Me sinto uma fraude na frente das pessoas, pois elas me veem com alguém incrível ou inteligente, amb

31 respostas
Me sinto uma fraude na frente das pessoas, pois elas me veem com alguém incrível ou inteligente, ambicioso ou dedicado, disciplinado e educado.
Mas que não sinto que sou isso, quando não há ninguém me vendo, sinto uma exaustão física e mental, como se eu pudesse ser eu mesmo. Como se eu tivesse criado um alter-ego e criado máscaras e mudá-lo de acordo com a situação.... ou como tivesse em alertar máximo até quando eu fecha a porta do quarto ( meu refúgio, "tenho 17anos, não sei como os adolescentes veem o próprio quarto, acredito que seja o Mundo de cada um) e posso ser eu mesmo.
Olá! que importante você pensar como se pensa e se percebe no mundo. Quando pensamos em quem somos e o que as pessoas pensam que somos, algumas vezes podemos nos deparar com a inconsistência ou diferença entre o que pensamos de nós e o que dizem ou pensam de nós. Alguns pontos são importantes de serem analisados. Cada pessoa constrói a perspectiva do outro dentro da relação que ela estabele com esse outro, por exemplo, um amigo que te pede ajuda no colégio de coisas que ele tem muita dificuldade, pode te achar muito inteligente, e um parente que te vê brincando com os primos mais jovens deve achar que você goste muito de crianças. São muitas possibilidades que também vai envolver o que o outro "quer/consegue" ver de você. Outro ponto muito importante é se existe uma discrepância na forma que você se enxerga. Será que você te uma perspectiva de disciplinado/educado/inteligente maior do que as pessoas tem? Outra coisa é se você apresenta comportamentos na frente deles que fazem eles lerem isso, mas como você disse está sendo exaustivo, dai a sensação é que você não é aquilo. Temos uma crença de que para sermos aquilo, aquilo não deveria ser custoso, é quando o é deve significar que "não somos aquilo". enfim. Tem tantas questões pra analisar na questão que você trouxe, que eu tentei colocar as que me veem a mente primeiro, mas acredito que você possa buscar ajuda para trabalhar e entender melhor todas essas questões. Boa sorte!!

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Dra. Fernanda Ataide
Psicólogo
São Paulo
Insegurança e baixa autoestima são assuntos muito presentes no consultório. É importante fazer uma sessão psicoterapêutica para conseguir libertar-se dos seus sabotadores emocionais.
Essa sensação de estar sempre "em alerta" e de precisar usar máscaras pode ser realmente exaustiva. A terapia é um espaço para explorar essas questões e para trabalhar o autoconhecimento e a autopercepção. No processo terapêutico, você pode se aproximar mais de quem realmente é, sem as exigências e expectativas externas, permitindo que a imagem que as pessoas têm de você esteja mais alinhada com o que você sente por dentro. Com o tempo, é possível construir um equilíbrio entre o que mostra ao mundo e o que sente internamente, trazendo mais autenticidade e leveza para suas relações.
 Luíza Pedroso Cunha
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Olá! É normal sentir essa pressão de ser visto de certa forma pelas outras pessoas, mas é essencial se permitir ser quem você realmente é, sem máscaras ou alter-egos. Ser autêntico consigo mesmo pode trazer um senso de alívio e liberdade que você talvez não tenha experimentado antes. Talvez seja interessante explorar esses sentimentos em um ambiente seguro e acolhedor, como por exemplo, conversando com alguém de confiança, escrevendo em um diário ou mesmo buscando atividades que te conectem com seu eu verdadeiro, como a meditação ou a prática de hobbies que te tragam alegria. Se você sentir necessidade, estou aqui para te auxiliar nesse processo.
Olá, sinto muito por estar passando por isso, mas sabemos que é muito compreensível sentir-se assim, especialmente em uma fase de autodescoberta como a adolescência, onde estamos explorando o que realmente somos e o que queremos expressar. O que você descreve é um sentimento bastante comum, o de sentir que está usando "máscaras" para corresponder às expectativas dos outros, enquanto por dentro há um cansaço e uma sensação de não ser o que as pessoas veem. Essa sensação pode estar ligada ao "síndrome do impostor"; quando sentimos que, mesmo tendo qualidades reconhecidas por outros, não acreditamos ser dignos delas. O quarto, sendo seu refúgio, representa esse espaço seguro onde você pode relaxar e não precisa “encenar” para ninguém.

