Paciente com cirrose biliar em tratamento há dois anos tem como engravidar ainda depois de uma colestase

Consideremos como uma gravidez de risco elevado tendo em vista que a gravidez além de aumentar o volume abdominal apresenta importantes alterações hormonais e de vários outros sistemas como cardíaco, renal e hepático. Além dos riscos para a criança também existe principalmente para a mãe. Caso seja uma decisão já definida ou caso já esteja grávida deverá fazer acompanhamento frequente e também estar ciente dos riscos.

Olá! O diagnóstico de cirrose biliar primária é feito com a presença do anticorpo anti-mitocondria. Quem tem cirrose biliar primária não tem como ter colestase intra-hepática da gravidez, uma vez que para dar tal diagnóstico deve-se excluir outras causas, entre elas a cirrose biliar primária.
No caso de colestase intra-hepática da gravidez existe risco apenas para o feto, se não for feito tratamento. O maior risco é de óbito fetal e parto prematuro. Quando tratada, a colestase intra-hepática da gravidez nao deixa nenhuma sequela no feto, e também não existe nenhum risco para a mãe.
Já a cirrose biliar primária pode oferecer mais riscos, por ser doença de curso crônico.
A gestante deve sempre ser acompanhada por hepatologista, em ambos os casos