O neurologista receitou levedopa para o meu esposo,que tem tremor há mais de 20 anos,e ele tem hj 56

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O neurologista receitou levedopa para o meu esposo,que tem tremor há mais de 20 anos,e ele tem hj 56 anos,porém o dr. acredita que não é mal de parkinson,minha duvida é, porque um medicamento com efeitos colaterais terríveis,se nem mesmo é a doença de parkinson, é normal esse tipo de tratamento?
Tem algumas coisas que temos que considerar. Primeiro: São os critérios da doença de Parkinson, que são: Bradicinesia, rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural. Sendo que precisa de 2 desses sintomas cardinais e a obrigatoriedade de que pelo menos um deles seja Bradicinesia (lentidão). Ou seja, só o tremor não é característica de Parkinson. O tremor mais comum, é o tremor essencial. Doença benigna e que não evolui com demência. Mas quem tem tremor essencial, também tem maior chance de desenvolver doença de Parkinson.
Não sei qual foi o objetivo dele ter passado Prolopa, mas quando voltar a ver o seu médico, com estas informações, pode questionar e entender muito melhor!

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Provavelmente ele tenha tremor essencial, que se caracteriza por tremor de ação, ou seja, quando vai beber um copo de água ou fazer uma assinatura, e não doença de Parkinson, que se caracteriza por tremor em repouso, rigidez dos membros, lentidão nos movimentos e falta de equilíbrio.
Mesmo neurologistas às vezes têm dificuldade na diferenciação e tentam por vezes um teste terapêutico com a Levodopa. Valeria a pena vocês discutirem essa questão com seu neurologista, pois existem pelo menos três opções de medicamentos que melhoram de forma significativa o tremor essencial, além da necessidade de alguns exames laboratoriais para descartar patologias clínicas que também podem causar tremor.
O tremor é um sintoma e pode ter diferentes causas, como tremor essencial, doença de Parkinson, hipertireoidismo, efeitos colaterais de alguns medicamentos etc. Como o paciente possui o tremor há 23 anos, é pouco provável que seja causado por doença de Parkinson, sobretudo se não houver outros sintomas associados,como rigidez, instabilidade postural ou bradicinesia (lentificação motora), sendo este último critério obrigatório.

A avaliação neurológica, com história e exame físico, é fundamental para o diagnóstico e a consequente decisão terapêutica, que deve sempre levar em consideração a repercussão funcional dos sintomas no cotidiano do paciente.

Assim, sugiro uma discussão com médico assistente do paciente, levando-se em consideração esses aspectos.

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