Minha mãe foi diagnosticada com bonderline. Ela já apresentava os sintomas a uns 5 anos, porém somen

3 respostas
Minha mãe foi diagnosticada com bonderline. Ela já apresentava os sintomas a uns 5 anos, porém somente em dezembro de 2019 foi diagnosticada corretamente além da depressão profunda que já possui.
No entanto, temos ressentimento que isso possa ser genético e me preocupo pois tenho 3 filhos.
Isso realmente pode acontecer? Devido às doenças dela, suas tentativas de suicídio, meu pai tb e depressivo e eu fui diagnosticada com depressão leve a 1 ano, realmente posso adquirir isso?
Existe uma tendência familiar para apresentar transtornos. Algumas pessoas diagnosticadas como borderline se revelam, muitas vezes, na verdade, serem bipolares. A diferenciação nem sempre é fácil, mas profissionais com experiência em transtorno bipolar conseguem descobrir. A hereditariedade do transtorno borderline não é bem estabelecida. Para a depressão, há famílias com maior tendência, realmente, assim como para a bipolaridade. Isto não significa que, necessariamente, seus filhos vão ter e, se tiver, o início mais frequente é por volta dos 20 anos de idade, para transtorno bipolar e ainda mais tarde, para a depressão unipolar. Mas, vale a pena observar e, em caso de mudanças comportamentais, consulte um psiquiatra com experiência em crianças ou adolescentes.

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Obrigado por sua questão. A influência genética na origem de transtornos mentais é um assunto constantemente atualizado e revisado, já que as próprias categorias de diagnóstico são repensadas a cada momento histórico. O que é tão importante quanto o papel genético nesta questão são os elementos singulares da história de cada família, as relações que seus membros estabelecem entre si e a maneira como as significam. É nesse sentido que podemos como indivíduos cuidarmos constantemente de nossos vínculos familiares, o que certamente beneficiará a todos e diminuirá a incidência de sofrimentos psíquicos.
Todos transtornos mentais as causas são multifatoriais, com componentes genéticos, ambientais e culturais.
O que as pesquisas nos dizem sobre o transtorno de personalidade borderline é que dois existem dois fatores principais envolvidos, que são a vulnerabilidade biológica (no qual as pessoas reagem de imediato a baixos limiares [alta sensibilidade], expressam intensamente a emoção [alta reatividade] e excitação de longa duração) e o ambiente social invalidante (ex.: uma criança é invalidada, por exemplo, se frequentemente relata sentir fome, mas sua mãe diz “você não está com fome” e só a alimenta quando ela (a mãe) sente fome. Quando a criança vive frequentemente experiências como essa, ela pode aprender que não sabe o que sente, mas que os outros sabem e, portanto, ela precisa que o outro lhe diga o que fazer e quando fazer. Logicamente, este exemplo é simples e didático, sendo apenas o exemplo de uma cena possível de ser vivenciada em uma família tipicamente invalidante).

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