Porque a maioria dos cardiologistas não recomenda o uso de antiarrítmicos para o tratamento de extrassístoles

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Porque a maioria dos cardiologistas não recomenda o uso de antiarrítmicos para o tratamento de extrassístoles ventriculares monomórficas isoladas e frequentes, porém sintomáticas?
Porque na maioria das vezes ocorrem em corações estruturalmente normais. Só tratamos se de fato o paciente tem sintomas incômodos. Neste caso, um betabloqueador em baixa dose ajuda a melhorar os sintomas.

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Este fato ocorre devido ao fato que, a menos que sua contagem num exame Holter ( registro eletrocardiografico de 24hs), por exemplo, seja muito frequente, ou o comprometimento da qualidade de vida (subjetivo), seja muito limitante, habitualmente não se indica , como mencionado, a droga antiarritmica.
A razão para este fenômeno se encontra na relação entre o risco/ benefício e/ ou custo / benefício. Embora não sejam medicações especialmente custosas, são de uso contínuo quando indicadas, representando um gasto cumulativo. Além disso, como qualquer outro fármaco, representa a possibilidade de efeitos colaterais de aparecimento rápido ou à médio e longo prazos. Por último, e de forma não menos importante, cabe ao profissional Médico explicar que esta categoria de arritmia (extrassistole monomorfica isolada) pode causar (ou não) desconforto ao paciente, mas representa baixo risco de complicações, e a atividade física frequente , aeróbica e personalizada é muito mais eficaz nesses casos.
Segundo diretrizes da SBC, se existe sintoma, mesmo que em baixa incidência, o tratamento antiarritmico deve ser instituído. Do contrário, caso exista alguma contra-indicação, a ablação do foco arritmogênico pode ser uma opção. Vale lembrar que os benefícios devem ser superiores ao risco de qualquer opção terapêutica. Consulte um especialista em arritmias
Acho importante frisar que a Arritmia Ventricular "sintomática e limitante" deve ser abordada com medicação sempre, pois o paciente poderá levar uma vida sem restrições, e evitaremos visitas frequentes aos Pronto Atendimentos hospitalares. Conforme meus colegas colocaram, há inúmeras opções medicamentosas seguras e de baixo índice de efeitos adversos que podem ser administrados.

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