Olá, sou professora auxiliar de um autista no grau alto de 15 anos, ele é alfabetizado, problema é q

16 respostas
Olá, sou professora auxiliar de um autista no grau alto de 15 anos, ele é alfabetizado, problema é que ele se recusa a fazer qualquer tipo de tarefa. Ele adora pintar então dou tarefas com imagens para ele pintar na tentativa dele se entusiasmar, mas mesmo assim ele age com agressividade. Como eu posso ajudá-lo?
Olá! A partir do DSM-5, o Autismo passa a ser chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Também pode-se classificar como um dos Transtorno do Neurodesenvolvimento, que caracteriza dificuldades de interação e, portanto, comunicação social com comportamentos restritos e repetitivos. Porém, há práticas eficazes ao aluno que poderá desenvolver em sala de aula: o ambiente deve ser tranquilo e atraente aos seus sentidos, principalmente, ao tato! Nesse caminho que já faz, tente dar a ele a possibilidade de escutando uma música ambiente calma, até mesmo com fone de ouvido, numa altura baixa, deixe ele explorar as tintas com as próprias mãos, no sentido que desejar e se sentir confortável. O tempo?! Enquanto demonstrar interesse! Haverá resistência quanto as texturas nas mãos e depois até mesmo até em retirá-las... Mas, motiva-o a esse contato com a água e o sabonete (ao sentir a temperatura , a espuma, enfim... as sensações do tato e olfato). Ao final das atividades, converse calmamente com ele e, oriente para que fale tudo que vivenciou e se gostou ou não. Escreva e depois leia à Turma sua autoria, parabenizando por mais essa conquista de esforços. Dentro dos critérios diagnósticos do DSM-5 para Autismo, estão presentes os níveis de gravidade ou necessidade de suporte para as atividades da vida diária. A partir da 5ª edição, o TEA passa a ser dividido em 3 níveis diferentes: leve, moderado e severo. Autistas nível 2 e 3 de suporte podem também apresentar vastas e, diferentes comorbidades, como depressão, TDAH, TOC, ansiedade, epilepsia, distúrbios do sono, dificuldades de fala, distúrbios gastrointestinais, deficiência intelectual e dificuldades de coordenação motora, embora níveis de suporte não resumem o Autista, porque o TEA se manifesta em cada indivíduo de forma diferente e, consequentemente, há inúmeras intervenções e estratégias a fim de inclusão e sucesso ao seu processo de ensino e aprendizagem. Espero ter ajudado!

