Gosto de cuidar das pessoas. Tenho uma facilidade em compreender como elas se sentem, de lidar com

25 respostas
Gosto de cuidar das pessoas.
Tenho uma facilidade em compreender como elas se sentem, de lidar com isso, falar e fazer o que elas estão precisando.
Porem, lá no fundo, acho que os meus sentimentos de protetora são ligados minha criação, algo automático, porque no geral não sinto que eu realmente me importe, já que a fraqueza dos outros me estressa, já que a solução as vezes é tão obtivia.
Outra questão, algo que me deixa incomodada é a facilidade em bloquear sentimentos, as vezes eu faço algo errado, eu reconheço o erro, sou bem racional, mas não tenho sentimentos nenhum sobre, como se nada tivesse acontecido, fico neutra internamente. Sem contar o costume que tenho em ler as pessoas a minha volta, é algo que reconheço que sou boa, mas isso acaba minando meus relacionamentos, como se a confiança nunca fosse uma opção. Isso acaba me deixando esgotada, a sensação que eu tenho que minha mente não para nunca.
Não sei exatamente o tratamento que procuro, talvez uma psicóloga!?
 Maria Hime
Psicanalista, Psicólogo
São Paulo
Olá, ao que parece muita coisa está se passando em sua subjetividade. Seria interessante sim você encontrar um espaço para elaborar isso tudo, um espaço de fala e escuta sensível que te ajude a encontrar caminhos para esse turbilhão de pensamentos. A fala é completamente diferente do pensamento. Quando você fala numa análise, através da associação livre, podem surgir caminhos inusitados que te levem a lugares mais profundos e assim esclarecer melhor o que se passa contigo. Ficar somente nos pensamentos, é um beco sem saída, principalmente quando os pensamentos começam a girar em círculos. Estou a disposição caso queira vir a uma consulta!

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 Alessandro Felippe
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Diante de tudo o que você descreveu, buscar ajuda de um psicólogo parece ser uma excelente opção. Acredito que posso te ajudar a compreender as causas dos seus sentimentos e comportamentos, lidar com as emoções de forma mais saudável e menos penosa, desenvolver habilidades de comunicação e relacionamento. Fique a vontade para entrar em contato, sinto que posso te ajudar. Abs
 José Luis das Chagas
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
Olá, todas as questões que você trouxe indicam questões cognitivas, comportamentais e emocionais. Desta forma sugiro que procure ajuda sim e um profissional psicologo.
 Maisa Guimarães Andrade
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
Querida anônima, o que você traz é algo muito profundo e merece ser olhado com carinho. Você parece ter uma grande habilidade de compreender e cuidar do outro, mas, ao mesmo tempo, sente um certo distanciamento emocional, como se esse cuidado fosse mais uma resposta automática do que algo realmente sentido. Isso pode estar relacionado a padrões que foram construídos ao longo da sua vida, talvez como uma forma de proteção ou adaptação às experiências que você viveu.

Muitas vezes, quando aprendemos a ler as pessoas com tanta facilidade, pode ser porque, em algum momento, foi necessário desenvolver essa sensibilidade para nos proteger ou para garantir um lugar seguro no mundo. Mas o que acontece quando essa leitura se torna um fardo, quando a confiança parece impossível e os sentimentos ficam bloqueados? Parece que você está em um constante estado de alerta, tentando antecipar tudo ao seu redor, o que pode ser muito cansativo.

A psicanálise pode te ajudar a olhar para tudo isso com mais profundidade, sem pressa e sem julgamentos. A ideia não é apenas "resolver" essas questões, mas entender de onde elas vêm e por que estão aí. O que levou você a se fechar emocionalmente em certos momentos? Por que o sofrimento dos outros te gera irritação ao invés de empatia? Como essa necessidade de controle influencia seus relacionamentos? E, o mais importante, como criar um espaço onde você possa se sentir mais leve, sem a exaustão de carregar tudo sozinha?

