Gostaria de saber de algum especialista na associação do Borderline e redução no Hipocampo, se existem

Os avanços nas pesquisas da neuroimagem na psiquiatria tem trazido respostas e achados interessantes para o melhor entendimentos das diversas patologias. Alguns estudos recentes observaram redução direita e esquerda da região hipocampal no Transtorno de Personalidade Borderline, e uma correção ainda maior na redução volumétrica quando associado à comorbidade do Transtorno do Estresse Pós Traumático. Existiu a publicação de um trabalho recente e interessante, numa boa revista Européia, de um pesquisador brasileiro do Nordeste (que é psicólogo), Dr.Eleonardo Rodrigues sobre o tema. O tratamento, no entanto, ainda se baseia principalmente na psicoterapia (no caso deste transtorno em específico a maior parte dos estudos é com terapia psicodinâmica) de longo prazo e o tratamento medicamentoso acaba se baseando no tratamento sintomático e nas eventuais comorbidades que podem acontecer. Um grande abraço! Luiz Dieckmann

Embora haja avanços nos diagnósticos por neuroimagem, esta realidade ainda se atem às áreas de pesquisa e estudos acadêmicos, não sendo, portanto, algo usual no dia a dia clínico.
Diante disso, acredito que a consulta entre o paciente e os profissionais de saúde desta área (vide Psquiatras e Psicólogos) ainda é o meio mais adequado para se estabelecer o diagnóstico correto de Borderline. Portanto, concordo com os colegas profissionais que admitem o tratamento farmacológico em conjunto com terapias cognitivas.

A terapia Comportamental Dialética (DTC) foi desenvolvida na década de 1990 para tratar pacientes instáveis que apresentam Transtorno de Personalidade Borderline. È um tratamento altamente estruturado onde foram estudados e misturados ,elementos de diferentes abordagens, como a gestalt, psicodinâmica, estratégias paradoxais e usa técnicas validadas da Terapia Cognitivo-Comportamental para flexibilizar a principal crença central que esses pacientes tem em relação ao temor de serem abandonados e inaceitáveis.

O intenso investimento em pesquisas com interface a neuroimagem-psicopatologias apontam algumas mudanças estruturais no cérebro de pessoas com TPBorderline, caso do hipocampo, em ambas lateralidades. Contudo, ainda são iniciais, sabendo-se pouco se essas modificações são basais ou se são posteriores a eventos ambientais (geralmente traumas/privação/falhas nos cuidados nos primeiros anos de vida, conforme descrito na literatura), tornando uma terapêutica pautada nesses achados pouco viável. Hoje, há uma importante contribuição da terapia psicodinâmica, a qual descreve resultados interessantes com esses pacientes. A TCC, por sua vez, lança mão de estratégias de reconhecimento, nomeação de emoções e manejo da impulsividade. Já a intervenção farmacológica se torna necessária para conter sintomas e/ou comorbidades. Por fim, o tratamento multiprofissional, aliado à participação da família, se mostra o mais efetivo quanto à aderência e estabilização sintomatológica desses pacientes

O melhor especialista para tratar Border é um bom psiquiatra associado com terapia dialética e tcc. Se precisar de ajuda, estou a disposição. Abraço

Acredito que atuação em conjunto de um psiquiatra e um psicoanalista , para tratar esse sintomas seria o ideal.