Quais as características neuropsicológicas das pessoas com Transtorno da personalidade Borderline (

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Quais as características neuropsicológicas das pessoas com Transtorno da personalidade Borderline ( Limítrofe)?
O Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) apresenta uma série de características neuropsicológicas que afetam o comportamento, a cognição e a regulação emocional das pessoas. Um dos aspectos centrais do TPB é a regulação emocional deficiente, que se manifesta por meio de instabilidade emocional, onde o humor pode mudar rapidamente, e reatividade emocional intensa a pequenos estímulos. As emoções negativas, como raiva, tristeza e ansiedade, são especialmente difíceis de controlar, resultando em explosões de raiva e sentimentos constantes de vazio e desespero.

Outro traço marcante é a impulsividade, que se reflete em comportamentos arriscados, como abuso de substâncias, direção imprudente e compulsões, além de uma tomada de decisões precipitada, sem considerar as consequências, devido à baixa tolerância à frustração. Pessoas com TPB também enfrentam uma identidade instável, com um autoconceito que muda constantemente. Muitas vezes, não sabem quem realmente são, o que contribui para um intenso medo de abandono, levando-as a comportamentos desesperados para evitar rejeição ou separação.

Cognitivamente, pessoas com TPB apresentam pensamento dicotômico, onde veem o mundo em extremos — ou tudo é bom ou tudo é ruim —, o que leva a mudanças abruptas na forma como percebem os outros. Em situações de estresse, podem experimentar episódios de paranoia e dissociação, sentindo-se desconectadas de si mesmas ou da realidade. Além disso, podem ter déficits na memória de trabalho emocional, o que dificulta a recordação de eventos recentes ligados a emoções, influenciando suas reações.

As relações interpessoais de pessoas com TPB são intensas e caóticas, caracterizadas por ciclos de idealização e desvalorização, o que contribui para a instabilidade emocional. A dificuldade em lidar com rejeição acentua esses conflitos, provocando reações desproporcionais de raiva ou autocrítica. Os comportamentos autodestrutivos são comuns no TPB, como autolesão, que muitas vezes funciona como uma forma de alívio emocional, e uma alta prevalência de ideação suicida, especialmente em momentos de crise.

Estudos neurocientíficos mostram que a amígdala das pessoas com TPB, responsável por processar emoções como medo e raiva, é hiperativa, o que contribui para a intensidade emocional característica do transtorno. Além disso, há uma conectividade prejudicada entre a amígdala e o córtex pré-frontal, área do cérebro responsável pelo controle de impulsos e pela regulação emocional, o que explica a dificuldade de controlar comportamentos impulsivos e emoções intensas.

Por fim, o TPB é frequentemente associado a uma combinação de vulnerabilidades biológicas e ambientais, como predisposições genéticas e neurobiológicas, combinadas com experiências traumáticas ou adversas na infância, como abuso ou negligência. Essas influências ajudam a explicar as dificuldades emocionais, cognitivas e comportamentais típicas do transtorno. A terapia, especialmente a Terapia Comportamental Dialética (TCD), é uma abordagem comum e eficaz para ajudar as pessoas com TPB a gerenciar essas características e melhorar sua qualidade de vida.

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O Transtorno da Personalidade Borderline é caracterizado por um padrão prolongado de instabilidade emocional, relacionamentos interpessoais intensos e conflituosos, autoimagem instável e comportamentos impulsivos. Do ponto de vista neuropsicológico, algumas das principais características incluem:

1. Instabilidade emocional
- Mudanças de humor intensas e rápidas
- Dificuldade em regular emoções.

2. Impulsividade
- Comportamentos impulsivos e arriscados
- Autolesão e suicídio.

3. Medo de abandono
- Sensibilidade extrema ao abandono
- Comportamentos desesperados para evitar abandono.

4. Relações interpessoais instáveis
- Relações intensas e conflituosas
- Dependência e distanciamento.

5. Autoimagem e identidade instável
- Dúvidas constantes sobre si mesmas
- Sentimento crônico de vazio.

6. Dificuldade com controle de impulsos e tolerância à frustração
- Dificuldade em controlar comportamentos impulsivos
- Baixa tolerância à frustração.

7. Cognição distante da realidade em situações de estresse
- Episódios dissociativos
- Paranoia e desconfiança temporárias.

