Por que o diagnóstico tardio de autismo é mais comum em mulheres?

22 respostas
Por que o diagnóstico tardio de autismo é mais comum em mulheres?
 Indayá Jardim de Almeida
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Geralmente porque as mulheres são ensinadas para serem mais discretas, aprendem a se adaptar as expectativas e cobranças e infelizmente omissão nas investigações dos casos nos consultórios. Espero ter ajudado, estou á disposição!

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O diagnóstico tardio de autismo é mais comum em mulheres porque os sintomas tendem a ser mais sutis, camuflados, o que dificulta a identificação nas mulheres. Além disso, expectativas sociais sobre a mulher podem levar a diagnósticos equivocados, como ansiedade ou depressão.






Devido a aspectos sociais e culturais, a mulher tende a desenvolver melhor as habilidades sociais, camuflando os traços do autismo, que muitas vezes é apenas diagnosticado em suas comorbidades (depressão, ansiedade, TOC, etc). Com o avanço dos estudos a respeito deste espectro, cada vez mais mulheres tem sido diagnosticadas tanto na infância, quanto tardiamente. Espero ter respondido sua pergunta. Qualquer coisa, estou a disposição.
 Alice Mello
Psicólogo
São Paulo
O diagnóstico tardio de autismo em mulheres pode ocorrer por vários motivos. Um dos principais é que as meninas, desde cedo, são socializadas a serem mais adaptáveis socialmente, o que pode mascarar os sinais típicos do autismo. Elas tendem a desenvolver estratégias para "imitar" comportamentos sociais esperados, o que dificulta a identificação dos sintomas clássicos. Além disso, os critérios diagnósticos tradicionais foram baseados principalmente em estudos feitos com meninos, o que faz com que os sinais em mulheres passem despercebidos ou sejam confundidos com outros transtornos, como ansiedade ou depressão.

Outra questão é que o autismo nas mulheres pode se manifestar de maneira mais sutil, com interesse em interações sociais, mas sentindo grande exaustão e frustração por não conseguir manter essas interações de maneira natural.

A psicoterapia pode auxiliar no processo de autoconhecimento e aceitação, além de ajudar a desenvolver estratégias mais saudáveis para lidar com as dificuldades que surgem no dia a dia.
O diagnóstico de autismo em mulheres costuma ser mais tardio porque o autismo muitas vezes se manifesta de forma diferente nelas. Muitos dos estudos e critérios diagnósticos foram baseados em homens, então, as características típicas de mulheres autistas podem passar despercebidas. Além disso, as mulheres tendem a "mascarar" melhor os sinais de autismo, ou seja, aprendem a imitar comportamentos sociais e se adaptar às expectativas da sociedade, o que dificulta a identificação do transtorno.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ajudar mulheres com diagnóstico tardio a entender melhor seu comportamento, aceitar o diagnóstico e desenvolver estratégias para melhorar suas interações sociais e bem-estar emocional.






Estudos indicam que o diagnóstico tardio de TEA em mulheres pode estar ligado a como os papéis de gênero são compreendidos socialmente. Culturalmente, espera-se que meninas sejam mais comportadas e sociáveis, o que faz com que suas dificuldades sociocomunicativas não sejam devidamente reconhecidas, contribuindo para o subdiagnóstico ou o diagnóstico tardio. As diferenças de gênero na apresentação dos sinais do autismo também são evidentes: enquanto meninos frequentemente exibem comportamentos repetitivos e estereotipados, as meninas tendem a manifestar dificuldades sociocomunicativas de maneira mais sutil. Esse padrão comportamental camuflado nas meninas dificulta a identificação dos sinais que podem ser confundidos com timidez ou ansiedade, levando a diagnósticos equivocados. Além disso, o diagnóstico tardio em mulheres é influenciado por vários fatores. A camuflagem é uma característica comum: as mulheres autistas aprendem a ser discretas e introspectivas, o que contribui para a ocultação de características típicas do TEA. Outro fator é que os critérios diagnósticos historicamente foram baseados em estudos predominantemente com homens, o que resulta na subnotificação de mulheres com autismo.
 Mariana Ribeiro Fernandes
Psicólogo
Rio de Janeiro
O diagnóstico tardio de autismo em mulheres é comum porque elas frequentemente apresentam sintomas mais sutis e habilidades sociais mais desenvolvidas, o que pode mascarar o transtorno e servir como uma "camuflagem", ou seja, um comportamento aprendido para evitar a rejeição social. Além disso, as expectativas sociais e estereótipos de gênero fazem com que dificuldades em meninas sejam interpretadas como timidez ou ansiedade, em vez de autismo. A TCC pode ajudar, abordando padrões de pensamento disfuncionais e oferecendo estratégias para lidar com dificuldades sociais e emocionais.
O diagnóstico tardio de autismo em mulheres é mais comum devido a vários fatores interligados. Um dos principais é que os critérios diagnósticos tradicionais foram historicamente baseados em estudos de homens, o que pode levar a uma sub-representação dos sinais e sintomas em mulheres. Além disso, as mulheres autistas tendem a camuflar melhor suas dificuldades sociais e comportamentais, imitando ou observando o comportamento dos outros para se adaptar socialmente, o que dificulta a identificação de características autistas de maneira clara. Esse fenômeno é conhecido como "masking" ou "camuflagem social".

