O meu filho tem 27 anos sofre com transtorno bipolar afetivo, ele toma olanzapina de 10 mg por dia. Levei

5 respostas
O meu filho tem 27 anos sofre com transtorno bipolar afetivo, ele toma
olanzapina de 10 mg por dia.
Levei ao Psiquiatra e ele passou depakote 125mg, sendo que ele sai todo final de semana, e quando sai acaba bebendo.
Não sei o que faço, se dou depakote?
Parece ser um quadro sério, e seu filho tem que se conscientizar disso.

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Será perigoso interromper o estabilizador de humor, pode desencadear uma crises maníaca. Claro que há a interação com o álcool e é potencialmente perigoso é prejudicial mas é muito ruim para o prognóstico do transtorno afetivo bipolar repetidas crises e interrupções da medicação e uma crise agora, pior, uma internação. Converse com o médico e seu filho sobre a questão do álcool mas não interrompa.
Estou de acordo com o colega Carlos Henrique. Muito elucidativa a resposta. E vale acrescentar que o Depakote é uma medicação muito comumente utilizada para pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar pois é um ótimo estabilizador de humor, sendo muito bem usado concomitantemente com a olanzapina.
Vale ressaltar porém as questões levantadas pelo colega Carlos, sendo sempre o ideal discutir com o psiquiatra que está acompanhando o caso para ponderar custo - benefício da associação visto essas situações de uso de álcool.
Espero ter ajudado
De maneira geral, o álcool é contra-indicado por conta de 3 potenciais problemas: 1) existe interação entre o álcool e o remédio, causando um efeito final com certa imprevisibilidade. Por exemplo: a olanzapina causa sonolência e o álcool também causa sonolência, então existe risco de sedação em excesso, com todas as consequências relacionadas a isto. 2)existe indução ou inibição cruzada na degradação hepática entre as substâncias. Por exemplo: a olanzapina inibe a degradação do álcool e o paciente acaba ficando mais alcoolizado que de costume, com a mesma quantidade de álcool ingerida. 3) o álcool altera o comportamento. Como o paciente tem uma doença que já altera o comportamento de base, então estamos adicionando outro problema (alteração de comportamento por álcool) sobre um problema preexistente (a doença) cujo problema é o mesmo tipo de alteração. Acredito que a melhor resposta está em ponderar com o médico se é melhor submeter-se a estes riscos para manter o tratamento.
Prezada, compreendo fundamental perguntar isto diretamente ao psiquiatra que está acompanhando o caso no próximo retorno, suspendendo o uso de álcool pelo menos até ter a resposta desta questão.

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