Olá! Eu tenho lido sobre eretomania ou Síndrome de Clerambault. Gostaria de saber qual é o oposto di

18 respostas
Olá! Eu tenho lido sobre eretomania ou Síndrome de Clerambault. Gostaria de saber qual é o oposto disso... Quando, por exemplo, uma pessoa ao invés de amar um personagem/celebridade, sente aversão por ele, por ser um vilão ou por simplesmente não gerar identificação, podendo em muitos casos ao encontrar os atores na rua não saber separar e tratá-los com rispidez ou violência. Qual seria o nome?
Olá
Nem tudo é manifestação psicopatológica. Mas porque será que dar nome a este evento te seria necessário? As pessoas sentem aversão pelos mais diferentes motivos, normalmente insconsciente.
Agora agredir ator por confundi-lo com o personagem pode ser um sinal importante, principalmente se se repete em outras áreas. Bom buscar uma consulta psiquiátrica.

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Saúde e paz,

o ódio, do ponto de vista psíquico, é capaz de gerar extrema gratificação. Muitas pessoas não estão dispostas a se abster deste tipo de gozo. No final dos anos vinte, Freud escreveu um livro incontornável "O mal-estar na cultura". Nele, o pai da psicanálise diz que o homem não é caracterizado pela docilidade em relação ao próximo. Baseado em Thomas Hobbes, ele afirma que, havendo a suspensão dos diques morais e dos balizamentos culturais, o ser humano se dispõe a matar, torturar, oprimir, usufruir sexualmente do corpo do outro sem seu consentimento, etc.. Peter Gay, biógrafo de Freud e historiador formado na tradição psicanalítica, publicou uma excelente obra denominada "O cultivo do ódio". Nele, afirma que os europeus, no final do século XIX, apresentavam três álibis para a agressão: o culto à macheza, o argumento da raça e o "outro conveniente". Quero desenvolver um pouco mais este ponto. O desemelhante, o diferente, o heterogêneo socialmente é capaz de acomodar convenientemente minha descarga libidinal traduzida em raiva. Por trás desta raivosidade pode estar um ódio em relação à mãe ou ao pai; fracassos pessoais ou desejos não-realizados; uma reação a um trauma infantil, etc.. Registre-se, porém, que o "outro conveniente" não é inexoravelmente o diferente/estranho/estrangeiro/alienígena. Meu objeto de ódio não precisa ser um cantor cuja fama e projeção me incomodam ou uma atriz cujo fisgamento me impede de distingui-la entre os significantes personagem social e personagem ficcional. Aquele que é igual a mim - um vizinho, um colega de trabalho, um primo - pode produzir na minha estrutura subjetiva grande repugnância, que trás consigo um tipo de satisfação, que me é cara. Freud chamou tal fenômeno de "narcisismo das pequenas diferenças".
Provavelmente você está projetando ou enxergando nessas celebridades características que você despreza e sente aversão. Por isso tem vontade de ataca-los.
Um abraço,
Lea
Bom dia, tudo bem?
É de fato um assunto muito interessante.
As explicações dos meus colegas bastariam para responder a sua pergunta.
Acrescentaria apenas que existem alguns temas entre a vida e a morte que nos interessam mais que outros, e que nossos interesses por estarem mais ou menos em uma posição "aceita" ou não pela sociedade geram em nós sentimentos contraditórios sobre nós mesmos e que se repudiados por aquele que sente, sem um espaço para a compreensão e diálogo podem crescer sem um sentido dentro de nós mesmos. Se isso ocorre sem uma simbolização adequada, pode vir ao ato... Então se você tem interesse exacerbado por esse assunto e se identifica com o tema, seria interessante para você e para a sociedade que pudesse procurar uma análise com um psicoterapeuta, afim de entender melhor esse seu interesse e com a intenção de simbolizar.
Ex: Sou obcecada por psicopatia, mas isso não é socialmente aceito. Eu vou internalizando isso e me identificando com o tema. Vou aprofundando cada vez mais isso sozinha, pois sinto que uma parte minha tem muito disso... Em meio a minha solidão isso se mostra cada vez mais atraente. Daqui a pouco estou me inserindo em situações de risco para ter um outro tipo de contato com o assunto...