Buscar uma psicóloga pode ser um caminho muito valioso, especialmente alguém com uma abordagem psicanalítica, que vá te ajudar a dar voz a essas inquietações. Sua mente não precisa estar sempre em alerta. Existe um caminho para entender e, pouco a pouco, encontrar um lugar de mais equilíbrio e espontaneidade. E você não precisa fazer isso sozinha.
Dr. Victor Hugo Basilio
Psicólogo, Psicanalista
Brasília
Acredito que um trabalho psicanalítico possa te ajudar a sanar essas questões e colocar limites em outras. Me coloco disponível para contato, ok? Desejo sucesso e melhoras
O tratamento psicológico é uma excelente opção! As sessões poderão te ajudar a rever situações, decisões e posições que você assume. Com isso terá condições de avaliar o que é seu e o que é do outro, com o tempo sentirá que nem tudo acontece se trata de ser objetivo! O atendimento psicológico auxilia a lidar melhor com as relações e suas emoções.
 Juliana Arango
Psicanalista
Niterói
Olá, querida! Irei gostar da oportunidade de trabalhar com você. Por mim, você pode pensar num valor e num horário semanal, e trazer uma proposta. Estou no ggl.
Grande abraço,
Juliana Arango
 Kauana Rainara Ditadi
Psicólogo, Psicanalista
Curitiba
Olá, tudo bem? Sinto muito que esteja passando por essa situação, e que ótimo que você esteja conseguindo reconhecer que as coisas não estão sendo funcionais por aí, da maneira como se configuram atualmente. Você relatou que está esgotada, com dificuldades de compreender o automatismo das suas ações, bastante voltada aos cuidados dos outros, e se sentindo bloqueada em relação às emoções e sentimentos, ou até mesmo relatando certa apatia. Todos esses pontos relatados podem ser trabalhados em análise ou psicoterapia, sim! Te indicaria fazer um processo analítico para compreender melhor como esses sintomas estão acontecendo, quais os gatilhos para eles, e quais as repetições deles. Para a psicanálise, todas as nossas repetições apontam para manifestações inconscientes! Fico à disposição, caso deseja fazer um agendamento! Abraços!
 Lisiane Hadlich Machado
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Boa tarde. Você já ouviu falar da síndrome de salvadora? Realmente esses padrões emocionais e comportamentais estão ligados a infância e sua historia de vida. Uma base inicial da inteligência emocional e terapia seria você cuidar de si mesma. Busque um profissional da mesma sensibilidade que você ja tem e verifique CRP ativo, depoimentos, artigos, site para escolha assertiva do especialista. Fico a disposição.
 Priscila Leite Bunduki
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
Olá!

Vou fazer um recorte de partes de um trecho da tua fala: "facilidade em bloquear sentimentos (...) sou bem racional, (...) sem sentimentos (...) fico neutra".
Entendi que, em determinados momentos, você se reconhece assim, como se fosse uma chave de liga / desliga de sentimentos, mas será que essa chave não está sempre desligada?

Olha só! Me chamou atenção o trecho "o costume em ler as pessoas a minha volta" e me fez pensar o quanto você está em um constante estado de alerta para perceber tudo a sua volta como, o sentimentos das pessoas, o que elas precisam e demandam e, com isso, é possível compreender seu esgotamento e a sensação de que sua mente não para nunca!
Será que esse estado de vigília não tem a ver com uma forma de estar sempre racional (algo para além do reconhecimento que você tem de si mesma) e se blindar da suas emoções, fraquezas e, por isso, essa fala de bloquear sentimentos? - Tanto aqueles ligados aos outros quanto aos teus próprios, já que você age como se nada tivesse acontecido.

Interessante, também, refletir a respeito da sua criação e sentimentos de protetora e, ao mesmo tempo, a certeza de que confiar não é uma opção.

A psicoterapia é um momento para você falar, refletir e se ouvir sobre essas questões e tantas outras que podem estar relacionadas e vir à tona em um espaço só teu, para ser você mesma sem as travas da moralidade, certo e errado.
Dra. Karina Silva
Psicólogo, Psicanalista
Luziânia
Olá, Bom Dia! Sua percepção sobre si mesma demonstra um alto nível de autoconhecimento, e isso é um ótimo ponto de partida para compreender melhor seus sentimentos e padrões de comportamento. O que você descreve pode estar relacionado a diversos fatores, incluindo aspectos da sua criação, mecanismos de defesa e até mesmo a forma como você lida com emoções e vínculos interpessoais.

A sensação de esgotamento mental, a dificuldade em confiar e a forma como você se relaciona com os sentimentos dos outros e os seus próprios podem ser trabalhadas na psicoterapia. O acompanhamento psicológico pode ajudá-la a entender melhor essas questões, explorar suas emoções de maneira mais equilibrada e construir relações mais saudáveis e menos desgastantes.

