Por que está aumentando o números de pessoas depressivas? Antigamente não existiam tantas pessoas

8 respostas
Por que está aumentando o números de pessoas depressivas? Antigamente não existiam tantas pessoas com essa doença. O que vem causando o aumento dessa doença?
O grupo das depressões é um grupo de patologias de causa multifatorial, em que questões biológicas, questões psicológicas, questões sociais e questões da espiritualidade estão envolvidas.
A alteração em qualquer um desses fatores pode levar ao aumento ou a diminuição do risco de desenvolvimento das depressões.
Talvez o fator mais importante esteja no fato de que nas últimas décadas vivenciamos muitas mudanças em relação as questões psicológicas e sociais, e com isso o ser humano está mais em risco de desenvolver as depressões.

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O fenômeno da depressão provavelmente tem a ver com a educação autoritária e ela, com os valores verticais na nossa cultura, com as hierarquias. Sendo assim, dá para entender que não aumentou o número de casos de depressão mas a maneira de expressá-la, e a permissividade da sociedade diante a expressão da depressão como tal. Por exemplo, a violência é uma maneira de evitar a expressão da depressão como fraqueza. A violência era muito mais comum na vida popular nos séculos passados do que hoje em dia. Tanto nas guerras, grandes e pequenas, como na vida civil das classes humildes. Até que a expectativa de vida destas classes sofria muito da violência e de outros fatores que tem a ver com a falta de motivação de cuidar de si o que é mais uma faceta da depressão, por exemplo hoje em dia nos moradores de rua. Tudo isto não é relatado como depressão mas pode ser interpretado como expressão dela, e hoje chega a ser visto devido à ascensão social das pessoas educadas autoritariamente.
Concordo com os demais colegas por ser oriunda de fatores múltiplos. No entanto, o acúmulo de afazeres, no nosso cotidiano, nos leva a desperceber que o sentido da vida passa a não ser o citado por nosso ilustre filósofo Martin Buber, em seu livro: EU-TU. Colocação esta que, passamos a aspirar a vida não mais por uma via dupla (olhando o nosso interior, seja como bio ou psicológico; e o meio onde nos instalamos), e sim preso a um sentido de vida, geralmente, nos aliando do nosso ser interior. Isto trazendo como consequência seja de ordem biológica (as disfunções dos neurotransmissores), seja psicológica (a não vivência dos desejos, pensamentos, alegria,...), seja social (os aumentos da competitividade, da violência, da falta de mobilidade nas grandes cidades,...); desaguando a uma condição de-pressiva. Ou seja, atrelada a muita pressão.


Atenciosamente,


Gustavo Figueirêdo.
O ser humano é bio-psico-social, todavia pode existir diversos fatores desencadeantes desde genético até fatores sociais. Creio que não exista um consenso quanto à raiz do problema ser de uma única porta de entrada. O que sabemos é que se faz necessário buscar ajuda profissional pois é uma doença que evolui e compromete a vida de quem está acometido por ela.
A depressão é um comportamento que está associado a um sentimento de tristeza e impotência. Considerando a condição humana, marcada pela incerteza e pela finitude da vida material é muito atraente ao homem cair, em algum momento, um estado de tristeza e de insegurança na vida, por não encontrar a resposta que espera para seus anseios existenciais, de acordo com a sua vontade. Daí para entrar num processo depressivo é um passo fácil. Para que possa amenizar esse desafio é aconselhável fazer um terapia para que possa investigar as dimensões da vida física, emocional, mental e, especialmente, a vida espiritual, visando alargar sua compreensão sobre o verdadeiro sentido da vida humana e, assim, melhor aceitando as limitações da vida no corpo.
Realmente a depressão vem aumentando muito. E para isso talvez precisamos olhar e refletir mais pra sociedade em que estamos inseridos. Refletir nos ideais de mundo, de vida, de relacionamento que nos são "vendidos" principalmente pela mídia. Olhar para as relações que estabelecemos com familia e outros. Isso muito tem a ver com a epidemia de depressão.
Essa questão é mais voltada para uma psicologia social para ser vista tanto dentro da familia como na sociedade geral.
Primeiramente é preciso ser bem diagnosticado os casos de depressão. Na sociedade atual, onde a demanda é muito grande por se obter sucesso, prazer e "felicidade", em alguns casos, estar triste já se fala em depressão, como se não fosse mais permitido a pessoa estar triste. O uso da palavra depressão tem que ser olhada com mais seriedade, sem falar do alto consumo de medicamentos e, em alguns casos, a automedicação como promessa de soluções rápidas para se evitar qualquer tipo de frustração ou um momento que a pessoa possa estar vivendo. É preciso respeitar a singularidade de cada ser humano e permitir que cada um
possa saber e falar do seu sofrimento. Nem sempre, tudo é depressão.
Há cobrança cada vez maior em relação ao desempenho acadêmico das crianças (somado a uma agenda lotada em que não há momentos reservados para brincar), adolescentes que só interagem virtualmente e não cultivam vínculos reais, adultos inseridos em um mercado cada vez mais competitivo...
Além disso, antigamente não havia tantas campanhas conscientizando sobre a depressão, nem divulgação.

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