Gostaria de saber se mudanças em excesso na vida de uma criança/adolescente gera consequências na vi

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Gostaria de saber se mudanças em excesso na vida de uma criança/adolescente gera consequências na vida adulta.
Tenho 24 anos e, durante os 11 anos letivos, estudei em 18 escolas diferentes, além de bairro e cidades, pois meus pais se mudaram muito. Eu sempre fui muito retraída e tive dificuldade em me aproximar das pessoas, em falar alto em público, etc.
No começo desse ano comecei a fazer terapia, duas vezes ao mês,, após fazer vários exames e descobrir que meus sintomas (tremor, palpitações, etc) não eram físicos. Logo após, uma médica me receitou fluoxetina, pela persistência dos sintomas, e tive uma melhora pouco significante. Tem dias que, mesmo tomando o remédio, a ansiedade toma conta e fico bastante trêmula e mente acelerada, angustiada, insônia, etc. E muitas vezes, quando estou em casa, só quero dormir. Também fico em dúvida se isso deveria acontecer mesmo com a medicação.
Boa tarde, bem-vinda(o).
Certamente tais mudanças tiveram muita influencia em ti, agora te afirmar quais seria imprudência. Cabe exame para melhor compreensão. Psicoterapia duas vezes no mês é muito pouco, uma frequência mínima indicada é de uma vez na semana e isso é mínimo mesmo... Muito provavelmente você esteja precisando de um amparo melhor, mais profundo para te ajudar a dar conta de todo esse medo.
Sinto muito que tenhas passado por tudo isso e que ainda estejas passando.
Fico a disposição. Grande abraço

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Boa tarde, Tantas mudanças podem ter afetado seu comportamento hoje sim, em relação aos seus sintomas acho importante você passar por algum psiquiatra para nova avaliação e conduta. E tenho certeza que a terapia fará muito bem para você, acho também, que mais dias de terapia é indicado .
Gostaria de pontuar uma possível relação entre os dois elementos que você conecta em seu relato. Ao fato de ter se mudado muitas vezes na infância / adolescência, você agrega a descrição de um comportamento retraído e evitativo. É possível, portanto, que a percepção da falta de referência mais ou menos estável em seu ambiente próximo à qual direcionar demandas de afeto tenha contribuído para inibições ao nível do comportamento e angústias ao nível emocional, na medida em que tais demandas não puderam se ligar a pessoas e situações que lhe dessem realidade. Entretanto, não se pode tirar conclusões definitivas a partir de pontos fixos de experiências subjetivas e apenas em um percurso continuado de análise é possível elaborar o que do passado pode adquirir novos contornos no presente.
Olá! Sua ansiedade pode ter relação com essas constantes mudanças sim, isso pode ter te causado insegurança, falta de vínculos. Persista na terapia e siga as recomendações da sua médica em relação a medicação!
Adaptar-se à mudanças pode ter um impacto benéfico na nossa visão geral da vida. Mas isso não é válido para todos… A experiência é muito subjetiva, e é preciso investir na análise, para saber um pouquinho mais sobre seus questionamentos.
Quem sabe são coisas que não tem muito haver com as mudanças.
O importante é você buscar um profissional que você se identifique, e que possa te ajudar a encontrar respostas para suas angústias. A medicação como única alternativa de tratamento, não há sido o suficiente.
Se sentir confortável, estarei a sua disposição!
Forte abraço!
Sua história é marcada por muitas mudanças que possivelmente tenham prejudicado a intimidade com as pessoas, com as amizades mais aprofundadas. É o olhar do outro que vai nos ajudando a nos constituir, com tantas mudanças ninguém podia conhecer vc nem vc a ninguém, pois intimidade requer tempo e vc não tinha esse tempo a seu favor. Conhecer os impactos de sua história na sua vida é fundamental para que os sintomas possam dar lugar a outras formas de lidar com seus problemas
O fato de você trazer em seu questionamento esses anos de mudanças aponta que pode sim ter alguma relação com a ansiedade. Fale mais dessas questões na sua terapia. Se for possível, faça uma sessão por semana, pois é o mínimo indicado para um tratamento.
Sim, as mudanças constantes só fizeram piorar as suas características de timidez e dificuldade de se relacionar com as pessoas. Continue o tratamento psicoterápico, mas com a frequência de uma vez por semana. Essas mudanças impediram que você desenvolvesse vínculos de amizade que são muito importantes para nosso bem-estar mental e afetivo. Mas ainda há tempo para que isso aconteça, pois é jovem. Só não evite os convites e as possibilidades de entrar em contato com seus pares e outras pessoas, como reuniões, jantares, festas, comemorações.
Não se pode afirmar com toda certeza que as mudanças se relacionam com os sintomas citados.
Isso pode ser investigado e tratado com um processo de psicoterapia profundo.
Cuidado com dicas muito objetivas, não existe uma resposta certa como uma receita de bolo. Cada ser um humano é unico com sua própria historia e tantas mudanças fazem parte da sua.
Sugiro que procure um psicanalista para investigar e tratar suas questões relacionadas ao passado e ao presente.
Reporte a sua médica que teve pouca melhora com a fluoxetina, porque às vezes é necessário ajustar a dosagem ou tipo de medicamento. Quanto a terapia, o mínimo recomendado é 1 vez por semana, veja se consegue aumentar esta frequência, ok? Também recomendo que procure mais informações sobre a hipnose. É uma ferramenta que apresenta ótimos resultados no tratamento da ansiedade, quando inserido nas sessões de terapia.
Olá!
Possivelmente essas mudanças externas podem ter contribuído para esses sintomas. Mudanças sempre causam impactos, e se for no período da primeira infância até a adolescência, que já é um momento de construção do sujeito de bastante intensidade e confusão interna, certamente o ambiente externo terá sua contribuição positiva ou negativa na estruturação psíquica. Essas mudanças de certa forma prejudicaram as possibilidades de estabelecer vínculos mais sólidos, os quais são de suma importância para a construção do Eu. Como você mesmo já relatou que está fazendo terapia isso é ótimo, como já foi citado por uma colega, seria interessante pelo menos uma vez por semana.