Se sentir que faz sentido para você, podemos agendar um atendimento para que possamos aprofundar essas questões e encontrar caminhos para que você se sinta mais leve e conectada consigo mesma. Fico à disposição para te auxiliar nesse processo!
Sim, essa reflexão sobre o que esta acontecendo em sua vida prova da sua maturidade ao assumir o que você esta sentindo, o trabalho da psicanálise o ajudará a compreender melhor suas raizes emocionais e a compreender melhor seu lugar.
 Lucas Patrick do Vale
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
É importante entender um pouco mais sobre essa sua forma de se relacionar com o outro. Eu acho que você pode entender melhor o que está acontecendo se iniciar o processo de psicoterapia.
 Wadson do Carmo Alonso
Psicólogo, Psicanalista
Santo André
Você acertou sobre o tipo de profissional que pode te ajudar, somos nós Psicólogos e Psicólogas. De maneira superficial, diria que toda sua questão está envolvida com a forma que você se relaciona com as pessoas (facilidade de compreender o que pessoas sentem, falar o que elas precisam ouvir, minando relacionamentos) e como isso afeta sua relação com você mesma ("me estressa, bloquear sentimentos, sou racional..."). Você também já identificou que isso está minando sua capacidade de se relacionar... Enfim, você está pronta para uma Psicoterapia, e essa prontidão é um bom Prognóstico!
Indico que você procure um psicoterapeuta que trabalhe investigando os traumas e seus desdobramentos em atitudes e comportamentos. Pois tudo que está em você, está ligado à sua criação. Ao que mais estaria ligado? Abordar seus traumas e crenças que oram construídas a partir deles é uma ótima forma de trazer consciência e abrir o caminho para você ser livre, tendo mais foco em você e confiando mais em você mesma. Fico à disposição. Abraço
 Karen Bustamante
Psicanalista
Vargem Grande Paulista
O que você descreve envolve questões profundas sobre empatia, proteção, racionalidade emocional e confiança nos relacionamentos. Buscar um psicólogo pode ser uma boa opção para entender melhor esses padrões, explorar sua história e encontrar estratégias para lidar com o desgaste mental.

A sua facilidade em compreender as pessoas pode ser um dom, mas quando isso se torna um peso, vale investigar por que essa necessidade de controle ou leitura constante do ambiente existe. Além disso, a maneira como você lida com erros e bloqueia sentimentos pode ter raízes na sua criação ou em experiências passadas. Um profissional pode ajudar a trazer mais clareza sobre esses aspectos e a encontrar um equilíbrio entre razão e emoção.

Se a exaustão mental é um ponto forte para você, também pode valer a pena olhar para práticas que ajudem a desacelerar e trazer mais presença para o momento. Terapias focadas em autoconhecimento, como a psicanálise ou terapia cognitivo-comportamental (TCC), podem ser caminhos interessantes.

O que você sente ao pensar em iniciar esse processo?
Olá!

Um(a) Psicanalista ou Psicólogo(a) podem ser boas opções de busca no seu caso, sim.

A partir da Psicanálise, o lugar de onde falo, há pontos muito interessantes e questionamentos possíveis que podemos observar à partir do seu discurso, tais como: se parece ser algo que gosta, por que causa estresse? Se parece ser algo automático, será que estamos diante de algo que tem a ver com um senso de desejo (gosto/quero/tenho prazer) ou com um senso de necessidade (preciso/mesmo que não queira e me canse, faço)? Se a mente "não para nunca", é comum a sensação de desgaste, afinal você permanece em trabalho psíquico constante. Mas por que essa mente não se autoriza a parar e esse sujeito não se autoriza a sentir? Nosso aparelho psíquico funciona também a partir de um rígido princípio de economia de energia, ou seja, só trabalhamos psiquicamente naquilo que é compreendido (consciente ou inconscientemente) como algo necessário. Logo, o que há de tão importante por trás disso (para ter prazer ou evitar desprazer) que justifique o afinco de seu trabalho psíquico permanente e até a exaustão?

