, e especialmente com a mãe; e uma mãe ela própria suficientemente desejante do pai a ponto de constituir-se o falo deste como símbolo do desejo. Noutras palavras, a histeria, como a neurose obsessiva, é uma falha de simbolização do falo paterno. Note que a falta de potência do pai e a ausência de desejo por ele da parte da mãe alimentam-se entre si, e que são viáveis configurações em que a mãe de modo algum tem uma personalidade apagada. Em outros casos, verifica-se que a mãe é de uma carência completa de ânimo em todos os âmbitos da existência. São os casos em que é fácil ver porque o neurótico identificou-se ao pai. Como quer que seja, resulta que a marca maior da histeria é a provocação e todo e qualquer expediente que convoque o outro a desejar. O histérico ou histérica vivencia repetidamente situações de abandono ou de abuso, de ser tomado por objeto em razão de uma verdadeira política do desejo do outro a todo custo. O outro ou bem se dá conta de que deseja outra coisa que não o histérico, ou bem passa ao ato no desejo que nutre relativamente a ele. Tal é a radicalidade dessa política do desejo que os sintomas corporais de conversão eles próprios se explicam nos termos de uma provocação à mestria do médico e de uma afronta a seu saber. À medida que entrou em extinção a figura do médico-mestre e que este passa a depender de maquinários, exames, tecnologias, equipes, e que pode ser até processado e responsabilizado por eventuais desmandos, vai entrando também em extinção a clássica figura da conversão com suas anestesias fantásticas, perda de visão etc.
Olá! "Estrutura histérica" é um conceito teórico elaborado nos tempos de Freud para tentar responder à questão de como o inconsciente se manifesta no corpo de forma psicossomática, ou seja, como um conteúdo emocional era capaz de se mostrar como um adoecimento físico. Apesar desse tipo de investigação ainda fazer sentido em alguns casos clínicos, hoje o entendimento da histeria não se resume a sintomas e classificações, logo, a concepção antiga foi ampliada. Em linhas gerais pode-se dizer que a histeria é uma das formas de lidar com os conflitos através do questionamento de uma ordem vigente, da não-tão-simples aceitação daquilo que é dito como socialmente correto. Hoje também entende-se que nenhuma estrutura é pura, que ninguém é "só isso". Além disso, o diagnóstico (o fato do paciente identificar-se ou ser identificado como histérico ou histérica), não é relevante para o desenvolvimento do processo analítico, pois cada estrutura é única e sua organização é singular.
Se a pessoa pensa, ela não atua; atuar seria agir de modo histérico. Se a pessoa desenvolveu o aparelho para pensar com sabedoria e discernimento, ela não atua, ou seja, não apresenta a histeria.
Todos podemos evoluir nossa capacidade para pensar e nos libertar das atuações histéricas.
Um abraço,
Lea
Olá. A histeria, segundo o entendimento da psicanálise, não é uma doença no sentido médico comum. Não é algo a ser eliminado ou suprimido. É uma estrutura psíquica. Se for combatida, é o próprio sujeito que se ataca nesse processo. Dito isso, há comportamentos danosos que se relacionam à histeria e podem ser tratados, de forma que a pessoa consiga identificá-los e lidar melhor com eles.

A histeria faz parte das neuroses, ou seja, um sujeito histérico não é psicótico, perverso ou borderline, estando assim mais ao lado da dita "normalidade". Quem tem essa estrutura pode ter uma vida funcional com maior facilidade, desde que busque conhecer suas questões inconscientes.

Um sintoma que pode se desenvolver quando um histérico não está bem, passando por momentos de estresse e crise em sua vida, são as chamadas conversões somáticas. Explico. Conversão porque se passa algo do psíquico para outra qualidade, para o somático, aquilo que tem a ver com o corpo físico. A pessoa pode ter sofrido um tipo de abuso, por exemplo, e não conseguir falar sobre isso. Então ela desenvolve uma paralisia na perna esquerda, se esse foi o que estava em questão no momento do assedio. Se não falamos por palavras, será o corpo que revelará nossa verdade escondida.