Essas dúvidas e essa busca pelo “eu verdadeiro” fazem parte do amadurecimento e podem ser trabalhadaConte comigo para poder te ajudar a entender melhor suas motivações, aprender a lidar com expectativas e se sentir mais seguro para ser você mesmo, tanto no seu espaço quanto fora dele. Me coloco a disposição para essa e outras queixas.
Quando alguém se sente uma "fraude" e percebe uma diferença entre o que mostra para o mundo e o que realmente sente, pode estar lidando com uma questão de autoaceitação e de busca por autenticidade. No processo terapêutico, o foco está em ajudar a pessoa a derrubar essas "máscaras" e a se aproximar do seu "eu real". Esse sentimento de fraqueza ou exaustão ao estar sozinho, como no seu quarto, pode representar o alívio temporário de não precisar sustentar uma fachada ou um "personagem". Essa experiência de se permitir ser "você mesmo" no quarto é um primeiro passo para compreender melhor quem você realmente é e para diminuir o desgaste de "atuar" conforme o que outros esperam.
A abordagem centrada na pessoa explica que, ao vivenciar plenamente nossos sentimentos (mesmo aqueles que reprimimos ou tememos), aprendemos a aceitar nossas emoções como partes legítimas de quem somos. Isso não significa que iremos agir de modo caótico ou perder o controle, pelo contrário, quanto mais aceitamos e entendemos nossos sentimentos, mais conseguimos vivê-los de forma equilibrada.
Para aprofundar essa compreensão, buscar apoio psicológico pode ajudar muito, já que a terapia oferece um espaço seguro e sem julgamentos onde você pode explorar suas emoções e começar a compreender essas “máscaras”. Essa resposta não substitui uma consulta profissional; caso se identifique com essa questão, considere conversar com um psicólogo para avançar nesse processo de autodescoberta e desenvolvimento pessoal.
Olá! Como está? Sabia que todos nós nos sentimos uma fraude em alguns momentos na vida? Este sentimento até certo ponto é bem comum. Porém, às vezes, entramos em um conflito entre quem realmente queremos ser, as coisas que realmente importam para nós e o que os outros acham que deveria ser. O melhor caminho para isso é o auto conhecimento, acolhendo suas emoções que sempre estão sinalizando alguma coisa importante, e clarificando a pessoa que você quer ser. Fazer psicoterapia pode ajudar muito neste processo. Abraço!
 Lisiane Hadlich Machado
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Boa tarde! isso se chama síndrome do impostor, relacionado a baixa auto estima, insegurança. Sugiro que facas uma psicoterapia, que traz autoconhecimento. Descobrir seu proposito te fortalece para sentir-se inteiro e viver sua autenticidade, lidando e comunicando suas vulnerabilidades. Fico a disposição.

Aviso: proibida copia da resposta/imagem sem autorização da autora.

É muito comum, especialmente na adolescência, sentir que não corresponde à imagem que os outros têm de nós. Essa sensação de ser uma fraude, também conhecida como síndrome do impostor, pode ser bastante angustiante.

Por que você pode estar se sentindo assim?

Pressão social: As redes sociais e a cultura em geral podem criar expectativas irreais sobre como devemos ser e agir.
Medo de não ser bom o suficiente: A busca pela perfeição e o medo de falhar podem levar a criar uma persona idealizada.
Dificuldade em expressar seus sentimentos: Pode ser difícil admitir para si mesmo e para os outros que você não se sente sempre confiante e capaz.
Necessidade de aprovação: A busca constante pela aprovação dos outros pode levar a criar uma falsa imagem de si mesmo.
É importante entender que essa sensação é normal e que muitas pessoas passam por isso. A adolescência é um período de grandes mudanças e descobertas, e é natural se sentir confuso e inseguro em relação à sua identidade.

O que você pode fazer?