Outro fator importante é a socialização de gênero. Desde cedo, meninas são frequentemente incentivadas a serem mais empáticas, comunicativas e sensíveis às expectativas sociais, o que pode mascarar sinais de autismo, levando a um diagnóstico mais tardio ou até a um erro diagnóstico, como ansiedade ou depressão. As meninas também podem apresentar interesses e comportamentos restritos e repetitivos de formas mais sutis, o que pode não ser identificado facilmente pelos profissionais de saúde.

Portanto, a combinação de fatores culturais, sociais e clínicos contribui para o diagnóstico tardio de autismo em mulheres, que muitas vezes só é descoberto na vida adulta, após uma longa trajetória de tentativas de adaptação e possíveis problemas psicológicos decorrentes da falta de suporte adequado.
Mulheres frequentemente mascaram os sintomas do autismo, e isso pode retardar o diagnóstico. O cérebro feminino pode apresentar maior flexibilidade nas interações sociais, o que dificulta a percepção dos sintomas. Na TCC, abordamos essas questões promovendo autoconhecimento e estratégias para lidar com as dificuldades sociais. Se você busca entender melhor esse diagnóstico ou como ele afeta sua vida, a terapia pode ajudar a criar caminhos de maior equilíbrio e compreensão. Estou à disposição para ajudar nesse processo.
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 Maria Eduarda Lara Melo
Psicólogo, Psicanalista
Brasília
Acredito que pode ser uma junção da falta da procura por exames diagnósticos e conhecimento no passado, mas também por uma questão cultural. Por muitas vezes, pessoas mascararem esses sintomas, ou acharem que faz parte do crescimento.
Olá. Questões culturais e sociais parecem explicar essa situação. Concordo com o que já compartilhado a respeito pelos colegas.
Conforme alguns colegas já colocaram, isso ocorre porque os estudos são baseados em homens; as mulheres desde crianças aprendem a serem mais comedidas e a se comportarem de acordo com alguns padrões impostos socialmente, o que acaba mascarando os sinais.
Pesquisas mostram que um terço das mulheres recebe o diagnóstico de autismo após os 20 anos, já os homens recebem em média aos 7 anos de idade.
Essa pergunta é bastante importante. As mulheres são mais tardiamente diagnosticada ou diagnosticadas de forma equivacada em casos de autismo, mas também para outros transtornos mentais.
Muitas vezes se espera que as mulheres sejam cuidadoras, fortes e resilientes, o que pode levar a uma negação ou minimização dos próprios sentimentos e necessidades.
Além disso, a sobrecarga das funções dessas mulheres podem mascarar os sintomas de problemas de saúde mental, fazendo com que as mulheres priorizem as necessidades dos outros em detrimento das próprias.

Os sintomas de transtornos mentais podem se manifestar de forma diferente em homens e mulheres. Por exemplo, a depressão em mulheres pode se apresentar mais como ansiedade e sintomas físicos, enquanto em homens pode haver maior prevalência de irritabilidade e abuso de substâncias.

