Olá! Queria saber se uma pessoa que tem fatores genéticos (ou algo do tipo) para transtorno de perso

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Olá! Queria saber se uma pessoa que tem fatores genéticos (ou algo do tipo) para transtorno de personalidade antissocial, mas passou por traumas na infância que fizeram o transtorno borderline se desenvolver, pode ter uma amígdala hipoativa ao invés de hiperativa. E queria saber também caso se isso for possível, como funcionaria as emoções, impulsos etc dessa pessoa.
 Indayá Jardim de Almeida
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Na visão psicanalítica não, mas pode ser transgeracional, ou seja, ser o modo que várias pessoas e gerações da mesma família conseguem estar no mundo. Espero ter ajudado, estou à disposição!

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? Sua pergunta é muito interessante e mostra um olhar atento para a interação entre genética, neurodesenvolvimento e experiências de vida. A resposta envolve um pouco de neurociência e psicologia clínica, então vamos por partes.

A amígdala, que está envolvida no processamento emocional e na regulação do medo, pode ter respostas distintas dependendo do transtorno predominante. Em pessoas com transtorno de personalidade antissocial (TPA), há uma tendência à hipoatividade da amígdala, o que pode levar a uma menor resposta ao medo e à empatia reduzida. Já no transtorno de personalidade borderline (TPB), a amígdala tende a ser hiperativa, o que contribui para a alta reatividade emocional e a impulsividade. No caso de uma pessoa que tem predisposição genética ao TPA, mas que desenvolveu o TPB devido a traumas, existe a possibilidade de que esses padrões se cruzem. Dependendo da interação entre genética e ambiente, a resposta da amígdala pode ser atípica, podendo ser mais hipoativa em algumas situações e hiperativa em outras.

Isso significaria que essa pessoa poderia ter reações emocionais intensas em alguns momentos (quando a amígdala responde com hiperatividade, como no TPB), mas ao mesmo tempo, pode apresentar uma redução na resposta emocional em outras situações (quando a amígdala opera de forma hipoativa, como no TPA). Na prática, isso poderia resultar em impulsividade sem necessariamente uma alta carga emocional, além de um processamento do medo e da culpa mais variável. Algumas situações poderiam gerar uma resposta emocional forte, enquanto outras poderiam ser encaradas com frieza e desapego.

O que você acha que seria mais perceptível no dia a dia dessa pessoa? Você nota padrões emocionais conflitantes, como momentos de reatividade intensa seguidos por uma insensibilidade emocional? Já percebeu como essa pessoa lida com a culpa e a empatia em diferentes contextos? Pensar sobre essas questões pode ajudar a compreender melhor como esse funcionamento ocorre na prática.

A neurociência ainda está explorando essas interações complexas, mas sabemos que fatores como ambiente, vivências traumáticas e estrutura cerebral influenciam muito mais do que apenas a genética isolada. O cérebro é plástico e responde às experiências ao longo da vida, então mesmo que exista uma predisposição, há sempre caminhos para a regulação emocional e a adaptação. Caso precise, estou à disposição.
Boa noite! Muito interessante sua pergunta. Existe evidência de que os transtornos de personalidade do complexo B ou externalizantes (Transtorno de personalidade narcisista, transtorno de personalidade antissocial, transtorno de personalidade borderline e transtorno de personalidade histriônico) possuem fatores de desenvolvimento genéticos e ambientais em comum. O que pode gera maior incidência de pessoas diagnosticadas com borderline em famílias que já apresentam algum dos outros diagnósticos, antissocial inclusive! Aliás, algo em comum entre esses dois tipos de personalidade é justamente a dificuldade de regulação emocional, ambos os quadros são caracterizados pela impulsividade e intensidade nas emoções. Embora não seja possível generalizar em absoluto achados de pesquisas neurológicas para quadros individuais sem uma análise profissional minuciosa, geralmente o funcionamento da desregulação emocional gira em torno de baixa atividade do córtex pré-frontal dorsolateral, responsável pela organização do comportamento, e por ligações anormais entre a amigdala e áreas do cérebro relacionadas à atenção e à processamento social. Dito isso, uma das emoções que podem ser experienciadas com muita intensidade pelos borderlines é o tédio, e estar em tédio intenso pode transparecer ausência emocional e frieza. Isso via de regra pode gerar a sensação de baixo funcionamento emocional, mas é justamente o contrário!
Espero ter ajudado! Fico a disposição para mais dúvidas!
Se precisar é só entrar em contato ;)
Olá! Sua pergunta é muito interessante e envolve a complexa interação entre genética, neurobiologia e experiências de vida.