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 Francimeyre Marôpo
Psicopedagogo
Fortaleza
Olá! Como ele já é alfabetizado você pode trabalhar com ele o mesmo conteúdo que trabalha com o restante da sala. O que precisar ser feito de diferente é a maneira que ele vai absorver o conteúdo. Você deve trabalhar de forma lúdica e concreta os conceitos, textos e noções de matemática para a melhor compreensão. Pois o tempo de tolerância e permanência numa atividade realizada por uma criança autista e bem limitado dependendo do grau de autismo. Também apresentam dificuldade com noção temporal e espacial que é fundamental para realização de algumas atividades.
Prof. Ana Patricia Santos Caires
Psicopedagogo
Salvador
Olá!! Procure conhecer assuntos q ele demonstra interesse, além de pintar e também pode perguntar aos seus responsáveis sobre seus gostos e preferências.
A partir disso elabore atividades variadas, sensoriais e cognitivas.
Diversifique e inclua a contação de histórias de temas e ou personagens q ele gosta, respeitando seu nível cognitivo.
Chame a familia e converse, para que o trabalho possa obter uma melhor evolução.
Sucesso!!
Olá !
Verifique com a gestão escolar o preparo de algumas atividades adaptadas ao seu nível escolar e cognitivo, de maneira lúdica e que contenham ilustrações para que ele possa pintar e interagir durante o tempo que fica na escola. Jogos ae atividades também são ótimos !
Abraço !
 Luzia de Souza
Psicopedagogo
São Paulo
Ola! Espero que esteja bem.
Além das ótimas sugestões dadas pelos colegas especialistas, penso que, seria muito interessante criar momentos de atividades onde a sala toda esteja envolvida com ele. Algo comum a toda a sala. Acredito que isso o motivará a variar os gostos e interesses.
Muito boa sorte. Sucesso.
 Andrea Borba Griebler
Psicopedagogo
Alvorada
Entender e lidar com a recusa e a agressividade de um aluno autista, especialmente no grau alto, exige uma abordagem cuidadosa e estratégica. Aqui estão algumas sugestões que podem ajudar a apoiá-lo de forma mais eficaz:
• 1. Compreender as Causas da Recusa e Agressividade
• Estresse ou sobrecarga sensorial
• Ele pode estar se sentindo sobrecarregado pelo ambiente (ruídos, iluminação, cheiro) ou pelas próprias demandas das tarefas.
• Dificuldade de comunicação
• Mesmo sendo alfabetizado, ele pode ter dificuldades em expressar o que sente ou pensa, recorrendo à agressividade como forma de "comunicar" frustrações.
• Falta de motivação intrínseca
• Ainda que pintar seja algo que ele goste, associar a atividade a uma obrigação pode gerar resistência.
• Necessidade de controle
• Muitos autistas têm dificuldades com situações em que não sentem controle, o que pode levar à recusa.
• 2. Estratégias para Reduzir a Recusa e Incentivar a Participação A. Adaptação do Ambiente
• Ambiente tranquilo e previsível
• Reduza estímulos que podem causar desconforto sensorial (barulhos altos, luzes fortes).
• Cronograma visual
• Use imagens ou símbolos para organizar as atividades do dia, ajudando-o a entender o que esperar.
• Cantinho de regulação
• Crie um espaço onde ele possa se entusiasmar e se regular quando se sentir ansioso ou irritado.
• B. Criação de Vínculo
• Aproximação gradual
• Fortaleça o vínculo com ele por meio de atividades que ele goste, sem pressioná-lo inicialmente.

• Interesse compartilhado
• Converse sobre os temas que ele gosta e insira esses interesses nas tarefas.
• C. Uso de Reforço Positivo
• Sistema de recompensas
• Crie um sistema visual de recompensas, como adesivos ou pontos, que ele possa trocar por algo que goste (tempo para pintar, assistir algo que gosta).
• Elogie o progresso
• Sempre que ele participar, mesmo que minimamente, reforce positivamente com elogios específicos
• Gostei muito de como você começou a pintar a imagem!
• D. Tarefas Curto-Prazo e Autonomia
• Divida as tarefas em menores partes
• Reduza a carga de trabalho. Por exemplo, peça que ele pinte apenas um pedaço da imagem e, gradualmente, aumente conforme a demanda.
• Ofereça escolhas
• Dê duas ou três opções de tarefas para que ele se sinta mais sem controle.
• 3. Lidar com a Agressividade
• Identifique os gatilhos
• Observe os momentos ou situações que desencadeiam a agressividade.
• Eles podem ser uma pista sobre suas dificuldades.
• Responda com calma
• Evite repreensões diretas ou tom de voz alto. Utilize uma postura tranquila, mantendo a segurança de ambos.
• Ofereça alternativas de comunicação
• Caso ele tenha dificuldade de expressar emoções, ofereça opções, como mostrar cartões com emoções ou símbolos.
• 4. Envolver Especialistas
• Equipe multidisciplinar
• Converse com a equipe escolar ou familiar para saber se ele já recebe apoio de outros profissionais (psicólogos, terapeutas ocupacionais) e alinhe estratégias.
• Orientação familiar
• Trabalhar junto com a família pode ajudar a criar consistência entre casa e escola.
• 5. Personalizar as Atividades
• Incorporar pintura nas disciplinas
• Se ele gosta de pintar, insira essa habilidade em outras áreas.

