Interrompi um tratamento depois de 4 sessões porque discordava do psicólogo quando ele insistia em

13 respostas
Interrompi um tratamento depois de 4 sessões porque discordava do psicólogo quando ele insistia em culpar as atitudes dos meus pais no passado e me incentivava a sentir raiva por isso. Pode-se dizer que houve falta de afinidade, ou eu criei barreiras a algo do qual estaria fugindo?
Olá,

Primeiramente, não vou discutir a conduta do seu psicólogo anterior por motivos éticos.
No entanto, como você já deve saber, a terapia é um processo muito íntimo, em que você levará coisas pessoais que talvez nunca tenha falado com ninguém. Por isso, é necessário que seu terapeuta seja alguém de sua confiança e empatia.
Assim, você sentirá que o processo da terapia está fluindo, respeitando seu tempo e assimilações.
Sugiro que procure outro profissional até encontrar um com quem se sinta à vontade e tenha afinidade para iniciar o processo.
Um grande abraço!

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Concordo em vários aspectos dos colegas acima. A psicoterapia como suporte, atravessa várias fases durante o processo. Na relação terapêutica é muito importante que o vínculo entre terapeuta e cliente, seja estabelecido e fortalecido para que se alcance o autoconhecimento e autonomia do cliente, tornando-o capaz de resolver as questões que tanto o incomodam. Acredito que essa é a contribuição que o psicólogo pode oferecer para o crescimento do indivíduo. No pouco tempo de 4 sessões percebe-se a necessidade de mais afinidade com o terapeuta, para que os conteúdos que foram aflorados sejam trabalhados no processo.
Olá,
Nesse caso, com apenas 4 sessões é muito cedo para que você tenha fugido de qualquer que seja o assunto. Muitos podem ser os motivos; desde de sua pouca disponibilidade à análise nesse momento até à má direção do caso pelo profissional.; problemas de empatia, transferência. ... situações possiveis num processo de psicoterapia.
Você já pensou em.tentar com um novo profissional? Pode ser um bom caminho para você observar e pensar se é isso ou se o momento realmente não é para você agora. Mas tente. Não desista. Nem que seja só para tirar a dúvida.
Concordando com meus colegas acima, a primeira condição para que o processo terapêutico aconteça, é o vínculo entre profissional e cliente, e que nele tenha confiança para que você possa trazer suas questões mais íntimas. Como você já se faz duas perguntas importantes: se há afinidade, ou se você está se colocando barreiras ou fugindo, é interessante que você possa levar estas próprias questões para psicoterapia. Se você se sente à vontade para fazê-lo com o psicólogo atual, ótimo, se não, procure primeiramente um psicólogo do qual tenha indicações ou que você tenha confiança e afinidade, inclusive sobre a abordagem de trabalho, para que se sinta à vontade para discutir estas questões dentro do processo terapêutico. Certamente valerá a reflexão.
O processo terapêutico não é para ser vivido como um campo de batalha. Se algo vai nessa direção, como se fosse preciso saber quem está com a razão, algo não vai bem. A função da escuta analítica é propiciar ao paciente a possibilidade de novas perspectivas frente a um roteiro narrativo que tende a ser repetitivo, como um disco riscado. Se aquilo que o analista sugere como possibilidade interpretativa não faz sentido ao paciente, isso pode apontar tanto para uma resistência, quanto para o fato de que aquela intervenção pode mesmo não fazer sentido. O psicólogo ou psicanalista não é o dono da verdade, não sabe tudo e como já disse Freud, é o sonhador quem tem a chave para a interpretação de seu sonho. A função do analista é devolver ao sujeito aquilo que ele (sujeito) enunciou de um modo que permita novas configurações, novas percepções a respeito de si, do outro e do mundo.
É muito difícil responder a sua interrogação...não estar participando do processo restringe e muito qualquer tipo de avaliação. Talvez você possa refletir sobre alguns aspectos como seu grau de afinidade, empatia e confiança neste profissional, sua disposição em lidar com questões que lhe podem ser muito difíceis e dolorosas...tudo isso pode interferir na qualidade do processo terapêutico. Poder levar estas questões para serem tratadas na psicoterapia poderiam ajudar, mas se a relação não lhe deixa confortável também existe a possibilidade de buscar outro profissional. O importante é que você busque ajuda e se sinta livre para fazer a sua escolha.
Acredito que todos os comentários anteriores das colegas psicólogas são absolutamente pertinentes. Apenas gostaria de ressaltar que na psicoterapia não é necessário concordar com seu terapeuta, mas sim perceber que há uma cumplicidade nas avaliações. Pelo seu relato me parece que já possui um entendimento de em psicologia, pois em 4 sessões foi capaz de realizar uma análise da relação terapêutica. É importante questionar seus motivos para a psicoterapia e também buscar uma abordagem psicológica que se adeque melhor com sua forma de ver o mundo. A psicologia comportamental por exemplo - behaviorista radical - irá buscar explicações nas analises das relações que você estabelece em seu cotidiano, pois é no momento atual que acreditamos estarem as condições que criam e mantém seus comportamentos atuais. De toda maneira, não desista do processo da psicoterapia que seguramente lhe será muito útil.
O correto mesmo seria discutir isto em setting terapêutico. Primeiro porque seria uma tremenda falta de ética discutir publicamente ações de outros colegas profissionais, segundo porque, quando você faz este tipo de pergunta, você faz um recorte dentro de todo um contexto que não temos como analisar. De qualquer maneira, acredito que você deve procurar sim a opinião de outros psicólogos, para quem sabe (ou não) voltar ao seu antigo psicólogo ou iniciar uma nova trajetória com outro colega. Esta é a única maneira de você ter as respostas que procura - que também são genéricas, pois, mais uma vez, dependem do contexto onde estão inseridas! Uma sugestão: se acha que pode estar fugindo de algo, encare a si mesmo procurando um outro profissional e avalie com ele o que pode ter acontecido. Boa sorte!
Acredito que o mais correto neste caso seria discutir sobre isso no setting terapêutico, durante o processo. Mas como essa dúvida surgiu de maneira inquietante o ideial seria voltar ao processo de terapia, podendo ser com seu(sua) psicologo(a) anterior ou não. Pois o que fica claro é que existem coisas que trazem um certo sofrimento para você, e é esse sofrimento que deve ser olhado e resignificado. Então o importante é buscar ajuda, se sentiu empatia com o terapeuta anterior, busque um novo, e essa é uma escolha sua. Espero ter ajudado.
Caro (a),
Já parou para pensar porque o questionamento sobre seus pais, foi tão significativo pra você?....A análise não é um lugar de concorda ou não concorda, mas é importante que você pense sobre o assunto em questão. Porém acredito que para que isso aconteça a identificação com o profissional é em suma muito importante.
Procure perceber também se não está se sabotando para não continuar a terapia.........
Tenha certeza que a análise proporcionará a você, em primeira instância muitas dúvidas, talvez "discórdia", mas vale a pensa repensar.....Todo processo para nosso desenvolvimento pessoal, inicia-se pela compreensão da nossa história de vida, seguida de uma ação.