Um grande abraço!
Mudanças frequentes e significativas na vida de uma criança ou adolescente podem ter consequências para a saúde mental e desenvolvimento emocional. Mudar de escola e residência com frequência pode afetar a capacidade de uma criança ou adolescente de estabelecer e manter relacionamentos saudáveis, criar raízes e se sentir seguro e estabilizado em seu ambiente. Isso pode levar a problemas de ansiedade, depressão e dificuldades de adaptação social.

A sua situação, de ter mudado de escola várias vezes, pode ter contribuído para o seu quadro atual de ansiedade. A terapia e a medicação podem ser úteis para ajudar a lidar com esses sintomas, mas pode ser importante considerar outras abordagens também, como a terapia cognitivo-comportamental, terapia ocupacional, entre outras. É importante discutir com o seu médico e terapeuta sobre as suas dúvidas e preocupações e explorar outras opções de tratamento se necessário.

É importante lembrar que cada pessoa é única e pode responder de maneira diferente ao tratamento, é importante continuar o tratamento e buscar ajuda se sentir necessidade.
Olá! Como psicanalista, acredito que a medicação tem um papel importante, mas com o trabalho em conjunto de um psicólogo ou psicanalista que possa te acompanhar mais de perto. Parece importante discutir o seu tratamento com os profissionais que te acompanham, verificando se há necessidade de buscar outra medicação, aumentar a frequência das sessões de terapia ou até mesmo experimentar um terapeuta com outra linha de trabalho. Cada caso é singular e irá demandar respostas singulares, de forma que não existe uma receita pronta para todos. Ajustes no plano terapêutico do paciente são mais do que comuns, o que exige um pouco de paciência algumas vezes. Lembre-se que tudo passa!
Olá! Pelo seu relato, as mudanças frequentes, de moradia e de escola, as quais normalmente trazem inseguranças e possíveis perdas, podem sim, tê-la afetado emocionalemente, visto que em cada um dos locais, possivelmente não houve um tempo adequado para fazer amigos, de se relacionar, de criar e manter laços etc., o que certamente foi aprofundando sua possível característica de timidez. Assim, além da continuidade do tratamento psiquiátrico que você reportou, sugiro que iniciei um processo de análise com pelo menos uma sessão por semana. Isso vai lhe possibilitar a ter contato com os sentimentos que teve durante e quando das mudanças, resignificando-os, e a se conhecer melhor, de forma a superar os desafios que vem enfrentando.
Espero tê-la ajudado.
Primeiramente, quero reconhecer o seu esforço em buscar ajuda para compreender e lidar com seus sintomas de ansiedade. Você está fazendo um trabalho importante ao explorar sua saúde mental e emocional.
As mudanças frequentes na infância e adolescência, como mudar de escola e de cidade, podem, de fato, ter impactos na vida adulta. Isso pode influenciar o desenvolvimento emocional, social e a formação de relacionamentos. É natural que essas experiências tenham contribuído para a sua retração e dificuldades em se aproximar das pessoas.
A terapia é um passo muito positivo, e é importante lembrar que os resultados podem levar algum tempo para se tornarem mais significativos. Cada pessoa responde de forma diferente à terapia, e os progressos podem ser graduais. É encorajador saber que você já teve alguma melhora.
A medicação, como a fluoxetina, pode ser útil para muitas pessoas no tratamento da ansiedade e da depressão, mas ela pode não ser uma solução completa para todos os sintomas. É importante discutir esses sintomas persistentes, como tremores, palpitações, insônia e mente acelerada, com o seu médico. Às vezes, pode ser necessário ajustar a dose da medicação ou considerar outras opções de tratamento, como terapias complementares.
Além disso, a terapia pode ser um espaço valioso para explorar as raízes profundas da sua ansiedade, como as experiências de mudança e retração que você mencionou. Um terapeuta pode ajudá-lo a identificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para a ansiedade e a encontrar estratégias para lidar com eles de forma mais saudável.
Quanto ao desejo de dormir quando está em casa, isso pode ser uma forma de seu corpo lidar com a ansiedade acumulada. O sono pode ser uma maneira natural de seu corpo tentar recuperar-se emocionalmente. No entanto, é importante encontrar um equilíbrio, e a terapia pode ajudá-lo a desenvolver estratégias mais eficazes para enfrentar a ansiedade sem que ela o deixe tão exausto.
Lembre-se de que você está no caminho certo ao buscar ajuda profissional. Com tempo, apoio e persistência, é possível melhorar o controle sobre a ansiedade e desenvolver maneiras mais saudáveis de lidar com os sintomas. Este é um processo que pode levar tempo, mas o importante é que você está se esforçando para melhorar sua saúde mental e emocional, o que é uma conquista significativa em si mesma. Continue buscando apoio e cuidando de si mesmo.
Sua experiência é realmente notável e suas reflexões sobre as mudanças frequentes durante sua infância e adolescência são pertinentes. É compreensível que você questione como essas transições contínuas podem ter impactado seu desenvolvimento emocional e social.

