Há estudos que mostram eficácia de Lisdexanfetamina para depressão?

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Há estudos que mostram eficácia de Lisdexanfetamina para depressão?
Sim. Mas, habitualmente é usada juntamente com antidepressivos, apenas em casos de depressões resistentes a tratamentos mais comprovados. Os estudos com lisdexanfetamina, assim como outros psicoestimulantes ainda são insuficientes (por motivos metodológicos, como, por exemplo, número pequeno de pacientes envolvidos) para justificarem seu uso de rotina, antes que alternativas mais convencionais tenham sido testadas.

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Lisdexanfetamina não é um medicamento indicado para depressão. No entanto, há relatos de pessoas que, em virtude da ação ativadora do medicamento, se sentem mais dispostas e com redução da percepção de fadiga, por exemplo. É importante salientar que TODA prescrição psicofarmacológica deve ser feita sob acompanhamento médico especializado.
Sim, há estudos que investigaram a eficácia da lisdexanfetamina (um estimulante aprovado principalmente para tratar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH) no tratamento da depressão. Embora a lisdexanfetamina não seja um antidepressivo aprovado de primeira linha, alguns estudos sugeriram que ela pode ser eficaz para tratar depressão, especialmente em casos onde outros tratamentos não funcionaram ou quando há comorbidade com TDAH.

Aqui estão alguns pontos-chave sobre o uso de lisdexanfetamina para depressão:

1. Estudos sobre lisdexanfetamina e depressão:
Tratamento de depressão resistente: Alguns estudos mostraram que a lisdexanfetamina pode ser útil em casos de depressão resistente ao tratamento (ou seja, quando o paciente não responde adequadamente a outros antidepressivos). Nesses casos, os estímulos do tipo anfetamínico, que atuam no aumento da dopamina e norepinefrina no cérebro, podem ter efeitos positivos no alívio dos sintomas depressivos.

Pesquisa em comorbidades: Pacientes com TDAH e depressão comumente têm dificuldades em tratar ambas as condições ao mesmo tempo. Em tais casos, a lisdexanfetamina pode ser benéfica não apenas para o controle do TDAH, mas também para os sintomas depressivos, especialmente porque os estimulantes podem melhorar o foco, a energia e o humor.

Mecanismo de ação: A lisdexanfetamina é um pró-fármaco da anfetamina, e sua ação envolve o aumento dos níveis de dopamina e norepinefrina no cérebro, neurotransmissores que também estão implicados na regulação do humor. Essa ação pode ajudar na melhora do humor e da energia de pacientes com depressão, especialmente em casos onde há baixos níveis de dopamina ou norepinefrina.

2. Resultados de estudos específicos:
Um estudo de 2015, por exemplo, analisou o uso de lisdexanfetamina em pacientes com depressão maior com comorbidade de TDAH. Os resultados mostraram que a lisdexanfetamina foi eficaz na melhora dos sintomas tanto do TDAH quanto da depressão.
Outro estudo sugeriu que a lisdexanfetamina, quando usada em conjunto com antidepressivos tradicionais, pode ajudar a melhorar os resultados no tratamento de pacientes com depressão resistente ao tratamento.
3. Considerações sobre a lisdexanfetamina:
Uso off-label: A lisdexanfetamina para depressão é considerada uso off-label (fora das indicações aprovadas pela FDA). Isso significa que, embora tenha mostrado eficácia em alguns estudos, a lisdexanfetamina não é oficialmente aprovada como tratamento para depressão.
Efeitos colaterais: Como outros estimulantes, a lisdexanfetamina pode ter efeitos colaterais como ansiedade, insônia, aumento da pressão arterial, e potencial para abuso ou dependência, embora o risco seja menor em comparação com outras anfetaminas. Isso deve ser cuidadosamente monitorado, especialmente em pacientes com histórico de abuso de substâncias.
Monitoramento médico: Seu uso para depressão deve ser feito sob estrito acompanhamento médico para avaliar a eficácia e monitorar possíveis efeitos adversos.
Conclusão:
Embora a lisdexanfetamina não seja um antidepressivo aprovado de primeira linha, estudos sugerem que ela pode ser útil para tratar a depressão resistente ao tratamento, especialmente em pacientes com TDAH concomitante. Porém, o uso de lisdexanfetamina para depressão deve ser cuidadosamente monitorado por um médico, dada a possibilidade de efeitos colaterais e o risco de abuso.

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