Por fim, como frisei, a histeria é uma estrutura. A pessoa vai se desenvolver e criar suas formas de lidar com o mundo conforme tenha sido a sua infância, o tratamento dos pais, seus cuidados e traumas. Não se "pega" uma histeria como um resfriado. Isso fará parte de quem a pessoa é. E não há problema nisso, desde que, percebendo prejuízos na sua vida ligadas a essa personalidade, busque-se um profissional para que se possa aprender a lidar com as questões inconscientes. Por serem inconscientes, a pessoa geralmente não consegue perceber porque a vida dela está assim, precisando de um psicanalista para apontar seus pontos cegos, ajudando a ler os sintomas como reações ao que não vem lhe fazendo bem. É como se uma parte de si mesma estivesse invisível. Pelo processo de psicanálise a pessoa consegue enxergar melhor isso e ter mais responsabilidade e autonomia em sua vida. Espero ter ajudado. Abraço!
A construção de uma estrutura histérica, dentro da teoria psicanalítica, envolve uma série de fatores psicológicos, desenvolvimentais e, muitas vezes, sociais. Essa estrutura de personalidade está fortemente ligada à dinâmica da identidade e dos conflitos inconscientes, particularmente em relação ao desejo e à sua expressão.

Fatores que Contribuem para a Estrutura Histérica
História de Desenvolvimento Infantil: Um fator comummente considerado na formação da histeria é um desenvolvimento marcado por experiências ambivalentes em relação às figuras de apego, particularmente no que tange a demandas conflitantes de atenção e atração. Isso pode incluir dinâmicas onde o desejo de agradar e ser amado se entrelaça com a experiência de rejeição ou invalidação.

Fixação na Fase Fálica: Freud atribuiu a formação histérica à fixação na fase fálica do desenvolvimento psicossexual. Durante esta fase, o manejo dos conflitos relacionados a desejos e proibições, e o desenvolvimento da identidade de gênero desempenham um papel crucial.

Identificação e Competição: Uma característica frequentemente observada em indivíduos com estrutura histérica é a forte tendência à identificação com outras pessoas, muitas vezes alternando entre papéis de dependência e competição. Essa dinâmica pode estar relacionada à necessidade de validar a própria identidade através do olhar dos outros.

Cultura e Sociedade: Os papéis de gênero e expectativas sociais também podem influenciar a manifestação da histeria, especialmente considerando como diferentes culturas valorizam ou estigmatizam a expressão de emoções e vulnerabilidades.

Sintomas da Estrutura Histérica
Os sintomas histéricos são marcados por uma dramaticidade expressiva, onde emoções e comportamentos são frequentemente amplificados para atrair atenção ou expressar conflitos não verbalizados.

Somatização: Uma das manifestações mais conhecidas da histeria é a somatização, onde conflitos psíquicos são convertidos em sintomas físicos, como paralisias, convulsões, ou sensações inexplicáveis de dor, sem uma causa orgânica detectável.

Teatralidade e Dramatização: Pessoas com uma estrutura histérica frequentemente exibem um comportamento teatral ou dramático, uma forma de chamar a atenção e manipular o ambiente emocional ao seu redor.

Labilidade Emocional: Mudanças rápidas e frequentes no estado emocional são comuns, assim como uma tendência a experiências de emoção superficial que podem mudar rapidamente de acordo com o contexto.

Dissociação e Distanciamento da Realidade: Em alguns casos, episódios de dissociação, incluindo amnésia ou confusão sobre a própria identidade, podem ocorrer, especialmente em resposta a estresse psicológico.

Dependência e Co-dependência: Há frequentemente uma forte dependência das reações dos outros para a autoestima, junto com um medo de rejeição ou de ser ignorado.

Abordagem Terapêutica
A abordagem psicanalítica para tratar a estrutura histérica envolve explorar as dinâmicas inconscientes subjacentes, a história de desenvolvimento e as relações significativas. O objetivo é ajudar o indivíduo a compreender e integrar aspectos de si mesmo que foram reprimidos ou dissociados, permitindo-lhe lidar de forma mais adaptativa com seus desejos e emoções.
Vou tentar te explicar de uma forma resumida e sem os conceitos teóricos, para facilitar o entendimento.
A formação da histeria começa na infância, através das relações que uma criança tem com seus pais e a maneira como ela entende e lida com seus sentimentos. Imagine uma criança que percebe que, para ser amada e aceita, precisa sempre ser perfeita ou agradar aos pais. Ela aprende a reprimir seus desejos e sentimentos genuínos para atender às expectativas dos outros.