Seja gentil consigo mesmo: Lembre-se que você é humano e que todos nós temos momentos de insegurança.
Aceite seus defeitos: Ninguém é perfeito, e é importante aceitar suas limitações.
Aprenda a dizer não: Não se sinta pressionado a atender às expectativas dos outros.
Cultive relacionamentos autênticos: Busque pessoas que te aceitem como você é.
Pratique a autocompreensão: Dedique tempo para refletir sobre seus sentimentos e necessidades.
Procure ajuda: Um terapeuta pode te ajudar a desenvolver ferramentas para lidar com a ansiedade e a baixa autoestima.
Seu quarto como refúgio:

É completamente normal que seu quarto seja um lugar onde você se sinta seguro e livre para ser você mesmo. É um espaço onde você pode relaxar, expressar seus sentimentos e recarregar as energias. Valorize esse espaço e use-o para cuidar de si mesmo.

 Indayá Jardim de Almeida
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Considero importante buscar um psicólogo/ psicanalista para que possa ter um espaço de escuta sensível e acolhimento, pois provavelmente essa exaustão vem do excesso de demanda que acredita ter que atender dos outros e se faz necessário que possa se perceber e ter espaço na sua vida, pois pelo seu relato parece que as outras pessoas ocupam mais esse espaço do que você. Espero ter ajudado, estou á disposição!
Oi, entendo profundamente o que você está passando. É como se estivesse vivendo em um palco, não é? Onde as luzes estão sempre acesas e você precisa desempenhar um papel que, no fundo, não sente que é realmente seu. Essa sensação de ser uma fraude, ou o que muitos chamam de "síndrome do impostor", pode ser incrivelmente desgastante, tanto física quanto emocionalmente.
Sabe, essa exaustão que você sente quando está sozinho é um sinal de que seu corpo e sua mente estão pedindo uma pausa, um espaço seguro onde você possa ser autêntico, sem máscaras. É completamente natural buscar refúgio em seu quarto, um lugar onde você pode baixar a guarda e respirar. Para muitos adolescentes, o quarto é realmente um mundo à parte, um espaço de liberdade e expressão pessoal.
Na Terapia do Esquema, falamos sobre esses "esquemas" ou padrões emocionais que se formam ao longo da vida. Muitas vezes, eles nos levam a acreditar que precisamos ser de uma certa forma para sermos aceitos ou valorizados. Esses esquemas podem ser ativados em diferentes situações sociais, fazendo você sentir que precisa se adaptar ou se transformar para corresponder às expectativas dos outros.
Mas aqui está o ponto crucial: quem você é, em sua essência, é suficiente. Não é preciso criar alter egos para ser aceito ou amado. Começar a reconhecer e desafiar esses esquemas pode ser um passo poderoso para encontrar seu verdadeiro eu. Pergunte a si mesmo: de onde vem essa necessidade de se esconder atrás de máscaras? Quem disse que você precisa ser diferente para ser aceito?
Lembre-se de que você não está sozinho nessa jornada. Muitas pessoas passam por sentimentos semelhantes, e é possível trabalhar isso com o apoio certo. Considere buscar um espaço seguro, talvez com um terapeuta, onde você possa explorar essas questões e começar a construir uma relação mais autêntica consigo mesmo. Vamos juntos nessa? Você merece viver sua verdade, sem medo.
 Maria Fernanda Talarico
Psicanalista, Psicólogo
Paraty
Olá, bom dia! Seu relato é muito importante, você fala com muita precisão de uma questão bastante complexa. É uma questão para todos que se perguntam, essa de quem você é verdadeiramente. E você parece entender os papéis que representa em cada espaço, mas principalmente, que são papéis e quem você é verdadeiramente. Isso é uma preciosidade! Eu indicaria que você começasse um processo de análise. Vejo que você tem muito material para trabalhar, e também muita motivação, porque sozinho já chegou a algumas questões bem delicadas. Com um analista você pode avançar ainda mais e construir formas de lidar com esses "alter-egos" e ser menos estressante estar fora do seu mundo privado. Estou a disposição para dar continuidade a esse processo!
Olá. Espero encontrá-lo bem neste momento.
Todo adolescente já sentiu ou ainda sentirá o mesmo que você relatou. E digo mais, muitas pessoas na fase adulta se sentem assim. Ou seja, você não está sozinho e não tem nada de anormal contigo.
Você está num momento de construção da sua identidade, de se conhecer e entender mais sobre quem você é, e isso pode ser muito confuso mesmo. Às vezes pode parecer que não está sendo verdadeiro com você mesmo e com os outros, por isso surge essa sensação de impostor (criar um alter-ego que você comentou). É como se você estivesse tentando e/ou demonstrando ser uma pessoa que não é, né?! Mas, fique tranquilo, aos poucos você poderá compreender melhor quem você é e reagirá com as pessoas de acordo com a sua verdadeira identidade. Se a angústia estiver insuportável, procure por um psicólogo que possa te acompanhar. Espero ter ajudado! :)
Esses sentimentos que você compartilhou aqui são comuns a muitas pessoas. Todos nós temos um mundo em que atuamos exercendo diferentes papéis sociais, como o de filho, de irmão, colega, amigo, estudante, etc, mas temos também um mundo subjetivo, interior, a que só nós temos acesso. Esse mundo psíquico do nosso próprio eu, do nosso Self, incluem muito sentimentos que não gostamos e não precisamos compartilhar e que podem parecer contraditórios ou paradoxais com a imagem que projetamos para os outros. Mas é muito importante entrar em contato com esses sentimentos, porque isso aumenta nosso autoconhecimento e podem nos fortalecer se tivermos um suporte de outra pessoa. Neste caso, um profissional psicólogo ou psicanalista poderia te ajudar a aprofundar esse autoconhecimento e esse processo de construção de uma nova identidade, que corresponde a este período da adolescência que você vive agora.
Dra. Stephanye Lopes
Psicanalista, Psicólogo
Moema
Esse sentimento de "fraude" que você descreve é mais comum do que parece, especialmente na adolescência, um período em que estamos construindo nossa identidade. Muitas vezes, o que os outros veem em nós — qualidades como inteligência, ambição e disciplina — pode não parecer real internamente, o que causa essa sensação de estar "atuando" ou usando máscaras.

