Por que o tratamento contra transtorno bipolar tipo 2 ou depressão estão tão atrasados? Estou a anos

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Por que o tratamento contra transtorno bipolar tipo 2 ou depressão estão tão atrasados?
Estou a anos deprimido e sem perspectiva a procura de um medicamento que funcione e o que recebo dos médicos parece um protocolo padrão: começam receitando remédios da década de 70, fluxetina, excitalopran, citalopran, donaren,carbolitium, bupropiona.( todos com efeitos colaterais terríveis, principalmente na libido e no sono). Aí não funcionam e o médico "ja sem muito interesse" vai receitando remedios do século passado te fazendo gastar dinheiro até chegar no ponto que começam com os anti convulsivos(que me deixam igual um vegetal durante o dia ), todos dos anos 70, 80.. Qual o problema na psiquiatria no Brasil? Não existe remédios novos ou cursos que tratem desse assunto com mais profundidade? eu estou a beira de desistir disso.
Transtorno Bipolar tipo II é uma das condições mais difíceis de se diagnosticar, geralmente quando acontece o diagnostico o quado ja esta bem avançado, com ciclagem rapida por causa do uso de antidepressivo sem associacao com estabilizadores do humor. A rigor, o principal protocolo para tratamento de transtornos do humor chamado CANMAT (atualizado em 2018) indica como opção de primeira linha apenas a Quetiapina (Entre 300 e 600mg) para o tratamento do TB tipo II. Como segunda linha linha indica Litio, Lamotrigina, e em raras excessões sertralina e venlafaxina ou bupropiona associada com estabilizadores de humor. Depois disso existem outras combinações que podem ser feitas mas a utilização depende do exato diagnostico do tipo e do estágio da doença. Existem medicamentos mais novos que podem ser usados mas obviamente custam mais caro do que os mais antigos.

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Em comparação com algumas áreas da medicina, concordo com você, o tratamento psiquiátrico está atrasado. Não há como negar que as doenças psiquiátricas são mais complexas do que outras doenças médicas. Levará algum tempo para compreendermos os transtornos mentais em profundidade; mesmo em especialidades médicas mais tecnológicas, aprendem-se coisas novas todos os dias. A quimioterapia evolui muito, mas ainda tem seus problemas. Hoje, a maioria dos psiquiatras pode ter acesso a melhor informação, e boa parte dos pacientes colhe benefício dos tratamentos existentes. Os médicos querem sucesso, e a satisfação do paciente faz parte disso. O tratamento não é uma tarefa simples. Há várias variáveis em jogo (eficácia, genética, interação com doenças físicas, efeitos colaterais, meio social, aderência, custo de tratamento, entre outros). Novos tratamentos estão sendo desenvolvidos. E a esperança, simplesmente uma crença, que a vida pode melhorar, nos ajuda a ter mais força para enfrentar as dificuldades que todos nós temos.

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