Olá. Acredito que sou viciado em pornografia. Tenho recaído nisso uma ou duas vezes por mês. Às veze

3 respostas
Olá. Acredito que sou viciado em pornografia. Tenho recaído nisso uma ou duas vezes por mês. Às vezes, passo mais tempo sem. Mas quando caio, me sinto extremamente mal por isso, e acabo entrando numa espiral, numa depressão, um desespero, recaindo várias vezes até não aguentar mais. Tipo passando alguns dias prostrado e mergulhado nisso, sem fazer mais nada, até que as obrigações de dia a dia me obriguem a me levantar e tentar recomeçar a vida. Sinto muita vergonha disso. Por isso considero um vício. Pois me faz muito mal e fracassei em remover isso da minha vida. Não quero isso pra mim. Não levo isso numa boa. Contudo, no momento, a minha a minha dúvida aqui é a seguinte. Devo expor esse problema no exame ocupacional periódico? Temo acabar sendo ridicularizado desnecessariamente. As pessoas são maldosas. Mas também não me sinto bem em mentir. Na verdade, tenho esse problema secreto, e mantê-lo em segredo já seria uma mentira a cerca de quem realmente sou. Mas temo não suportar a exposição. Acho que a exposição só é boa depois de curado.
 Marcos Santos
Psicólogo, Sexólogo
Blumenau
Olá, compartilho algumas reflexões sobre este tema que aparece recorrentemente em meus atendimentos, principalmente de homens de 18 a 40 anos. O chamado vício" em pornografia é normalmente atrelado a masturbação que, na ausência de filmes como estimulantes para excitação, por si só pode ser entendida como algo natural, parte integrante da vida, desenvolvimento e aprendizado das pessoas, homens e mulheres, jovens e adultos, ao longo da vida. Dito isto, é importante entendermos que a masturbação isolada, sem vínculo ou dependencias com a pornografia, pode ser de grande auxilio tal qual um ansiolítico natural diário ou mesmo um poderoso antidepressivo. No entanto, uma vez que alguem vincula a prática masturbatória a pornografia, com vídeos na internet, acaba gerando um efeito no cerebro das pessoas (o chamado despertar pela novidade) criando um impulso repetitivo que, após longa exposição (grandes períodos diários), pode gerar um tipo de compulsão ou vício (filme + masturbação = condicionamento do corpo e também do cerebro). Nesta dependencia criada, a pessoa passa a ter uma resposta diferente daquela que desejaria ter nas relações sexuais, no caso, afetando as práticas sexuais com as chamadas disfunções sexuais (falta ou perda de ereção, falta de controle da ejaculação, perda de libido). Também é comum o relato de homens que sentem-se mal com as chamadas ressacas mental e ou moral logo após o consumo e masturbação. A terapia focada nestas questões sexuais pode ajudar a reverter quadros de longa dependencia e a superar transtornos associados em virtude de, na maioria dos casos, estarem associadas a questões emocionais e estados alterados do humor durante longos períodos (ansiedade, estresse, depressão). Os atendimentos podem ser feitos tambem pela internet, o que facilita bastante a vida de quem procura ajuda. Quanto a falar ou não no exame ocupacional, de fato ainda não temos como prever que tipo de tratamento será dado a cada exposição que fazemos, dependendo do trabalho e postura ética de cada profissional envolvido com este processo. Mas você pode incluir os efeitos gerados pela pornografia na sua vida sem no entanto fazer esta exposição que é de fato algo mais íntimo e que ainda gera muitas inquietações. Tratar ainda é a melhor saída. Fico a disposição.

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 João Miguel Marques
Psicólogo, Sexólogo
São Caetano do Sul
Eu sinto muito pelas sensações e pela angústia que sente quanto ao seu problema com a pornografia. Gostaria de dizer que já é um passo em ser verdadeiro no momento que você compartilha sua angústia. Muito diferente de mentir e ocultar.

Seria interessante poder realizar uma avaliação e intervenção relacionada a terapia sexual focada para questões com a pornografia. Tem dois sintomas que você descreve dignos de receber ajuda especializada. O primeiro é a sua angústia e preocupação com o uso de pornografia, e depois os sentimentos de vergonha e dificuldade de lidar emocionalmente com o dia a dia.

Em seu caso me parece relacionado ao que chamamos de "Incongruência moral", pois você consegue ficar um tempo sem usar pornografia, mas sente muita vergonha, e sente muita angústia quando usa pornografia.

Por conta dessas sensações, é bem indicado que passe por avaliação e tratamento de forma a te ajudar a sentir-se bem consigo mesmo, e construir uma vida que vale a pena ser vivida, sem as amarras da ansiedade e da vergonha.

No que precisar, estou a disposição para ajudar.
Dra. EB Belli Cruz
Psicólogo, Sexólogo
Natal
Seria muito interessante buscar apoio psicológico bem como uma avaliação e tratamento para que volte a se sentir confortável consigo mesmo e caso este comportamento seja de vício poder extinguir da maneira adequada para não canalizar ele em outro hábito.

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