Essa exaustão que você sente pode ser um reflexo do esforço em manter essas "máscaras" e viver conforme as expectativas externas. No seu quarto, que você descreve como seu refúgio, é natural que se sinta mais livre para ser você mesmo. Esse espaço de segurança é importante e pode ajudar a reconectar-se consigo, sem tanta pressão. Explorar essas questões com um psicólogo pode ajudá-lo a entender melhor essas diferenças entre o que sente internamente e o que demonstra para o mundo, ajudando-o a integrar essas partes e a construir uma autoconfiança mais sólida e genuína.
É muito importante perguntar-se pela própria identidade, quem é essa pessoa que sou? Quem é essa pessoa que veem? Como pode serem a mesma pessoa? É comum na sua idade esse tipo de conflito, você está se formando como pessoa com um pensamento crítico mais afiado e as escolhas de como nos apresentamos ao mundo acabam pesando um pouco mais. Apesar de ser comum, porém, você precisa avaliar se essa exaustão tem te causado algum prejuízo na qualidade de vida. Por exemplo, quando nos cansamos muito fisicamente uma boa noite de sono resolve rapidamente. Sua exaustão é constante? Você deixa de fazer coisas que fazia e te deixavam feliz? Tem reparado alguma diferença em seu ânimo, também? Sugiro que avalie essas questões e considere, dependendo da sua análise, considere procurar ajuda profissional qualificada com psicoterapia.
Entendo o quanto pode ser doloroso sentir que precisa esconder quem realmente é. Muitas vezes, essa sensação de ser uma fraude está ligada a experiências em que você sentiu que não seria aceito se mostrasse sua verdadeira essência. É importante explorar de onde vem esse sentimento e encontrar maneiras de trazer essa autenticidade para suas relações.
Sentir-se uma fraude é mais comum do que parece, especialmente em situações de alta expectativa, como na adolescência. O que você descreve pode ser um reflexo do "síndrome do impostor", onde a imagem que os outros têm de você parece não se alinhar com quem você realmente sente que é.