Tente ficar tranquila (o),
um abraço querido,
O ser humano pode se ver como ESCRAVO DO PASSADO ou SENHOR DO SEU FUTURO. No primeiro caso o fundamento usado é o causalista, no segundo, o finalista. pelo seu relato, a abordagem do terapeuta foi exclusivamente causalista. Tente um terapeuta de abordagem também finalista, que ajudará você a olhar para frente e tomar consciência que é plenamente capaz de viver com o outro, sem o outro ou apesar do outro e que precisar do outro não significa depender. É a resistência do ar que faz o avião subir! Lembre-se: Rômulo e Rêmulo foram amamentados por lôba e fundaram Roma! Precisamos aceitar a "batedura da realidade"para evoluirmos. "O maior traumatizado é aquele que não teve trauma!"
Além do que os colegas escreveram acima, sugiro que procure um profissional que você tenha liberdade e vontade de dizer o que você quer. Onde haja uma aliança terapêutica a ponto de sentir vontade de confidenciar até os seus mais profundos segredos.
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Fez bem em ter interrompido o tratamento. Terapia não é para acordar ou discordar. Se houve falta de afinidade, talvez ele não tenha conseguido te escutar e manejar as eventuais barreiras que você coloca e te ajudar a escutar porque coloca. E aí, o melhor é procurar outra profissional que te escute.
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