Essa criança cresce acreditando que seu valor está em como os outros a veem, não em quem ela realmente é. No meio disso, surgem conflitos internos, pois seus verdadeiros sentimentos são constantemente sufocados. Isso cria uma divisão dentro dela mesma.

E a pessoa desenvolve um modo de se relacionar que pode ser fruto desse sofrimento.
Há uma busca constante por atenção e aprovação, que nunca são satisfeitas.
Por exemplo, em um ambiente de trabalho, ela pode se esforçar exageradamente para ser notada e elogiada, ficando extremamente angustiada se não receber a validação esperada.

Em relacionamentos amorosos ou amizades, pode exibir comportamentos exageradamente dramáticos. Pode transformar pequenos problemas em grandes conflitos, usando esses momentos para chamar a atenção e receber cuidado.

Muitas vezes, terá dificuldade em dizer "não" ou estabelecer limites, temendo perder a aceitação e o carinho dos outros. Isso pode levá-la a situações de exaustão emocional, pois está sempre tentando agradar a todos.

A pessoa pode ainda ter uma identidade instável, mudando constantemente seu comportamento e suas opiniões para se ajustar ao que os outros esperam dela.
Em um relacionamento amoroso, pode se moldar completamente aos desejos do parceiro, perdendo o senso de si mesma.

Para tentar controlar as situações relacionais angustiantes, inconscientemente, pode usar a manipulação emocional para manter as pessoas próximas. Pode fazer com que os outros se sintam culpados ou responsáveis por seu bem-estar, criando uma dependência emocional.

Poderíamos resumir dizendo que a histeria é formada a partir de uma necessidade profunda de ser aceita e amada, resultando em um comportamento onde a pessoa frequentemente reprime seus verdadeiros sentimentos e se adapta excessivamente às expectativas dos outros. Isso se manifesta em busca constante por atenção, comportamentos dramáticos, dificuldade em estabelecer limites, incerteza sobre sua identidade e manipulação emocional. Compreender esses aspectos pode ajudar a lidar melhor com essas questões em si mesmo ou nos outros, promovendo relacionamentos mais saudáveis e autênticos.

Por isso, uma análise é muito indicada se você se sente assim.
Estou à disposição caso você queira iniciar um trabalho para superar essas dificuldades e dores.

Um forte abraço,
Denise
Estruturas psíquicas são construídas na primeira infância. No caso da histérica o sujeito é um sujeito da dúvida, neuroses.
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A histeria é estrutural, ou seja, se forma junto com o sujeito quando esse é desafiado pelo limite radical que Freud chama de castração. Não podemos tudo, mas queremos ainda assim mais além do limite. Histeria é uma forma possível de lidar com o mal-estar e esse modo repetirá vida a fora com cada novo desafio. Não é uma patologia, mas tampouco pode ser mudada, entretanto, é bem possível, através do processo psicanalítico, construir novas saídas mais interessantes para o sujeito histérico e que não seja tão radicalmente sofrido.
A estrutura histérica é formada por fatores como:

1. Relações familiares e dinâmicas parentais disfuncionais.
2. Conflitos inconscientes relacionados à identidade sexual e desejo.
3. Repressão de emoções e desejos inaceitáveis.

Os sintomas da histeria incluem:

1. Conversão somática: sintomas físicos sem causa médica (paralisia, cegueira).
2. Teatralidade e dramatização nas expressões emocionais.
3. Ansiedade e ataques de pânico.
4. Relacionamentos intensos e instáveis.

Sempre cada caso deve ser analisado, pois podem existir fatores únicos.

Fico a disposição!
Na psicanálise, a histeria é compreendida como uma estrutura clínica, e não apenas como um conjunto de sintomas. Essa estrutura se forma a partir da maneira como o sujeito lida com seus desejos, conflitos e identificações ao longo do desenvolvimento psíquico. A histeria está profundamente enraizada nas questões de identidade, desejo e sexualidade, e é uma das formas como o sujeito pode se organizar psiquicamente diante das demandas internas e externas.

