Meu filho tem 6 anos e recebeu diagnóstico de AH/SD com QI avaliado em 135, no entanto o laudo apont

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Meu filho tem 6 anos e recebeu diagnóstico de AH/SD com QI avaliado em 135, no entanto o laudo aponta que não é definitivo devido a idade. E que só se torna definitivo acima dos 12 anos. Gostaria de uma segunda opinião se é isso mesmo ou um AH/SD sempre será assim uma vez diagnosticado?
Dr. Gustavo Holanda
Neurologista pediátrico
Recife
Compreendo sua preocupação, especialmente quando o assunto envolve o diagnóstico do seu filho e seu futuro. É natural buscar clareza diante de informações que, por vezes, podem parecer confusas ou contraditórias.

O diagnóstico de altas habilidades/superdotação (AH/SD) não é algo que "se torna definitivo" apenas após uma certa idade. Na verdade, uma vez identificadas as características e habilidades que enquadram a criança nesse perfil, o diagnóstico é considerado definitivo. Isso ocorre porque as altas habilidades estão relacionadas a aspectos neurológicos e cognitivos intrínsecos à pessoa. No entanto, é importante destacar que o desenvolvimento dessas habilidades pode variar ao longo do tempo, dependendo de estímulos, oportunidades e intervenções apropriadas.

A menção de que o diagnóstico só seria definitivo após os 12 anos talvez tenha sido feita com base em uma interpretação equivocada ou na tentativa de ressaltar a necessidade de acompanhamento contínuo. De fato, é comum reavaliar as crianças com AH/SD periodicamente, não para confirmar o diagnóstico, mas para identificar mudanças no perfil de habilidades, interesses e necessidades. Isso permite ajustar estratégias educacionais e de suporte para garantir o pleno desenvolvimento do potencial.

Vale ressaltar que crianças nessa faixa etária, como o seu filho, ainda estão em processo de maturação emocional, social e cognitiva. Por isso, observar novas demandas, mudanças no comportamento e áreas de interesse ao longo do crescimento é essencial para promover um ambiente enriquecedor e desafiador. Isso não significa questionar ou duvidar do diagnóstico, mas sim adaptar o suporte ao longo da trajetória.

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