Pacientes com histórico de avc podem tomar ginkgo biloba?
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Pacientes com histórico de avc podem tomar ginkgo biloba?
Olá, tudo bem?
Em relação ao uso de ginkgo biloba em pacientes com histórico de acidente vascular cerebral (AVC), é importante considerar alguns fatores, pois o efeito dessa planta no sistema cardiovascular pode ser complexo.
O ginkgo biloba é conhecido por suas propriedades que melhoram a circulação sanguínea e tem sido utilizado em tratamentos para problemas cognitivos e para melhorar a memória. O efeito do ginkgo sobre a circulação ocorre principalmente através de vasodilatação e melhora na microcirculação, além de ter um efeito anticoagulante leve devido à inibição de plaquetas.
Pontos importantes a serem considerados:
1. Risco de sangramentos: O ginkgo biloba pode interferir na função plaquetária e aumentar o risco de sangramentos, o que pode ser um fator de risco significativo para pacientes com histórico de AVC, especialmente AVC hemorrágico. O uso de ginkgo pode potencialmente aumentar o risco de sangramentos cerebrais ou outro tipo de hemorragia, além de interagir com medicamentos anticoagulantes como a varfarina, aspirina ou novos anticoagulantes orais (NOACs).
2. Risco para pacientes com AVC isquêmico: Embora o ginkgo tenha um efeito de melhora na circulação, sua ação anticoagulante pode ser prejudicial para pessoas que já têm risco de eventos isquêmicos (como um AVC isquêmico), pois pode aumentar o risco de sangramentos, que não é desejado nesses casos.
3. Estudos limitados: A literatura sobre o uso de ginkgo biloba especificamente em pacientes pós-AVC é limitada e, embora alguns estudos sugiram benefícios cognitivos, os riscos de sangramentos são uma preocupação importante. Isso torna a recomendação de seu uso em pacientes pós-AVC um tema debatido, e é essencial individualizar a decisão.
Conclusão:
Para pacientes com histórico de AVC, o uso de ginkgo biloba deve ser cuidadosamente avaliado e somente deve ser iniciado sob orientação médica especialmente se o paciente estiver usando medicamentos anticoagulantes ou tiver risco de sangramentos. O médico responsável precisará pesar os possíveis benefícios cognitivos e circulatórios do ginkgo contra o risco de complicações hemorrágicas.
Sempre consulte seu médico antes de iniciar qualquer suplemento, especialmente em casos de histórico de AVC ou doenças cardiovasculares.
Se você ou seu paciente estiver considerando o uso do ginkgo biloba, recomendo uma avaliação detalhada com seu médico para garantir segurança no tratamento.
Atenciosamente
Fernando Feuerharmel Giuseppin - Cardiologista
Em relação ao uso de ginkgo biloba em pacientes com histórico de acidente vascular cerebral (AVC), é importante considerar alguns fatores, pois o efeito dessa planta no sistema cardiovascular pode ser complexo.
O ginkgo biloba é conhecido por suas propriedades que melhoram a circulação sanguínea e tem sido utilizado em tratamentos para problemas cognitivos e para melhorar a memória. O efeito do ginkgo sobre a circulação ocorre principalmente através de vasodilatação e melhora na microcirculação, além de ter um efeito anticoagulante leve devido à inibição de plaquetas.
Pontos importantes a serem considerados:
1. Risco de sangramentos: O ginkgo biloba pode interferir na função plaquetária e aumentar o risco de sangramentos, o que pode ser um fator de risco significativo para pacientes com histórico de AVC, especialmente AVC hemorrágico. O uso de ginkgo pode potencialmente aumentar o risco de sangramentos cerebrais ou outro tipo de hemorragia, além de interagir com medicamentos anticoagulantes como a varfarina, aspirina ou novos anticoagulantes orais (NOACs).
2. Risco para pacientes com AVC isquêmico: Embora o ginkgo tenha um efeito de melhora na circulação, sua ação anticoagulante pode ser prejudicial para pessoas que já têm risco de eventos isquêmicos (como um AVC isquêmico), pois pode aumentar o risco de sangramentos, que não é desejado nesses casos.
3. Estudos limitados: A literatura sobre o uso de ginkgo biloba especificamente em pacientes pós-AVC é limitada e, embora alguns estudos sugiram benefícios cognitivos, os riscos de sangramentos são uma preocupação importante. Isso torna a recomendação de seu uso em pacientes pós-AVC um tema debatido, e é essencial individualizar a decisão.
Conclusão:
Para pacientes com histórico de AVC, o uso de ginkgo biloba deve ser cuidadosamente avaliado e somente deve ser iniciado sob orientação médica especialmente se o paciente estiver usando medicamentos anticoagulantes ou tiver risco de sangramentos. O médico responsável precisará pesar os possíveis benefícios cognitivos e circulatórios do ginkgo contra o risco de complicações hemorrágicas.
Sempre consulte seu médico antes de iniciar qualquer suplemento, especialmente em casos de histórico de AVC ou doenças cardiovasculares.
Se você ou seu paciente estiver considerando o uso do ginkgo biloba, recomendo uma avaliação detalhada com seu médico para garantir segurança no tratamento.
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