 Selene Gomes Araújo
Psicopedagogo
Lauro de Freitas
Acredito que se faz necessário outros profissionais de apoio, como o AT, psicopedagoga, e a depender da demanda outros profissionais que o acompanham fazerem um plano de trabalho conjunto.
Prof. Stainer Silvestre dos Santos
Psicopedagogo
Santa Luzia
Olá, o TEA hoje classificado por níveis de suporte. Acredito que tenha dito nível 3 de suporte.

As pessoas com autismo de nível 3 precisam de um suporte substancial e têm dificuldades significativas em várias áreas da vida, como: Comunicação, Interação social, Mudança de foco ou localização, Tarefas diárias, Aprendizado de habilidades importantes para a vida cotidiana.

A escola adapta as atividades ou ele realiza as mesmas atividades da turma? Ele acompanha a SRM no contra-turno, chegou a conversar com psicopedagoga, se não tiver esse suporte o ideal e conversar com equipe pedagógica para encontrar alternativas para desenvolver atividades que despertam interesses.
Prof. Cindia Lopes Figueiredo
Psicopedagogo
Piabeta
Ola boa tarde, e necessario que a escola elabore o pei e monte matérias estruturados pra ele.
Prof. Tatiane Oliveira
Psicopedagogo
Poço Fundo
Você já realizou um entrevista com a família para conhecê-lo melhor? É muito importante esse passo logo nos primeiros dias de aula. Assim você conseguirá entender seu comportamento. Você pode também, se a família assim permitir, entrar em contato com os profissionais que o atendem e fazer parceria para lhe ajudar também. Você pode construir um quadro de rotina e de regras para que ele possa entender o que é permitido ou não. Trabalhar habilidades sociais e expressão das emoções pode ajudar ele a comunicar melhor o que se passa. Não tem uma receita pronta, pois cada autista é único, então são acertos e erros. Boa sorte com seu trabalho espero ter ajudado.
 Mauricéia  Costa
Psicopedagogo
Rio de Janeiro
Olá, boa tarde. Trabalhar com um aluno autista de grau alto requer paciência, compreensão e estratégias adaptativas. O comportamento agressivo, muitas vezes, é uma forma de comunicação ou uma reação a um desconforto, seja emocional ou sensorial. A recusa em realizar tarefas pode estar ligada à dificuldade de compreender a importância ou a estrutura das atividades propostas. Uma abordagem útil é criar uma rotina previsível e consistente, para que o aluno saiba o que esperar. Utilizar imagens, como você já está fazendo, é uma boa estratégia, pois muitos autistas se beneficiam de estímulos visuais. No entanto, é importante oferecer escolhas, permitindo que o aluno tenha algum controle sobre suas atividades. Além disso, incorporar seus interesses (como a pintura) de maneira mais direta nas tarefas pode aumentar o engajamento. Outro ponto importante é observar possíveis sinais de sobrecarga sensorial, que podem estar gerando a agressividade. Uma adaptação do ambiente, tornando-o mais tranquilo, e a utilização de pausas sensoriais também pode ser útil. É importante, ainda, trabalhar com a equipe pedagógica e os familiares para entender melhor as necessidades emocionais e comportamentais do aluno e ajustar as estratégias conforme necessário.
 Ângela G. Z. Secco
Psicólogo, Psicopedagogo
Araucária
Parece que ele está enfrentando desafios que vão além da recusa em fazer as tarefas, e a agressividade pode ser uma forma de expressar frustração, sobrecarga sensorial ou até dificuldade em compreender a necessidade das atividades. Algumas estratégias que podem ajudar:

