Há alguma alteração no cérebro de quem tem transtorno bipolar? Se sim, essa alteração é responsável
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Há alguma alteração no cérebro de quem tem transtorno bipolar? Se sim, essa alteração é responsável por todos os sintomas do problema?
Existem sim algumas alterações morfológicas e principalmente funcionais que podem ser visualizadas por técnicas modernas como PET-SCAN e SPECT. Além disso, ha uma forte tendência para que estes e outros biomarcadores (sanguíneos, etc) da doença possam ser utilizados no futuro para ajudar no diagnóstico do TAB. Existem iniciativas para que nos proximos sistemas classificatórios como DSM-6 e CID-11 isto seja incluído.
Agora, ainda não é possivel correlacionar perfeitamente alterações com sintomas específicos. Esta visão é reducionista e certamente não será verdadeira para um grupo de pessoas em um sistema de redes complexo como o cérebro.
cordialmente,
prof david
Agora, ainda não é possivel correlacionar perfeitamente alterações com sintomas específicos. Esta visão é reducionista e certamente não será verdadeira para um grupo de pessoas em um sistema de redes complexo como o cérebro.
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No meu entendimento, os sintomas do transtorno bipolar são manifestações da maneira que a pessoa aprendeu a relacionar-se com suas emoções. As evidências orgânicas (visualizadas em PET SCAN e SPECT, conforme citado pelo Prof. Dr. David de Lucena) não são a causa do problema, mas sim o reflexo fisiológico desse padrão de relacionamento afetivo, normalmente estabelecido na infância, que envolve questões que vão muito além do corpo físico, mas incluem suas experiências, crenças e dúvidas.
Com frequência vejo pessoas querendo "culpar" disfunções orgânicas para justificar as próprias atitudes e comportamentos. Por exemplo os diagnosticados distímicos, que consomem assiduamente antidepressivos para suprir sua "comprovada deficiência" de serotonina. Esses fatores são reais SIM, mas cada pessoa tem uma maneira única de atuar no mundo. Sugiro que pare de procurar uma explicação, não queira ajustar-se. Aceite-se como é, e aprenda a viver consigo mesmo sem cair nas próprias armadilhas.
Com frequência vejo pessoas querendo "culpar" disfunções orgânicas para justificar as próprias atitudes e comportamentos. Por exemplo os diagnosticados distímicos, que consomem assiduamente antidepressivos para suprir sua "comprovada deficiência" de serotonina. Esses fatores são reais SIM, mas cada pessoa tem uma maneira única de atuar no mundo. Sugiro que pare de procurar uma explicação, não queira ajustar-se. Aceite-se como é, e aprenda a viver consigo mesmo sem cair nas próprias armadilhas.
Permita uma contra-pergunta: Onde você quer que as experiências feitas se manifestem no corpo se não no cérebro? Tendo dito isto, não existem mudanças regulares, sistemáticas no cérebro das pessoas com experiências diferentes das comuns. O comité que nos Estados Unidos periodicamente renova a classificação dos transtornos mentais prometeu faz décadas encontrar tais mudanças e não está encontrando.
Toda a idéia de o cérebro ser a "base" do comportamento, ou "responsabilidade" (!), ou seja a causa dele (evita-se a palavra *causa" para não chamar atenção ao equívoco, mas "base" é a mesma coisa) vale só no curtíssimo prazo. Mesmo assim, todo comportamento é resposta social, responde a experiências feitas com outras pessoas, seja no passado remoto ou no passado imediato, e assim mesmo na antecipação, na projeção. Por exemplo ter medo de uma pessoa ou uma situação que está no futuro vem das experiências feitas no passado.
Conclusão: recomendo abandonar a idéia do cérebro.
Toda a idéia de o cérebro ser a "base" do comportamento, ou "responsabilidade" (!), ou seja a causa dele (evita-se a palavra *causa" para não chamar atenção ao equívoco, mas "base" é a mesma coisa) vale só no curtíssimo prazo. Mesmo assim, todo comportamento é resposta social, responde a experiências feitas com outras pessoas, seja no passado remoto ou no passado imediato, e assim mesmo na antecipação, na projeção. Por exemplo ter medo de uma pessoa ou uma situação que está no futuro vem das experiências feitas no passado.
Conclusão: recomendo abandonar a idéia do cérebro.
não existem estudos que relacionam alterações específicas no cérebro com os sintomas tão exatamente. O que os estudos mostram é que pessoas com transtorno bipolar podem apresentar alterações em alguns circuitos cerebrais, assim como determinado perfil neuropsicológico que se relaciona com os sintomas, mas não é uma relação causal entre ter determinada alteração e o diagnóstico de transtorno bipolar.
Espero que tenha ajudado.
Espero que tenha ajudado.
Não só de quem tem transtorno bipolar, mas também ocorre alteração no cérebro de quem tem outros transtornos. O cérebro é flexível, por isso é capaz de estabelecer conexões entre si quando recebe estímulos tanto do interior quanto do exterior. Estes estímulos podem ser tanto positivos como negativos, benéficos ou maléficos. O humor da pessoa bipolar é incompatível a situação experienciada e muitas vezes foge do controle, causando sofrimento extremo. Em momentos de depressão o bipolar pode cometer atos extremos ou se retrair, afetando seu modelo padrão de vida. Estes e outros fatos podem naturalmente ser fatores que alteram o cérebro e desencadeiam outros sentimentos. Após o tratamento e a correção dos pensamentos e comportamentos disfuncionais, as mudanças podem ser reorganizadas naturalmente.
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