O transtorno de personalidade antissocial (TPA) e o transtorno de personalidade borderline (TPB) têm bases neurobiológicas diferentes. No TPA, estudos indicam que a amígdala tende a ser hipoativa, ou seja, responde menos a estímulos emocionais, o que pode estar ligado à dificuldade de sentir medo e empatia. Já no TPB, a amígdala geralmente é hiperativa, levando a reações emocionais intensas e impulsividade.

Se uma pessoa tiver predisposição genética para o TPA, mas sua história de vida resultar no desenvolvimento do TPB, é possível que sua neurobiologia apresente características híbridas. Isso pode significar que a amígdala tenha uma resposta atípica — talvez não tão hiperativa quanto no TPB clássico, nem tão hipoativa quanto no TPA.

Na prática, isso poderia se manifestar de formas variadas. Essa pessoa poderia ter períodos de intensa reatividade emocional (como no TPB), mas com uma dificuldade maior de processar empatia e medo (como no TPA). A impulsividade também poderia ter um tom mais frio e calculado em alguns momentos, enquanto em outros seria mais explosiva e descontrolada.

A neurociência ainda está explorando melhor essas interações, mas o que se sabe é que os transtornos de personalidade não são "caixinhas fechadas", e a forma como cada indivíduo manifesta os sintomas pode ser influenciada por múltiplos fatores.
Uma pessoa com predisposição genética para transtorno de personalidade antissocial, mas que desenvolveu transtorno borderline devido a traumas na infância, poderia apresentar um padrão atípico de atividade da amígdala, possivelmente mais hipoativa do que o esperado para TPB, mas não tão inativa quanto no TPA. Isso significaria que ela poderia ter impulsividade intensa e instabilidade emocional, mas com menor resposta ao medo e à culpa, tornando seus impulsos mais ligados à busca de estímulo e risco, enquanto suas emoções poderiam ser fortes, porém menos moduladas por empatia ou ansiedade social. Cada caso é único, já que a interação entre genética e ambiente molda o funcionamento cerebral de formas diversas.
É possível que uma pessoa apresente características de ambos os transtornos, além de uma amígdala hipoativa. As emoções e impulsos dessa pessoa podem ser complexos e influenciados por uma combinação de fatores e experiências. É fundamental considerar que, como indivíduos, sentimos e experienciamos as coisas de maneira diferente, e o acompanhamento profissional é essencial para compreender melhor esses aspectos.
Olá! Sua pergunta é muito interessante e envolve tanto fatores neurobiológicos quanto psicanalíticos. Vou tentar te explicar de forma clara.
A amígdala cerebral é uma estrutura fundamental para o processamento das emoções, especialmente o medo e a resposta ao estresse. No transtorno de personalidade borderline (TPB), geralmente encontramos uma amígdala hiperativa, ou seja, uma reação emocional intensa e impulsiva a estímulos emocionais. Já no transtorno de personalidade antissocial (TPA), a amígdala tende a ser hipoativa, o que significa uma menor resposta emocional ao medo e à culpa.

