Meu filho tem 16 anos. Mente muito, mania de grandeza. Inteligente, mas não para quieto, sem conseguir

4 respostas
Meu filho tem 16 anos. Mente muito, mania de grandeza. Inteligente, mas não para quieto, sem conseguir se concentrar. Agressivo, problemas de relacionamento, desafia a todos e fala que não consegue parar de pensar. A diretora pediu pra ele tomar Ritalina. Temos medo, o q fazer?
Minha recomendação é que antes de aderir a seu filho qualquer tipo de medicamento, principalmente algo tão forte como uma Ritalina, que se busque um psicólogo para realizar um trabalho psicoterapêutico como ele, assim será possível entender e obter um diagnóstico certeiro, preservando qualquer tipo de sofrimento desnecessário a ele e sua família neste momento. Um jovem de 16 anos esta em plena adolescência (período muito conturbado e de muitas descobertas) e alguns comportamentos de rebeldia e busca de atenção são naturais, por isso deve ser feito um trabalho de muita pesquisa para se identificar se isso é da fase de um adolescente ou se algum transtorno esta envolvido. Caso realmente seja identificado algum tipo de transtorno ou defasagem o psicologo o encaminhara a um Psiquiatra e os dois profissionais trabalharão em conjunto.

Dica: Existem alguns trabalhos psicopedagógicos que podem também acelerar a concentração e a calma corporal.

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De acordo com sua narrativa, acredito que deve ter algo "errado" sim, mas antes de usar medicamento (Ritalina) deveria buscar um Psiquiatra ou neurologista, até porque esse medicamento não é prescrito por qualquer classe médica.

Provavelmente o médico vai pedir um acompanhamento psicológico seguido de testes que trará uma precisão do diagnóstico.

A disposição
Dra. Sayonara Machado
Apesar de os profissionais da educação conviverem bastante e terem certo entendimento de quando um aluno pode se beneficiar com a ritalina, essa avaliação cabe ao psiquiatra. Há vários casos semelhantes ao descrito em que o uso de ritalina pode agravar o quadro
No caso, usar Ritalina seria apenas uma tentativa de apaziguar um sintoma que, ao que tudo indica, incomoda muito a diretora do colégio (que dentro do nosso modelo atual de educação, não conseguem lidar com crianças que exijam mais do que este modelo que não estimula os alunos a pensarem, mas apenas a reproduzirem conceitos e fórmulas). Então, ao invés de se pensar apenas nos sintomas descritos, o entendimento da história pessoal e quadro psíquico como um todo seria muito mais indicado antes de tentar rotulá-lo como um diagnóstico que pode vir a afetar e prejudica-lo pelo resto de sua vida, TDAH ou transtorno bipolar.
É certo entender que algo está acontecendo com ele, sem contar a própria adolescência (que é um período extremamente conturbado), sendo que uma avaliação por parte de um psicanalista poderia ser muito proveitosa, já que a psicanálise tenta compreender o paciente como um sujeito completo e singular em sua história e forma de percepção dos eventos incorporados em sua vida.

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