Olá! A Turbinectomia total dos cornetos nasais inferiores é uma técnica agressiva? Causa sequelas?

A realização de Turbinectomias totais está praticamente abolida da prática cirúrgica ORL moderna, sobretudo pelas complicações decorrentes da ausência deste órgão e da subsequente amputação de suas tão importantes funções na fisiologia protetora do nariz. Faz-se importante acrescentar também, que Turbinectomias parciais e Turbinoplastias, são procedimentos quase sempre coadjuvantes, isto é complementares aos em geral mais importantes e impactantes tratamentos da cartilagem septal e dos óstios dos seios paranasais.

Olá.
A Turbinectomia total inferior não é mais uma técnica aceita hoje em dia, e não deve ser realizada.
Atualmente temos, de maneira geral, duas principais cirurgias dos cornetos inferiores: A turbinectomia inferior parcial e a Turbinoplastia inferior. Na primeira faz-se a remoção de parte dos cornetos inferiores, preservando suas áreas nobres. Na segunda fazemos uma "plástica" nestes cornetos, reduzindo seu tamanho. As duas técnicas tem elevados índices de sucesso, não existindo dados confiáveis que demonstrem superioridade de uma ou outra técnica. Muitos recursos podem ser usados nas duas técnicas, como o uso de Câmeras HD (cirurgia endoscópica nasal), eletrocautério, radiofrequência (diatermia ou Coblation), Laser, etc.

A turbinectomia total não é mais usada pelos otorrinos cirurgiões. Hoje sabe-se que os cornetos inferiores tem grande importância na fisiologia nasal do nariz com a função de proteção, filtrar e aquecer o ar que entra no nariz. Portanto, quando há uma obstrução respiratória por conta de uma hipertrofia dos cornetos inferiores é indicado a remoção parcial desta estrutura (turbinectomia parcial ou turbinoplastia) retirando somente a parte obstrutiva preservando assim sua estrutura com suas funções.