Olá! Em 3+ anos de tratamento c/ mesmo psiquiatra, não houve melhora significativa do quadro depress
5
respostas
Olá! Em 3+ anos de tratamento c/ mesmo psiquiatra, não houve melhora significativa do quadro depressivo que se mostra persistente, c/ alternância entre períodos melhores e ruins. Nestas ocasiões, há o acréscimo de algum outro medicamento estabilizador de humor, que não faz efeito no médio prazo, tem efeito por período reduzido, ou efeitos colaterais que neutralizam os (+s). Como proceder qdo já se está no limite da exaustão, por falta duma melhora algo significativa num momento de hipomania prolongada? Grata pela atenção!

É impossível opinar sobre seu caso individual, sem conhecê-la pessoalmente. Infelizmente, em alguns casos, a depressão é mesmo mais difícil de tratar e, mesmo com tratamento correto, acontece o que você está descrevendo. Por outro lado, não é raro recebermos pacientes no consultório que não estão melhorando, talvez, porque o tratamento não está sendo bem conduzido e os principais problemas que encontramos são os seguintes: uso de medicação em doses insuficientes, não-seguimento das diretrizes comprovadas de tratamento (no sentido de progredir de tratamentos com antidepressivos menos potentes para os mais potentes ou associações de remédios) e uso das medicações por tempo insuficiente (i.e., todas as medicações devem ser tentadas em doses suficientes e por períodos corretos, antes de se tentar uma nova medicação). Estes problemas podem ocorrer tanto por inexperiência do psiquiatra quanto por questões do paciente como, por exemplo, ser pouco tolerante a efeitos colaterais e, sempre que aparecem, solicitar troca da medicação ou não comparecer às consultas com suficiente regularidade para que se mude o tratamento, caso não esteja funcionando adequadamente.
Tire todas as dúvidas durante a consulta online
Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.
Mostrar especialistas Como funciona?

Além disso, para que qualquer tratamento seja bem sucedido, é necessário o diagnóstico correto e completo. É comum a depressão vir como diagnóstico segundário e esse primeiro não tratado pode estar intervindo.
Em caso de depressão, a ciência já mostrou a importância da psicoterapia para a melhora do paciente.
Sugiro, então, conversar com atual psiquiatra sobre as possibilidades da instabilidade no tratamento, quanto a busca por psicoterapia, em que a melhora para sintomas depressivos costuma ser significativa.
Em caso de depressão, a ciência já mostrou a importância da psicoterapia para a melhora do paciente.
Sugiro, então, conversar com atual psiquiatra sobre as possibilidades da instabilidade no tratamento, quanto a busca por psicoterapia, em que a melhora para sintomas depressivos costuma ser significativa.

Acho q a psicoterapia poderia ajudar no tratamento global. Como também a terapia ocupacional. Ou seja uma equipe interdisciplinar

Olá, sua pergunta é bem importante, pois nos permite pensar sobre a depressão como um sintoma não estritamente médico, mas global, social e contemporâneo. É bastante comum o uso de antidepressivos e estabilizadores de humor diversos em pacientes com quadros depressivos persistentes, ou em fases depressivas do Transtorno Afetivo Bipolar, a medicação atua diretamente nas questões orgânicas e neuronais, dando suporte ao paciente para lidar com o desânimo excessivo, a falta de tônus muscular, apatia, ausência de prazer na maior parte das atividades que realiza, dificuldade de se alimentar, ou alimentação em excesso, etc, porém, a ação dos psicotrópicos(remédios) tem um lugar no tratamento e um limite de ação, que não exclui o paciente da responsabilidade de prover um cuidado de si. Muitas vezes os sintomas depressivos ocupam vazios existenciais, lugares de frustração amorosa, pessoal, familiar ou profissional que requerem um cuidado mais intensivo, e que convocam a pessoa que vive este sofrimento a contar sobre sua vida, a lidar com as limitações que as realidades que vivenciamos impõem. Este processo de elaboração, muitas vezes doloroso, tem o objetivo de gerar novas possibilidades de existência, ainda não pensadas e experimentadas por quem vive este intenso sofrimento psíquico, nomeado hoje como Depressão. Os acompanhamentos psiquiátricos têm um lugar importante no cuidado da Depressão, principalmente nos casos mais graves, mas geralmente não dispõem do tempo necessário para a escuta do sofrimento de seus pacientes. Pelos motivos expostos é possível entender a eficácia das psicoterapias no tratamento da Depressão, como formas complementares e humanizadas de cuidado no processo de elaboração do sofrimento psíquico.

Não sei em detalhes o tipo de tratamento que você está recebendo. Mas a depressão é algo que não é só causada por fatores biológicos, portanto a medicação não dá conta de tudo. Há algo psíquico que deve ser trabalhado. A medicação vai tratar os sintomas, mas o que causa os sintomas vai permanecer sem ser trabalhado se não houver espaço para a palavra. Ou seja, o ideal é que você esteja fazendo atendimentos psicológicos para falar e trabalhar suas questões, indo na "raiz do problema" e ressignificando sua história de vida.
Especialistas






Perguntas relacionadas
- É possível ter um aumento exagerado da libido na depressão bipolar mista?
- O Oratato de Litio pode ser um substituto pro Carbonato de litio ? Obrigado
- eu estou tomando a bupropiona 150mg/dia faz 3 semanas, só que minha ansiedade e minha depressão pioraram nesses dias e estou muito sensível, isso é normal?
- Quem tem o transtorno afetivo bipolar pode ter demência?
- Em que idade o transtorno afetivo bipolar (TAB) se manifesta?
- Desejaria saber se pacientes com transtorno do tipo bipolaridade devem fazer Avaliação Neuropsicológica?
- Como o transtorno afetivo bipolar (TAB) afeta amigos e família de uma pessoa com bipolaridade?
- Como o transtorno afetivo bipolar (TAB) pode afetar a vida do paciente nas diferentes fases da vida?
- Já nascemos com o transtorno afetivo bipolar (TAB)?
- Tenho um amigo com transtorno de bipolaridade, sempre nos demos muito bem, mas nessas últimas semana, ele tem agido de forma agressiva e tem me feito várias ofensas, até me bloqueou nas redes sociais sem eu ter feito nada, o que faço? Estou muito mal e aborrecido.
Você quer enviar sua pergunta?
Nossos especialistas responderam a 946 perguntas sobre Transtorno bipolar
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.