Perceba que não há respostas prontas, mas sim muitas perguntas que um Psicanalista poderia te auxiliar a encontrar ou elaborar respostas que proporcionariam maior compreensão de si mesmo(a) e, à partir dessa compreensão, alcançar de meios mais saudáveis para lidar com suas questões.
 Paulo Bonzanini
Psicanalista
Santo André
Sua reflexão traz questões profundas sobre como você percebe seus sentimentos e interações com os outros. Há vários pontos interessantes no que você descreve:

Cuidado e empatia versus irritação com a fragilidade alheia – Você tem facilidade em compreender e lidar com o que os outros sentem, mas sente que esse cuidado pode ser algo automático, ligado à sua criação. Ao mesmo tempo, a fraqueza das pessoas lhe causa estresse, especialmente quando as soluções parecem óbvias para você. Isso pode estar relacionado a uma forma de exaustão emocional ou mesmo a um traço de personalidade mais analítico e racional.

Dificuldade em sentir culpa ou arrependimento de maneira emocional – Você reconhece seus erros racionalmente, mas não sente emoções profundas sobre eles. Isso pode estar relacionado a um mecanismo de defesa que evita a sobrecarga emocional ou a uma forma de distanciamento afetivo que pode ter sido construída ao longo da vida.

Habilidade de leitura das pessoas e impacto nos relacionamentos – Sua capacidade de perceber as intenções e emoções dos outros é uma grande habilidade, mas pode dificultar a construção de relações baseadas na confiança. Quando conseguimos prever ou decifrar muito do que os outros pensam, pode surgir a sensação de que não há espaço para se surpreender ou confiar verdadeiramente.

Mente hiperativa e exaustão mental – Sentir que sua mente nunca para pode ser um sinal de sobrecarga cognitiva. Algumas pessoas que possuem alta sensibilidade emocional e cognitiva podem se sentir sempre em alerta, o que gera cansaço e dificulta o descanso mental.

Qual tratamento buscar?
Sim, um processo terapêutico pode ser muito útil. Um(a) psicanalista pode ajudar a explorar as raízes desses padrões emocionais e comportamentais, enquanto um(a) psicólogo(a) com abordagem cognitivo-comportamental pode trazer estratégias para lidar melhor com esses aspectos no dia a dia.

Se sua dificuldade está mais ligada à gestão da exaustão mental e ao excesso de racionalidade sobre as emoções, técnicas como mindfulness, hipnose ericksoniana ou terapia focada na regulação emocional também podem ser boas alternativas.

O importante é encontrar um profissional com quem você se sinta confortável para explorar essas questões sem julgamento, ajudando-a a entender melhor como equilibrar suas habilidades naturais com o bem-estar emocional.
Olá,
Quando priorizamos somente o cuidar do outro em detrimento de si mesmo pode ser prejudicial, pois pode levar a autos sacrifício, sem perceber. Pois como você mesmo mencionou, se torna automático. E passamos a não perceber as nossas próprias necessidades. Isso pode ser prejudicial a longo prazo, pois necessitamos nos esvaziar também das coisas que nos incomoda.
Na questão de você Bloquear sentimentos é um mecanismo de defesa do inconsciente, que visa proteger a pessoa do sofrimento. No entanto, esse bloqueio pode te impedir de se conectar com os seus sentimentos e com outras pessoas. Devido a isso que você relata ficar neutra.
Estou à disposição para ajudá-la
Abraço
Att
Elisângela Biajotti
Psicanalista
 Patricia Rodrigues
Psicanalista
Caraguatatuba
Ola bom dia !

a facilidade em "interpretar" pessoas pode ser considerado um dom nato seu, porem se não bem acompanhado pode ser um fardo como descreveu, em relação a não arrependimentos precisamos entender em seu inconsciente o porquê desta tendência, já que o seu consciente detecta e acha incomum, aconselho como psicanalista a realizar sessões de psicanalise e buscar o Autonheciento real e profundo. Estou a disposição att Patricia Rodrigues
 Felipe Firenze
Psicanalista
Rio de Janeiro
É compreensível que tudo isso cause incômodo e cansaço. A forma como você percebe e reage às emoções, suas e dos outros, pode estar ligada à sua história, à maneira como aprendeu a se relacionar com o mundo. Seu olhar atento para o outro, sua racionalidade e essa aparente neutralidade emocional podem ser caminhos de defesa, modos de lidar com algo mais profundo. Explorar isso com um profissional pode ajudar a aliviar essa exaustão. Se quiser conversar mais sobre isso, estou à disposição.
 Maria Carolina Passos
Psicanalista
Itapema
Seu relato traz reflexões muito ricas sobre sua forma de se relacionar com os outros e consigo mesma. A sensação de cuidar dos outros de maneira automática, sem um real envolvimento emocional, pode estar relacionada a padrões introjetados na infância, como você mesma intui. Muitas vezes, aprendemos a ocupar determinados papéis nas relações (como o de cuidador ou protetor) sem necessariamente sentirmos que isso expressa um desejo autêntico.