Agora, no seu caso, se uma pessoa tem predisposição genética para o TPA, mas desenvolve características borderline devido a traumas na infância, é possível que haja uma mistura desses padrões neurológicos. Ou seja, essa pessoa poderia ter uma amígdala menos responsiva em algumas situações (falta de medo, empatia reduzida) e ao mesmo tempo hiperativa em outras (reações emocionais explosivas e impulsivas). Ou seja, haveria uma combinação de padrões emocionais instáveis do TPB com a frieza emocional parcial do TPA, criando um funcionamento psíquico complexo. Do ponto de vista psicanalítico, essa configuração revelaria conflitos profundos entre a busca por conexão e a tendência à indiferença emocional ou ao uso instrumental das relações.
Espero ter ajudado!
Sim, isso é possível, embora a regra geral seja que no TPB a amígdala seja hiperativa e no TPAS ela seja hipoativa. Porém, como os transtornos de personalidade não são “caixas fechadas”, algumas pessoas podem apresentar uma mistura de características neurobiológicas de ambos.

Como funcionaria essa interação na prática?
Se a amígdala estivesse hipoativa, isso significaria que a pessoa teria uma resposta emocional reduzida ao medo e à dor alheia, o que é comum no TPAS. Porém, como ela desenvolveu traumas e sintomas do TPB, outras áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal e o sistema límbico, poderiam compensar de maneiras diferentes.
Olá!

É fascinante explorar como fatores genéticos e experiências de vida interagem na formação de nossa saúde mental. Em casos onde há predisposição genética para o transtorno de personalidade antissocial, mas traumas na infância contribuem para o desenvolvimento do transtorno borderline, a dinâmica cerebral pode ser complexa.

A amígdala, uma estrutura cerebral crucial no processamento emocional, pode apresentar variações de atividade dependendo do transtorno. No transtorno borderline, é comum observar uma amígdala hiperativa, resultando em respostas emocionais intensas e impulsividade. Contudo, em casos onde características antissociais estão presentes, a atividade amigdalar pode ser reduzida, afetando a capacidade de empatia e a resposta ao medo.

Se uma pessoa apresenta uma amígdala hipoativa, as emoções podem ser experimentadas de maneira menos intensa, o que pode influenciar na capacidade de se conectar emocionalmente com os outros e na regulação de impulsos. Essa interação única pode resultar em desafios específicos na gestão emocional e no comportamento social.

A psicoterapia cognitivo-comportamental pode oferecer suporte valioso, ajudando a identificar padrões de pensamento e comportamento, além de desenvolver estratégias para melhorar a regulação emocional e as relações interpessoais. Entretanto, é sempre importante considerar a avaliação médica para um entendimento mais completo, podendo incluir outras abordagens terapêuticas.

O suporte profissional é essencial para navegar nessas complexidades com segurança e eficácia. Para mais informações sobre como posso ajudar, visite meu perfil no Doctoralia ou acesse o site HumanaMente Falando.

Fico à disposição, fique bem!

Com afeto,

Leonir Troscki - CRP12/12755.
 Isabella  Bandeira
Psicólogo
Rio de Janeiro
Os fatores genéticos podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos de personalidade. Os traumas podem afetar o desenvolvimento do cérebro, especialmente da amígdala, que é responsável pelo processamento emocional.
As amígdala hiperativa é muito comum em indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline, indivíduos com esse transtorno tendem a ter uma resposta exagerada a estímulos. Já as amígdalas hipoativas é mais comum em indivíduos com Transtorno de Personalidade Antissocial, posi tendem a ter uma resposta emocional reduzida a estímulos.

É possível que um indivíduo com Transtorno de Personalidade Borderline tenha amígdala hipoativa ao invés de hiperativa. Isso pode acontecer por diversos fatores são eles:
- Variabilidade Individual
- Traumas de infância
- Fatores genéticos.