Fatores que Levam à Construção de uma Estrutura Histérica
Dinâmica Familiar e Relação com os Pais: Na psicanálise, a relação inicial do sujeito com as figuras parentais desempenha um papel crucial na formação da estrutura histérica. Muitas vezes, na histeria, há uma identificação complexa com o desejo do Outro (geralmente o pai ou a mãe), onde o sujeito se coloca como objeto de desejo do outro, sem conseguir se posicionar como sujeito de seu próprio desejo. Isso pode resultar em uma constante busca por reconhecimento e validação.

Complexo de Édipo e Identificação Sexual: Durante o Complexo de Édipo, a criança começa a desenvolver sua identidade sexual e a lidar com questões de poder, autoridade e desejo. Na histeria, pode haver uma dificuldade em lidar com a castração simbólica, resultando em uma identificação ambivalente com o sexo oposto e uma tentativa de manter uma posição desejante sem se comprometer com a própria sexualidade. Essa ambivalência é frequentemente expressa na relação do sujeito com o desejo do outro.

Questões de Gênero e Desejo: A histeria é muitas vezes marcada por uma oscilação entre querer ser desejado e querer desejar. O sujeito histérico pode experimentar conflitos profundos em relação à sua identidade de gênero e à maneira como se posiciona no campo do desejo. Isso pode levar a comportamentos e fantasias que buscam continuamente confirmar ou desafiar essas questões.

Idealização e Frustração: Na estrutura histérica, o sujeito frequentemente idealiza o outro, atribuindo ao outro (seja uma figura de autoridade, um parceiro amoroso ou até mesmo a sociedade) uma posição de completude e poder. Ao mesmo tempo, o sujeito experimenta frustração constante, pois essa completude nunca é alcançada, gerando um ciclo de desejo insatisfeito e questionamento contínuo.

Manifestações de Sintomas na Histeria
Sintomas Somáticos: Na histeria, os conflitos psíquicos muitas vezes se manifestam através do corpo. Sintomas físicos inexplicáveis, como paralisias, dores, desmaios, ou perda de funções sensoriais (como cegueira ou surdez temporárias), são comuns. Esses sintomas somáticos são uma maneira de expressar conflitos inconscientes que o sujeito não consegue verbalizar.

Sintomas Conversivos: O termo "conversão" refere-se à transformação de um conflito psíquico em um sintoma físico. Por exemplo, um desejo reprimido ou uma angústia pode se manifestar como um sintoma conversivo, como um tremor, uma paralisia parcial ou até mesmo uma crise epiléptica sem base neurológica. Esses sintomas geralmente têm uma relação simbólica com o conflito inconsciente subjacente.

Teatralidade e Exibicionismo: O sujeito histérico pode manifestar seu conflito psíquico através de comportamentos dramáticos e teatrais, buscando chamar a atenção e provocar uma resposta do outro. Esse comportamento não é consciente ou intencional, mas sim uma maneira de lidar com a angústia e de tentar encontrar uma posição no campo do desejo do outro.

Oscilação entre Desejo e Recusa: Na histeria, o sujeito frequentemente oscila entre desejar algo intensamente e, ao mesmo tempo, recusar ou se afastar desse desejo quando ele se torna alcançável. Isso pode se manifestar em relacionamentos amorosos, onde o sujeito histérico deseja intensamente o outro, mas, ao ser correspondido, perde o interesse ou se sente angustiado.

Identificações Ambivalentes: O sujeito histérico pode ter uma relação ambivalente com suas identificações, especialmente em relação ao gênero e à sexualidade. Pode haver uma identificação alternada ou ambígua com figuras masculinas e femininas, e uma dificuldade em assumir uma identidade estável ou fixa.

Conclusão
A estrutura histérica é uma forma complexa de organização psíquica que envolve conflitos profundos em torno do desejo, da sexualidade e da identidade. Esses conflitos se manifestam através de sintomas somáticos, comportamentos dramáticos e uma constante busca por validação e reconhecimento. A psicanálise oferece um espaço para explorar e entender esses conflitos, permitindo ao sujeito histérico encontrar formas mais saudáveis e conscientes de lidar com seus desejos e sua relação com o outro.

Valentina
Psicanalista, Neurocientista e Terapeuta Sexual e de Relacionamentos Amorosos

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