Essa sensação pode surgir porque você está tentando corresponder às expectativas externas e isso gera cansaço. Seu quarto, como refúgio, representa um espaço onde você pode relaxar e ser você mesmo, sem máscaras.

Uma dica é tentar se conectar mais com quem você realmente é, valorizando suas qualidades sem depender da validação externa. Se possível, converse com alguém de confiança, como um amigo, familiar ou psicólogo, para explorar esses sentimentos. É importante lembrar: você não é uma fraude. Suas habilidades e dedicação são reais, mesmo que você nem sempre as perceba assim.Sentir-se uma fraude é mais comum do que parece, especialmente em situações de alta expectativa, como na adolescência. O que você descreve pode ser um reflexo do "síndrome do impostor", onde a imagem que os outros têm de você parece não se alinhar com quem você realmente sente que é.

Essa sensação pode surgir porque você está tentando corresponder às expectativas externas e isso gera cansaço. Seu quarto, como refúgio, representa um espaço onde você pode relaxar e ser você mesmo, sem máscaras.

Uma dica é tentar se conectar mais com quem você realmente é, valorizando suas qualidades sem depender da validação externa. Se possível, converse com alguém de confiança, como um amigo, familiar ou psicólogo, para explorar esses sentimentos. É importante lembrar: você não é uma fraude. Suas habilidades e dedicação são reais, mesmo que você nem sempre as perceba assim.
OI boa tarde! Deve ser exaustivo ser admirado e não se sentir merecedor! Você se sente "cobrado" de alguma forma a cumprir as expectativas das pessoas a sua volta? Se você "falhar" qual o pior cenário que você imagina que pode acontecer? Tem solução o problema que imaginou? Iniciar a psicoterapia pode lhe trazer mais clareza sobre o que pode fazer com o que sente.
Dra. Elenir Paro
Psicólogo, Psicanalista
Fortaleza
A cobrança exagerada sobre si mesmo é constante e marcante diante da ansiedade.
Há inclusive uma dificuldade em acreditar nos elogios recebidos. Se a tarefa não sai como o esperado a pessoa se frustra ou fica muito irritada. Por não aceitarem alguns erros, acabam evitando ou procrastinando certas atividades.
Essa sabotagem chega a ser confundida com a síndrome do impostor, caracterizada pela crença de que a maioria de suas realizações diárias não é boa o suficiente.
A recomendação é trabalhar a procrastinação e o perfeccionismo exagerado, com ajuda da psicoterapia.
Eu não te conheço, mas, pela pequena queixa que você compartilhou, consigo imaginar e compreender a angústia que sente por precisar ser duas pessoas diferentes em momentos distintos. Tenho duas coisas importantes para dizer, ao final, deixarei uma sugestão para você.
A primeira:
É possível que, durante a sua infância, você tenha sido muito cobrado e exigido. Isso pode ter acontecido de várias formas, como receber punições ou recompensas com base no que fazia. Por exemplo, quando errava alguma coisa, quebrava algo, brincava de maneira considerada mais agressiva ou debatia algum assunto com seus responsáveis, eles podiam interpretar isso como malcriação ou desrespeito. Talvez até uma nota mais baixa na escola fosse motivo de reprovação.
Por outro lado, quando você acertava — tirava boas notas, era educado, ajudava nas tarefas de casa —, era recompensado com elogios ou presentes. Aos poucos, o seu cérebro pode ter aprendido a criar um jeito de se proteger dessas cobranças: usando uma “capa”.
E que capa seria essa? Talvez seja a do super atencioso, do super esforçado, daquela pessoa que está sempre sorrindo, mesmo quando, por dentro, o mundo parece estar desabando. Aquele que tenta antecipar os pensamentos e expectativas das pessoas ao seu redor, sempre preocupado em agradar.
A segunda:
Apesar disso, há um lugar onde você pode encontrar algo muito especial: a privacidade. E o que é privacidade? É aquele momento só seu, onde não há olhares críticos e você pode ser quem realmente é. No seu quarto, você tem liberdade: pode usar a roupa que gosta (ou não usar muitas roupas), ouvir suas músicas preferidas, dormir, jogar, conversar com quem quiser pelo celular ou computador, assistir às suas séries e filmes favoritos, e muitas outras coisas.
Ali, você pode se permitir sentir e expressar suas emoções, como chorar sem medo de julgamentos (caso já tenha ouvido que “chorar é feio”), ou viver a sua alegria, raiva, paixão e tantas outras emoções que fazem parte de ser humano. No seu espaço, não há críticas. É um refúgio onde você pode se reconectar consigo mesmo, diferente do mundo lá fora, onde opiniões e “pitacos” podem ser inevitáveis.