Um Indivíduo com Transtorno de Personalidade Borderline com amígdala hipoativa suas emoções e impulsos podem ocorrer da seguinte maneira:
- Resposta emocional reduzida;
- Impulsividade aumentada;
- Dificuldade em reconhecer as emoções;
- Comportamento agressivo.
O transtorno borderline tem muita relação com a infância da pessoa, um ambiente de agressão física e ou verbal , imprevisibilidade, abandono, etc. e esses fatores também estão relacionados ao transtorno de personalidade antissocial. Nesses casos é muito importante a ajuda de um profissional.
Olá, bom dia, boa tarde ou boa noite (rs)
Com a psicoterapia, alimentação personalizada e atividade física constante as emoções podem ser tão instáveis quanto a de qualquer outra pessoa. As variações orgânicas podem dificultar um pouco o processo, mas uma vez que você tem consciência disso há a possibilidade de realização de um excelente trabalho. Quanto aos impulsos, vai depender da intensidade e frequência dos estímulos, o seu organismo pode estar mais sensível uma vez ou outra, mas nada que deveria alterar tanto a rotina diária. Caso esteja atrapalhando a rotina, você pode ter que verificar o que estar te afetando externamente no contexto geral.

Qualquer dúvida nos pergunte novamente, estamos sempre por aqui para poder acolher qualquer demanda que haja.
Abraços
A amígdala processa emoções como medo e impulsividade. No transtorno de personalidade antissocial (TPA), ela costuma ser hipoativa (funciona menos), enquanto no transtorno borderline (TPB), geralmente é hiperativa (funciona mais).

Se alguém tem genética para TPA, mas desenvolveu TPB por traumas, pode ter uma amígdala hipoativa. Isso faria com que a pessoa sentisse menos medo e culpa, fosse impulsiva, mas sem tanto arrependimento, e tivesse dificuldade em criar laços emocionais. O EMDR é uma abordagem terapêutica que ajuda a processar traumas e modificar respostas emocionais intensas, promovendo mais controle e bem-estar.
 Ana Paula Vitari
Psicólogo
São Caetano do Sul
Sim é possivel,não esquecendo que a pessoa que tem transtorno borderline é emocionalmente instável.
Estou disponibilizando breve consulta gratuitamente
Olá! A relação entre genética, traumas e o desenvolvimento de transtornos é complexa e individualizada. A amígdala, envolvida no processamento emocional, pode ser afetada tanto por fatores genéticos quanto por experiências traumáticas. Uma amígdala hipoativa pode estar associada a dificuldades em processar emoções como medo ou empatia, enquanto traumas podem intensificar impulsividade e instabilidade emocional. Cada pessoa é única, e o funcionamento emocional depende de uma interação entre biologia, ambiente e história de vida. Um acompanhamento psicológico pode ajudar a entender melhor essas dinâmicas.
 Vinícius Eduardo Martino Fonseca
Psicólogo, Psicanalista
Ribeirão Preto
Olá! Sim, é possível que uma pessoa com predisposição genética para transtorno de personalidade antissocial, e que tenha passado por traumas na infância, desenvolva características de transtorno de personalidade borderline. O impacto do trauma pode influenciar muito o desenvolvimento das funções cerebrais e a forma como a pessoa lida com suas emoções e comportamentos. Em relação à amígdala, ela é uma região do cérebro envolvida nas respostas emocionais, especialmente no medo e na agressão. Embora a amígdala seja frequentemente associada à hiperatividade em casos de transtornos como o transtorno de personalidade borderline ou antissocial, também pode ocorrer uma amígdala hipoativa em algumas situações.