Historicamente, a pesquisa médica se concentrava mais na saúde masculina, o que pode levou a um menor conhecimento sobre as particularidades da saúde mental feminina.
As caracteristicas comportamentais das mulheres na verdade faz com que a identificação do autismo não seja tão perceptivel, Apesar de suas neurodivergências elas conseguem desenvolver habilidades para tentar lidar com algumas de suas limitações. Porém isso vai depender o nível do autismo. Em geral elas se percebem diferentes, mas ainda acreditam que sejam caracterísiticas de personalidade. Porém têm dificuldades na comunicação, nas relações sociais, porém se procurarem se informar mais sobre as caracterísiticas do espectro autista elas se identificarão.
 Karen D Agostino
Psicólogo, Psicanalista
Campinas
Ola, como vai?! O diagnóstico tardio de autismo em mulheres é mais comum devido a fatores como a camuflagem, onde muitas aprendem a imitar comportamentos sociais para ocultar suas dificuldades. As manifestações do autismo nelas podem ser menos evidentes e mais socialmente aceitáveis, dificultando a identificação. Além disso, normas culturais pressionam as mulheres a serem sociáveis, o que pode levar à subestimação de seus desafios. A falta de conhecimento sobre como o autismo se apresenta em mulheres, juntamente com comorbidades como ansiedade e depressão, também contribui para diagnósticos errôneos.

Apesar do diagnóstico tardio, é importante focar nas forças e habilidades individuais das mulheres autistas, promovendo resiliência e inclusão, ajudando-as a viver de forma mais plena.
Dra. Marcela Felício
Psicólogo, Psicanalista
Sacramento
Olá! É importante a escuta sobre de que contexto parte a construção de uma informação. Os aspectos sociais do modo como determinados grupos existem em dadas épocas poderão ser norteadores a se considerar em uma pesquisa para construção de respostas. Abraço.
O diagnóstico tardio de autismo em mulheres é um fenômeno complexo que envolve várias razões, tanto relacionadas a características do transtorno quanto a fatores culturais e sociais. Aqui estão algumas das principais razões para isso:

1. Diferenças na Manifestação dos Sintomas
Menos comportamentos estereotipados e agressivos: Em muitos casos, as mulheres com autismo apresentam menos comportamentos estereotipados e agressivos do que os homens, o que pode dificultar a identificação do transtorno. Elas tendem a ter interesses mais "sociais" ou "normativos", como animais ou livros, em comparação com os interesses mais restritos e incomuns observados em muitos meninos.
Mais habilidades de camuflagem: As mulheres com autismo frequentemente desenvolvem estratégias de "camuflagem" ou "máscara social", ou seja, elas tentam esconder ou compensar as dificuldades sociais, aprendendo padrões sociais de imitação para parecer mais "normais". Isso pode incluir forçar conversas ou tentar imitar comportamentos sociais, o que pode esconder a verdadeira natureza do transtorno.
2. Normas Sociais e Expectativas de Gênero
Pressões sociais: As mulheres são frequentemente socializadas para serem mais comunicativas, empáticas e sensíveis às necessidades dos outros. Isso pode levar a uma maior adaptação às expectativas sociais, o que pode mascarar os sinais de autismo. Além disso, como o autismo é frequentemente associado a comportamentos de "isolamento" ou "dificuldade em se relacionar com os outros", as mulheres podem ser mais propensas a adaptar seu comportamento para se encaixar nesses padrões sociais, mesmo que suas dificuldades ainda existam.
3. Diferenças Biológicas e Genéticas
Fatores genéticos: Existe uma teoria chamada "hipótese de camuflagem feminina", que sugere que as mulheres podem precisar de uma carga genética maior para apresentar sintomas evidentes de autismo. Isso pode significar que as mulheres que têm autismo podem ter uma forma mais leve do transtorno ou apresentar uma apresentação clínica menos evidente, o que dificulta o diagnóstico precoce.
4. Subdiagnóstico e Falta de Conscientização
Histórico de subdiagnóstico: Durante muitos anos, o autismo foi considerado um transtorno que afetava predominantemente os meninos, o que levou a uma falta de conscientização sobre como o autismo se manifesta nas mulheres. Muitas vezes, as mulheres eram diagnosticadas com outros transtornos, como depressão, transtornos de ansiedade ou transtornos de personalidade, o que atrasava o diagnóstico correto.
5. Estigma e Falta de Formação Profissional
Diagnóstico mal interpretado: Como o autismo tradicionalmente é mais associado aos homens, os profissionais de saúde podem estar mais inclinados a diagnosticar meninos com autismo de forma mais rápida, enquanto nas meninas o diagnóstico pode ser postergado. Isso se deve também a um entendimento limitado de como o autismo se manifesta nas mulheres e à falta de treinamento adequado para reconhecer sinais em diferentes gêneros.
6. Comorbidades
Transtornos comórbidos: As mulheres com autismo muitas vezes apresentam comorbidades como transtornos de ansiedade, depressão e transtornos alimentares, o que pode dificultar ainda mais o reconhecimento do autismo, já que os profissionais podem focar mais nas comorbidades do que no transtorno subjacente.
Esses fatores combinados contribuem para um diagnóstico tardio ou errôneo, o que pode fazer com que muitas mulheres com autismo passem a vida adulta sem um diagnóstico adequado, afetando a forma como elas buscam suporte e tratam as dificuldades associadas ao transtorno.
Dra. Patricia De Lucia Nadruz
Psicólogo, Terapeuta complementar
São Paulo
Isso se deve a uma combinação de fatores neurológicos (biológicos), sociais e culturais, que dificultam o reconhecimento dos sintomas típicos em meninas e mulheres. Em primeiro lugar os estudos sobre autismo e seus critérios foram baseados em amostras masculinas, antigamente se achava que as mulheres só tinham a forma grave de autismo. Isso fez com que os profissionais de saúde tivessem dificuldade em identificar os sinais de TEA em mulheres por estarem mais familiarizados com os padrões tipicos observados nos homens, ocasionando um viés nos critérios diagnósticos. Hoje sabe-se que as mulheres tem apresentação diferente dos sintomas: As meninas tendem a apresentar características menos evidentes ou mais internalizadas, como ansiedade e timidez ao invés de comportamentos mais disruptivos mais observados nos meninos. As mulheres tendem a fazer mais uso do masking (camuflagem social) para imitar comportamentos típicos, copiar padrões de fala ou gestos de outras pessoas, esconder estereotipias, mascarando suas dificuldades reais. Os interesses restritos nas mulheres normalmente são mais parecidos e socialmente aceitos (moda, leitura, animais) enquanto os dos meninos podem ser mais atípicos (colecionismo, tecnologia). As expectativas de gênero (fatores sociais e culturais) incentivam as meninas desde cedo a serem sociaveis, empaticas e discretas, o que pode mascarar os sintomas (o cérebro feminino também é mais sociavel); As peculiaridades comportamentais dos meninos são mais rapidamente vistas como problemas, enquanto que nas meninas podem ser interpretadas como timidez ou sensibilidade.
 Valter Rodrigues
Psicanalista, Psicólogo
Contagem
O diagnóstico tardio de autismo em mulheres é um fenômeno cada vez mais reconhecido e pode ser atribuído a vários fatores que diferem dos que afetam os homens. Aqui estão algumas das principais razões:
Estereótipos de Gênero
Os estereótipos sociais muitas vezes levam a uma percepção de que as meninas devem ser mais sociais, empáticas e comunicativas. Isso pode fazer com que os comportamentos autistas em mulheres sejam mascarados ou minimizados, dificultando a identificação do transtorno. Profissionais de saúde e familiares podem não reconhecer os sinais de autismo em meninas, acreditando que elas se encaixam nos padrões esperados de comportamento feminino.