O estresse diante da "fraqueza" alheia pode apontar para uma dificuldade em lidar com a vulnerabilidade – tanto do outro quanto a sua própria. Se, em algum momento da sua história, a fragilidade foi vista como algo inaceitável ou frustrante, pode ser que sua mente tenha se organizado para responder a isso de forma racional e pragmática, minimizando a expressão emocional.

A facilidade em "bloquear sentimentos" e a neutralidade diante dos próprios erros podem estar ligadas a um mecanismo psíquico de defesa, possivelmente um tipo de dissociação emocional. Isso pode ser uma forma de autopreservação, uma estratégia inconsciente para evitar entrar em contato com afetos mais profundos.

Além disso, a sua habilidade de ler as pessoas pode ser um traço de grande percepção emocional, mas também algo que funciona como uma defesa contra a entrega e a vulnerabilidade nas relações – como se estar sempre "um passo à frente" das intenções alheias fosse uma necessidade para manter o controle. Isso pode gerar cansaço mental e dificuldade em estabelecer vínculos de confiança.

O que você descreve pode ser muito bem trabalhado em um processo de terapia psicanalítica, que busca justamente explorar essas camadas inconscientes, compreender os significados subjacentes e permitir uma relação mais espontânea com seus afetos.
Olá,

Você trás tantas questões sensíveis e importantes! Acredito que em sua frase final, em forma de pergunta trouxe a resposta. Sim, acredito que você se beneficiaria da ajuda de um/a profissional. A abordagem que sugiro, a você que me pareceu tão reflexivo/a e sensíve,l é a Psicanálise.
 Rode Ziembick
Psicanalista
São Paulo

O que você compartilha aqui é precioso — e revela que, mesmo com esse certo automatismo que você percebe em si mesma, há também uma escuta fina do seu próprio funcionamento. Só esse movimento de se perguntar sobre isso já indica que algo dentro de você está querendo ser olhado com mais profundidade.

Muitas vezes, essa posição de “protetora”, de quem cuida, acolhe, resolve e até prevê o que o outro sente, é uma forma de sobrevivência psíquica que foi sendo construída lá atrás, muito cedo — talvez num ambiente onde, para se sentir segura ou reconhecida, fosse preciso estar sempre um passo à frente das necessidades alheias. Isso cria uma habilidade real, mas também um custo interno.

Você diz que, no fundo, não sente que realmente se importa. Que a fraqueza do outro te estressa. E que quando erra, reconhece racionalmente, mas não sente nada. Isso aponta para uma cisão: como se o sentir e o saber estivessem desconectados. E isso, na psicanálise, é algo que vale muito a pena ser escutado com cuidado, porque geralmente tem raízes profundas — ligadas a experiências de afeto, confiança, dor, e até de proteção contra sentir demais.

Essa habilidade de “ler” os outros, embora pareça uma vantagem, também pode ser uma forma de defesa — uma forma de nunca ser pega de surpresa, de nunca relaxar totalmente, de manter o controle. Mas, como você bem percebe, isso também esgota. Cansa porque é como se a mente nunca pudesse descansar, como se o radar estivesse sempre ligado. E isso, aos poucos, vai minando a possibilidade de entrega, de confiança, de conexão verdadeira.

Você pergunta se talvez precise de uma psicóloga. Eu diria que o mais importante agora é ter um espaço em que você possa ser escutada. Um espaço em que você não precise “ler” ninguém, nem prever o que esperam de você. Um espaço onde você mesma possa se surpreender com o que sente, com o que diz, com o que deseja. E esse espaço pode ser, sim, encontrado na clínica — especialmente em um processo psicanalítico, que não busca corrigir comportamentos, mas escutar os sentidos mais profundos do que está por trás deles.

Seu relato mostra que você está pronta para iniciar essa travessia. E não para mudar quem você é — mas para se encontrar, talvez, com partes suas que foram deixadas de lado por tanto tempo que quase parecem não existir mais.

Você não precisa fazer esse caminho sozinha. Há um desejo de compreender, e isso já é o começo.
Eu sou Rode Ziembick - Psicanalista
@rodeziembick
 Lucas Jerzy Portela
Psicanalista
Salvador
Boa pergunta pra você se fazer em sua psicanálise, com um psicanalista.

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