Se a amígdala for hipoativa, a pessoa pode ter uma dificuldade maior em processar e responder a estímulos emocionais, o que pode resultar em uma percepção emocional mais apagada ou distorcida. Isso pode afetar a maneira como a pessoa lida com suas emoções, tornando-a menos reativa a estímulos emocionais intensos, mas, ao mesmo tempo, também pode tornar mais difícil para ela experimentar empatia ou compreender emoções de forma profunda. Essa hipoatividade pode levar a comportamentos impulsivos ou inadequados, pois a pessoa não sente o mesmo nível de alerta ou motivação para evitar certas ações. No entanto, essas questões envolvem um conjunto complexo de fatores, incluindo genética, história de vida e desenvolvimento cerebral, sendo interessante um acompanhamento terapêutico para trabalhar essas questões de forma mais aprofundada. Caso queira explorar mais sobre isso, estou disponível para conversar.

Um abraço, Vinícius.
Normalmente, no TPB, observa-se uma amígdala hiperativa, o que leva a uma resposta emocional intensa e impulsiva. Já no TPA, a amígdala tende a ser hipoativa, resultando em uma resposta emocional reduzida, menor empatia e baixa reatividade ao medo e à punição.

A forma como essas características se manifestam varia de pessoa para pessoa, pois o cérebro é moldado tanto pela genética quanto pelas experiências vividas. O acompanhamento psicológico e psiquiátrico pode ser essencial para entender melhor como esses fatores interagem e desenvolver estratégias para lidar com impulsos e emoções de forma mais equilibrada.
 Vanessa Oliveira Martins
Psicólogo, Psicanalista
Londrina
Uma pessoa com predisposição genética para transtorno de personalidade antissocial (TPAS), mas que desenvolveu transtorno de personalidade borderline (TPB) devido a traumas na infância, pode apresentar uma amígdala hipoativa, em vez de hiperativa. Essa condição cria um cenário emocional peculiar: a amígdala "adormecida" leva a uma aparente frieza emocional, típica do TPAS, onde há dificuldade em sentir medo, remorso ou empatia de forma convencional. No entanto, o TPB introduz uma instabilidade emocional intensa, com oscilações entre vazio, raiva e desespero. Essa combinação resulta em uma pessoa que pode parecer distante e manipuladora, mas também experimenta explosões emocionais e impulsos imprevisíveis, muitas vezes buscando estímulos intensos para compensar a falta de regulação emocional. Nas relações, ela pode alternar entre afastar os outros e buscá-los desesperadamente, criando uma dinâmica interpessoal complexa e paradoxal. Em resumo, a amígdala hipoativa, em conjunto com o TPB, gera uma experiência emocional única, onde a apatia e a intensidade coexistem, desafiando as expectativas tradicionais de ambos os transtornos.
Dra. Patricia De Lucia Nadruz
Psicólogo, Terapeuta complementar
São Paulo
Desconheço estudos e pesquisas sobre isso mas pensando no que vc disse talvez seja possível. A amígdala é uma estrutura cerebral crucial para a regulação emocional e respostas ao medo, pode funcionar de maneira diferente em pessoas com esses transtornos (TPA e TPB), e essa diferença pode impactar suas emoções e impulsos de várias maneiras. Na amígdala hiperativa a pessoa pode ter uma resposta exagerada a estímulos emocionais, especialmente a emoções como raiva, medo e tristeza. Isso está relacionado à tendência de reagir de forma intensa e impulsiva, além de dificuldades em regular as emoções. Entretanto Quando a amígdala é hipoativa (menos ativa), isso pode resultar em uma menor percepção e resposta emocional aos estímulos. Nesse caso, a pessoa pode ter dificuldade em processar emoções de maneira