Percebe? Isso pode acabar mal.
Um ultimo ponto importante é que, se existe um alguém em questão (ator ou personagem). Sem dúvida você tem em suas mãos uma chave importante para compreender essa obsessão... Se eu fosse você, eu a usaria.
Fico a disposição. Grande abraço
Amor e ódio são faces da mesma moeda. São sentimentos que nos ligam a alguém. Você pode estar ligado maniacamente por amor, admiração, ou por ódio ou aversão. Seria interessante e gerador de profundo auto conhecimento a você, se junto a um profissional você pudesse investigar quais aspectos deste personagem em questão despertam essas sensações em você, e mais relevante ainda, quais as origens que motivam estas sensações.
Se quiser conversar mais a respeito estou a disposição. Obrigada
Olá!!
Muito interessante sua narrativa. O que me instigou é de você perceber se existe um grau elevado de sofrimento frente a ela (sua historia). Caso exista angústias, inquietações, independente qual seja seu relato, é de suma importância você iniciar sua psicoterapia.
Cuide-se! Seu bem estar vale mais.
Olá! Segundo Freud, são as neuroses narcísicas, que exigem alterações técnicas na abordagem por constituírem transferências intensas e oscilantes, pensamento obsessivo sobre interesse amoroso ou de ódio com um estranho, pessoa de status ou celebridade, perseguir ou assediar o objeto do interesse amoroso tentar se comunicar ou mandar presentes para o indivíduo alvo, ou agredi-lo. Curiosamente, é o que acontece em geral, a pessoa que é julgada como apaixonada tem pouco ou nenhum contato com o indivíduo que sofre. A síndrome de Clerambault é o desespero pelo amor. O indivíduo afetado se identifica como sendo objeto de amor e pensa ser inocente; o paciente se sente perseguido, apesar de ser ele quem persegue, manda mensagens constantemente e assedia o outro. A síndrome está alocada entre os transtornos delirantes. É interessante sua curiosidade sobre o caso, busque uma consulta com um psiquiatra, tudo caminha para o melhor, forte abraço!
Boa noite, é perceptível em suas palavras o quanto as experiências por você vivenciadas são desconfortáveis, para entender as origens dessas questões e construir um caminho terapêutico será indispensável a busca, com a maior urgência possível, de um acompanhamento psicanalítico sério, sistemático e conduzido por um profissional de experiência comprovada e de sua inteira confiança para que juntos possam constituir um ferramental analítico capaz formatar novas ligações emocionais que lhe garanta um maior equilíbrio e estabilidade emocional. Nesse sentido conte inteiramente com o nosso apoio para juntos vencermos esses desafios.
Olá! Por que tem pesquisado sobre isso? Alguém lhe sugeriu ter a síndrome de De Clèrambault ou erotomania? Saber se tem não é o fundamental nesse momento e nada resolverá de pronto. Importante será buscar apoio de psicanalista, a fim de que fale livremente sobre isso e possa entender suas relações de desejo e fantasias latentes ao longo de sua vida.
Olá, espero que esta mensagem lhe encontre em paz. Bom, eu sei bem o que é isso. Sou Psicanalista mas meu hobby é atuar. Sou ator profissional há mais de 20 anos com 12 novelas no currículo na Rede Globo e Rede Record, veja no meu perfil @andresalvadoroficial2.
Posso lhe assegurar que esta ação raivosa e a primeira vista despropositada está eivada de uma série de outros sentimentos: aversão ao personagem, não entender ou não saber distinguir a realidade da ficção, o trabalho do ator, e principalmente a inveja. Em um dos 17 programas Linha Direta da Rede Globo que participei, protagonizei um vilão e fui quase agredido por uma senhora em Copacabana que queria chamar a polícia por ter, segundo ela, pego um bandido procurado e que tem sua face estampada nas redes de tv. Realmente quase fui preso... Se queria apenas informação, está aí, se quiser conversar mais sobre este ou outros aspectos da natureza humana estamos à disposição! Um forte abraço!