8. Distorções cognitivas e pensamento extremista
- Pensamento "tudo ou nada"
- Autocrítica exagerada e percepção distorcida dos outros.

9. Déficits em funções executivas
- Dificuldade em planejamento e controle de impulsos
- Foco e atenção prejudicados.

10. Alta sensibilidade interpessoal
- Hipersensibilidade emocional.
 Noemia Noronha Domingos
Psicólogo
São Gonçalo Do Sapucaí
As pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), também conhecido como Transtorno de Personalidade Limítrofe, apresentam características neuropsicológicas e emocionais marcantes, que envolvem dificuldades significativas no controle de impulsos, regulação emocional e relacionamentos interpessoais. Algumas das principais características neuropsicológicas são:

1. Instabilidade emocional.
2. Comportamento impulsivo.
3. Dificuldade com relacionamentos interpessoais.
4. Medo de abandono.
5. Autoimagem instável.
6. Desregulação cognitiva.
7. Falta de controle nos impulsos.
Em termos de neurociência, pesquisas indicam que há uma hiperatividade na amígdala (responsável pelo processamento de emoções) e uma menor ativação no córtex pré-frontal (envolvido no controle e regulação de impulsos) em indivíduos com TPB, o que pode explicar essas dificuldades emocionais e comportamentais.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Dialética Comportamental (DBT) são intervenções amplamente utilizadas para ajudar a pessoa a regular suas emoções, melhorar as habilidades interpessoais e reduzir comportamentos autodestrutivos.
O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é caracterizado por instabilidade emocional, impulsividade e dificuldades nas relações interpessoais. Neuropsicologicamente, as pessoas com TPB apresentam dificuldades de regulação emocional, mudanças de humor intensas e rápidas, além de impulsividade, levando a comportamentos de risco. Deficiências nas funções executivas, como planejamento e controle de impulsos, são comuns, assim como a memória de trabalho prejudicada. Há uma hipersensibilidade à rejeição e ao abandono, o que gera interações emocionais intensas e instabilidade nas relações. A autoimagem é assustadora, causando sentimentos de vazio, e o pensamento dicotômico (preto e branco) é frequente.
 Beatriz Sarah
Psicólogo, Terapeuta complementar
Belo Horizonte
Muita labilidade emocional, medo de abandono, comportamento extremamente impulsivo "se você me deixar, eu vou me ma***..". Autoimagem muito ligada á validação que o outro (normalmente o par romântico) dá, baixa autoestima.
 Laura Faria
Psicólogo
Ribeirão Preto
Geralmente apresentam dificuldades em regular suas emoções, podendo afetar seus relacionamentos. Elas podem sentir emoções muito intensas e, às vezes, mudam rapidamente de humor, o que pode causar confusão.

Por exemplo, uma pessoa com personalidade border pode ter uma explosão de raiva, tristeza ou medo por causa de algo que parece pequeno para outras pessoas. Isso acontece porque há uma dificuldade em gerenciar esses sentimentos, o que pode fazer com que ajam impulsivamente, como gastar muito dinheiro ou fazer algo arriscado sem pensar nas consequências.

Elas também tendem a ter um medo muito grande de ser abandonadas, o que pode fazer com que se sintam extremamente inseguras em relacionamentos, mesmo quando a outra pessoa não está pensando em ir embora. Isso pode levar a atitudes extremas para evitar esse medo, como ligar muitas vezes para alguém ou ficar muito ansiosas quando não recebem uma resposta rápida.

Além disso, a maneira como elas veem a si mesmas também pode mudar com frequência. Em um momento, podem se sentir confiantes e bem consigo mesmas, e, logo depois, se sentirem completamente sem valor.

Essas características podem ser vistas à luz da análise do comportamento, onde os comportamentos impulsivos e as mudanças emocionais podem ser compreendidos como respostas a estímulos no ambiente. Por exemplo, uma crítica leve pode ser interpretada como rejeição, desencadeando reações emocionais intensas, porque, no passado, experiências similares resultaram em sentimentos de abandono.

