Meu marido tem cardiomiopatia dilatada. Ele tem 35 anos, fizemos vários exames, porém não descobriram

Todo cardiologista estaria apto, em tese, a tratar a miocardiopatia dilatada. A dele deve ser idiopática, sem causa específica. Uma ressonância pode mostrar se houve focos de lesão viral.
Os medicamentos atuais são muito eficientes e, raramente, o paciente precisa de transplante ou suporte mecânico, como o heartmate.
Os medicamentos são varios obrigatórios e alguns opcionais. Obrigatoriamente, ele deve atingir dose máxima de vasodilatadores (enalapril, losartana, etc), às vezes combinados. Deve suportar doses altas de beta-bloqueadores de terceira geração (carvedilol ou metropolol), associados a ivabradina (Procoralan) se a frequencia cardiaca mantiver acima dos 70bpm. Espironolactone em dose baixa 25mg é consenso. Digitálicos só tem colocação se o ritmo de base do paciente for fibrilação atrial.
Diuréticos são sintomáticos, não mudam sobrevida. Têm utilidade quando o paciente retem liquido nos pulmões ou nas pernas.
Investigação coronária é compulsório.

O tratamento clínico para cardiomiopatia dilatada atualmente avançou muito. Temos um arsenal medicamentoso que podemos lançar mão para manter os pacientes estáveis e com excelente qualidade de vida. Alia-se também a reabilitação cardíaca que é fundamental na melhora da performance cardíaca com excelentes ganhos em capacidade funcional. Um cardiologista experiente pode orientar os melhores caminhos a seguir.

Infelizmente uma boa parte das vezes não se consegue chegar à uma causa definida apesar de investigação extensa. Denomina-se miocardiopatia dilatada idiopática.
O especialista é o Cardiologista Clínico. Existem nos grandes hospitais, serviços especializados nesses casos e na busca por novas alternativas de tratamento.