Ingressei num relacionamento com uma mulher que tem Bipolaridade, diagnosticada. Ela é uma pessoa in

19 respostas
Ingressei num relacionamento com uma mulher que tem Bipolaridade, diagnosticada. Ela é uma pessoa incrivel e eu a amo muito. Porem, devido ao termino de um noivado de 6 anos, onde o antigo noivo a traiu, meio que desencadeou nela uma especie de inconsequência, onde ela " chutou o balde" por dois anos ali. Acabou cedendo à desejos e vontades, como sexo e o uso de alcool e algumas drogas. Li sobre a bipolaridade e como ela pode afetar o discernimento em certas epocas e crises, busco entender isso, ate porque ela diz que se arrepende demais das coisas que fez. Porem, as vezes tenho dificuldade de digerir essas coisas que aconteceram, fico um pouco inseguro e ate mesmo desconfiado, embora nao haja sequer motivos para isso, pois ela sempre me contou e tambem nao guarda segredos ou nao gosta que eu tenha acesso a A ou B. Quero tirar isso da cabeca pois sei que é errado e que ela, mais do que ninguem, merece uma segunda chance, pois alem de ter um problema, passou por muitas coisas na vida, entao acaba sendo justificavel esse " surto" que ela teve. Gostaria de conselhos para buscar compreender melhor aquilo que ela passou. Obrigado
Como voce deve ter lido, a bipolaridade precisa de tratamento medicamentoso, com acompanhamento, pois os medicamentos tem que ser dosados conforme o paciente. A ajuda de um psicólogo pode ser necessária também. Esse seu relato de comportamento dela é muito recorrente em bipolares. Para falar especificamente sobre o seu caso é indispensável ter mais informações. Por outro lado, pode ser interessante você tentar perceber o que te leva aos sentimentos que tem, se já teve o mesmo tipo de sentimento em relacionamentos anteriores e se isso for recorrente e te causar sofrimento, vale a pena pensar na ajuda de um psicólogo.

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Olá! Pelo seu relato, a situação que você e essa mulher vivem é muito complexa, pois se somam o diagnóstico de Bipolaridade e as situações traumáticas que ela já viveu. Saber do passado dela pode te decepcionar, pois o que aconteceu naquela época não é condizente com a mulher que você conhece hoje e com o que você espera dela, e você pode ter medo de que essa mulher que ela foi no passado reapareça.
Me parece que não é tão simples quanto "tirar isso da cabeça", é necessário mais do que conselhos, e sim um acompanhamento psicoterápico frequente para que você possa ir aos poucos conhecendo melhor a mulher com quem você está se relacionando e desenvolvendo recursos internos para lidar com as dificuldades que ela possa apresentar, tanto em relação ao passado quanto ao presente e futuro.
 Marina Arrelaro Andery
Psicólogo
Águas de Lindóia
É compreensível que você se angustie com essas questões. Por mais que você as compreenda como parte de um quadro patológico, pode mobilizar questionamentos e desencadear questões emocionais em você. É muito importante ter um suporte para que você possa entender como todo esse contexto está mexendo com você e desenvolver habilidades para lidar melhor com a situação e não viver tantas angústias.
 Lays Faria
Psicólogo
Rio de Janeiro
Se relacionar envolve também ser afetado em alguma medida, por coisas que o outro passa e sente, principalmente por ser uma relação de intimidade muito próxima. Porém nesse processo que ela viveu, ao ler o seu relato, percebo que existem coisas em você que foram afetadas também e por mais compreensivo/a que seja com sua parceira, conseguir entender onde te afetou e reconhecer a sua necessidade dentro da relação, é importante para que não acabe anulando sentimentos importantes para você mesmo/a. Se acolher, se ouvir e se compreender dentro disso que te machucou, pode ser tão importante quanto compreender o processo dela, só assim vai conseguir se acolher e sinalizar limites importantes para você!
 Indayá Jardim de Almeida
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Em quadros como o relatado apoio social e familiar podem ser benéficos, principalmente quando são adotadas algumas estratégias, como por exemplo: incentivar o acompanhamento psicológico, psiquiátrico com a devida frequência, ajudar a construir um rotina que faça sentido para a pessoa e incluir nela a prática de atividades físicas, se mostrar presente nos momentos de crise, fazer terapia para lidar com o próprio sofrimento, diante da situação também é necessário. Espero ter ajudado, estou á disposição!
Entendo, como a bipolaridade é um perfil que precisa de remédios para estabilizar o sistema nervoso com a dosagem feita pelo psiquiatra e também terapia que ajudaram ela processar o luto das perdas emocionais e suas demandas psíquicas. No caso você pode buscar ajuda com um profissional para saber lidar com toda situação que está passando e refletindo em suas emoções.
O fato de você estar buscando entender e acolher a história dela já demonstra o quanto se importa e quer construir essa relação de forma saudável. A bipolaridade pode, sim, influenciar comportamentos impulsivos em determinados períodos, mas cada pessoa é única, e o histórico de vida dela também tem um grande impacto em como ela reagiu às situações difíceis.