E quero te dizer uma coisa importante: você não é uma fraude por tentar impressionar os outros, mesmo que isso te desgaste. Na real, as pessoas geralmente estão tão preocupadas com a própria vida que o que você faz para agradá-las acaba sendo só uma impressão momentânea. Eles elogiam, curtem e logo passam para outra coisa, enquanto você fica se sentindo mal por dentro. Lembre-se: o que os outros pensam de você é bem mais passageiro do que você imagina.

Por fim, considere buscar um atendimento psicológico. Isso pode ser uma oportunidade preciosa de desabafar, de deixar seu emocional respirar, de falar e ser ouvido sem medo de julgamentos. Um espaço onde você pode tirar suas “capas” e explorar o que sente e pensa com liberdade. É também uma forma de aprender a ser você mesmo diante das pessoas, sem precisar se moldar às expectativas alheias, se respeitando e valorizando quem você realmente é.

Um grande abraço da psi!
 Valter Rodrigues
Psicanalista, Psicólogo
Contagem
Sentir-se como uma "fraude" ou ter a sensação de estar vivendo sob uma máscara é uma experiência que muitas pessoas enfrentam, especialmente durante a adolescência, que é um período de intenso desenvolvimento emocional e identidade. O que você está descrevendo pode estar relacionado a algumas questões comuns, como:
1. Impostorismo
A síndrome do impostor é um fenômeno psicológico em que as pessoas duvidam de suas conquistas e têm medo de serem expostas como fraudes. Mesmo que você tenha habilidades e realizações, pode sentir que não merece o reconhecimento que recebe.
2. Pressão Social
A adolescência é um momento em que os jovens frequentemente sentem a pressão para se encaixar nas expectativas dos outros. Isso pode levar a comportamentos de adaptação, onde você se esforça para se apresentar de uma certa maneira, mesmo que isso não corresponda ao seu verdadeiro eu.
3. Busca por Identidade
É normal que os adolescentes explorem diferentes identidades e façam ajustes em sua personalidade com base nas situações sociais. Essa busca por identidade pode gerar confusão e um sentimento de desconexão entre quem você realmente é e como se apresenta aos outros.
4. Exaustão Emocional
Viver constantemente sob uma "máscara" pode ser exaustivo. A necessidade de manter essa imagem pode levar a sentimentos de esgotamento físico e mental, especialmente quando você finalmente tem um espaço seguro (como seu quarto) para ser você mesmo.
O Que Fazer
Aqui estão algumas sugestões para lidar com esses sentimentos:
Reflexão Pessoal: Reserve um tempo para refletir sobre quem você realmente é e o que valoriza. Escrever em um diário pode ajudar a esclarecer seus pensamentos e sentimentos.
Autenticidade: Tente ser mais autêntico nas interações diárias. Isso não significa que você precisa compartilhar tudo, mas pequenas mudanças podem ajudar a aliviar a pressão de manter uma imagem.
Converse com Alguém: Falar sobre esses sentimentos com amigos próximos ou familiares pode proporcionar alívio e apoio. Às vezes, apenas expressar o que você está sentindo pode ajudar a aliviar o peso.
Procure Apoio Profissional: Se esses sentimentos persistirem ou se tornarem muito difíceis de lidar, considerar conversar com um psicólogo ou terapeuta pode ser benéfico. Eles podem ajudar a explorar essas questões mais profundamente e oferecer estratégias para lidar com elas.
Pratique o Autocuidado: Envolva-se em atividades que lhe tragam prazer e relaxamento, como hobbies, esportes ou meditação. Isso pode ajudar a equilibrar o estresse emocional.
Conclusão
Sentir-se como uma fraude ou viver sob uma máscara é algo que muitas pessoas experimentam, especialmente durante a adolescência. Lidar com essas emoções pode ser desafiador, mas é possível encontrar maneiras de ser mais autêntico e confortável consigo mesmo. Lembre-se de que você não está sozinho nessa jornada e que buscar apoio é sempre uma opção válida. Se precisar de mais orientações ou apoio, estou aqui para ajudar!
 Katielli Gomes
Psicólogo
Belo Horizonte
Eu sinto muito por você estar se sentindo assim, como se não fosse bom o suficiente ou como se as pessoas estivessem vendo algo em você que você mesmo não enxerga. Você está em uma idade que é comum buscar entender o seu lugar no mundo.

