O que seria a estigmatização social e depressão no caso de indicação para a cirurgia bariátrica? Com

A cirurgia bariátrica pode ser útil no tratamento de obesidade. Porém, não se trata de procedimento de primeira escolha, devendo ser indicada apenas em certos contextos, que envolvem tanto o grau de obesidade quanto características psicológicas e psiquiátricas, para que a probabilidade de sucesso seja maior e a relação riscos- benefícios seja menor. Entre estes critérios, está a presença ou não de quadros como a depressão, por exemplo: dado que há quadros depressivos que levam a aumento do apetite e do peso, seu tratamento pode já levar a emagrecimento e controle do peso e, se não forem tratados, uma cirurgia poderia não impedir que haja, novamente, aumento descontrolado de peso (há formas de uma pessoa se alimentar, pós-cirurgia bariátrica, que podem levá-la a engordar novamente). Além disto, nestes casos, pode haver, após a cirurgia, aparecimento de novos comportamentos nocivos como, por exemplo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Quanto à "estigmatizaçãp social" que você menciona, talvez esteja se referindo que o sobrepeso e a obesidade podem levar, devido a valores culturais, a uma estigmatização social. Entretanto, apesar de esta estigmatização social poder ser parte da indicação da necessidade de perda e controle ponderal, os critérios predominantes são do fator saúde - dado que com a estigmatização social é possível lidar de outras formas que não a perda de peso (por exemplo, através de uma psicoterapia que melhore a auto-estima e a assertividade). Infelizmente, a redação de sua pergunta não é 100% clara, de modo que não sei se eram estas as respostas que queria. Se não forem, por favor refaça a pergunta, eventualmente com outras palavras, de modo mais detalhado e tomando especial cuidado com a pontuação - e tentaremos, novamente, respondê-la.

O aumento de peso excessivo além dos 140Kg é uma das indicações para fazer a cirurgia bariátrica, quando outros tratamentos já foram feitos e não houve redução ponderal. Uma outra situação que não fica muito clara tanto para médicos como para pacientes é que o paciente que faz cirurgia bariátrica tem um componente suicida e que precisa ser tratado com medicação e psicoterapia intensiva. Muitos médicos e pacientes cometem o erro de pedir a um psicólogo ou a um médico a declaração de que a cirurgia bariátrica pode ser feita. Erro grave. O paciente precisará de um acompanhamento até resolver a solução do seu componente suicida. Mesmo que a cirurgia já tenha sido feita o acompanhamento psicoterápico precisa ter continuidade. Já tratei vários casos com resultados positivos e alguns casos que abandonaram o tratamento tendo recaídas para bebidas alcoólicas.