A infância e a adolescência são períodos críticos para o desenvolvimento da identidade e das habilidades sociais. Mudanças frequentes de ambiente, como transferências escolares e realocações, podem influenciar significativamente esses processos. Tais mudanças podem afetar a capacidade de formar e manter relacionamentos estáveis e de desenvolver um senso de pertencimento e segurança. Estudos sugerem que crianças e adolescentes que passam por numerosas mudanças de escola tendem a apresentar mais desafios emocionais e comportamentais. Isso pode incluir sintomas de ansiedade e depressão, como você descreveu.

A ansiedade e outros sintomas que você mencionou – tremores, palpitações, mente acelerada, insônia – são manifestações comuns em pessoas que experimentaram instabilidade durante a formação. A terapia é uma excelente maneira de abordar esses desafios, pois proporciona um espaço para explorar suas experiências passadas e entender como elas impactam seu estado emocional atual.

Quanto ao uso da fluoxetina, é importante notar que, embora seja um medicamento eficaz para muitos, ele não necessariamente elimina todos os sintomas de ansiedade ou depressão. Cada indivíduo responde de maneira diferente aos medicamentos, e alguns dias podem ser mais desafiadores do que outros, mesmo durante o tratamento. Isso não é incomum e pode ser um aspecto da sua jornada de recuperação que vale a pena discutir com seu médico ou psiquiatra. Eles podem avaliar a eficácia da medicação e considerar ajustes na dosagem ou alternativas terapêuticas conforme necessário.

Além da medicação e da terapia, técnicas de manejo da ansiedade, como mindfulness (atenção plena), exercícios físicos regulares e práticas de relaxamento, podem ser benéficas. Essas práticas podem ajudar a regular seu sistema nervoso e a melhorar sua resiliência emocional.

Finalmente, o desejo de dormir e se retrair em casa pode ser uma forma de seu corpo e mente buscarem recuperação das tensões. É essencial que você continue a dialogar abertamente com seu terapeuta sobre esses sentimentos e comportamentos. Juntos, vocês podem explorar estratégias para construir mais energia e motivação no dia a dia.

Continue com seu compromisso com a terapia, e lembre-se de que a recuperação é muitas vezes um processo gradual e não linear. Cada pequeno passo que você dá é parte importante do caminho para o bem-estar e a estabilidade emocional.
Cada sujeito é afetado de modo único às intempéries da vida e é preciso buscar saber o que você conseguiu fazer dessa história. Você já faz psicoterapia, e isso é muito bom , mas eu recomendaria, com absoluta certeza, uma frequência mínima de atendimentos semanais para uma melhor eficácia do tratamento.
Sim, mudanças em escesso causam consequências na vida adulta. É importante que você conheça terapeutas e práticas terapêuticas diversas. Assim você poderá escolher aquela ou aquelas com as quais você mais se identifica. Depois de escolhida, sugiro combinar com o terapeuta de experimentar algumas sessões. Os remédios trazem alívio dos sintomas. Mas será seu autoconhecimento e clareza interna que proporcionarão uma vida tranquila. Abraço.

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