adequada, o que poderia se traduzir em uma insensibilidade emocional. A pessoa pode se mostrar dissociada, distante ou até mesmo incapaz de identificar ou lidar adequadamente com as emoções. Se a amígdala for hipoativa, a pessoa pode não experimentar emoções da mesma forma que outras pessoas. Ela pode ter dificuldade em sentir empatia, reconhecer o medo ou até mesmo em experimentar prazer em situações agradáveis. Isso poderia contribuir para características observadas no transtorno de personalidade antissocial, como uma falta de empatia e uma tendência a desvalorizar normas sociais e os sentimentos dos outros. Embora a hipoatividade da amígdala esteja associada a uma menor reatividade emocional, isso pode não eliminar a impulsividade. Pelo contrário, a pessoa pode agir de maneira impulsiva sem considerar as consequências emocionais de suas ações, já que o cérebro pode não reagir de forma adequada às pistas emocionais que normalmente ajudariam a moderar o comportamento. Isso pode estar relacionado ao comportamento impulsivo observado tanto no transtorno borderline quanto no transtorno de personalidade antissocial. A dificuldade em regular as emoções é uma característica fundamental tanto do transtorno borderline quanto do transtorno de personalidade antissocial. Se a amígdala está hipoativa, a pessoa pode ter dificuldade em identificar, processar e regular emoções, o que resulta em uma inconsistência emocional e dificuldades em lidar com o estresse e com situações emocionais intensas. Pessoas com essa configuração cerebral podem ter uma dificuldade em se conectar emocionalmente com os outros, já que a empatia e a sensibilidade emocional podem ser reduzidas. Isso pode resultar em dificuldades em manter relacionamentos saudáveis e em responder às necessidades emocionais dos outros de maneira apropriada. Traumas na infância, como abuso ou negligência, podem afetar a desenvolvimento do cérebro, incluindo a amígdala e outras áreas relacionadas à regulação emocional, como o córtex pré-frontal. Quando uma pessoa sofre trauma, pode ocorrer uma alteração na forma como o cérebro processa emoções e regula comportamentos. No caso de uma pessoa com predisposição genética para o transtorno de personalidade antissocial, o trauma pode influenciar a manifestação do transtorno borderline e outras questões emocionais. A combinação dos fatores genéticos e do trauma pode resultar em uma pessoa com dificuldades na gestão emocional e na regulação de impulsos, o que pode aumentar a instabilidade emocional e comportamental. Pensando por esse angulo é possível que alguém com essa combinação de fatores tenha uma amígdala hipoativa, o que pode levar a uma experiência emocional menos intensa e mais dissociada. Isso pode se manifestar em dificuldades emocionais, impulsividade e dificuldade em estabelecer relações interpessoais. O tratamento adequado, como terapia cognitivo-comportamental (TCC) e psicoterapia, pode ajudar a pessoa a aprender a lidar melhor com suas emoções e comportamentos, oferecendo estratégias para regular melhor suas respostas emocionais e impulsos.
 Ana Fernanda Silva Castro Santos
Psicólogo
Belo Horizonte
A amígdala, que está envolvida no processamento emocional e na regulação do medo, pode ter respostas distintas dependendo do transtorno predominante. Em pessoas com transtorno de personalidade antissocial (TPA), há uma tendência à hipoatividade da amígdala, o que pode levar a uma menor resposta ao medo e à empatia reduzida. Já no transtorno de personalidade borderline (TPB), a amígdala tende a ser hiperativa, o que contribui para a alta reatividade emocional e a impulsividade1.