Mas saiba, que a sensação de 'ser uma fraude' muitas vezes não reflete a realidade do que você é ou do que alcançou. Ela pode surgir por vários motivos e esses motivos precisam ser investigados

A psicoterapia pode te ajudar a olhar para si mesmo com mais gentileza e a reconhecer as suas qualidades de uma forma mais realista e justa. Se puder, procure um profissional de psicologia.
Não costuma ser nada agradável, ter que dar conta das expectativas dos outros. Seria muito bom, que você se submetesse a uma Psicoterapia, que ajude você a se descobrir, se conhecer, trazendo a sua consciência, questões que possam estar te levando para esse lugar de "ter que ser um jovem perfeito", para todos.
 Eliane Vodonis
Psicólogo
Porto Alegre
O que você está sentindo parece estar relacionado a uma alta autoexigência e a uma cobrança constante para atender às expectativas externas. Isso pode gerar um desgaste físico e mental significativo, especialmente quando é necessário um esforço maior para lidar com as demandas do dia a dia.

A exaustão que você descreve, junto com a sensação de precisar "mascarar" quem você é para se adaptar aos outros, pode ser um sinal de que está sobrecarregado. Algumas pessoas, em situações como essa, podem apresentar dificuldades que estão associadas a características do TDAH, como maior cansaço pelo esforço necessário para organizar tarefas e manter o foco. No entanto, isso é apenas uma possibilidade e não significa que seja o seu caso.

Seu quarto, que você identifica como um refúgio, reflete a necessidade de ter um espaço seguro onde possa ser você mesmo. Isso é saudável e importante, mas seria interessante trabalhar para levar essa sensação de autenticidade, aos poucos, para outros aspectos da sua vida.

Se esses sentimentos estão dificultando sua rotina ou trazendo sofrimento, buscar apoio psicológico pode ajudar muito. Um profissional pode explorar melhor esses pensamentos, investigar possíveis causas para as suas dificuldades e desenvolver estratégias para lidar com elas de forma mais leve.

Lembre-se: você não está sozinho nesse processo. Reconhecer o que sente e buscar ajuda é um passo essencial para cuidar de si mesmo e alcançar mais equilíbrio no dia a dia.
Quantos pensamentos devem estar rodeando essa cabeça heim. Você está em uma fase de turbilhão emocional, um acompanhamento psicológico seria fundamental para ajuda-lo a organizar os pensamentos sobre si mesmo e fazer um auto encontro saudável. Diante da sua idade, teria alguém que ofereça suporte para você? pai ou mãe? até mesmo tio ou avó? peça ajuda para a busca de um profissional, esse sentimento pode ser resolvido.
 Larissa Ruiz
Psicólogo
Campo Grande
Olá, espero poder ajudar de alguma forma ao ler o que você compartilhou. Antes de tudo, quero dizer que é muito corajoso expressar essas sensações, especialmente quando envolvem algo tão interno e delicado. Essa percepção de que existe um descompasso entre o que as pessoas veem e o que você sente pode ser bastante desgastante, mas também demonstra um grau de autoconsciência.

Sentir-se exausto ao tentar manter uma imagem perante os outros é algo que muitos de nós enfrentamos em diferentes momentos da vida, especialmente na adolescência, que já é uma fase cheia de descobertas e desafios. Você mencionou o quarto como um refúgio, um lugar onde você pode ser quem realmente é. Essa ideia é muito valiosa, porque demonstra que, mesmo diante de toda essa pressão, você reconhece um espaço onde se sente seguro. Talvez seja um bom ponto de partida para começar a se reconectar com quem você realmente é, sem as máscaras.