Obrigada pela pergunta, espero ter contribuído!!
Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário;
Relacionamentos interpessoais instáveis e intensos;
Instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou percepção de si;
Impulsividade;
Comportamento, gestos ou ameaças suicidas;
Sentimento de vazio;
Instabilidade de humor;
Esses são as principais características segundo o DSM V.
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Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) apresentam várias características neuropsicológicas, como dificuldades em planejamento, tomada de decisão e controle de impulsos. Elas também podem ter problemas com memória e atenção, além de emoções intensas e instabilidade emocional. Alterações em áreas do cérebro, como a amígdala e o hipocampo, estão relacionadas a esses sintomas. Isso resulta em medo exagerado de rejeição e comportamentos impulsivos. Compreender e abordar essas características com empatia é crucial para oferecer suporte adequado e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Imagine uma paciente que, durante uma discussão com um amigo, se sente completamente abandonada e reage de maneira desproporcional, isolando-se e recusando qualquer contato. Em vez de julgá-la, o terapeuta a acolhe, oferece um ambiente seguro para discutir seus sentimentos e trabalha com ela para desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis, mostrando que ela não está sozinha em sua jornada. Espero ter ajudado, fico à disposição!
 Pablo Braga Blanco
Psicólogo
Ribeirão Preto
Olá. Obrigado por sua pergunta. As pessoas com Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) apresentam várias características neuropsicológicas distintas. Algumas das principais incluem: Instabilidade Emocional que são flutuações extremas de humor e dificuldade em regular emoções. Comportamentos impulsivos e, às vezes, de risco para o paciente. Relacionamentos Interpessoais, sendo hipersensíveis e instáveis nos relacionamentos, com medo intenso de abandono. A Autoimagem
com instabilidade na identidade. Apresenta alterações no processamento emocional, com aumento da atividade na amígdala e alterações no volume do hipocampo e hipotálamo. Com prejuízo em funções executivas, como tomada de decisão, planejamento e inibição. E ainda problemas na memória visual e verbal, atenção e vigilância. Essas características podem levar a um impacto significativo na vida diária e nas interações sociais. O tratamento geralmente envolve psicoterapia, e às vezes, medicamentos para ajudar a gerenciar os sintomas. Qualquer duvidas, estou aqui para ajudar! Um grande abraço
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Ola boa noite, o TPB apresenta os seguintes déficits: detrimentos nas funções de aprendizagem, memória visual e verbal, de atenção e vigilância, de processamento visoespacial, de flexibilidade cognitiva, de tomada de decisão, de planejamento e de inibição.
Dra. Patricia De Lucia Nadruz
Psicólogo, Terapeuta complementar
São Paulo
Segundo Dornelles et al.; 2021 A ideia de que os déficits neurocognitivos apresentem um papel importante no desenvolvimento do TPB vem ganhando atenção nos últimos anos. Os achados ainda nao sao conclusivos mas observou-se em algumas pesquisas deficits de memória visual e verbal; alterações em funções executivas (principalmente controle inibitório; habilidades visuomotoras, tomada de decisão e a organização visuoespacial). Soloff et al. apontam disfunções nas regiões límbicas frontais e pré-frontais responsaveis pela regulação das emoções e do controle de impulsos.
Pessoas com Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) geralmente apresentam uma série de características neuropsicológicas distintas. Estas incluem dificuldades em funções executivas, como planejamento, tomada de decisão e inibição. Há também alterações na memória, atenção e processamento emocional. Neuropsicologicamente, observa-se um aumento da atividade na amígdala, associado a uma redução do volume dessa região, além de alterações no hipocampo e na região pré-frontal, que são cruciais para o controle emocional e comportamental.
As pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) podem apresentar déficits em funções executivas, como:
Aprendizagem
Memória visual e verbal
Atenção e vigilância
Processamento visoespacial
Flexibilidade cognitiva
Tomada de decisão
Planejamento
Inibição
O TPB é caracterizado por um padrão de instabilidade emocional intensa e medo exagerado de rejeição. Algumas outras características do TPB são:
Mudanças de humor
Comportamento impulsivo
Auto depreciação
Episódios alternados de mania e depressão
Relacionamentos intensos e instáveis
Autoimagem instável
Comportamentos, gestos e/ou ameaças repetidos de suicídio ou automutilação
Sentimentos persistentes de vazio
O diagnóstico do TPB é feito por um psiquiatra, após a análise da presença de, pelo menos, cinco sintomas do transtorno de maneira constante e persistente. A terapia é indicada.

Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) geralmente apresentam:

Instabilidade emocional: Mudanças rápidas e intensas de humor.
Impulsividade: Comportamentos arriscados e decisões impulsivas.
Dificuldades de regulação emocional: Dificuldade em controlar emoções intensas.
Distúrbios de atenção e concentração: Dificuldade em manter foco em tarefas.
Distorções cognitivas: Pensamento polarizado, como "tudo ou nada".
Sensibilidade extrema à rejeição: Medo intenso de abandono ou desvalorização.
Essas características refletem dificuldades no processamento emocional e no relacionamento com o ambiente. O tratamento adequado, como a Terapia Comportamental Dialética (DBT), pode ajudar a melhorar essas funções.
As pessoas com transtorno de personalidade borderline (TPB) apresentam características neuropsicológicas que refletem o impacto do transtorno em funções cognitivas e emocionais. Entre os aspectos mais comumente observados estão: implulvidade,
instabilidade emocional e reatividade emocional, prejuízo na memoria de trabalho, dificuldade na adaptação de pensamentos e comportamentos frente às diversidades na vida, frequentemente associado ao comportamento de ser "tudo ou nada", conflitos em relacionamentos, entre outros.

Todas essas características podem ser avaliadas e monitoradas por meio de testes neuropsicológicos específicos, o que auxilia na compreensão mais ampla do quadro e no planejamento de intervenções terapêuticas personalizadas.

Se você busca mais informações ou precisa de uma avaliação especializada, estou à disposição para ajudar.
 Valter Rodrigues
Psicanalista, Psicólogo
Contagem
O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é caracterizado por uma série de características neuropsicológicas que impactam a forma como os indivíduos percebem a si mesmos e interagem com os outros. As principais características neuropsicológicas associadas ao TPB incluem:
1. Instabilidade Emocional
Indivíduos com TPB frequentemente experimentam flutuações intensas de humor, que podem variar rapidamente entre sentimentos de felicidade, tristeza, raiva e ansiedade. Essa instabilidade emocional é uma das características centrais do transtorno e pode levar a reações desproporcionais a eventos cotidianos.
2. Impulsividade
A impulsividade é uma característica marcante do TPB, manifestando-se em comportamentos como gastos excessivos, abuso de substâncias, comportamentos sexuais de risco e autolesões. Essa falta de controle sobre os impulsos pode resultar em consequências negativas significativas na vida do indivíduo.
3. Dificuldades nos Relacionamentos Interpessoais
Os indivíduos com TPB frequentemente têm relacionamentos instáveis e intensos, alternando entre idealização e desvalorização das pessoas ao seu redor. Essa dinâmica pode ser exacerbada por um medo intenso de abandono, levando a comportamentos desesperados para evitar a separação.
4. Autoimagem Instável
Uma autoimagem instável é comum entre aqueles com TPB, resultando em uma sensação crônica de vazio e dificuldades em definir quem são. Essa instabilidade na autoimagem pode contribuir para sentimentos de insegurança e inferioridade.
5. Pensamento Dicotômico
O pensamento dicotômico, ou "tudo ou nada", é uma característica frequente, onde os indivíduos veem o mundo em termos extremos, sem nuances. Isso pode afetar suas percepções sobre si mesmos e sobre os outros, levando a avaliações extremas e reações emocionais intensas.
6. Sintomas Dissociativos
Durante períodos de estresse intenso, alguns indivíduos com TPB podem experimentar episódios de dissociação, onde se sentem desconectados de si mesmos ou da realidade ao seu redor. Esses episódios podem ser uma forma de lidar com a angústia emocional.
7. Dificuldades em Regular Emoções
A regulação emocional é um desafio significativo para pessoas com TPB. Elas podem ter dificuldade em identificar e gerenciar suas emoções, resultando em reações descontroladas e comportamentos autodestrutivos.
8. Alterações Cognitivas
Estudos indicam que indivíduos com TPB podem apresentar prejuízos nas funções executivas, incluindo dificuldades na tomada de decisões, planejamento e controle inibitório. Essas alterações cognitivas contribuem para a impulsividade e a instabilidade emocional observadas no transtorno.
Conclusão
As características neuropsicológicas do Transtorno de Personalidade Borderline são complexas e variadas, refletindo as dificuldades emocionais e comportamentais enfrentadas pelos indivíduos afetados. O tratamento adequado, que pode incluir terapia psicodinâmica ou outras abordagens terapêuticas, é fundamental para ajudar esses indivíduos a desenvolver estratégias eficazes para lidar com seus sintomas e melhorar sua qualidade de vida.
 Marcella Fleuri
Psicólogo
São Paulo
O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), também chamado de Transtorno de Personalidade Limítrofe, apresenta características neuropsicológicas que refletem a interação entre aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais. Essas características podem variar entre os indivíduos, mas frequentemente incluem:

1. Alterações Cognitivas
Dificuldade em regular emoções: A instabilidade emocional é uma característica marcante, com dificuldades em gerenciar impulsos emocionais intensos.
Tendência à polarização (pensamento "tudo ou nada"): As pessoas podem ter dificuldade em enxergar situações de forma equilibrada, alternando entre extremos, como idealização e desvalorização.
Dificuldades de memória de trabalho emocional: Podem ter problemas em lembrar ou processar informações enquanto lidam com emoções intensas.
2. Controle Inibitório Prejudicado
Impulsividade: Há uma dificuldade em inibir comportamentos impulsivos, o que pode levar a decisões rápidas e prejudiciais em momentos de alta carga emocional.
Comportamentos autodestrutivos: Podem apresentar comportamentos de risco, como automutilação ou abuso de substâncias, como forma de lidar com emoções difíceis.
3. Alterações na Percepção de Si Mesmo e dos Outros
Instabilidade na identidade: Dificuldade em manter uma autoimagem consistente ao longo do tempo.
Hipersensibilidade à rejeição: Tendem a interpretar interações sociais como rejeições, mesmo quando isso não ocorre.
Distorções na percepção dos outros: Possíveis dificuldades em entender ou prever intenções e emoções alheias, o que afeta relacionamentos interpessoais.
4. Déficits de Funções Executivas
Planejamento e organização prejudicados: As funções relacionadas a organizar tarefas, tomar decisões ou planejar ações a longo prazo podem ser afetadas.
Dificuldade em resolver problemas: Especialmente quando há envolvimento emocional, a capacidade de encontrar soluções eficazes pode ser comprometida.
5. Alterações na Atenção e Processamento de Informações
Hiperfoco em estímulos emocionais: Pessoas com TPB podem priorizar estímulos relacionados a rejeição ou ameaças percebidas, enquanto negligenciam informações contextuais ou neutras.
Dificuldade em manter a atenção sustentada: Em situações emocionalmente carregadas, podem ter dificuldade em se concentrar ou finalizar tarefas.
6. Aspectos Emocionais
Altos níveis de reatividade emocional: As emoções mudam rapidamente e de forma intensa, sendo mais sensíveis a fatores externos.
Dificuldade em processar emoções complexas: Podem ter dificuldade em identificar e rotular seus próprios estados emocionais.
7. Base Neurobiológica
Pesquisas apontam alterações em regiões cerebrais como:

Amígdala: Maior reatividade a estímulos emocionais.
Córtex pré-frontal: Menor controle sobre respostas emocionais e impulsivas.
Conexões entre amígdala e córtex pré-frontal: Reduzidas, o que pode dificultar a regulação emocional.
Essas características neuropsicológicas ajudam a compreender o funcionamento de pessoas com TPB e podem orientar intervenções terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental (TCC) e treinamento em habilidades de regulação emocional.
Dra. Luana Hochmann
Psicólogo
Foz do Iguaçu
As características neuropsicológicas de pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) incluem:

Dificuldade no controle emocional: Regulação emocional prejudicada, com reações intensas e desproporcionais.
Impulsividade: Tomada de decisões rápidas e sem planejamento, frequentemente prejudiciais.
Prejuízo na memória de trabalho: Dificuldade em manter informações enquanto executa tarefas.
Déficits na função executiva: Problemas em planejar, inibir comportamentos inadequados e controlar impulsos.
Alterações na atenção: Maior tendência a se concentrar em estímulos negativos ou ameaçadores.
Hipersensibilidade social: Aumento na percepção de rejeição ou críticas, muitas vezes interpretadas de forma exagerada.
Desregulação cognitiva: Pensamentos distorcidos ou paranoides, principalmente em situações de estresse.
Esses aspectos estão associados a alterações em áreas como o sistema límbico (amígdala) e o córtex pré-frontal, responsáveis por emoções e controle comportamental.