É natural que alguns sentimentos como insegurança e desconfiança apareçam, especialmente quando há um passado marcante envolvido. Mas é importante diferenciar o que pertence ao presente e ao relacionamento atual do que ficou no passado. Parece que sua parceira é transparente com você e está comprometida com a relação, o que é um ótimo sinal.

Se esses pensamentos estão te afetando, pode ser interessante conversar com um psicólogo para processar melhor essas emoções e fortalecer a confiança no relacionamento. O diálogo sincero com ela também pode ajudar a criar mais segurança para ambos. Lembre-se: entender e apoiar não significa carregar tudo sozinho. Cuidar da sua própria saúde emocional também faz parte desse processo.
É importante reconhecer se ela está em um surto de mania quando "chuta o balde" e verificar se as medicações estão em dia, caso ela não use, é necessário o acompanhamento de um psiquiatra, e psicoterapia.
Caso consiga entender bem as fases do transtorno bipolar dela, é interessante trabalhar na sua terapia individual em como lidar e dar suporte para ela quando ocorre um episódio de surto maníaco ou depressivo.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

É bonito ver o quanto você busca entender sua parceira e como a sua relação é baseada em transparência e cuidado. O amor, quando aliado à compreensão, pode ser um grande alicerce para ambos. Mas percebo que, mesmo com toda essa disposição, há algo dentro de você que te inquieta. E isso é natural. Você reconhece que não há razões concretas para desconfiança, mas, ao mesmo tempo, sente essa dificuldade de digerir o passado dela. E talvez a questão não seja apenas o que ela viveu, mas como isso ressoa em você.

A neurociência nos mostra que nossas inseguranças não surgem do nada. O cérebro, ao processar experiências novas, tende a buscar padrões e associações com vivências passadas. Será que essa sua dificuldade em lidar com o que aconteceu se conecta com alguma experiência sua, seja de relacionamentos anteriores ou até de algo mais profundo, como sua própria visão sobre confiança e vulnerabilidade? Ou será que, no fundo, há um medo de que algo parecido possa acontecer de novo no futuro?

A bipolaridade, por sua vez, é uma condição que pode, sim, influenciar o comportamento em determinados momentos, mas isso não define quem ela é. O que parece mais importante aqui não é o que ela fez no passado, mas como ela enxerga isso hoje e como ela lida com a própria história. E você, já se perguntou o que, de fato, te incomoda mais? O que ela viveu ou o que isso provoca em você? Será que existe um receio de não ser suficiente, de não ter o mesmo impacto que essas experiências tiveram na vida dela?

