MInha irmã viveu um tempo no Japão e foi diagnosticada lá com um quadro de esquizofrenia por "perseguição

7 respostas
MInha irmã viveu um tempo no Japão e foi diagnosticada lá com um quadro de esquizofrenia por "perseguição cibernética" (dispositivos eletronicos são hostis a ela) e agora mora comigo a uma semana. Algum dos senhores ja trabalhou com perseguição cibernetica? pq creio que até meus habitos devem mudar
Uma das características dos transtornos psicóticos é justamente a perda de contato com a realidade, percepção delirante e de auto-referencia.
Um dos delírios mais comuns é o persecutório, na qual o paciente acha que determinado grupo, objeto ou pessoa esta lhe querendo o mal, perseguindo-o.
O conteúdo mais específico varia de acordo com a pessoa e sua característica psico-social: o objeto perseguidor pode ser o FBI, a Policia Federal, os seres extra-terrestres do planeta K-pax, ou os andróides, etc. Dentro das nuances destes delírios complexos e bizarros, o paciente pode achar que esta sendo filmado, que celulares estão captando seus pensamentos, que chips foram implantados para controle mental. Dito isto, os delírios da sua irmã, apesar de terem esta característica "cibernética", podem ser englobados pela descrição clássica de delírio persecutório. Alem do tratamento com medicações, a família pode se engajar em terapia cognitiva, ajudando o paciente a desfazer suas crêncas erroneas

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Na literatura psicopatológic classica, já em idos de 1912, ou seja há mais de 100 anos, escrita por Karl Jaspers, já eram descritos, com riqueza de detalhes, esses transtornos do pensamento que são chamados delíros ou idéias delirantes persecutórias. Os conteúdos (temas) variam de acordo com o perfil do paciente mas como estamos todos, evidentemente inseridos na cultura e na época, a expressão do delirio terá links com a época em que ele vive. Antes os pacientes referiam esse tipo de delírio de influencia como vindo de um rádio, uma televisão. Agora referem-se a "satélites" ou " aparelhos cibernéticos", mas a essência do transtorno esquizofrenico não mudou, é a mesma.Hoje temos muitos recursos medicamentosos, com mínimos efeitos, que controlam e fazem desaparecer essas idéias delirantes. A medicação se faz imperativa. Quanto a psicoterapia, é possível realiza-las qdo. o paciente recupera pelo menos em parte o seu juízo de realidade mediante Terapia Cognitiva Comportamental ou AT.
Esquizofrenia faz parte do conjunto de transtornos psicóticos. O diagnóstico psiquiatrico pode ser sempre questionado, pois trata-se dos sintomas, mas em se tratando de um trabalho psicanalítico a estrutura direcionará o tratamento. Assim, penso que seria interessante entrevistas para que possamos definir um diagnostico estrutural e iniciarmos um tratamento, bem como o papel da familia no caso. Tenho experiencia em todos os tipos de psicose, trabalho tbm no SUS, mas cada caso é um caso e sempre será, há um sujeito que pode ser secretariado e se estabilizar com no laço social.
Em alguns quadros de esquizofrenia, denominados esquizofrenia paranóide, o paciente se sente perseguido. Pode ser por pessoas, por extraterrestres, por terroristas, ou mesmo pela tecnologia. No Japão, um país onde a tecnologia é muito presente, não surpreende sua irmã sentir-se perseguida por aparelhos cibernéticos,pois nesse país eles estão em todos os lugares e são parte do cotidiano das pessoas. É importante que você procure um psiquiatra, para que ele possa orientá-la em relação à medicação e ao tratamento. Além da medicação, é imprescindível também que a sua irmã faça terapia. Procure um psicólogo ou uma equipe de acompanhamento terapêutico. É muito importante você saber que o problema da sua irmã tem tratamento; com a medicação associada à terapia, seus sintomas podem melhorar muito.
Uma pessoa que já tem uma estrutura psicótica, quando está longe de seu meio conhecido, num lugar estranho com idioma diferente,tem um maior risco de ter um surto psicótico . Tratamento medicamentoso com psiquiatra e psicoterapia com um psicólogo experiente são fundamentais.
Se você está prestes para mudar os seus hábitos, ótimo. Recomendo fazê-lo no sentido de escutar a sua irmão quando poder, procurar entender os sentimentos de perseguição dela. Imagino que você conheça a infancia dela, sendo a irmâ dela. Você talvez possa entender melhor que qualquer pessoa no mundo de onde vem a inclinação dela de se sentir perseguida.

Não procure ensiná-lhe esquecer. A tarefa de ajudá-lhe superar as lembranças é de um@ profissional, seja psicanalista, seja psicoterapeuta humanista (centrado na pessoa) ou outra abordagem que respeite os desejos dela.

Você não precisa mudar os seus hábitos tecnológicos. No momento do surto, deixe a sua irmã em paz, não tenha medo dela, não procure convencê-la de coisa alguma.
Não desmerecendo os brilhantes colegas acima, digo que venho fazendo um trabalho eclético e de exceção nessa área, com o uso de 4 técnicas, dos mestres da psicologia, que eram psiquiatras, cuja pesquisa demorou 15 anos, e ha 6 venho administrando no Consultório, apresentei estudo de caso em Comgresso Nacional, adianto que o tratamento vem surpreendendo ao familiares dos pacientes, isso sem uso de remédio psicotrópicos, exclusiva para os pacientes com 3 tipos de esquizofrenia, o que demonstra que a ciência, é dinâmica, e está sempre buscando avanço, para o bem das pessoas.

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