 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

Pessoas com Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) apresentam características neuropsicológicas que ajudam a compreender o funcionamento emocional e comportamental associado a essa condição. Estudos indicam que há alterações em áreas cerebrais e nos processos cognitivos que influenciam a regulação emocional, a impulsividade e os relacionamentos interpessoais.

Uma das características principais é a dificuldade de regulação emocional, frequentemente associada à hiperatividade da amígdala, a área do cérebro responsável pelo processamento de emoções intensas, como medo e raiva. Essa hiperatividade pode fazer com que reações emocionais sejam desproporcionais ao estímulo. Ao mesmo tempo, o córtex pré-frontal, que ajuda a controlar impulsos e tomar decisões racionais, pode ter funcionamento reduzido, dificultando a modulação das respostas emocionais.

Essas alterações contribuem para comportamentos impulsivos e dificuldades em prever as consequências de ações, além de afetarem a habilidade de tolerar frustrações ou desconfortos emocionais. Também se observa uma maior sensibilidade ao estresse social e um medo acentuado de rejeição, muitas vezes ligado a questões de apego e experiências precoces de insegurança nos relacionamentos.

Do ponto de vista cognitivo, pessoas com TPB podem apresentar maior tendência a pensamentos polarizados ("tudo ou nada") e dificuldades em interpretar de forma equilibrada as intenções dos outros, levando a conflitos interpessoais. Há também evidências de déficits em memória de trabalho e atenção, especialmente em situações de estresse emocional, o que pode prejudicar o funcionamento cotidiano.

A neurociência tem contribuído para avançar na compreensão do TPB, destacando que essas características não são imutáveis. A plasticidade cerebral permite que, por meio de abordagens terapêuticas como a Terapia Comportamental Dialética (DBT), Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e outras estratégias baseadas em evidências, seja possível regular melhor as emoções, desenvolver maior controle sobre impulsos e aprimorar os relacionamentos interpessoais.

Se você está buscando ajuda ou informações mais específicas, estou à disposição para oferecer suporte psicológico e ajudar a explorar estratégias que promovam equilíbrio e qualidade de vida.
O TPB é caracterizado por uma instabilidade emocional muito intensa, gerando comportamentos mais reativos e impulsivos, pensamentos dramáticos e imprevisíveis. Classificado enquanto um transtorno de personalidade do Cluster B, tem como tratamento de primeira linha a terapia para auxiliar nas ressignificações de suas construções e alívio do sofrimento e dor.
 Daiana Duarte
Psicólogo
Nova Iguaçu
O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é caracterizado por instabilidade emocional, relacionamentos interpessoais intensos e instáveis, autoimagem distorcida e comportamentos impulsivos. Do ponto de vista neuropsicológico, indivíduos com TPB frequentemente apresentam dificuldades em funções executivas, como planejamento, tomada de decisão e controle inibitório. Além disso, podem ocorrer déficits na memória de trabalho, atenção e flexibilidade cognitiva, afetando a capacidade de adaptação a novas situações. Essas alterações estão associadas a disfunções em áreas cerebrais, como o sistema límbico, responsável pela regulação emocional, e o córtex pré-frontal, envolvido no controle executivo.




 Ana Kira Andrade
Psicólogo
Jaboatão Dos Guararapes
A maior dificuldade deste transtorno esra nos seus relacionamentos interpessoais.Mas procure um psicologo e tbm um psiquiatra se necessario.
Borderline é uma condição que deixa o indivíduo sempre nos seus limites emocionais, com humor e comportamentos instáveis.
Trata-se de uma doença psicológica e psiquiátrica, que gera mudanças repentinas de atitudes, as quais podem ser extremas e impulsivas.
Assim, a pessoa com borderline pode ir de uma imensa euforia a um sentimento intenso de raiva, depressão ou ansiedade.
Já a duração dos episódios pode variar de horas a dias, e é justamente essa inconstância que dificulta o correto diagnóstico.
Algumas das caracteristicas:
Algumas características do TPB são:
Instabilidade emocional
Mudanças extremas de humor
Impulsividade
Medo de abandono
Dificuldades para lidar com a rejeição
Baixa tolerância à frustração
Sentimento de vazio
Crises de identidade
Comportamentos nocivos e ameaças de suicídio
Relacionamentos instáveis e intensos
Dra. Letícia Carvalho
Psicólogo
Salvador
O transtorno de personalidade borderline (TPB) está associado a dificuldades na regulação emocional, com reações intensas e extremas devido à ativação exagerada da amígdala, além de impulsividade, como comportamentos de risco e automutilação, relacionados a déficits no controle inibitório e no córtex pré-frontal.