Construir um relacionamento saudável não significa apagar inseguranças, mas aprender a reconhecê-las sem permitir que elas tomem o controle. Talvez valha a pena conversar abertamente com ela sobre como você se sente, não como uma cobrança, mas como um convite para fortalecer a conexão de vocês. E se perceber que isso continua te afetando, buscar um espaço para elaborar melhor esses sentimentos pode ser um grande passo. Afinal, compreender o outro começa por compreender a si mesmo. Caso precise, estou à disposição.
Dra. Patricia De Lucia Nadruz
Psicólogo, Terapeuta complementar
São Paulo
O que você está sentindo é compreensível. É difícil lidar com inseguranças quando se ama alguém e se quer construir uma relação sólida. No entanto, sua postura de buscar compreensão e empatia já demonstra um grande compromisso emocional e maturidade. Em primeiro lugar é importante separar o passado do presente. O que aconteceu antes de vocês se conhecerem não define quem ela é hoje. Parece que ela mesma reconhece esse período como algo atípico e não alinhado aos seus valores reais. O mais importante é como ela age agora e como vocês constroem essa relação juntos. Em segundo lugar é importante entender a bipolaridade sem reduzi-la a Isso.O transtorno bipolar pode afetar o julgamento e impulsividade em certos momentos, mas ela não é apenas a doença. Ela é uma pessoa completa, com qualidades, valores e uma história. Conhecer melhor o transtorno pode te ajudar a entender algumas reações, mas evite interpretar tudo sob essa ótica. Você deve procuar construir segurança baseada no Presente. Se ela é aberta com você, compartilha sua vida e não esconde nada, sua insegurança pode estar mais ligada às suas próprias dores e receios do que a algo que ela esteja fazendo. Trabalhar isso pode envolver diálogo, terapia (se for possível para você) e reforçar momentos de conexão entre vocês. Praticar a empatia sem justificar tudo. O que ela passou pode ter sido um gatilho para certas atitudes, mas isso não significa que essas experiências definam quem ela é hoje. Dar uma segunda chance a alguém não significa ignorar seus sentimentos, mas sim escolher olhar para o que está sendo construído agora.Conversar sempre que precisar. Se essas questões voltam à sua cabeça, converse com ela de maneira respeitosa. Expresse suas inseguranças sem acusar ou trazer julgamentos. Relacionamentos saudáveis são construídos na transparência e na confiança mútua. Se precisar de apoio para lidar com esses sentimentos, também é válido buscar um profissional que possa te ajudar a organizar melhor essas emoções. O importante é lembrar que o amor e a confiança se constroem no presente, e não no passado. Abraço. Espero ter ajudado.
 Rodrigo Amorim de Souza
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Conselho não é a melhor solução par lidar com, no que pude depreender em seu discurso, com sua angústia em relação a esse "estranhamento" com o quadro clínico de sua parceira, pois não existe "receita de bolo" para os relacionamentos humanos. Não há como se generalizar um quadro de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), ou seja, dizer que todas as pessoas que possuem tal diagnóstico agem desta maneira; assim como não há como se generalizar a conduta de qualquer pessoa, que possui suas próprias características pessoais e história de vida, suas próprias idiossincrasias. No entanto, a partir do que você descreve, a psicoterapia pode lhe auxiliar a lidar com essa sua angústia, a como encontrar saídas mais interessantes para você em seus conflitos cotidianos/relacionais, dando a possibilidade de conciliar seus desejos com as demandas de outrem, tornando sua vida mais "interessante". A proposta de uma psicoterapia não é tornar uma pessoa feliz, mas podemos pensar que esta tem por objetivo reduzir a angústia até onde ela pode ser reduzida e tornar a vida do sujeito mais interessante. A única certeza de uma psicoterapia ou de uma análise, é que o sujeito sai diferente em relação a como ele entrou neste tratamento.
O período de descontrole emocional é comum em quem tem bipolaridade, ainda mais depois de um trauma como uma traição. Esse "chutar o balde" pode ter sido uma mistura de uma fase maníaca (ou hipomaníaca) com a dor de tudo que aconteceu. O importante é que hoje ela tem consciência disso, se arrepende e parece estar numa fase muito diferente, talvez ajude mudar um pouco a forma de enxergar as coisas:

O passado dela não define quem ela é hoje. Ela viveu um outro momento, com outras emoções e sem a mesma clareza que tem agora.
Se ela tivesse algo a esconder, não teria te contado. O fato de ela ser aberta com você já diz muito sobre a relação que vocês têm.
Muitas vezes, a insegurança vem mais do medo de perder a pessoa do que de algo concreto. E pelo que você disse, ela não da motivos pra isso.