O oposto da eretomania (também conhecida como síndrome de Clérambault) seria a negativa ou aversão em relação a uma pessoa ou celebridade em vez de amor ou obsessão. Isso pode ser chamado de "aversão a celebridades" ou "aversão a personalidades famosas". No entanto, é importante observar que essa aversão pode ser parte de um transtorno de personalidade mais amplo, como o transtorno obsessivo-compulsivo de personalidade (TOCP) ou o transtorno de personalidade antissocial (TPA). Se a aversão for intensa e estiver afetando significativamente a vida da pessoa, é importante que ela procure ajuda profissional.
Sim, existe um nome para o oposto da erotomania, que é a atração romântica por personagens fictícios. Esse fenômeno é conhecido como antipatia ficcional. A antipatia ficcional é a aversão ou raiva por um personagem fictício, geralmente devido a suas ações ou personalidade na história. Isso pode ser causado por uma ampla gama de fatores, incluindo ações imorais, falta de empatia ou atitudes negativas do personagem.
Para além do nome que se possa dar a esse fenômeno, seria interessante se interrogar sobre a manifestação em si dele. O que lhe causa a repulsa, como ela é percebida, o que provoca em sua psique e corpo?
Olá, o oposto da erotomania ou Síndrome de Clérambault, onde alguém desenvolve uma paixão obsessiva por uma pessoa, muitas vezes uma celebridade, é conhecido como "aversão" ou "antipatia" em relação a essa pessoa. No entanto, não existe um termo psicológico específico para uma aversão intensa ou um comportamento agressivo em relação a celebridades ou personagens fictícios.
Em casos extremos, em que alguém manifesta hostilidade ou violência em relação a uma celebridade, pode ser mais abordado no contexto da psicologia criminal, mas isso geralmente envolve aspectos complexos, como raiva, inveja ou questões psicológicas subjacentes.
É importante ressaltar que, embora seja normal ter preferências e opiniões sobre celebridades ou personagens, manifestar comportamento agressivo ou hostil em relação a eles pode ser um sinal de problemas emocionais ou psicológicos subjacentes. Se alguém está tendo dificuldades em lidar com essas emoções, buscar o apoio de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, pode ser benéfico para explorar e compreender esses sentimentos e comportamentos em profundidade.
Em última análise, é importante lembrar que as celebridades são pessoas reais com vidas privadas, e é fundamental tratar todas as pessoas com respeito e empatia, independentemente de nossas opiniões sobre elas.
Mais importante do que encontrar um nome ou um enquadramento à algum transtorno; seria investigar os sinais e sintomas apresentados quando você entra em contato com estes personagens, ou seja, o que eles representam para você. De um ponto de vista psicanalítico, pode estar havendo um deslocamento, onde estes personagens representem outras angustias. Tem um texto do Freud a respeito da fobia de cavalos desenvolvida pelo pequeno Hans. Recomendo a leitura. O processo terapêutico psicanalítico pode ser extremamente esclarecedor para o seu autoconhecimento.
As vezes os extremos opostos são iguais em irracionalidade e estão a serviço de alguma forma de defesa , mas tambem de gozo como alguns colegas pontuaram.Talvez haja uma colagem delirante ali que seria bem trabahada em um processo profundo de analise.
Essa aversão é normalmente chamada de aversão ou antipatia relacional ilusória. Você sente essa aversão? Ou alguém que você conhece sente e esta sendo prejudicado por isso?
Fico à disposição.
Abraço.
Olá! É interessante refletir sobre a complexidade das emoções que sentimos em relação a personagens e celebridades. A aversão, como você mencionou, pode estar ligada a uma projeção de sentimentos negativos ou conflitos internos. Não há um termo específico que contraponha a erotomania, mas essa reação pode ser vista como um reflexo de insatisfações pessoais ou identificações negativas. É fundamental lembrar que essas emoções são válidas e podem ser trabalhadas. Buscar ajuda profissional é um passo importante para entender melhor esses sentimentos e encontrar formas saudáveis de lidar com eles. Abraço

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