- Entender a causa da recusa – Ele pode estar achando as tarefas difíceis, sem sentido ou pode estar com alguma sobrecarga emocional ou sensorial. Conversar com a equipe escolar e a família pode trazer mais pistas.
- Usar interesses dele como motivação – Você já percebeu que ele gosta de pintar, então que tal criar um sistema onde ele possa pintar após realizar pequenas partes da atividade? Algo como “primeiro fazemos um pouquinho, depois você pinta”.
- Adaptar o jeito de apresentar as tarefas – Ele pode responder melhor a atividades mais visuais, curtas e objetivas. Tente dividir a tarefa em passos menores e dar instruções simples.
- Evitar confronto direto – Se ele se recusa e reage com agressividade, tentar forçar pode piorar a situação. Em vez disso, tente dar escolhas: “Você quer começar pintando essa parte ou essa outra?” Isso dá um senso de controle.
- Usar reforços positivos – Se ele completar uma etapa, elogie ou ofereça algo que ele goste (pode ser um tempo com uma atividade preferida, por exemplo).
- Observar gatilhos da agressividade – Ela acontece em momentos específicos? Tem algo que o incomoda antes? Isso pode ajudar a prevenir crises.

Se a recusa for muito intensa e frequente, talvez seja interessante envolver a equipe pedagógica e profissionais especializados para entender melhor as necessidades dele e pensar em estratégias personalizadas.
 Aline Freitas
Psicopedagogo
Rio de Janeiro
Primeiro, e mais importante, é identificar a causa da recusa e agressividade, pois a partir daí você conseguirá traçar um plano mais acertivo. Mas, vão algumas dicas:
*Tornar as Atividades Mais Atraentes
Incorporar a pintura de forma gradual. Exemplo: pintar primeiro e depois completar uma pequena atividade escrita relacionada ao desenho.
Usar reforçadores positivos. Pode ser um sistema de recompensas com imagens ou algo que ele goste (tempo extra para pintar, ouvir uma música favorita, etc.).
Dividir as tarefas em partes menores. Se ele recusa uma atividade longa, tente fracioná-la em pequenas etapas com pausas.
*Criar um Ambiente Seguro e Estruturado
Rotina visual: Ter um cronograma com imagens mostrando as atividades pode ajudá-lo a se preparar para o que vem a seguir.
Uso de timers: Alguns autistas se beneficiam de contagem regressiva visual para iniciar uma tarefa.
*Trabalhar a Motivação e a Autonomia
Envolver ele no planejamento das tarefas. Perguntar: “Que tipo de desenho você quer pintar hoje?”
Reforçar cada pequeno progresso com elogios específicos: “Você fez um ótimo trabalho escolhendo as cores!”
Olá ! Boa Tarde !
O aluno precisa de acompanhamento terapeutico para desenvolver questões comportamentais. Se ele foi capaz de aprender a ler e escrever , entende-de que pode evoluir em outras questões. Nesse momento o que você pode fazer é manter um diálogo , pontuando a importância da escola e que a violência não é uma forma correta de agir e que você só o bem dele.
Prof. Ana Cristina Santos
Psicopedagogo
Salvador
Professora, sem conhecer só com esse dado posso inferir que, vc deseja ajudá-lo e isso é maravilhoso. Sugestões: Busque uma capacitação em autismo com base em evidências. Estude sobre Altas Habilidades é importante. Com relação a seu aluno, veja qual é seu hiperfoco como ponto de partida. Tambem se faz necessário uma avaliação funcional dele pontos fortes e suas dificuldades. Espero ter contribuido com uma colega.
 Vanessa Casaro
Psicólogo, Psicopedagogo
Ponta Grossa
É importante:

Estabelecer rotina visual e previsível (cronograma com imagens);

Usar interesses específicos (como a pintura) para introduzir outros conteúdos;

Trabalhar em parceria com a equipe multiprofissional (psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional);

Usar reforços positivos quando ele participa, mesmo que minimamente;

Respeitar os limites sensoriais e emocionais dele.

Se a agressividade for constante, é importante avaliar se ele está sobrecarregado, com dificuldades de comunicação ou mesmo com algum desconforto físico que ele não consiga expressar.

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