No caso de uma pessoa que tem predisposição genética ao TPA, mas que desenvolveu o TPB devido a traumas, existe a possibilidade de que esses padrões se cruzem. Dependendo da interação entre genética e ambiente, a resposta da amígdala pode ser atípica, podendo ser mais hipoativa em algumas situações e hiperativa em outras. Isso significaria que essa pessoa poderia ter reações emocionais intensas em alguns momentos (quando a amígdala responde com hiperatividade, como no TPB), mas ao mesmo tempo, pode apresentar uma redução na resposta emocional em outras situações (quando a amígdala opera de forma hipoativa, como no TPA)1.

Na prática, isso poderia resultar em impulsividade sem necessariamente uma alta carga emocional, além de um processamento do medo e da culpa mais variável. Algumas situações poderiam gerar uma resposta emocional forte, enquanto outras poderiam ser encaradas com frieza e desapego1.

O que você acha que seria mais perceptível no dia a dia dessa pessoa? Você nota padrões emocionais conflitantes, como momentos de reatividade intensa seguidos por uma insensibilidade emocional?
 Maisa Guimarães Andrade
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
Querido(a) anônimo(a), essa é uma pergunta muito interessante e que toca em aspectos importantes da psicodinâmica dos transtornos de personalidade. Do ponto de vista da psicanálise, mais do que nos determos apenas em fatores neurobiológicos, buscamos compreender a constituição psíquica do sujeito, ou seja, como sua história, suas experiências e seus conflitos internos moldaram sua forma de ser e de se relacionar com o mundo. Embora estudos neurocientíficos apontem que pessoas com transtorno de personalidade antissocial frequentemente apresentam uma amígdala hipoativa, enquanto no transtorno borderline essa estrutura tende a ser hiperativa, a psicanálise entende que a subjetividade não pode ser reduzida apenas a essa dimensão.

Se alguém possui uma predisposição genética para um determinado funcionamento psíquico, mas vivenciou traumas que favoreceram o desenvolvimento de outra estrutura de personalidade, é possível que haja uma combinação de características distintas. Na prática, isso pode significar um funcionamento emocional que oscila entre períodos de intensa reatividade e momentos de aparente frieza ou distanciamento afetivo, tornando difícil para a pessoa compreender e regular suas emoções e impulsos. Pode haver uma sensação de instabilidade, dificuldade em estabelecer vínculos profundos e, ao mesmo tempo, uma necessidade intensa de conexão, gerando relações marcadas por conflitos e angústia.

A psicanálise pode ajudar a dar sentido a esses aspectos, trazendo à tona as experiências que moldaram essa forma de funcionamento, permitindo que a pessoa compreenda melhor suas emoções, seus impulsos e seus padrões de relacionamento. O processo analítico não busca apenas aliviar sintomas, mas possibilitar um espaço onde seja possível se escutar profundamente e construir novas formas de estar no mundo, com mais autonomia e menos sofrimento. Se você sente que esses temas fazem sentido para sua experiência, buscar um espaço terapêutico pode ser um caminho valioso para compreender-se de maneira mais ampla e acolhedora.
Espero ter te ajudado. Fico à disposição para qualquer dúvida.
Grande abraço!
O transtorno de personalidade antissocial (TPA) e o transtorno borderline (TBP) podem ser influenciados por fatores genéticos e traumas. A amígdala, que regula as emoções, pode ser hipoativa em algumas pessoas, o que significa que elas têm dificuldades em perceber e responder a emoções como medo ou raiva, o que pode contribuir para comportamentos impulsivos e instabilidade emocional. No TPA, isso pode resultar em insensibilidade a consequências, enquanto no TBP, a pessoa pode ainda ser emocionalmente instável e impulsiva, mas com uma resposta reduzida a estímulos emocionais. A interação entre a amígdala e outros fatores, como traumas, afeta o comportamento e a regulação emocional.
Olá! NO transtorno de personalidade Borderline, a pessoa apresenta uma grande instabilidade emocional, passando de um estado de euforia para um estado de profunda melancolia de 'uma hora para outra'.
Outra característica evidente é a Impulsividade, que leva a ter comportamentos que podem colocar a pessoa em risco. A automutilação, os gastos exagerados, abuso de substâncias, relações sexuais de risco, condução perigosa ou alimentação compulsiva são alguns exemplos de comportamentos impulsivos.
Sentir muita raiva e não conseguir controlar, além de ter medo extremo de ser rejeitada(o) ou abandonado, também fortes indícios de que a pessoa é portadora do transtorno de borderline.
Outras características também evidenciam, como: Sensação de vazio e tédio, Relações bastante instáveis, Pensamentos de estar sendo perseguido, paranoias.