O mais importante aqui é que você não precisa carregar esse peso sozinho. Se perceber, como você fez ao descrever tudo isso, é o primeiro passo para encontrar formas de aliviar essa exaustão e explorar como pode se sentir mais genuíno também fora do seu quarto. Pode ser um bom momento para refletir sobre o que significa para você ser "você mesmo" e o quanto das expectativas dos outros é realmente algo que você quer carregar.

Espero que minhas palavras possam fazer algum sentido ou trazer algum alívio. E, caso sinta necessidade de conversar mais, estarei aqui à disposição para ouvir. Um abraço apertado!
Olá. Sinto que você esteja se sentindo assim! Acredito que tem alguns aspectos interessantes que poderiam ser trabalhados em terapia, como a sua auto percepção, autoestima e o entendimento de como isso tudo bem se relacionando com o seu atual momento de vida. Tem vivências que não precisam acontecer sem acompanhamento e nesse caso, acredito que poderia te trazer alívio. Me coloco à disposição para acompanhar você nessa jornada!
 Carolina Carnino
Psicólogo
Ribeirão Preto
Olá! Pode ser que você sinta que tem muitas demandas a cumprir e não há espaço para dar vazão aos seus sentimentos e necessidades. Manter sempre uma faixada é cansativo. Mas se sentir cansado não quer dizer que essas qualidades que você mostra aos outros não sejam parte de você também. Somos compostos de vários lados, os lados poderosos e os mais vulneráveis, e poder vivenciar os dois é importante para a nossa saúde mental. É interessante que você cuide dessa angústia que está sentindo e entenda porque sente que precisa ser sempre tão "perfeito". Fazer terapia pode te ajudar a entender melhor todos esses lados seus e se aceitar em suas forças e fraquezas. Parece que você faz muitas coisas muito bem, mas é importante conseguir cuidar de si mesmo também. Se quiser conversar com uma psicóloga sobre essas questões, fico à disposição :)
 Leandro Takahashi
Psicólogo
Balneário Camboriú
Em nossa vida, desempenhamos diversos papéis, como o de filho, aluno, amigo, entre outros. Durante a adolescência, é comum que esses papéis sejam mais evidentes, e em alguns casos, podem surgir divisões distorcidas entre eles. Isso acontece, porque por vezes, as expectativas que os outros têm de nós podem entrar em conflito com as nossas próprias expectativas sobre quem somos ou quem deveríamos ser. Essas confusões podem gerar uma sensação de desconexão ou até de exaustão, o que pode ser reflexo de uma dificuldade para estar em contato com quem realmente somos.

O autoconhecimento, que pode ser realizado por meio da psicoterapia, é um caminho importante para ajudar a identificar essas divisões e construir um contato mais genuíno consigo mesmo. Esse processo permite entender melhor suas necessidades, emoções e limites, trazendo mais equilíbrio para os papéis que você desempenha no dia.
Espero ter ajudado de alguma forma.
 Camila Sadala
Psicólogo
Belo Horizonte
É completamente compreensível que você sinta essa exaustão e a sensação de ser uma 'fraude', especialmente quando há uma desconexão entre como os outros te veem e como você se sente por dentro. Muitas vezes, quando nos sentimos pressionados a manter uma imagem ou a atender a expectativas externas, acabamos criando uma máscara para lidar com isso, o que gera um desgaste emocional intenso quando estamos sozinhas. Esse espaço de 'refúgio', como o seu quarto, é onde você pode ser quem realmente é, sem ter que sustentar uma fachada.

O importante é reconhecer esses sentimentos e procurar apoio, seja de um psicólogo, para entender melhor essas pressões internas, ou de pessoas de confiança, que possam te ajudar a lidar com essa desconexão entre o que você sente e o que os outros veem. Com o apoio adequado, você poderá encontrar maneiras de integrar mais o 'eu' verdadeiro nas suas interações e se sentir mais tranquila e em paz com quem você é, sem precisar esconder suas vulnerabilidades.

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