Diferenças nos Sintomas
Os sintomas do autismo podem se manifestar de maneira diferente em mulheres. Enquanto meninos podem exibir comportamentos mais evidentes, como hiperatividade ou agitação, as mulheres podem apresentar ansiedade social extrema ou interesses intensos em áreas específicas, tornando seus traços autistas menos visíveis. Essa diferença na apresentação clínica contribui para o diagnóstico tardio.
Pressão Social e Mascaramento
Muitas mulheres autistas aprendem a "mascarar" seus comportamentos para se conformar às normas sociais, o que pode dificultar a identificação do transtorno. Esse mascaramento pode levar a um aumento da ansiedade e da depressão, uma vez que elas tentam se adaptar a expectativas que não correspondem à sua verdadeira natureza.
Impacto na Saúde Mental
Mulheres autistas frequentemente enfrentam desafios de saúde mental, como ansiedade e depressão, que podem ser exacerbados pela falta de compreensão sobre seu autismo. O diagnóstico tardio pode resultar em uma jornada difícil de autoconhecimento e aceitação, além de complicações emocionais.
Conclusão
O diagnóstico tardio de autismo em mulheres é um problema complexo que resulta da interação entre estereótipos sociais, diferenças nos sintomas e a pressão para se conformar às normas sociais. Reconhecer o autismo em mulheres é crucial para proporcionar o apoio adequado e melhorar sua qualidade de vida. Se você ou alguém que você conhece está passando por essa situação, estou aqui para ajudar. Como profissional qualificado, posso oferecer suporte na busca por um diagnóstico correto e no manejo dos desafios associados ao autismo. Sinta-se à vontade para entrar em contato para agendar uma consulta.
Olá! Obrigada pela pergunta.
Uma das razões da diferença de diagnóstico tardio em mulheres podem ser compreendidas pelas estratégias de camuflagem ou imitação social que as mulheres tendem a se ajustar em situações sociais. Outra diferença são os interesses diferentes, os meninos tendem a ter interesses mais peculiares (matemática, tecnologia, etc)os interesses das mulheres podem parecer mais socialmente aceitáveis, por exemplo, literatura, moda, animais, tornando mais difícil identificar o comportamento como um traço do espectro. Mulheres autistas também apresentam maior habilidade em estabelecer conexões superficiais, pois tem maior habilidade em iniciar e manter relacionamentos sociais, mesmo com dificuldade emocional.
 Vanessa Oliveira Martins
Psicólogo, Psicanalista
Londrina
O diagnóstico tardio de autismo em mulheres é mais comum devido a uma combinação de fatores sociais, comportamentais e neurobiológicos que tornam as manifestações do transtorno mais sutis e menos evidentes nas meninas, especialmente em comparação aos meninos. As mulheres com autismo frequentemente têm uma habilidade maior de camuflar ou mascarar seus sintomas em ambientes sociais. Essa capacidade de adaptação pode ser observada em comportamentos como imitar interações sociais ou suprimir reações emocionais, o que as faz passar despercebidas, até mesmo pelos próprios profissionais de saúde.
Além disso, os criterios diagnósticos tradicionalmente utilizados para o autismo foram desenvolvidos com base em estudos predominantemente masculinos, o que pode levar a um viés na identificação dos sintomas. O autismo em mulheres tende a se manifestar de maneira mais subtle e menos agressiva em termos de estereótipos comportamentais, como atividades repetitivas e interesses restritos, sendo que esses podem se manifestar de formas mais sociais ou centradas em áreas de interesse mais típicas para as meninas, como animais ou literatura.
Outro fator importante é a tendência cultural de expectativas sociais mais altas para as meninas no que se refere ao comportamento social. As meninas são frequentemente mais incentivadas a desenvolver habilidades sociais e a serem empáticas, o que pode criar uma pressão extra para esconder qualquer dificuldade. Ao longo do tempo, isso pode dificultar o reconhecimento de sinais de autismo, pois elas tendem a internalizar suas dificuldades, resultando em um desajuste emocional e psicológico que muitas vezes é diagnosticado como algo como ansiedade ou depressão, antes de se considerar o autismo.
A dificuldade de expressar emoções e a tendência a manter uma vida social mais reclusa também contribuem para o diagnóstico tardio, uma vez que as dificuldades sociais, muitas vezes, são minimizadas como problemas típicos de personalidade ou timidez. Em algumas meninas, os sinais podem ser completamente ignorados até a adolescência ou a fase adulta, quando as demandas sociais se tornam mais complexas e os desafios de adaptação se tornam mais evidentes.
Portanto, o diagnóstico tardio em mulheres não é uma consequência da ausência de sinais, mas sim de uma combinação de fatores como a capacidade de mascaramento, o viés diagnóstico, e a pressão social que dificulta a identificação precoce do autismo.
As mulheres, muitas vezes, apresentam sintomas de TEA de maneira diferente dos homens. Elas tendem a ter mais habilidades sociais e de comunicação desenvolvidas, o que pode mascarar as dificuldades típicas do autismo, como a dificuldade em estabelecer e manter interações sociais.

Além disso, as mulheres com TEA podem ser mais habilidosas em imitar comportamentos sociais ou camuflar suas dificuldades para se encaixar melhor nas expectativas sociais, resultando em um diagnóstico mais tardio.

Se eu puder contribuir de alguma forma, sinta-se à vontade para me contatar. Estou disponível para esclarecer qualquer dúvida que tiver.

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