Traumas de infância podem ser tratados através da abordagem EMDR - Dessensibilização de Traumas por Movimentos Bilaterais.
Posso lhe ajudar! É só chamar!
 Dra. Susan Elise
Psicólogo
São José dos Campos

Olá! Ótima pergunta — ela demonstra um nível de interesse e complexidade que poucas pessoas costumam trazer logo de início. Isso já me mostra que você está buscando um acompanhamento sério e aprofundado, o que é exatamente o tipo de trabalho que desenvolvo na clínica, com base em **neuropsicologia clínica, evidências científicas atualizadas e uma escuta humanizada**.

Respondendo ao seu questionamento:

Sim, é possível que uma pessoa com **predisposição genética para transtorno de personalidade antissocial (TPAS)**, mas que tenha desenvolvido um quadro de **transtorno de personalidade borderline (TPB)** a partir de experiências traumáticas precoces, apresente uma **amígdala cerebral hipoativa** — embora isso seja mais comum em perfis com traços antissociais do que borderline. O que ocorre aqui é que os dois transtornos têm **mecanismos neurobiológicos distintos**, mas que, em casos mais complexos, podem **coexistir ou apresentar sobreposição de sintomas e padrões neurofuncionais atípicos**.

No TPAS, por exemplo, pesquisas mostram **hipoatividade da amígdala**, o que se traduz em **baixa reatividade emocional**, especialmente em relação ao medo e empatia — a pessoa pode ter dificuldade em reconhecer emoções em outros e em si mesma, resultando em frieza afetiva e insensibilidade às consequências emocionais de seus atos.

Já no TPB, a literatura demonstra uma tendência à **hiperatividade amigdalar**, sobretudo diante de estímulos emocionais negativos (como rejeição, abandono, frustração), gerando impulsividade, instabilidade afetiva e reações emocionais intensas.

Contudo, em casos de **histórico de trauma precoce severo e desorganização emocional crônica**, o cérebro pode adotar mecanismos de adaptação defensiva. Por exemplo, a **amígdala pode tornar-se hipoativa como forma de "desligamento emocional"**, o que observamos em algumas pessoas que oscilam entre características borderline e traços dissociativos ou antissociais. Nesses casos, a expressão emocional pode se tornar empobrecida, mas os impulsos permanecem — só que agora sem a modulação adequada da empatia ou da culpa.

O funcionamento emocional de alguém assim tende a ser **fragmentado e ambivalente**: a pessoa pode oscilar entre momentos de intensidade emocional (típicos do TPB) e momentos de frieza afetiva ou dissociação emocional (mais comuns no TPAS ou em contextos dissociativos traumáticos).

Do ponto de vista neuropsicológico, o mais importante não é rotular, mas **compreender o padrão de funcionamento emocional, cognitivo e comportamental de forma integrada**, respeitando tanto a neurobiologia quanto a história de vida da pessoa. E é exatamente esse tipo de avaliação e acompanhamento que ofereço: com base em protocolos de abordagens baseadas em evidências**, como **a Terapia Cognitivo-Comportamental e a Neuropsicologia.
Se você busca um processo terapêutico que una **neurociência, compreensão profunda da personalidade e acolhimento verdadeiro**, será um prazer te acompanhar.

Fico à disposição para conversarmos melhor e entender se posso te ajudar nesse momento da sua jornada!
site: psicologasusanelise.com



Olá, boa tarde!
Essa é uma pergunta bastante complexa e envolve a interseção de genética, desenvolvimento cerebral, traumas e transtornos de personalidade.
A presença de fatores genéticos para transtorno de personalidade antissocial, junto com traumas na infância que contribuíram para o desenvolvimento de transtorno de personalidade borderline, pode resultar em uma amígdala hipoativa. Isso pode levar a um funcionamento emocional que inclui uma mistura de dificuldades em reconhecer emoções, comportamento impulsivo e instabilidade nas relações interpessoais. Esse cenário é muito individual e pode variar amplamente de pessoa para pessoa.
Espero ter ajudado
Forte Abraço

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