Pessoas com TPB também têm dificuldades na tomada de decisões e tendem a agir de forma impulsiva, devido a falhas no funcionamento do córtex pré-frontal. Há uma tendência a distorções cognitivas nas relações interpessoais, com dificuldades em perceber corretamente as intenções dos outros, e déficits em memória e aprendizado, especialmente em contextos emocionais.

A hiperatividade emocional, com maior ativação da amígdala e menor do córtex pré-frontal, é característica, levando a reações emocionais intensas e impulsivas.
 Dra. Susan Elise
Psicólogo
São José dos Campos
Ótima pergunta! As características neuropsicológicas do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) nos ajudam a compreender melhor *por que* muitas vezes essas pessoas sofrem tanto com a intensidade das emoções, impulsos e relações. A neuropsicologia, ao investigar o funcionamento cerebral e cognitivo, mostra que há **alterações específicas em regiões-chave do cérebro e em funções executivas**, que influenciam diretamente o comportamento e as emoções de quem vive com TPB.

Abaixo explico com clareza, como especialista, as principais características neuropsicológicas:

---

### **1. Alterações na Amígdala (Sistema Límbico)**
- **Função:** processamento de emoções, especialmente medo e raiva.
- **No TPB:** a amígdala costuma ser **hiperreativa** a estímulos emocionais, o que ajuda a explicar:
- Reações emocionais intensas e rápidas;
- Dificuldade em “esfriar” uma emoção negativa;
- Sensação constante de ameaça ou rejeição.

---

### **2. Disfunção do Córtex Pré-Frontal (especialmente o ventromedial e o dorsolateral)**
- **Função:** autorregulação, tomada de decisões, controle inibitório e julgamento.
- **No TPB:** menor ativação ou conectividade nessa região, o que se manifesta como:
- Dificuldade em pensar antes de agir;
- Tomadas de decisão impulsivas;
- Dificuldade em analisar situações com clareza durante crises emocionais.

---

### **3. Hipoatividade do Córtex Cingulado Anterior**
- **Função:** regulação do afeto, atenção e resolução de conflitos internos.
- **No TPB:** está relacionada à dificuldade em integrar pensamentos e emoções para reagir de forma adaptativa.
- Isso impacta na **capacidade de tomar decisões equilibradas sob estresse emocional**.

---

### **4. Desorganização da Conectividade Funcional (Rede Default Mode e Rede de Saliência)**
- Pessoas com TPB podem apresentar:
- Dificuldade em manter um senso estável de identidade;
- Maior tendência à **ruminação** e **interpretações distorcidas** de si e dos outros;
- Oscilação no modo como percebem a realidade, podendo haver momentos de dissociação.

---

### **5. Funções Cognitivas Alteradas (Neuropsicológicas Comportamentais)**
Estudos com testes neuropsicológicos mostram que pacientes com TPB frequentemente têm:

- **Atenção seletiva prejudicada:** distraem-se facilmente por estímulos emocionais;
- **Memória de trabalho afetada em momentos de estresse emocional;**
- **Baixo controle inibitório:** maior dificuldade para inibir pensamentos ou comportamentos indesejados;
- **Dificuldade de mentalização (Teoria da Mente):** interpretar as intenções e emoções dos outros de forma precisa, o que pode alimentar conflitos interpessoais.

---

### E por que isso é importante no tratamento?
Entender esses aspectos permite:

- **Personalizar a psicoterapia**, integrando técnicas específicas de regulação emocional, controle da atenção e mentalização;
- **Psicoeducar o paciente**, ajudando-o a entender que seu cérebro reage de forma intensa, mas que há estratégias eficazes para desenvolver maior equilíbrio;
- **Promover o autocuidado sem autocrítica**, substituindo o “o que há de errado comigo?” por “como posso cuidar melhor de mim?”.

---

Na minha prática clínica, utilizo esses conhecimentos da neuropsicologia aliados à Terapia Comportamental Dialética (DBT), Terapia Cognitivo-Comportamental, Terapia Focada na Compaixão e Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), sempre com base em evidências. Os resultados costumam ser transformadores, especialmente quando o paciente se sente compreendido e acolhido em sua complexidade.

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