Talvez conversar com ela sobre o que você sente (sem cobrança, só pra dividir mesmo) te ajude a se sentir mais seguro. Se ainda assim for difícil, uma terapia pode ser um espaço legal pra você organizar esses sentimentos. No fim das contas, não se trata de simplesmente "ignorar" o que você sente, mas sim de entender que o que importa é o presente. Você tem todo direito de sentir essas coisas, mas também vale pensar se isso atrapalha algo que tem tudo pra ser um relacionamento forte e saudável.
 Luíza Pedroso Cunha
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Olá! A insegurança que você associa ao passado dela pode estar ligada a uma dificuldade em lidar com o desejo do outro, que sempre escapa ao nosso controle. O que ela viveu durante o "surto" pode ser entendido como uma resposta a uma dor intensa, onde o desejo e a impulsividade se manifestaram de forma desregulada. A bipolaridade, nesse sentido, pode amplificar essas oscilações, mas não define quem ela é. Para construir um laço sólido, é importante trabalhar essa desconfiança, que pode ser mais sobre você do que sobre ela. A escuta e a compreensão podem ajudar a ressignificar o que foi vivido, sem que isso precise ser um obstáculo para o amor que vocês compartilham.
 Germaniely Lima
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
Olá, um diagnóstico psicológico não necessariamente irá se manifestar do mesmo modo em todos por conta da subjetividade, por isso não há como falar de alguém que não conhecemos de perto sua história e seus anseios.
Olá Como vai ? É admirável que você esteja buscando entender a situação da sua namorada e apoiá-la. A bipolaridade pode realmente afetar o comportamento e o julgamento, especialmente em momentos de crise emocional. É importante lembrar que as ações dela durante esse período não definem quem ela é como pessoa, e o arrependimento que ela expressa é um sinal de autoconsciência e crescimento.

Para lidar com suas inseguranças, considere as seguintes abordagens:

1. Comunicação Aberta: Continue conversando com ela sobre seus sentimentos e preocupações. Isso pode ajudar a fortalecer a confiança entre vocês.

2. Educação: Continue aprendendo sobre a bipolaridade. Compreender a condição pode ajudar a desmistificar comportamentos e a desenvolver empatia.

3. Autocuidado: Cuide de sua própria saúde emocional. Considere conversar com um terapeuta para explorar suas inseguranças e como elas afetam seu relacionamento.

4. Paciência: Lembre-se de que a recuperação e o entendimento são processos. Dê tempo a si mesmo e a ela para que ambos possam crescer juntos.

Apoiar alguém com bipolaridade pode ser desafiador, mas também pode ser uma experiência enriquecedora. O amor e a compreensão são fundamentais nesse caminho.
 Nelson Alberto Martínez
Psicólogo
Balneário Camboriú
Os excessos estão dentro do comportamento maníaco da bipolaridade, que pode ser caracterizado também como um aumento excessivo da energia, uma necessidade de “viver” tudo a muita velocidade. Nesse estado a pessoa tem tendência a correr altos riscos, como promiscuidade sem prevenção, consumo de drogas, álcool etc.
 Erica Ishikawa
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
O seu interesse amoroso está claro que necessidade de compreender a sua parceira, mas lembre-se que não cabe a você carregar o passado dela ou "consertar" qualquer coisa. O que importa é como essa relação impacta em você no presente, em vez de focar no passado dela. Questione-se o que esse relacionamento desperta em você, por que se sente inseguro; pense também numa oportunidade de entender seus próprios limites, suas expectativas em relação ao outro, as suas necessidades emocionais - como a necessidade de se sentir seguro. Pense no relacionamento como uma construção, não como uma repetição ou confirmação das próprias percepções sobre si mesmo pela validação do outro. E diante do exposto, esta é uma resposta genérica que pode, inclusive, não se aplicar ao seu caso. Obrigada.
 Carolaine Siqueira
Psicólogo
São José do Rio Preto
O que você sente é compreensível. Você ama sua parceira, entende o que ela passou, mas ainda lida com inseguranças. E tudo bem.

O passado dela não define quem ela é hoje. As escolhas que foram influenciadas pelo transtorno bipolar, pela dor da traição e pelo momento que Vivia. Mas o que importa é o agora: ela demonstra honestidade, transparência e quer seguir com você.

Quando a insegurança surgir, tente focar no presente: como ela envelhece hoje? O que demonstra? Conversar com ela sobre isso pode fortalecer a relação. E se você precisar, a terapia pode ser um bom suporte. Você já está no caminho certo buscando compreender e acolher!
 Izolina Kreutzfeld
Psicólogo
Jaraguá Do Sul
Bom dia!
Sugiro que você faça terapia para aprender a lidar melhor com suas emoções e enfrentar essa as situações difíceis que é conviver com uma pessoa com esse transtorno.

Atenciosamente,
Psicóloga Izolina Kreutzfeld

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